quarta-feira, 31 de março de 2021

Nunca fomos à Lua mas existem extraterrestres

O Espaço Sideral sempre fascinou a humanidade.

Essa lonjura toda para lá das nuvens até não se sabe onde sempre confundiu a mente humana que, habituada às coisas limitadas, aos 10 dedos da mão, aos limites da aldeia, nunca compreendeu o que é o infinitamente grande.

Antes de Copérnico, Galileu e Kepler pensávamos que o Cosmos era a casa dos deuses, único, trindade interligada ou plural. Depois, compreendemos que cada ponto de Luz fixa no firmamento é uma estrela tão grande como o Sol mas transformada em quase nada pela distância descomunal a que está de nós.

O Universo não é homogéneo, havendo volumes em que existem muitas estrelas agrupadas, as galáxias, e espaço vazio entre as galáxias.

 

As Lei da Física e a probabilidade de haver Vida.

Como as Leis da Física são iguais em todo o Universo, existe a certeza de que apenas pode haver vida usando as mesmas reacções químicas que existem na vida terrena, isto é, a química do Carbono associado ao Oxigénio, Hidrogénio e Azoto com mais uns oligo-elementos, capaz de codificar informação no DNA e RNA de como produzir proteínas, gorduras e hidrocarbonatos. Sendo assim, apenas pode haver vida em planetas que sejam semelhantes à Terra.

A Ciência cada vez mais mostra que uma parte das estrelas tem planetas e que alguns desses planetas são semelhantes à Terra, .

Não sabemos exactamente os números mas vamos supor que i) uma em cada mil estrelas tem um planeta semelhante à Terra, ii) um em cada mil dessas terras tem vida e iii) um em cada mil planetas com vida tem vida inteligente como na Terra. Neste caso, a probabilidade de haver vida inteligente no Universo é um em cada mil de milhões de estrelas, muito pequena.

 

Mas o Universo é imenso.

A nossa galáxia, a Via Láctea tem cerca de 250 mil milhões de estrelas!!! o que faz com que, pela "probabilidade" calculada, haja 250 estrelas onde a vida inteligente floresce.

E, além da nossa galáxia, há cerca de 150 mil milhões de galáxias!!!!

Se uma em cada mil milhões de estrelas há vida inteligente, haverá 250 "civilizações" extra-terrestres só na Via láctea e milhares de milhões espalhadas um pouco pelo Universo.


Mas isto não quer dizer que haja extra-terrestres a visitar a Terra.

Se a imensidão do Universo garante que existem muitas civilizações extra-terrestres, essa mesma imensidão e as limitações impostas pelas leis da física, tornam impossível alguma vez algum extra-terrestre chegar à Terra.

 

Vejamos a distância entre as estrelas na Via Láctea.

A VL é um disco com 100 mil nos luz de diâmetro e 2 mil anos luz de espessura.

Se as 250 mil milhões de estrelas estivessem espaçadas de foma uniforme, a distância entre as estrelas seria de 4 anos luz. 

Esta distância começa a ser uma enormidade. A velocidade da Terra à volta do Sol é de 30 km/s. Se os extra-terrestres arranjarem uma nave com um velocidade 20 esta, 600 km/s, vão precisar de 2000 anos para virem desde a estrela mais próxima até à Terra.

Mas, havendo "apenas" 250 civilizações na Via Láctea, a distância entre duas será muito maior, na ordem dos  4000 anos luz, sendo precisos cumprir uma viagem de 2 milhões de anos para nos visitar.

 

Alguém acha que extra-terrestres inteligentes ...

Vão começar uma viagem que vai durar 2 milhões de anos para cá e outros 2 milhões de anos para voltar a casa apenas para nos visitar?

 

Agora vem a questão da Lua.

A Lua fica a 1,3 segundos luz da Terra. comparando com os 4 anos luz, é 6 milhões de vezes mais próxima pelo que deveria ser simples fazer essa viagem.

