quarta-feira, 30 de junho de 2021

O Berardo e a corrupção, a economia e a finança.

Como poderemos acabar com a corrupção?

A corrupção apenas é possível quando existem proibições (cujo cumprimento é verificado por um agente) e a violação da proibição dá lucro a alguém (que, desta forma, tem incentivos para "comprar" o agente).

Vamos supor que eu tenho um terreno com 600m2 num local onde o preço das casas é de 2000€/m2; que a construção tem um custo de 1250€/m2 e que a "lei" me permite construir 3 pisos. Neste caso, o terreno vai valer:

    Valor do terreno com 3 pisos = 600m2*3pisos*(2000€/m2-1250€/m2) = 1,35 milhões €.

Se eu conseguir autorização para fazer mais um piso, o valor do terreno vai aumentar para:

    Valor do terreno com 4 pisos = 600m2*(3+1)pisos*(2000€/m2-1250€/m2) = 1,8 milhões €.

O poder fazer mais um piso aumenta o valor do terreno em 450 mil €. Então, eu tenho incentivos para dar 200mil € ao agente que vai fiscalizar o cumprimento da "lei" fechar os olhos (ou para alterar a "lei").


Acabar com a corrupção não está na criminalização mas na diminuição das proibições.

Se a "lei" não limitasse a altura dos edifícios, estando esta limitada apenas pelo interesse económico do promotor imobiliário e pela técnica, não haveria agente fiscalizador nem incentivos para que este fosse corrompido.

Vamos supor que, tecnicamente, o edifício pode ter 100 pisos e que a construção de mais um piso fica 10% mais caro. Agora, a decisão do promotor será construir 7 pisos, uma decisão totalmente económica pois é assim que maximiza o valor do terreno. 

Fig.1 - Simulação do número óptimo de pisos de um edifício com preço de 2000€/m2

 

Noutro local mais valioso, com um preço dos imóveis de 5000€/m2, já será óptimo construir 17 pisos.


Fig.2 - Simulação do número óptimo de pisos de um edifício com preço de 5000€/m2

 

Qual a lógica para limitar administrativamente o número de pisos?

Nenhuma.

E este ponto é um dos mais importantes na corrupção. Se olharmos para às imparidades que levaram à falência dos bancos, estão lá apenas imóveis.

Tenho a certeza que se o limite fosse de 50 pisos, ninguém iria fazer 50 pisos pois em Portugal não seria economicamente viável.

Poderiam ser impostos limites como, por exemplo, a distância ao eixo da via ter que ser pelo menos igual a metade da altura do edifício. Neste caso, um edifício com 50 pisos (150 metros de altura) teria que se distanciar pelo menos 75 m ao eixo da via.

Se existe uma área de 10000m2 no centro de uma cidade, será mesmo melhor ter um edifício de 25 pisos que deixa 8000 m2 livres para zona verde (ocupação de 20%) do que um edifício de 4 pisos que ocupa o terreno todo (ocupação de 100%).

 

Será que dar liberdade às pessoas dá prejuízo ao país?

É esta a pergunta que o CHEGA e a Iniciativa Liberal têm que fazer e deixarem-se da criminalização da violação das leis, mal feitas, que existem.

E, em todas as proibições que existem apenas porque sim, porque já existem faz muitos anos, e em que não fique provado sem margem para dúvida que o seu fim causa prejuízo não compensável para a comunidade (seja isso o que for), devem acabar.

Fig. 3 - O pequeno edifício assinalado a vermelho em New York, uma das mais bonitas cidades do mundo, tem 18 pisos.


Voltemos ao edifício da Fig. 1.

Vamos supor que existe um limite de 3 pisos porque fazer mais um piso causa um prejuízo à sociedade (por causa do aumento do trânsito, a obstrução das vistas dos vizinhos ou qualquer outra coisa) de 200 €/m2 de construção. Então, em vez da proibição, o promotor deve ser obrigado a compensar este prejuízo na forma de uma taxa (que vou assumir de 250€/m2, superior ao prejuízo). Agora, vai ser óptimo o promotor fazer 6 pisos e pagar 450 mil € de taxa.

O promotor terá um incremento no lucro de 1,35 milhões (Fig.1) para 1,77 milhões (Fig.2), a comunidade também vai ter lucro (recebe 450 mil € da taxa quando o prejuízo é de 360 mil €). Este benefício para a sociedade pode-se traduzir, por exemplo, pela diminuição do imposto municipal sobre os imóveis.

Mais importante é que a liberdade compensada por uma taxa acaba com os incentivos para a corrupção.


Fig. 4 - Simulação do número óptimo de pisos de um edifício com preço de 2000€/m2 e uma taxa de altura.


Vejamos o exemplo da China.

Na China os corruptos são executados, pena de morte, de joelhos, com as mãos atadas atrás das costas e um tiro na nuca que os familiares têm que pagar.

No entanto, a China é o 79.º país mais corrupto do Mundo quando Portugal é apenas o 29.º e, alegadamente, os corruptos não são penalizados.

E a China, mesmo corrupta, tem um crescimento económico invejável enquanto que o nosso é zero.

Portugal é ainda menos corrupto que Taiwan (31), Espanha (41) e Coreia do Sul (52), países mais desenvolvidos do que nós.


A grande mentira de que nos desenvolvemos com a revolução do 25-de-abril-de-1974.

Em 1973 Portugal tinha um PIB per capita nominal de 2000USD/pessoa. Em comparação a Coreia do Sul tinha 407USD/pessoa e Taiwan tinha 706USD/pessoa. Fazendo a média, Portugal tinha 360% de PIB per capita destes dois países asiáticos.

Em 2019 Portugal tem 23252USD/pessoa enquanto que a Coreia do Sul tem 31846USD/pessoa e Taiwan tem32219. Em termos médios, Portugal desceu para 73% de PIB per capita.

Nestes últimos 48 anos, cada ano que se passou ficamos 3,9 pontos percentuais mais pobres do que a Coreia do Sul e Taiwan. Imaginem se estes países fossem governados por esquerdistas como nós!! na propagando deveriam já ter crescido até à Lua.


