segunda-feira, 20 de maio de 2013

O padrão ouro e os cambios fixos

O Vidal Ferreira colocou-me uma questão muito importante, como funciona o ajustamento de uma pequena economia no padrão-ouro porque, em termos económicos, o padrão-ouro é igual aos câmbios fixos que vivemos em relação aos nossos parceiros da Zona Euro com a diferença que, na Zona Euro, é possível manter a inflação em 2%/ano.

Fig. 1 - A meditação é a fonte da felicidade (Buda)

O padrão-ouro é igual a câmbios fixos.
No padrão ouro existe umas toneladas de ouro nos cofres do banco central (as reservas) e a quantidade de notas em circulação tem o mesmo valor nominal que o ouro das reservas.
Por exemplo, o Euro tem uma relação de 35€ : 1 g de ouro pelo que o BCE teria que ter 26000 toneladas de ouro para dar cobertura aos 920MM€ que existem em circulação, 15% do total que existe a nível mundial. Já os USA tem uma relação 50$ : 1 g de ouro pelo que, para cobrir os 1150 mil milhões USD em circulação, o FED teria que ter 23000 toneladas de ouro (13.5% do total).
Se a relação de cada moeda com o ouro for fixa então, resulta um cambio fixo entre as moedas. Como 50 USD dá para comprar 1g de ouro que, vendido, dá 35€, o cambio fixo seria de 0.70€ por cada USD.

O ajustamento da economia face ao exterior no padrão-ouro.
Já sabemos que, existe uma relação entre a quantidade de moeda em circulação e o nível geral de preços (a teoria quantitativa da moeda). Em termos de taxas de variação, esta relação indica que se a taxa de aumento da quantidade de moeda em circulação aumentar, a taxa de inflação também aumenta (e vice-versa) pela seguinte relação (com ^P a indicar a taxa de variação de P):

             ^P =  ^M - ^PIB + ^V
P = preços, M = moeda em circulação, V = velocidade de circulação da moeda.

Se a economia tiver as suas contas face ao exterior equilibradas, o total pago ao exterior é igual ao total recebido do exterior pelo que a quantidade de moeda, euro, mantém-se constante (haverá estabilidade de preços).
Vamos supor que o cambio é 0.7 Euros / 1.0 USD e que Portugal importa bens e serviços no valor de 1000 USD (20 g de ouro) e exporta bens e serviços no valor de 700 Euros (20 g de ouro) por unidade de tempo (a cada 10 minutos).

Mas acontece um choque exógeno adverso.
Vamos imaginar que Portugal sofreu um choque adverso assimétrico que desequilibrou as suas contas face ao exterior. Por exemplo, a temperatura ficou mais baixa o que reduziu a entrada de turistas estrangeiros e aumentou a saída de turistas portugueses.
Então, o choque fez com que o total adquirido ao exterior, em ouro, tenha passado a ser maior que o total vendido ao exterior (incluindo o turismo).
Vamos supor que as importações aumentam para 1050USD (21 g de ouro) e as exportações diminuíram para 965 Euros (19 g de ouro) por unidade de tempo.
Vamos ver o que vai acontecer.

Hipótese 1 - O banco central português troca euros por ouro.
Para se garantir que, de facto, existe a relação das moedas ao ouro e que a taxa de câmbio fica fixa, os bancos centrais têm que trocar, sem limite, euros e dólares por ouro.
Os agentes económicos nacionais usam euros para pagar as importações mas os estrangeiros vão trocar, junto do banco central português, os euros por ouro. Então, a quantidade de ouro em Portugal diminui e no exterior aumenta 2 g por unidade de tempo.
Se há menos ouro em Portugal então, o banco central português não pode por em circulação os euros que adquiriu aos estrangeiros porque entregou-lhes o ouro correspondente reduzindo-se assim a quantidade de euros em circulação o que leva à redução do nível geral de preços portugueses.
Se há mais ouro no exterior então, o banco central exterior vai aumentar a quantidade de USD em circulação o que leva ao aumento do nível geral de preços do exterior.
A redução dos preços em Portugal e o aumento no exterior (muito ligeiramente porque o exterior é muito grande) faz aumentar as exportações e reduzir as importação, corrigindo-se o desequilíbrio face ao exterior.