Mas não é bem assim e prova disso é que, alegadamente os americanos foram lá há 50 anos mas nunca mais ninguém foi capaz de lá ir.

Pela dificuldade, há muitas pessoas que não acreditam que os americanos tenham mesmo pousado na Lua, que não passou tudo de um episódio da Guerra Fria.

Mas será que quem não acredita que foram à Lua (a quem os pseudo-intelectuais de esquerda chamam "negacionistas" e a SIC chama "radicais de direita") deve ser vítima de chacota, e considerado perigoso?

Será que quem compra uma somas numa máquina e come uma, quem no intervalo do trabalho vai ao carro comer uma sande e beber uma serveja que parece mais mijo por estar quente, que um abrigo que está a guarda carros ou quando se senta no jardim a comer um malga de sopa fria que alguém lhe deu é perigoso para a sociedade?

Cada vez mais vivemos numa sociedade "plural de esquerda" em que quem disser "não aceito, existem alternativas filosóficas para ver a vida".

Ser Fascista ou Nazi é um crime de lesa majestade que precisa ser arrancado até à mais profunda das raízes mas ser leninistas, marxistas, estalinistas, maoistas ou pol-potistas não só é aceitável como fixe, devendo ser o futuro da Humanidade.

A coberto da máscara, vem o açaime e sabe-se lá que mais, sempre aceitável se for de esquerda.


E como estamos de Covid-19?

Estamos encalhados numa média de 440 casos por dia, com o Rt igual a 1.

Se compararmos com os 16 mil casos diários de finais de Janeiro, estamos óptimos mas foi com estes valores que começou, em Setembro de 2020, a "segunda fase".

A boa notícia é que agora há vacina.

Evolução do Rt em Portugal


O partidarismo e a Inconstitucionalidade do Marcelo.

Antigamente, antes do Costa ter "deitado o muro" abaixo e feito um governo não tendo ganho as eleições legislativas, o nosso regime político era "bi-presidencial".

Bi-presidencial traduz que, além do presidente da república, o primeiro ministro também é eleito directamente.

O Costa veio introduzir o parlamentarismo em que, de forma indirecta, o primeiro ministro é quem consegue maior número de deputados na assembleia da república.

Assim sendo, a constituição fica alterada.

Se o Costa não consegue governar com uma assembleia da república maioritariamente ostil, só tem que se ir embora e dar a voz aos parlamentares para, quem sabe, termos um governo de coligação PSD+BE+PCP+CDS+PAN.

É o parlamentarismo, estúpido.

terça-feira, 30 de março de 2021

A solução da guerra moçambiqcana é a descolonização.

A generalidade das pessoas pensa que a descolonização já aconteceu em 1975.

Pensam as pessoas que, em Moçambique, havia o colonizador europeu que explorava as populações africanas e os recursos naturais e que isso acabou em em 25 de Junho de 1975 quando Moçambique declarou a independência.

A partir dai, tal como os esquerdistas portugueses que mudaram a Ponte de Salazar para Ponte 25 de Abril e querem deitar abaixo os monumentos aos descobrimentos e que se retire da língua portuguesa a palavra Preto, começou-se em Moçambique aquilo a que os "moçambicanos" decidiram chamar "descolonização".

 

Porque coloco moçambicanos entre aspas?

Para o Branco colonizador, os africanos são todos iguais mas não é essa a verdade.

O país Moçambique como unidade política é a maior obra do colonizador que esmagou todos os países que existiam naquele território uma espécie de amálgama. Desde 1975 os Tsongas que vivem no Sul, nas Terras de Maputo, colonizam, exploram e esmagam todos os outros povos onde se incluem os Macuas que vivem no Norte.

Agora que se adivinha haver grandes riquezas no Norte, interessa engordar os Tsongas em Maputo, mantendo na miséria os povos do Norte, em Pemba.

 

Moçambique não quer ajuda militar como os Colonos Brancos não queriam as tropas "portuguesas".