A Economia e a Finança.

A generalidade das pessoas não compreende a diferença entre a economia e a finança, sejam professores, deputados ou trabalhadores rurais. Para tentar explicar as diferêncas vou dar um exemplo meio estúpido.


Vamos imaginar uma pessoa que nasce, vive e morre.

Comecemos pela Economia!

Durante a sua vida a pessoa vai consumir 300kg de coisas por mês, sempre, desde o dia em que nasce até ao dia em que morre, com 85 anos.

Além de consumir, a pessoa vai trabalhar e produzir 600kg de coisas por mês entre os 20 anos e os 65 anos de idade.

Temos um problema! Nos primeiros 20 anos de vida a pessoa vai ter que se endividar e nos últimos 20 anos vai ter que viver das poupanças. Será então necessário que esta pessoa viva no meio de outras que lhe emprestem quando ela precisa e a quem ela paga nos anos em que trabalha.

 
Fig.5 - Riqueza da pessoa ao longo da sua vida (que é negativa até aos 40 anos).

 

A taxa de juro.

A vida económica da pessoa que represento na Fig.5 acaba com uma pequena herança (18000kg) para poder introduzir o conceito de taxa de juro.

Porque a pessoa pode morrer sem pagar, por causa de outro qualquer risco ou apenas porque a poupança é um recurso escasso e existem alternativas de afectação, normalmente os empréstimos pagam uma taxa de juro.

No caso, se as dívidas pagarem uma taxa de juro de 1,65%/ano, a pessoa já morre sem deixar herança.

 

Vejamos a Finança.

A finança considera os bens e serviços não como quantidades, seja kg, m2 ou outra unidade qualquer, mas como uma quantidade monetária.

 

A primeira fase da Finança é a monetarização (transformar tudo em euros).

A pessoa em vez de consumir 300kg/mês passa a consumir 300€/mês que é a "monetarização" das quantidades em unidades monetárias feita a preços de mercado. Quer isto dizer que vou ver os preços de mercado de cada bem e multiplico os preços pelas quantidades produzidas.

Consumo = 100kg batata *0,70€/kg + 100kg de couves * 1,20€/kg + 100 de maçãs * 1m10€/kg = 300€ 

Também a  pessoa não vai produzir 600kg/mês mas quantidades que se transformam, aos preços de mercado, numa quantidade de unidades monetárias.

Os bens e serviços que a pessoa consome não são os mesmos que produz mas, em termos de preços de mercado, é tudo medido na mesma unidade, em euros.

A monetarização da economia já traduz a Finança pois transforma grandesas físicas, reais, económicas em grandezas monetárias, nominais, financeiras.

 

A segunda fase da Finança é a titularização (transformar tudo em títulos).

Quando transformamos as quantidades em euros estamos a transformar os bens e serviços em notas que são títulos representativos do "valor" dos bens e serviços.

Agora, a pessoa diz "consumo 300€/mês" como se consumisse notas e também diz "produzo 600€/mês" como se produzisse notas. O que a pessoa está a dizer é que o que consome ou o que produz está transformado em unidades monetárias, em notas.

Quando empresto uma nota de 20€ não estou a emprestar a nota mas sim os bens e serviços que ela titulariza.

Assim, para eu ter a nota tenho que produzi bens e serviços e não os consumir para que a pessoa a quem empresto a nota os possa ter disponíveis para consumo.

 

Fazer mais notas não resolve o problema da fome porque as pessoas não comem notas!!!!

Como a titularização em notas confunde a mente das pessoas, principalmente dos esquerdista, pensam que se o Banco Central Europeu emitir mais notas, ficaremos mais ricos.

Mas as notas não são bens e serviços pelo que haver mais ou menos não têm impacto no que podemos consumir.


A terceira fase da Finança é a titularização em "acções" e "obrigações".

Pega-se na realidade económica que já está denominada em euros e vamos criar um título que condense essa realidade económica.

Peguemos na pessoa à nascença, vou "titularizar" a pessoa em 1000 "acções".

Quem "comprar" uma destas acções vai ter que entregar 0,30€/mês durante 20 anos à pessoa, vai receber depois 0,30€/mês durante 45 anos e, no final, "entregar"  0,30€/mês durante 20 anos.


Qual é o valor da "acção"?

Vai depender da taxa de juro (e da idade da pessoa).

0,0%/ano -> 18€/acção.

0,5%/ano  -> 13,25€/acção

1,0%/ano  -> 7,54€/acção

1,5%/ano  -> 1,73€/acção

2,0%/ano -> -3,71€/acção (pago para me ver livre da acção e não da criança).

A idade é importante no valor a acção porque quando a criança tem 5 anos, são menos 5 anos a comer. Neste caso, teremos

0,0%/ano -> 36€/acção.

0,5%/ano  -> 31,82€/acção

1,0%/ano  -> 26,38€/acção

1,5%/ano  -> 20,55€/acção

2,0%/ano -> 14,83€/acção (a acção que titulariza a criança com 5 anos já tem valor positivo).

 

O mercado financeiro.

Quando nasce uma criança (aparece um investimento em capacidade produtiva), a criança emite 1000 acções que vão ser compradas pelos aforradores. Um aforrador pode comprar 10 acções da pessoa A, 15 da pessoa B e 8 da pessoa C, fazendo uma carteira de investimentos. Este chama-se o "mercado primário".

Como já vimos, a cotação das acções vai depender da taxa de juro e da "maturidade" (a idade da criança) do investimento.

Mas os aforradores podem, depois vender e comprar acções entre si, em função das suas necessidades. Neste caso já não são as crianças a vender as acções mas trocas entre aforradores. Este chama-se o "mercado secundário".

O que acontece no mercado secundário em nada afeta a criança, isto é, o seu consumo e trabalho não se altera (as empresas não alteram as suas decisões).

Podem ainda surgir "produtos derivados" como alguém comprar 1 acção de cada criança, num total de 1000 acções, fazer um "fundo de investimento" e, depois, criar 1000 acções sobre o fundo.