Hipótese 2 - O banco central português endivida-se.
Supondo o governador do banco central português que o desequilíbrio face ao exterior é passageiro, vai-se endividar para não permitir a redução dos preços.
O problema desta politica é que vai dificultar o ajustamento da economia.
Todos os 10 minutos, o banco central português vai-se endividar em 2 g de ouro o que,ao fim de um ano, já soma 100 t. Então, como a economia não equilibra, a prazo o banco central português vai ter que pagar cada vez uma taxa de juro mais elevada para captar ouro a crédito.
Foi isto que nos aconteceu no socratismo mas, em vez de ouro, pedimos euros emprestados.

Qual é o problema do padrão-ouro?
É que há dificuldade em diminuir os preços e os salários nominais.
Havendo rigidez no ajustamento nominal em baixa, a desvalorização vai ter impacto recessivo na economia e desemprego.

1 - Quando a quantidade de notas em circulação diminui, a apetência das pessoas pela compra de bens diminui. Como os vendedores não podem reduzir os preços porque os seus custos (salários e juros) são os mesmo, começam a vender menos.

2 - Com menos vendas, as empresas começam a ter prejuízo. Apesar de apelarem para que haja uma redução dos custos de produção, como os salários têm dificuldade em diminuir, as empresas começam a despedir trabalhadores e a falir. O desemprego cresce.

3 - Com uma taxa de desemprego elevada, há uma pequena tendência para que os salários diminuam. Essa velocidade de ajustamento dos salários varia de país para país sendo muito elevada nos USA e baixa na Europa, principalmente no Sul.
No caso português existe uma dificuldade acrescida que é o Contracto Colectivo de Trabalho, o Salário Mínimo e o Tribunal Constitucional (os direitos adquiridos) que não permitem que os salários reduzam em termos nominais.
Mas os salários acabam por reduzir o que diminui os custos de produção que leva à redução dos preços que, finalmente, equilibra a economia face ao exterior.

Fig. 2 - Os custos nominais do trabalho em Portugal estão ao nível pré-crise (1997) o que traduz uma lenta descida (de 1.8%/ano) relativamente aos custos da Zona Euro ( dados, EUROSTAT).

Fig. 3 - Os preços em Portugal, desde 2007, desceram 1.6%  relativamente aos da Zona Euro ( dados, EUROSTAT).

Quanto mais dificil for o ajustamento.
Quanto mais os trabalhadores resistirem à descida dos salários, mais dificil será descer os preços e maior vai ser a recessão e o desemprego.

Será mau haver deflação?
Ao determos moeda na nossa carteira, se houver inflação, o seu poder de compra diminui com o tempo. Então, a quantidade de notas que vamos ter na carteira resulta de comparar, por um lado, o custo de ir à caixa multibanco repetidamente com, por outro lado, o custo da desvalorização. Se cada ida ao multibanco implicar um custo em tempo e massada de c e a taxa de juro for i (ambos, por unidade de tempo) então, a quantidade óptima de moeda vai minimizar a soma desses dois custos.
A quantidade de moeda vai ser crescente com o custo e decrescente com a taxa de juro:

          m = k. p / i 

O problema deste modelo é que, se i se aproximar de zero, a quantidade de moeda vai para infinito: é a denominada armadilha da liquidez
Então, com este modelo simples, quando a taxa de juro é negativa, o nível geral de preços deixa de poder ser controlável pela quantidade de moeda em circulação. Neste caso, o nivel geral de preços vai oscilar violentamente, havendo uns tempos de deflação seguidos de outros de inflação elevada.