Porque os Tsongas querem matar  os Macuas sem ninguém ver.

Matá-los como se fossem animais.

 

A solução está na descolonização, na democracia, na autodeterminação.

Os africanos (onde se inclui o Mamadu Bá) deveriam ter a coragem de dizer "basta de países desenhados em 1895 pelo racista branco na convenção de Berlim com régua e esquadro e é tempo de repôr os países que existiam em África nos finais do Sec. XIX."

Em vez de mandar armas para África, precisamos mandar democracia, liberdade, respeito pelo que é diferente (os africanos não são todos iguais) e autodeterminação dos povos africanos.

Se na Europa Central + Ocidental há 35 países com uma média de 140 mil km2 por país como é possível defender que Moçambique tenha 800 mil km2, mais do dobro da área da Alemanha?

Como é possível acreditar que as pessoas de Maputo defendem os interesses das pessoas de Pemba, a 2500 km de distância por estradas de terra batida?

Para resolver a questão, primeiro, é preciso criar uma região administrativa com as três províncias do Norte (Niassa, Cabo Delgado e  Nampula que têm cerca de 1/3 da população de Moçambique)

Pode ser usado no "nosso" modelo da Madeira  e dos Açores, com uma assembleia e um governo.

Depois, realizar eleições livres e justas.


sexta-feira, 26 de março de 2021

Covid-19 : Estamos benzinho mas a Índia vai explodir em 10 dias.

Apesar de o António costa ser indiano, a índia está muito longe.

Além dos 8000 km que nos separam, também ninguém quer ouvir notícias vindas de lá.

Fala-se muito do Brasil mas, nada da Índia, não sabemos se o presidente é de direita ou de esquerda, se é negacionista, demagogo populista ou um verdadeiro estadista capaz de resolver todos os problemas que afligem o seu povo (isto é, um esquerdista).

Mas já ouvi um sururu de que havia "uma estirpe com duas mutações que está a preocupar as autoridades". E realmente, de repetente e sem aviso prévio, o número de novos contaminados explodiu.

Depois de atingir um máximo em meados de Setembro de 2020, o número de novos contaminados foi caindo paulatinamente até atingir em finais de Janeiro um mínimo de 12% dos casos observados no máximo.durante 4,5 meses tiveram um Rt médio de 0,925.

O problema é que em Fevereiro o problema voltou cheio de força tendo multiplicado por 4 em menos de 2 meses. 

Hoje o número de novos casos está em 50% do valor máximo mas como o Rt está em 1,38, uma dinâmica explosiva, dentro de 15 dias vai ultrapassar o pior que já se viveu.

Fig. 1 - A evolução do número de novos casos na Índia (está numa trajectória explosiva, wiki)


Nós estamos benzinho.

É certo que o Rt já esteve mais baixo (0,6 em princípios de Fevereiro de 2021) e tem estado a aumentar desde então para um valor próximo de 1,00 mas a boa notícia é que a dinâmica de aumento está a estagnar em 0,94.

O Rt tem que estar abaixo de 1,00 e é capaz de aguentar nos 0,94, vamos rezar.

Fig. 2 - Evolução do Rt em Portugal (parece que está estável em 0,94, DGS)


Mas porque será que está a explodir na Índia?

Isso é que nos deve preocupar e não se podemos ou não mudar de conselho na próxima semana.

É que está a aumentar mais rapidamente do que explodiu o ano passado, na primeira vaga.

Porque será? Será uma nova variante? Será que o Natal na Índia foi em finais de Fevereiro :-) ?

A Índia é longe mas a China ainda era mais longe e a coisa chegou cá num piscar do olho.


quarta-feira, 24 de março de 2021

Nunca o negócio das barragens levaria a pagar 110 milhões € de Imposto de Selo

1 = As barragens pertencem ao Estado Português.

A barragem, enquanto paredão feito de betão em cima de um rio, pertence sempre ao Estado estando o direito do seu uso concessionado a um particular durante X anos. Mesmo que seja um particular a construir a barragem, esta, ao fim dos X anos, volta para o Estado.