Quando uma pessoa comprar 1 acção do fundo vai ter, indirectamente, 0,001 acções de cada uma das 1000 crianças e, ainda mais indirectamente, 0,000001 de cada uma das 1000 "criança".

 

Agora é que vou ao Berardo discutindo se a sua acção causou prejuízo de 1000 milhões €.

Os bancos em si são apenas "Finança". São créditos concedidos (que se traduzem nuns papeis guardados no cofre) financiados com os depósitos dos clientes (que se traduzem no saldo das contas).

Quem pede crédito pensa que, no futuro, vai ter lucros suficientes para pagar a dívida.

Sabemos então que o investimento pode ser de dois tipos, económico ou financeiro.

1) No investimento económico (produção de máquinas, barcos, fábricas, estradas, casas, estudos, investigações), o processo produtivo vai no futuro dar lucros suficientes para pagar os créditos. Se os investimentos falharem, o banco fica a arder em parte do crédito.

2) No investimento financeiro (compra de títulos de investimentos económicos), a futura venda dos títulos ou o recebimento de dividendos vão ser suficientes para pagar os créditos.

O Berardo comprou acções de bancos (que são formados por "acções" de empresas e de particulares devedores) a outras pessoas pedindo dinheiro a bancos.


Fig.6 - Esquema de como a Economia (os imóveis) se traduziram em Finança.
 

Ao comprar as acções do BCP às "pessoas", o Berardo evitou que essas pessoas tivessem prejuízos quando o BCP desvalorizou..

Quando os devedores do BCP disseram que os imóveis não valiam o que eles pensavam, essas perdas foram transmitidas em cascata até ao Berardo e, depois, até aos contribuintes .

 

Fig.7 - Perdas na Economia (os imóveis) levaram a perdas nos bancos que levaram o Berardo à falência, sem poder pagar os crédito aos bancos (mais perdas). As pessoas que venderam ficaram sem perdas.

 

O Berardo perdeu e, com isso, evitou que as pessoas que lhe venderam as acções tivessem essas perdas, na exacta quantidade.

Como estava a falar de corrupção!
Quando as acções começaram a desvalorizar e a sua situação passou a falência, foi necessário "esconder" as perdas (segundo o Berardo, para protecção dos bancos que não podiam reconhecer as perdas para não irem à falência).
É uma dinâmica de "tapar buracos" em que os meus pais viveram desde que em 1974 o salário mínimo de 3300$00 levou a chafarica à bancarrota.
Antes pagavam 600$00/mês e, depois, foram obrigados a pagar 3300$00/mês (que nunca conseguiram pagar, até que fecharam a porta, cheios de buracos até ao fim da vida).
Já mortos, de vez em quando, chega mais uma execução de umas centenas de milhar de euros. Nem me dou ao trabalho de levantar a carta.

E é assim a vida de muitos empreendedores.
Arriscam, uns ganham e conseguem grandes feitos (como o Belmiro, o Amorim e tantos outros). Outros falham e deixam grandes dívidas (o Berardo, o Vieira e tantos outros).
O problema é que a economia não funciona, não se desenvolve como se desenvolveram as economias da Coreia do Sul e de Taiwan se não houver empreendedores.
Basearmos o nosso futuro em retomar comboios que o Eng. José Sócrates mandou fechar como faz o mais burro governante que alguma vez Portugal teve, o ministro Pedro Nuno Santos, é mantermo-nos pobres mas sempre a pensar que "agora vamos ganhar o mundial". 
Também atendendo ao que ganha, depois de um europeu a passar a bola para trás, tem que atirar alto.
Para a economia, a culpa é do Salazar e do Passos Coelho, para o Engenheiro Fernando Santos, "perguntem ao Queirós".

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Covid-19 : A razão está mais do lado do Presidente que dos "especialistas"

A covid-19 na comunicação social está a aquecer.

Já só há duas notícias, o futebol e o "aumento explosivo" dos casos de covid-19 em Lisboa.

Mas nem o futebol é assim importante nem a covid-19 está tão preocupante porque os a mortalidade caiu drasticamente.

Se compararmos a pior semana (26 de janeiro a 1 de fevereiro de 2021) em que morreram 291 pessoas por dia (pelo menos pois há outros tantas mortes classificadas como "excesso"), agora que estamos com 3,1 mortos por dia, temos uma redução de 98,9%.

Estão a imaginar ir comprar um carro que tinha um preço de 50 mil euros e pagam apenas 550 euros? É esta a magnitude da queda na mortalidade.

Fig.1 - Mortos por covid-19 (média da última semana, dados, DGS)


Mas o número de infectados já ultrapassou os 120 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias!

Sim, é uma verdade que não pode ser disputada mas este número tem que ser corrigido pela perigosidade da doença, isto é, pela taxa de mortalidade em referência a finais de Janeiro. Nesse tempo a mortalidade era de 2,25% dos infectados (morria uma pessoa em cada 45 contaminados) e agora está nos 0,31% (morre uma pessoa em cada 326 infectados).

 

É um bocado como os acidentes automóveis.

Em 1975 houve 33109 acidentes "graves" dos quais resultaram 2672 mortos (PORDATA).

Em 2019 houve 35704 acidentes "graves" dos quais resultaram 474 mortos (PORDATA).

O mesmo número de acidentes "graves" e muito menor número de mortos.

Em 1975 morria uma pessoa em cada 13 acidentes e em 2019 já só morria uma pessoa em cada 75 acidentes.

Sendo assim, quando hoje ouvimos a notícia -"A tua mulher espatifou o carro"- já não pensamos como em 1975 pensavam -"Estou viúvo!".


Vou corrigir a incidência pela mortalidade.

Para poder comparar os valores ao longo do tempo, os 140 casos por 100 mil habitantes nominais transformam-se em 23 casos por 100 mil habitantes "reais".

Deveria ser este número real o valor usado na matriz dos "especialistas". Neste caso, veriam que todos os concelhos estão bem abaixo de 120.

O número de 23 ainda é grande (equivalente a 169 casos por dia de quando não havia vacinas) e está a crescer ligeiramente mas não não é caso para panicarmos.

Ainda mais que, cada dia que passa, mais 50 mil pessoas são vacinadas.