Mas tal nunca se verificou.
Na história da humanidade já houve séculos de deflação e nunca se verificou a "incontrolabilidade" do nível geral de preços. É verdade que na antiguidade em qu havia deflação o ouro (a moeda) era intensamente entesourado mas o sistema de preços nunca esteve em perigo.
Isto acontece porque o deter moeda tem outros custos que não apenas a taxa de inflação (a depreciação). Afirmo mesmo que o principal custo que nos faz não deter moeda é o risco de sermos roubados e mesmo mortos.
Se todas as pessoas detivessem grande parte da sua fortuna em moeda (que é "ao portador"), os assaltos seriam o pão nosso de cada dia. Na antiguidade, um dos grandes motivos para a destruição das cidades era constar que tinham muito ouro e prata.
Se incluirmos o custo da segurança, o ponto de "custo negativo de deter moeda" apenas se observe para taxas de deflação muito grandes nunca se tendo verificado na realidade.
Por isso, a deflação não tem problema nenhum.

O ajustamento dos salários.
O único problema é psicológico e tem a ver com o ajustamento nominal dos salários "em baixa".
Como já referi acima, a quebra dos preços obriga à diminuição dos salários nominais para que o salário real fique pelo menos na mesma. Como os trabalhadores lutam contra a descida dos salários nominais, preferindo ser despedidos a descer o seu rendimento nominal.
Foi este o problema que transformou uma pequena crise de 1939 na grande depressão 1939-1942: os preços começaram a cair (porque a velocidade de circulação da moeda diminuiu) e os salários nominais não desceram. Desta forma, a economia foi-se desequilibrando ao ponto de em 1940 as pessoas terem um salário com um poder de compra 40% superior ao valor de compra que tinham antes de comessar a crise. 
Repito: um ano depois de começar a crise de 1939-42, os salários reais tinham subido 40%.
A grande depressão não resultou das lengalengas que o Keynes veio dizer em 1936 mas na dificuldade de os salários ajustarem em baixa. Esta dificuldade existe hoje mesmo pelo que, com o pensamento das pessoas que temos, a deflação não é boa.   

A desvalorização para corrigir a economia.
Se houver possibilidade de desvalorização, os preços e os salários ajustam instantaneamente face ao exterior, seja para cima ou para baixo pois não existem apenas países em crise.
Os defesores de que nós temos que continuar na Zona Euro dizem que a desvalorização tem efeitos de curto-prazo porque, a seguir a uma desvalorização, a inflação degrada outra vez os termos de troca face ao exterior.

De facto, isso não é verdade.
As pessoas não querem que o salário nominal diminua mas, quando a taxa de desemrpego é elevada, não se importem que fiquem constantes. Então, num país como o nosso em que a taxa de desemrpego é de quase 20%, a desvalorização que levaria a nossa economia a equilibrar, entre 10% a 15%, não faria a nossa inflação aumentar significativamente acima dos 2%/ano.
A inflação apenas come a desvalorização se a taxa de desemprego estiver abaixo dos 6% (a NAIRU) mas a variação cambial é apenas um mecanismo de ajustamento das economias e não uma tendência de longo prazo. Assim, quando o desemprego é baixo e a balança corrente é superavitária, a moeda valoriza (para não haver subida dos salários nominais e inflação).  Pelo contrário, quando o desemprego é elevado e a balança corrente é deficitária, a moeda desvaloriza (para não haver descida dos salários nominais e deflação).

Disse o Vítor Bento.
Que sair da Zona Euro é mau por implica perdermos 30% do nosso rendimento disponível. Dizer que é mau indica que, se ficarmos na Zona Euro, o nosso rendimento disponível não vai diminuir.
Ilusões como esta é que nos vão obrigar a sair da Zona Euro.
Para ficarmos na Zona Euro o nosso rendimento disponível, leia-se salãrios, também vão diminuir. Quanto mais dificil for o ajustamento em baixa dos salários, menos seremos capazes de fazer parte de uma zona monetária extensa.
Somando a esta ilusão o facto do nosso Tribunal Constitucional dizer que os subsídios dos funcionários não podem ser cortados, a nossa Constituição obrigar aos contractos colectivos de trabalho, o Portas não permitir os cortes das pensões, não resulta outra conclusão que não seja que a nossa permanencia na Zona Euro tem os dias contados.