Não sendo um imóvel,não pagaria IMT nem os 0,8% de Imposto de Selo.


2 = O que foi vendido foi a concessão mais ...

As 6 barragens foram "vendidas" por  2210 milhões €.

Os professores doutores foram à tabela do Imposto de Selo e viram, no ponto 27.2, que será aplicada a taxa de 5% nas "Subconcessões e trespasses de concessões feitos pelo Estado, pelas Regiões Autónomas ou pelas autarquias locais, para exploração de empresas ou de serviços de qualquer natureza, tenha ou não principiado a exploração sobre o seu valor."

 

Mas agora vem "mais ..."

Contava-se que o Salazar tinha prometido à Nossa Senhora de Fátima que lhe daria o que rendessem as 10 vacas gordas que tinha na quinta se esta livrasse Portugal da Segunda Grande Guerra.

Portugal lá se livrou, e o Salazar colocou as 10 vacas à venda por 100€ mais um galo por 20000€.

Claro que os compradores chegavam e diziam "Eu levo as vacas" a que o Salazar respondia, "Mas vai ter que levar também o galo"

A barragem enquanto unidade de produção de energia tem o paredão em betão (que pertence ao Estado) e todo o equipamento desde a turbina, o grupo electrogerador, transformadores e muita mais maquinaria. Além disso tem o custo de construção da barragem que tem que ser amortizado.

Agora vamos à conta do Salazar. Que percentagem dos 2210 milhões € da venda das barragens se destina aos "trespasses de concessões"?

 

Vamos, por exemplo, à Barragem do Tua (ver, aqui).

A concessão, em 2009 e por 75 anos, teve um preço de 53,1 milhões € e,quanto que o custo da barragem e equipamento foi de 340 milhões €. Então, a concessão valia em 2009 apenas 13,5% do preço da barragem construída.

No entretanto passaram 10 anos.

Supondo que a barragem dura 100 anos, como a concessão apenas dura 75 anos, então, neste momento a concessão valerá cerca de 13% do preço de venda das barragens.

E existem barragens em que a concessão está mais próxima do fim e, por isso, com menor valor.

 

No final, quanto daria o IS a pagarpela venda das barragens?

No máximo, 2210 * 13% * 5% =13,385 milhões € 

Eu apontaria para 11 milhões €, muito longe da conta dos professores doutores do PSD e do BE.


O Estado recebeu 53,1M€ da EDP pelo local em Foz-Tua, não construiu nada mas ficou o seu proprietário. Vai receber a barragem construída sem ónus nem encargos ao fim dos 75 anos. A isto chama-se um negócio da China.


sexta-feira, 19 de março de 2021

A Bitcoin nunca será moeda

Porque lhe falta a principal característica: a estabilidade.

Se hoje vou ao supermercado A e compro um chocolate por 0,79€, quero daqui a um mês ir ao supermercado B e, vendo que o mesmo chocolate tem um preço de 0,75€, ter a certeza que no supermercado A o preço se mantém nos 0,79€.

Se em 1 de Janeiro de 2020 o meu ordenado foi de 1235€,  em 1 de Janeiro de 2021 quero que o meu ordenado não desça abaixo deste valor e até que suba um bocadinho.

Isto chama-se "estabilidade de preços" e apenas existe se a "unidade de valor" da moeda se mantiver constante ao longo do tempo.

Acontece que a "unidade de valor" da Bitcoin tem aumentado muito em relação a tudo o resto o que traduz que, se a Bitcoin fosse a moeda, assistiriamos a uma rápida deflação.

Se o comportamento do Euro fosse semelhante à Bitcoin, em 1 de Janeiro de 2021 já só receberia 249€ e em 1 de Março de 2021 ficaria reduzido a 157€.

 

O que é a Bitcoin e porque precisa ser "minerado" com computadores?