Fig .2 - Novos casos de covid-19 nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes (dados, DGS)


terça-feira, 22 de junho de 2021

Para resolver o problema da falta de habitação é preciso esquecer as janelas!!

As cidades são como os processadores: quanto mais compactos, mais eficientes.

Como em Portugal temos 10,3 milhões de pessoas e 95 mil km2, se estivéssemos uniformemente espalhados, haveria 95 metros de distância entre as pessoas (112 pessoas/km2).

Vamos imaginar que, uma pessoa em cada 1000 gosta de danças de salão e que é preciso 200 alunos para conseguir ter uma escola rentável. Neste caso, a escola precisaria estar no centro de um quadrado com 42km de lado, em que a distância média percorrida pelos alunos seria de 16 km.

Mas estar espalhado não é eficiente e prova disso é que, apesar de o custo da habitação ser maior, as pessoas se concentram em cidades.

Pensando a mesma escola de dança numa cidade 7000 pessoas/km2 (com em Hong Kong), a escola ficará num quadrado com 5,3 km de lado e a distância média percorrida reduz-se para 2 km.

Prova de que as cidades são mais eficientes é ser nos países pobres que têm as cidades maiores, mais densas e que mais estão a crescer.

Apesar de a contagem da população ser discutível, há 34 megacidades que têm mais população do que Portugal.

Megacidade País Milhões
Guangzhou  China 46,7
Tokyo  Japan 40,4
Shanghai  China 33,6
Jakarta  Indonesia 31,3
Delhi  India 30,3
Metro Manila  Philippines 25,7
Mumbai  India 25,1
Seoul  South Korea 24,8
Mexico City  Mexico 23,0
São Paulo  Brazil 22,4
New York City  United States 22,1
Cairo  Egypt 21,0
Dhaka  Bangladesh 20,2
Beijing  China 19,8
Lagos  Nigeria 19,4
Bangkok  Thailand 18,8
Karachi  Pakistan 17,8
Los Angeles  United States 17,7
Osaka  Japan 17,7
Moscow  Russia 17,3
Kolkata  India 16,8
Buenos Aires  Argentina 16,4
Istanbul  Turkey 16,0
Tehran  Iran 15,3
London  United Kingdom 14,8
Johannesburg  South Africa 13,9
Rio de Janeiro  Brazil 13,2
Lahore  Pakistan 13,0
Tianjin  China 12,7
Kinshasa  DR Congo 12,4
Bangalore  India 12,2
Paris  France 11,4
Chennai  India 11,3
Nagoya  Japan 10,5

 

Os processadores dos computadores são como as cidades.

Para o CPU dos computadores melhorarem o desempenho é obrigatório empacotar cada vez mais transístores na mesma área.

No CPU tem sido possível reduzir o tamanho dos transístores mas, no caso das cidades, não é possível reduzir o tamanho das pessoas!

A solução tem sido o crescimento das cidades em altura, solução com limitações que se traduzem no elevado custo da habitação nos centros das cidades.

Por exemplo, comprar um apartamento de 100m2 no centro de Hong Kong tem um preço na ordem dos 26,5 milhões €!

Fig. 1 - Todos merecemos um apartamentozinho que, em HK, custa 26,5 milhões€.


O problema da habitação está nas janelas!!!!!!!!

O problema da humanidade é a maioria da população ser conservadora, querer manter e, quando acontece alguma mudança, prometer a reposição do que existia. É assim nas sociedades religiosas mas também assistimos nos nossos esquerdistas, querem sempre que o tempo volte para trás.

E uma coisa que sempre existiu nas casas foram as janelas que servem para entrar a luz, a ventilação e, de vez em quando, permite um olhar para o exterior. 

Como a janela abrem a nossa vida ao exterior, por questões de privacidade, obrigam a haver uma distância grande à janela do vizinho, no mínimo uns 10 metros, e aqui é que está o desperdício de espaço.

 

Será que o espaço "roubado" pela janela vale a perda?

De propósito, a Fig. 1 mostra 2 apartamentos que não têm janelas.

As janelas podem ser facilmente substituídas por iluminação LED e por ventilação forçada (e com ar filtrado).

Sem janelas, a compactação pode ser muito maior, conseguindo-se meter numa pequena área uma enormidade de apartamentos.

Além disso, os pisos também podem crescer em profundidade.

Fig. 2 - Sem janelas, o edifício pode ser uma repetição sem fim de apartamentos.

 

Por exemplo.

Um edifício com a área de implantação de um quilometro de lado, com 15 pisos enterrados, teria 120 mil apartamentos T3, sem janelas. Estes apartamentos dariam habitação a 500 mil pessoas, à larga.

Faziam-se um edifício destes e já estava tudo resolvido e ainda poderia ser um parque por cima.

 

Fig. 3 - Visualização da dimensão relativa de um edifício com 1km2 de área de implantação em Monsanto.

 

Mas para que isto possa acontecer, 

Têm que passar muitas décadas, até que todos os esquerdista que continuamente anunciam que "vão repor os direitos retirados pelos neoliberais" tenham morrido.

Nas minhas longas conversas com o meu colega PSAS, veio à baila o porquê de haver países que se desenvolvem e outros que não.

Tem tudo a ver com a repugnância pelo progresso.

Fala-se do julgamento do Galileu e de quantas pessoas foram executadas por heresia quando apenas queriam inovar. queimaram-se professores e investigadores porque "compraram" mortos para poderem desenvolver e ensinar a cirurgia.

Mas esses tempos não são passados, estão a acontecer hoje mesmo não só no mundo islâmico obscuro mas também na Europa com a proibição da investigação biológica e na computação avançada em "inteligência artificial".

 

Disse a Elisa Ferreira ... que não sabe porque não crescemos depois de recebermos tantos subsídios da Europa!!!!

Eu disse-lhe a razão. Fui a uma apresentação de um livro de "macroeconomia liberal" e disse-lhe que a solução está na liberalização da economia, principalmente do mercado de trabalho, o fim do salário mínimo e a possibilidade de ajustamento no salário nominal para baixo.