Fig. 4 - Tem estado tanto frio que são precisas quatro para fazer a mota arrancar

FCP, parabéns.
Eu já tinha perdido a esperança mas a coisa acabou bem.
Isto da bola também tem a ver com a sorte e o azar. Houve vários jogos em que o Benfica ganho com sorte o que lhe permitiu chegar a ter 4 pontos de vantágem. Mas depois veio o azar.
Somando e subtraindo todas as parcelas, esteve tudo muito igual pelo que o jsuto seria Porto e Benfica acabarem com o mesmo número de pontos. Mas o Porto merece a vitória porque empatou a 2 na Luz e, sem sorte, empatava a 1 no dragão.

Finalmente, a morte da Andrea Rebello.
Para nós parece estranho que a policia entre aos tiros numa residencia universitária apenas porque consta que está lá um assaltante armado.
Mas não nos podemos esquecer que nos USA, volta e meia, alunos e outros malucos matam dezenas de colegas de uma assentada.
Custa muito, passado uns dias, chegar à conclusão que a arma era de plastico ou que a afirmação de que tinha uma bomba na panela não passava de um guisado com muito piripiri (não sei se tal aconteceu) mas o problema é que, muitas vezes, a arma é mesmo verdadeira e a panela explode mesmo.

Pedro Cosme Costa Vieira

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Um ano depois das "políticas de crescimento" do Holland

Fez um ano que o Holland iniciou as "politicas de crescimento".
Em 2004 o Zapatero, actual primeiro ministro espanhol, anunciou que a Sr.a Merkell era um fracasso e que a Alemanha, se seguisse a sua política, ia rumo ao precipício.
Dizia ele que era preciso "outro caminho que não o caminho da austeridade" rematando que era preciso "iniciar o caminho do crescimento" sem ter "a consolidação orçamental como paradigma da boa governação".
Passados 4 anitos veio o Holland dizer o mesmo mas agora para a França. Fez campanha de que a França deveria deixar essa treta da consolidação orçamental e passar ao crescimento e ao combate ao desemprego e o povo francês acreditou nisso.

Parem com a austeridade. Parem de escavar mais o buraco.
Grita o Sócrates com os olhos esbugalhados.
É muito importante ver o que a "politica de crescimento" causou nestes 2 países por oposição à "politica de austeridade" da sr.a Merkell porque essa conversa de adormecer é o mote para o nosso PS pedir eleições antecipadas. O presente de hoje da França será o nosso futuro com o PS. Só fazendo esta comparação é que poderemos avaliar se o nosso caminho sob batuta do Seguro ou de outro palhaço qualquer (perdoem-me os palhaços) vai mesmo ser de crescimento.

Fig. 1 - Nous allons y par l'outre caminhu, le caminhu de la tonterie. 

O que estavam a fazer os alemães?
Depois da unificação alemã, o conservador Helmut Kohl tinha gasto de mais (tipo os nossos Santana Lopes + Paulo Portas de 2004) o que tinha desequilibrado as contas públicas e externas e a adaptação da  economia tinha feito o desemprego aumentar.
Vinco que o Kohl era conservador para verem que a loucura do Guterres + Sócrates não teve a ver com serem esquerdistas mas apenas que quem está lá, quer gastar para capturar votos.
Quando em 1995 o socialista Gerhard Schröder entrou para chanceler, identificou que havia necessidade de reduzir os custos do trabalho e o peso do Estado. Reconhecido o problema e identificada a solução, no espírito alemão, deu-se inicio ao processo de implementação do tratamento.
Reforço que o Schroder era socialista, como foi o Mário Soares de 1982-4 (na gaveta).
Quando em 2005 a Sr.a  Angela Merkel foi eleita chanceler, como era do partido do Kohl, chegou-se a pensar que iria alterar o rumo traçado por Schoder mas não, continuou o seu caminho de consolidação orçamental.