A Bitcoin é um conjunto de números inteiros que têm, entre eles, uma relação. Para explicar o seu funcionamento vou usar um exemplo que é conhecido por todos: o "Teorema de Pitágoras" e a "Divisão Inteira".

Vamos supor que a BP, "Bitpitágoras",  são 3 números inteiros, C1, C2 e H, que representam os lados de um triângulo rectângulo. Como todos nos lembramos, C1^2 + C2^2 = H^2.

Vou ainda obrigar que o resto da soma dos 3 números C1+C2+H  dividida por 3 dê zero (poderia ser outro número primo mas, quanto maior o número, menos "moedas" há).

Agora, tenho que experimentar números até observar um trio que verifiquem estas duas condições. O primeiro trio é muito conhecido e é BP1 = (3; 4; 5) = (4; 3; 5).

Os seguintes 10 BP serão (6; 8; 10), (5; 12; 13), (9; 12; 15), (12; 16; 20), (10; 24; 26), (15; 20; 25) e (18; 24; 30).

Se simular números até 2000 (um total de 8 000 000 000 de conjuntos), existem apenas 1399 "moedas".

Quanto os números são maiores, será mais difícil em termos de computador garantir que verificam as regras. Imaginemos que já foram "descobertas" todas as moedas com números menores que

100000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

Torna-se muito difícil, em termos de tempo de computação, descobrir mais moedas. Demora tanto tempo a descobrir uma nova moeda que não chega a pagar a electricidade que se gasta no computador.


A Bitcoin é um Esquema Ponzi, um esquema em cadeia, é uma "bolha".

É uma fraude muito usada pela máfia!

1 = Uns farsantes  fazem uma empresa sem qualquer importância a que dão um nome pomposo, por exemplo, Gold and Diamonds Central.

2 = Vendem-se acções entre os farsantes sempre com preço crescente. Se, por exemplo, hoje o A comprou acções a 10€, daqui a um mês vende por 11€ ao farsante B.

3 = Com o tempo, as estatísticas começam a mostrar que esta empresa está a valorizar. Então, começam a vender uma percentagem muito pequena a pessoas de fora mas, sempre que essas pessoas queiram vender as suas acções, um farsante compra-as com o preço inflacionado.

4 = A cotação vai sempre aumentando até que, de um dia para o outro, os farsantes vendem todas as suas acções com enormes lucros e desaparecem.

 

Lembram-se dos selos da Afinsa (ver)?

Chama-se a isto "investimento em activos intangíveis".

Uns selos que valiam 1€ estavam nas carteiras dos clientes como valendo 1000€.

 

As Bitcoins não são riqueza!

O valor da moeda vem de haver pessoas que aceitam trocar os seus bens pela moeda. A moeda em si não é riqueza, é apenas um "registo contabilístico".

Também haver mais ou menos Bitcoins não é qualquer ativo tangível, não mata a fome em África.

Então, o seu valor é apenas especulativo: vale porque meteu-se na mente das pessoas que valerá cada vez mais.

 

Como foi monta a fraude do milénio.

O criador da Bitcoin "minerou" as moedas mais fáceis, as que têm números pequenos, digamos que conseguiu "minerar" 10 milhões de moedas a 0,1€ cada uma.

Depois, com publicidade e intervenções inteligentes num mercado quase sem liquidez (inicialmente, o volume de transacções era muito pequeno), conseguiu que o seu "valor" fosse aumentando de forma consistente ao longo do tempo.

De repente, a dinâmica de crescimento ganhou vida própria porque o povo, na procura do lucro fácil, do compra hoje e vende amanhã com lucro, entrou em euforia.

Cada vez entra  mais gente, mais dinheiro, o mercado aquece, a valorização atinge valores astronómicos, passando de 1€ inicial para mais de 50000€.

Agora, o criador da Bitcoin só tem que vender as suas moedas fáceis. Sem produzir qualquer bem, com um investimento inicial de 1 milhões de euros vai conseguir meter 50 mil milhões de euros ao bolso.