Praticamente, insultou-me.

Afinal sabe! E sabe que o que sabe não dá resultado (recordo que a Elisa foi ministra do PS, anos e anos).

terça-feira, 15 de junho de 2021

Presidente Marcelo tem razão = Não será preciso voltar a confinar

Os "especialistas" têm feito soar alarmes por os casos estarem a aumentar.

Se olharmos para o número de novos positivos, no início do desconfinamento, em 15 de Março, estávamos com 94 p/cmh (positivos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias).

Esse indicador foi descendo até ao dia 15 de Maio (atingindo o valor de 47p/cmh), altura em que o Sporting se sagrou campeão nacional de futebol! Bem sei que quem tolerou as manifestações de alegria dizem que nada tem a ver com nada e que é apenas uma coincidência estatística. Mas deixa à cabeça de cada um avaliar.

Foi aumentando e agora o p/cmh está-se a aproximar dos valores do início do desconfinamento.

Mas sendo assim, com o número de positivos a aumentar de dia para dia, não terá que haver novo confinamento (mesmo que o Presidente não queira)?

 

Fig. 1 = Casos positivos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias em Portugal (dados, DGS). Estamos hoje quase a chegar aos valores do início do desconfinamento.


Não por causa da diminuição da mortalidade.

Por causa da vacinação, a mortalidade (medida como a percentagem de pessoas que morrem uma vez infectadas com covid-19) tem estado a cair mais rapidamente que o aumento dos positivos.

No dia 15 de Março a mortalidade estava em 2,6% e actualmente está em 0,3%.

Comparando o princípio do desconfinamento e agora, com praticamente o mesmo número de positivos, em 15 de Março tínhamos 15,4 mortos por dia e agora, 15 de Junho, temos 1,5, uma redução de 90%.

Fig. 2 = Média diária de mortos relativamente à última semana (dados, DGS). Estamos hoje muito longe dos valores do início do desconfinamento.

 

Acresce que são vacinadas cerca de 50 mil pessoas por dia.

E cada 100 pessoas que são vacinadas, são menos 90 pessoas susceptíveis à doença.

 

Eu posso fazer uma conta com os dados que tenho!

Já foram inoculadas 6840 mil doses em que 21,1% da população tem uma dose e 23,0% têm as duas doses.

Supondo que uma dose reduz 60% e duas doses 84%, a vacinação deveria ter reduzido a mortalidade em 32% mas reduziu em 90%!

Esta diferença resulta de terem sido vacinadas as pessoas com maior risco de morte.


Resumindo.

"confinamento, não vai haver, comigo não vai haver" (Presidente Marcelo)

Corrigindo o número de casos pela taxa de mortalidade, a perigosidade da doença tem estado sempre a cair e vai continuar a queda.

Nem interessa diminuir o confinamento em Lisboa.



Fig. 3 = Perigosidade da Covid-19 (número de casos nos últimos 14 dias por cem mil habitantes corrigido da mortalidade, %mortos/%mortos média, dados, DGS). Estamos hoje muito longe dos valores do início do desconfinamento.


E se vem por ai outra versão do corona?

É como ir à praia em Agosto, com 40º de temperatura a pensar "não será melhor trazer um anorak? É que pode vir ai outro inverno!"

Se vier e quando vier, cá estaremos à espera.


sábado, 12 de junho de 2021

Portugal não precisa de hidrogénio nem baterias pois tem barragens reversíveis

Temos um ministro das infraestruturas que é completamente louco.

É o exemplo perfeito de como o tirano, ao poder tomar decisões sem escrutínio, condena os povos à miséria.

E todas as almas que digam "essa opção é errada" são logo apelidadas de fascistas, xenófobas, andrés venturas, que cometem fraude fiscal, branqueamento de capitais e são falsificadores da verdade.

E toda a comunicação social vai atrás desses tiranos porque os jornalistas ..., não digo que todos sejam intrinsecamente desonestos, mas quase todos actuam como se o fossem. De forma mais suave, digamos que, para sobreviver, têm que se vender ao diabo.

Esse tirano que dá pelo nome de Pedro Nuno Santos só pensa em investimentos ruinosos, desde os aviões aos comboios passando pelo hidrogénio e as baterias.

 

Tem mesmo cara de burro

 

Interessante, ninguém perguntar nada ao tirano.

Aqui está um exemplo da desonestidade dos nossos jornalistas.

O tirano afundou 77 milhões € na ligação entre a Guarda e a Covilhã. 

Já alguém lhe perguntou "Sr. Ministro, em média, quantas pessoas viajam por dia na linha Guarda-Covilhã?"

Não.

Também gastou mais milhões e milhões na ligação Évora-Elvas.

Já alguém lhe perguntou "Sr. Ministro, em média, quantas pessoas viajam por dia na linha Évora-Elvas?"

Não.

Já alguém perguntou "Sr. Ministro, em média, qual o prejuízo diário que o contribuinte está a pagar para o Sr. poder brincar aos comboios?"

Não.


As últimas toleiras são o hidrogénio-verde e as baterias de lítio para armazenar electricidade para a noite.

São tecnologias que ficam caríssimas.

Mais ainda porque temos alternativa nas barragens reversíveis.


O que é uma barragem reversível?

De facto, é um conjunto de duas barragens/albufeiras, uma a cota mais elevada e outra a cota mais baixa.

O sistema está carregado quando a barragem superior está cheia de água e a barragem inferior está vazia.

Se a diferença de cota for H e o volume for V, a energia armazenada será dada por (0,9 é o rendimento)

Energia armazenada = 0,90*V*H

Para transformar esta grandeza em kwh, se o volume estiver em m3 e a altura em m, teremos que mutiplicar pela constante constante 10/3,6:

Energia armazenada = 0,90*V*H*(10/3,6)

Esquema de um sistema hidroeléctrico reversível (com duas barragens a cotas diferentes)
 

O ciclo carga/descarga.

Quando a barragem a cota elevada está cheia (e a de cota baixa vazia), havendo necessidade de injectar energia na rede, a água é turbinada passando de cima para baixo.