O que resultou do "caminho de austeridade" alemão?
Primeiro, o Schroder perdeu as eleições. Da mesma forma que o Soares perdeu em 1985, que o Cavaco perdeu em 1995, que o Durão teve que dar à sola em 2004.
Segundo, nos primeiros anos, a taxa de desemprego alemã aumentou muito em termos absolutos e relativamente à média da Zona Euro (ver, Fig. 2) e relativamente à Espanha e França (ver, Fig. 3). Em 2005 ultrapassou os 11% da população activa o que, desde o fim da segunda guerra mundial, nunca tinha sido observado.

Fig. 2 - Comparação entre a taxa de desemprego na Alemanha e na Zona Euro (dados: Eurostat)
O que resultou do "outro caminho" da Espanha?
O desemprego espanhol e francês desceu até ficar bastante abaixo do alemão. Em 1998 a Espanha tinha mais 10 pp de desemprego e atingiu 2005 com uma taxa de desemprego menor que a alemã. O problema é que, desde 2006, a diferença para a Alemanha não pára de crescer (ver, Fig. 3).

Fig. 3 - Evolução da taxa de desemprego relativamente à Alemanha (dados: Eurostat)

Também, em termos do PIB, parecia que estava tudo mal para os lados da Alemanha. A França e, principalmente, a Espanha aproveitou a Zona Euro para crescer a uma velocidade muito maior que a Alemanha. O problema é que, chegado 2006, o crescimento destes 2 países latinos mostrou-se ser uma bolha baseada em crédito que rebentou (Ver, Fig. 4).

Fig. 4 - Evolução do PIB relativamente à Alemanha com 2005 como ano base (dados: Eurostat)

O que será que a Alemanha fez em oposição à Espanha e França?
Nós, países latinos, estamos na fossa e em total negação.
Em vez de olharmos para a Alemanha como um exemplo a copiar, batalhamos na ideia de que a nossa política foi sempre a mais correcta, que os alemães estiveram sempre errados, e que, em vez de adoptarmos a politica alemã, temos que reforçar as politicas que nos levaram à bancarrota.
Batalhamos que foi a crise internacional, o mau tempo, os mercados, os especuladores, o presidente da republica, o diabo que o carregue.
Mas disso tudo também não foi vitima a Alemanha e demais países do Norte da Europa?
Então porque eles deram a volta por cima e nós estamos cada vez mais enterrados na merda?
Não me canso de dizer que o ajustamento em câmbios fixos passa pelos preços relativos que obriga a mexer nos salários. Entre 2000 e 2008 os custos do trabalho na Espanha aumentaram 35% relativamente aos custos do trabalho da Alemanha. Está a corrigir mas o preço é uma taxa de desemprego próxima dos 30%.. A França está 10% acima da Alemanha e teima em manter-se lá.

Fig. 5 - custos dos trabalho nominais relativamente à Alemanha (dados: Eurostat)

É este o nosso futuro sem Passos + Gaspar.
Teimar que a culpa é dos outros, teimar que os que estão bem têm politicas erradas e estão bem porque vivem à nossa custa, pedir solidariedade dos que estão alegadamente mal governados e aguentar com desemprego, estagnação e emigração.

Interessante que o Santana é igual ao Sócrates.
Vir dizer que "se isto fosse em 2004, quando eu era primeiro ministro, era enforcado", é exactamete o discurso do Sócrates: o passado.
Não nos podemos concentrar numa divisão esquerda / direita pois politicos populistas e demagogos existem por toda a parte.

Pedro Cosme Costa Vieira

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