O criador desaparece, a moeda começa a cair, o povo panica (gosto deste neologismo brasileiro que na Europa se diz "entra em pânico") e a "bolha" rebenta com estrondo.

Todo o lucro que uns tiverem, será prejuízo de outros pois nada foi criado. E ainda se gastou electricidade a "minerar" as moedas.



quinta-feira, 18 de março de 2021

Teremos, no futuro, um governo de coligação PSD + BE

Pode parecer estranho mas o PSD e o BE estão em processo de convergência.

O caso mais recente é "a borla fiscal à EDP no caso da venda das barragens".

Fig. 1 - BE+PSD = Para a frente e para trás, para cima e para baixo, para a menina e para o menino, vamos desgovernar Portugal.

 

Não deveria o PSD defender a diminuição dos impostos?

É natural que o BE, defensor do fim da iniciativa privada e do mercado, venha gritar para que as empresas privadas paguem mais e mais impostos. Se não é possível nacionalizar tudo a torto e a direito (lembram-se do slogan do BE "Nacionalize-se a GAL a REN e a EDP"?), carregam-se as empresas com impostos que elas hão-se cair de maduro nas mãos do grande estado.

Mas o PSD aliar-se a esta estratégia?


As transacções de imóveis são demasiadamente caras.

Vamos imaginar que eu compro um Mercedes-Benz E 400 d 4MATIC por 100 mil €. Vou precisar de uma declaração de compra e venda com assinatura simples (sem custo), mostrar o Cartão de cidadão e o livrete (sem custo) e pagar 65€. Já está registado em meu nome.

Vamos imaginar que compro um terreno por 1000€. Tenho que pagar  5% de IMT mais 0,8% de IS (29€) e ainda 375€ mais 125€ pelo serviço do notário. 

No terreno de 1000€ tenho que pagar 529€, mais de metade do preço, quando no automóvel de 100 mil € só pago 65€.

Claro que podem dizer que não há terrenos a 1000€ (em Lisboa ou no Porto) mas por esse país rural fora, pelos montes e vales, há centenas de milhar de terrenos que não se conseguem vender nem por 1000€. E esses terrenos não podem ser transaccionados porque os custos são, em termos percentuais, enormes.

 

O PSD deveria lutar por acabar com esses custos e impostos nas transacções.

Os custos de transacção prejudicam a eficiência económica. É semelhante a não haver estradas (em que as pessoas, matérias primas e bens têm dificuldade em ir para o local onde geram mais riqueza).

Se posso vender acções no valor de 100 milhões de euros sem pagar um cêntimo de IMT, porque não acabar com esse imposto para os imóveis que valem quase nada?

Porque não irem o comprador e o vendedor ao Registo Predial, mostrarem os seus Cartões de Cidadão, assinarem um formulário e pagar 65€?

Era por isto que o PSD e todos os partidos de direita deveriam lutar, com acabar com os impostos, taxas e taxinhas que tanto prejudicam a economia.


terça-feira, 16 de março de 2021

A vacina da AstraZeneca e se eu mandasse no Porto prometeria ...

Primeiro vamos à vacina da AstraZeneca.

Tem tido problemas na Europa por várias razões.

A primeira é que a União Europeia paga muito menos que os outros países. Se a UE paga 2,15€/dose, a África do Sul paga 4,29€/dose e o Uganda já tem que largar 5,86€/dose.

Por comparação, a vacina da gripe tem um preço de 10,86€/dose.

Não me parece justo que a UE, uma região desenvolvida, pague menos de metade do que paga o Uganda. Como a UE impôs um preço inferior ao custo de produção, o António Costa pode-se dar ao luxo de anunciar ao mundo que, por adorar os pobretanas africanos, Portugal vai dar 5% "das nossas vacinas" aos coitadinhos dos PALOPS. Não seria mais justo a UE pagar 5,86€/dose para que os países pobres pudessem pagar apenas 2,15€/dose?