Quando a barragem a cota elevada está vazia (e a de cota baixa cheia), havendo excesso de energia na rede, a água é bombeada da cota baixa para a cota alta, usando a mesma turbina.

Como o rendimento da carga e da descarga é cerca de 90%, o rendimento do sistema é de 80% (por cada kwh armazenado, usam-se 1,25kwh).


Por exemplo, o sistema hidroeléctrico Alto Lindoso / Touvedo.

H = 288 m

V = 4,5 milhões m3.

Energia armazenada = 0,9 * 288 * 4 500 000 * (10/3,6) = 3 250 000 kwh.

Depois, o sistema tem a capacidade para fornecer 630 000 kw de potência durante 5 horas que corresponde a 15% da potência eléctrica consumida em Portugal.

É a energia de 240 mil baterias Powerwall que representam um custo de 1325 milhões € e, carregando e descarregando todos os dias, tem uma garantia de 7 anos (de que duvido).  O vendedor diz que fica, apenas o armazenamento, em 0,15kwh a que tem que se somar o custo da electricidade.

O sistema Lindos/Touvedo, a preços de hoje, custou mais ou menos o mesmo (1130 milhões €), já dura há 30 anos e ainda vai durar muitos mais décadas a carregar e descarregar.

A carregar e descarregar todos os dias durante 100 anos, traduz um custo de  0,01€/kwh.


Vamos à comparação.

O sistema Alto Lindoso / Touvedo tem um custo de capital de 31 000€/dia que, se o sistema usado apenas para armazenamento, traduz um custo de 0,01€/kwh de armazenamento.

Acresce que a água do rio Lima que passa no sistema  Alto Lindoso / Touvedo ainda produz electricidade no valor de 100 mil € por dia!!!!!! (970 Gwh / ano).

As baterias de lítio têm um custo de 0,15€/kwh!!!!!!!

só podemos concluir que temos um ministro das infra-estruturas que nos quer condenar à miséria como acontece na Venezuela, Nicarágua, Cuba, Coreia do Norte, e demais regimens esuqedistas.

 

A capacidade do sistema Alto Lindoso / Touvedo pode ser facilmente aumentada.

Se a altura da barragem de Touvedo for aumentada em 3,5m, obra fácil de fazer, o sistema mais do que duplica a sua capacidade de armazenamento, de 5 horas a 630 MW para 12 horas a 630 MW.

Outra hipótese é melhorar o sistema de captação no Touvedo para aumentar o volume útil (a barragem tem um volume "morto" de 10 milhões m3)

É que no ano em que foi projectada, em 1983, ainda não havia a mais remota hipótese de a tecnologia solar ser capaz de gerar electricidade a custos na ordem dos 0,012€/kwh mas apenas durante o dia.

Além do sistema Lindoso/Touvedo, temos o sistema de Alqueva - Pedrógão capaz de gerar 520 MW durante 30 horas.

 

Porque será que os economistas esquerdistas nunca estudam os países comunistas?

Dizem mal do capitalismo, da exploração do homem pelo homem, da grande capital, da crise das democracias minadas pelo fascismos e neoliberalismos mas nunca falam como, rapidamente, a Nicarágua, a Venezuela e todos os outros regimens esquerdistas resvalaram rapidamente para a miséria e para a ditadura.

Bem sei que vão arranjar mil e uma desculpas mas que os povos desses países continuam a viver na miséria e em ditadura.


Será Portugal uma verdadeira democracia?

Já repararam que este blog não tem autor?

Tive que passar à clandestinidade!

Mesmo assim, estou suspenso.

É a democracia esquerdista do posso quero e mando.

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Para o PAN e demais esquerdistas caviar da cidade, o mundo rural é a "aldeia mais portuguesa" de Salazar

Em 1938 o Salazar lançou um concurso onde se ia identificar a "aldeia mais portuguesa de Portugal".

Esta ideia estava errada desde o início porque toda a aldeia de Portugal, qualquer qual fosse o seu aspecto, era a "mais portuguesa de Portugal". Também estava errada porque partida da premissa de que a aldeia era para ser observada de longe, pelo olho do cidadão (o que habita na cidade) e não vivida pelo aldeão (o que habita na aldeia), respondendo às necessidades de cada pessoa da comunidade local.

Segundo o concurso, haveria dois tipos de portugueses, o cidadão enquanto dono do gosto refinado e da definição do que é ser português e o aldeão como ser atrasado, indígena a precisar de ser cidadizado.

Passados mais de 80 anos, a esquerda caviar da cidade de que o PAN é a refinação mais pura continua a ver o mundo rural com os mesmos olhos que via Salazar em 1938, formado por ignorantes, cruéis, sádicos, matarruanos, a precisar que o cidadão lhes ensine o que podem fazer e como se devem comportar para deixarem de parecer aldeões e passarem a parecer cidadãos. Parecer porque um aldeão cidadizado nunca deixará de ser cidadão-novo, sempre com a matarruanice debaixo da pele.


Para os do PAN, o mundo rural resume-se ao que cabe no vaso de plantas que têm na varanda.
 

Dizem os cidadão do PAN que no futuro, ter um gato será igual à escravatura e comer uma galinha será canibalismo.

No futuro, os manuais de história dirão: "No Sec. XXI as pessoas eram muito primitivas, tinham gatos como escravos a que chamavam animais de estimação."

Esses mesmos manuais dirão: "No Sec. XXI as pessoas eram canibais, comendo os seus semelhantes galinha, porco e vaca." 

Nesse tempo futuro, o Zéquina de então vai perguntar "Sr.a Professora Siri, o que é um gato ou uma galinha, um porco ou uma vaca?"

Eram nossos semelhantes que já não existem pois o PAN identificou que, vivendo, teriam uma vida de sofrimento. Tal como esse nossos semelhantes, também desapareceram os leões, lobos e todos os demais carnívoros porque causavam sofrimentos aos herbívoros. e também desapareceram os herbívoros porque precisamos da Natureza para fazer bio-combustíveis.

 

Em que nos baseamos para dizer que é moral comer outros seres vivos? 

Esta questão vem desde o princípio da humanidade, porque razão uns seres vivos comem outros seres vivos, todos eles iguais aos olhos de Deus, seu criador?

Esta questão nunca teve resposta pelo que a religião teve que assumir que Deus assim criou a ordem natural. Quando Deus criou a sua obra, estava nela incluído que uns comeriam outros. Em particular, o mundo foi criado para ser comido pelo homem.

Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (Gen. 27) 

Disse Deus: "Eis que vos dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com se­mentes. Elas servirão de alimento para vocês. (Gen. 29)

E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os gran­des animais da terra­, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão". E assim foi. (Gen. 30)


Segundo o PAN, quais os animais que podemos criar, explorar, matar e comer?

Mamíferos?

Aves?

Peixes?

Lagartixas, osgas, cobras e lagartos?

Aranhas?

Moscas, mosquitos, piolhos e carraças?

Minhocas e morcões?

Onde acaba a exploração dos animais? Todos os seres vivos lutam para a viver, não existe vida superior e vida inferior que não nos olhos do cidadão. 

 

Também temos que acabar com a agricultura porque prejudica os animais selvagens.

Por um lado, os esquerdistas da cidade querem acabar com a acção do homem na natureza mas, por outro lado, querem meter bio-combustíveis nos seus automóveis (feitos com óleo de palma) ou electricidade bio feita com "desperdícios" florestais que são o ambiente base dos fungos, insectos e aves selvagens.

A agricultura tem que ser a "tradicional", aldeões a cavar o campo (pois não se podem usar animais), a plantar umas couves galegas e umas magras espigas de milho (sem pesticidas nem adubos de síntese).

O problema é que essa agricultura, além de "destruir" muito mais natureza porque produz pouco por hectare, mesmo que ocupa-se todos os terrenos, pelo menos 90% da humanidade morreria à fome!!!


Lembram-se da fome na China, Biafra, Índia ou Etiópia?

No passado a agricultura  nãoe ra capaz de produzir alimentos suficientes para a humanidade. No entretanto, a população mundial aumentou aumentou de forma explosiva e a fome diminuiu!!!!!!!

Entre 1959 e 1961, a fome matou cerca de 35 milhões de chineses (entre 15 e 55 milhões), quando o país tinha 667 milhões de habitantes. Hoje a China tem mais do dobro da população, 1400 milhões, e não morre ninguém de fome!!!!!!

Em 1983-85, a fome matou mais de 1 milhão de etíopes numa população de 39 milhões de habitantes.  Hoje, o país tem o triplo da população, 115 milhões, e não morre ninguém de fome!!!!!!

Além de a fome como realidade geral ter desaparecido, a agricultura ainda tem margem para produzir óleos usados na fabricação de "bio"-combustíveis.

e isto deve-se apenas ao progresso técnico na agricultura que passa por:

1 = Desenvolvimento de novas sementes mais produtivas e mais resistentes (transgénicas).

2 = Desenvolvimento de animais com melhor taxa de transformação da ração em carne e leite.

3 = Armazenamento de água e seu uso em irrigação.

4 = Construção de ambientes controlados (estufas cobertas com filme plástico).

5 = Desenvolvimento de fito-fármacos, pesticidas, herbicidas e adubos de síntese. 

6 = Mecanização.

 

Querer acabar com o progresso na agricultura é fazer a humanidade retornar à fome.

Ou esterilizar as mulheres.

No fundo os esquerdistas ambicionam a esterilização dos seres vivos explorados (onde se incluem os aldeões pobres, "escravos" do "sistema capitalista", com o objectivo de acabar com a "exploração do homem pelo homem") até que a humanidade tenha uma dimensão compatível com a natureza. voltarmos a ser apenas 285 milhões como no tempo da fundação de Portugal, esterilizar 24 mulheres em cada 25.

Esterilizar os leões para que não comam os outros animais, esterilizar os outros animais porque sofrem muito, eutanasiar os velhos porque não aguentam mais o sofrimento.


Dá que pensar a juventude aderir a essas ideologias.

E o mais interessante é que as mentiras que dizem não são consideradas falsidades.

O Trump dizer que o China fez o Covid-19 era desinformação. Agora que o Biden também o diz, já é informação credível.

O Passos Coelho baixar salários era a "agenda neo-liberal", ir além da troika. O Pedro Nuno Santos baixar salários e estar "dependente da aprovação do plano de re-estruturação por parte da UE" é "salvar postos de trabalho na TAP" e "respeitar as regras do jogo".

Estar um nepalês a ganhar 5€/hora a apanhar amoras em Odemira é exploração do homem pelo homem. Mas o mesmo nepalês estar a ganhar 0,30€/h no Nepal a cultivar arroz que exporta para nós comermos já não é exploração do homem pelo homem.


Mas sempre foi assim.

Quantas coisas são hoje importantes nas nossas vidas e que os seus inventores foram perseguidos e mortos?

O exemplo histórico é o Galileu mas muitos mais foram queimados (e ainda o são nos dias de hoje mesmo nas democracias ocidentais com o "cancelamento") por heresia, atentado aos bons costumes, à segurança do estado ou acusados, tal como Sócrates há milhares de anos, de corromper a juventude?


Outra mentira dos esquerdistas - "ecológicos" é que os painéis solares vão cobrir todo o país.

A produção de electricidade com painéis solares vai, num prazo de 10 anos, resolver todas as necessidade energéticas da humanidade. Mas os esquerdistas dizem que será preciso cobrir tudo mas vamos às contas.

Em média, "caiem" no nosso Alentejo 4,7 KWh por dia de luz solar.

O rendimento dos painéis solares, considerando o terreno todo, é de 10%. Então, vão ser aproveitados 0,47 KWh por dia.

O armazenamento em centrais hidroeléctricas reversíveis é de 80%. Considerando, com perdas na rede e no armazenamento este rendimento global, ficamos com 0,37kwh/dia.

O consumo diário é de 150 milhões de kwh.

Precisamos então de 150 000 000 / 0,37 = 405 km2.

Majorando esse valor em 50% para os automóveis, ficamos com 600 km2 de paineis.

Mostro no mapa o que representam 600km2. Quase nada.

E ainda se pensa que o rendimento pode aumentar (o que reduzirá a área necessária).

O que representam os 600 m2 necessários para produzir toda a electricidade que consumimos, mais 50%, com painéis solares.

 

sábado, 5 de junho de 2021

O desconfinamento deve prosseguir porque já não morre ninguém

O primeiro caso de Covid-19 aconteceu em 02/03/2020.

Na altura o pânico era grande porque a China indicava taxas de mortalidade de 4% (valor que atingimos nos piores momentos) e a única forma de fazer face à pandemia era o confinamento (com grande impacto económico) ou deixar andar e morrer quem tivesse que morrer.

Em Junho/Julho/Agosto/Setembro de 2020 começou o desconfinamento quando a mortalidade estava em 4 óbitos por dia (na média dos últimos 14 dias).

Depois, a mortalidade começou a subir.

Nos 14 dias anteriores ao Natal de 2020 havia 80 mortos por dia e, mesmo assim, fez-se Natal.

O confinamento voltou no dia 10 de Janeiro com 11 mortos no dia anterior.

 

A mortalidade agora é inferior a um por dia.

Nunca a mortalidade foi tão baixa e, mesmo assim, há quem peça confinamento.

Se nos 14 dias entre 22 de Janeiro e 5 de Fevereiro morreram3820 pessoas, (já ninguém se lembra disto?), nos últimos 14 dias morreram 15 pessoas, uma redução de 99,61%.

Os que defendem a continuação do confinamento só podem estar malucos.

Nem que suba para  10 mil casos por dia, o importante é saber que não morre ninguém.


Evolução do número de mortos por dia, média dos últimos 14 dias no último ano (dados, DGS)




 

 

 

 


terça-feira, 1 de junho de 2021

Odemira - Fará sentido uma barragem a jusante da Ribeira do Torgal?

 O problema dos esquerdistas é que o ditador Salazar fez grandes obras públicas.

Um país só se desenvolve com investimento e o ditador Salazar, em vez de enterrar o dinheiro dos contribuintes em empresas falidas como a TAP, CP, RTP, CARRIS, STCP, uma lista sem fim, investia em grandes obras públicas que os privados não achassem apelativas mas que tivessem grande impacto no desenvolvimento do território.

Exemplo de grande obra pública foi a Barragem de Santa Clara a Velha no rio Mira que permitiu o regadio de 12 mil ha em Odemira.

O leitor poderá pensar que a minha ideia (e que é a ideia de muitos agricultores de Odemira) não faz sentido  porque a Barragem de Santa Clara A Velha tem capacidade para armazenar 6 anos de caudal médio. O caudal médio do rio Mira na barragem é de 83 milhões de m3 e a capacidade da albufeira é de 485 milhões m3.

Mas o problema não é o armazenamento mas o facto de barragem estar localizada 40 km a montante da foz do rio Mira e, por isso, apenas ser capaz de intersectar uma parte da água do rio Mira.


Intersectar e bombear para trás.

Não consegui arranjar dados fidedignos mas uma intersecção a jusante da foz da ribeira do Torgal permitirá pelo menos duplicar a água disponível para regadio, quanto mais próximo da foz, maior será a recuperação.

Claro que a barragem está em Santa Clara a Velha porque os terrenos a jusante da ribeira do Torgal não são adequados para construir uma barragem com capacidade de armazenamento.

Mas a minha ideia não é uma barragem com grande albufeira mas apenas um açude que permita a captação da água e a bombeie para a barragem de Santa Clara a Velha. Uma estação de bombagem com capacidade de 5 m3/s.


Dizem os esquerdistas caviar que essa agricultura não interessa.

A agricultura que os esquerdistas defende é a agricultura que atirou o Alentejo para a miséria e a fome. Não é culpa do ditador Salazar (que até os ossos já devem estar dissolvidos) mas dos esquerdistas teimarem numa agricultura extensiva de substituição das importações de cereais.

O que é preciso é uma agricultura de produtos com elevado valor que possam ser exportados para os países do Norte da Europa onde o clima é muito agreste para as frutas delicadas.


Fui buscar dados ao INE sobre importações e exportações.

Nos princípios da década de 1990, em euros, os bens agrícolas que exportávamos correspondiam a apenas 5% desse tipo de bens que importávamos. Actualmente, estamos quase em 50%!!!!!!

Sim, deixando os cereais e passando a cultivar abacates, amoras, framboesa, morangos e essas coisas todas que se cultivam em regadio cobertas com plásticos, multiplicamos por 10 (os agricultores multiplicaram) as nossas exportações.

E isto apenas pôde ser feito com as barragens do ditador Salazar e com a "exploração" dos nepaleses e dos indianos.

 

Grau de cobertura das exportações de bens agrícolas, 1993-2020 (dados, INE)
 

Não compreendo porque não!

Não compreendo qual a moral, ética ou racionalidade que pode ser invocada para proibir um nepalês (que ganha 0,30€/hora a trabalhar no Nepal) de vir para Portugal trabalhar por 2,50€/hora.

Não sei a lógica de manter pessoas a viver na miséria no Nepal quando essas pessoas podem vir para aqui ganhar 5 vezes mais e ainda fazer os portugueses mais ricos.

O Banana Rio diz que "lá como vivem na terra deles, não me preocupa". Então porque se preocupa quando estão cá? É para aborrecer o Cabrita? Para combater o "grande capital"? A exploração do trabalho?

Não me posso esquecer que o Banana Rio é de esquerda, um zero à esquerda.

 

Será por não serem funcionários públicos?

Já algum esquerdista comentou o facto de as nacionalizações do Hugo Chaves feitas à moda do Pedro Nuno Santos ter feito com que, actualmente, o salário na Venezuela possa ter sido "aumentado" para 2,95€/mês (confirmar)?

E que nesse país "democrático" o salário de um funcionário público está em 3,95€/mês?

É esse o caminho do crescimento e desenvolvimento dos esquerdistas, baseado no combate ao lucro e á exploração do trabalhador, crescimento e desenvolvimento da miséria.


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