Também não me parece justo a UE pagar pela vacina contra a Covid-19  muito menos do que paga pela vacina da gripe, está a explorar o esforço intelectual dos cientistas.

Se ser cientista de vacinas fosse reconhecido, mais e mais pais tirariam os filhos do futebol (à procura de fazerem ronaldos) e os meteriam a estudar ciência.

A segunda razão é por termos uma classe política que não é capaz de explicar às pessoas o que é o risco das coisas. Todos os dias morrem pessoas em quedas nas escadas mas isso não é razão para proibir haver escadas.

Mesmo que alguém morra depois de ser vacinado com a AstraZeneca, é preciso ver se as pessoas que se salvam da Covid-19 mais do que compensam estas mortes.

Como a comunicação social falou em meia dúzia de pessoas que tiveram problemas com a vacina da AstraZeneca, o mais fácil é acabar com essa vacina.

A AstraZeneca agradece pois está a vender à UE abaixo do preço de custo.

 

A vacina da AstraZeneca é a mais importante de todas.

Por é barata e conserva-se num simples frigorífico (enquanto as alternativas são 7 vezes mais caras e precisam de temperaturas muito baixas).

Conseguem-se as duas doses por 4,50€ o que, por exemplo, permite vacinar toda a população de Moçambique, por 150 milhões €. Depois, se for necessário mais uma dose todos os anos, serão apenas 75 milhões €. Uns míseros trocados.

 

Agora vamos às minhas promessas para se mandasse no Porto.

As câmaras municipais têm alguns poderes sendo o principal o PDM (a definição da ocupação do território). Também tem o poder  sobre os transportes colectivos de passageiros e a gestão e exploração do espaço público (parques, jardins, ruas e estacionamento).

Eu iria investir em dois poderes: o PDM e os transportes colectivos de passageiros.


1 = O PDM e a desertificação das cidades.

Cada vez mais pessoas querem viver nas cidades e cada vez as pessoas querem apartamentos com áreas maiores. Em tempos, eu, os meus irmãos e os meus pais, um total de 8 pessoas, vivíamos num apartamento com 96m2, uma média de 12m2/pessoa. Actualmente, vivo sozinho num apartamento com mais de 200 m2.

Esta dupla dinâmica faz com que, por uma lado, seja cada vez mais difícil (e caro) arranjar habitação onde se quer viver e, por outro lado, que cada vez vivam menos pessoas nas cidades!

Sim, se as pessoas querem apartamentos maiores, mantendo o PDM as áreas de construção congeladas, cada vez haverá menos pessoas nas cidades.

As câmaras municipais podem combater a desertificação aumentando o número de pisos dos edifícios protegendo, naturalmente, a zonas que definem a cidade.

 

O que caracteriza a cidade do Porto?

Quando olhamos para um postal, há zonas que nos permitem reconhecer a cidade mas outras são iguais a tantas outras.


 Fig. 1 - Este "postal" é do Porto mas poderá representar qualquer cidade do mundo Rua da Alegria).


Não faz qualquer sentido manter a limitação de 3 ou 4 pisos em ruas sem importância estética, diria mesmo, que são "esteticamente incaracterísticas e degradadas".

 

Proposta 1 = Aumentar a cércea das zonas "esteticamente incaracterísticas e degradadas"

Se actualmente a limitação está nos 3/4 pisos, aumentaria para 15 pisos.

 

Proposta 2 = Habitação social

Nas cidades, o preço do terreno é cerca de 1/3 do custo total da construção. Então, o aumento da cércea vem acompanhado por um preço a usar em habitação social. Por exemplo, um edifício que em 4 pisos teria 2500m2 ( 20 apartamentos T2), com 15 pisos passaria para 9375m2 de construção (75 apartamentos T2). Então, o promotor estaria obrigado a construir (9375-2500)/2 = 3438 m2 em terreno municipal (28 apartamentos T2) a usar como habitação social. 


2 = Os transportes colectivos de passageiros.

Os prejuízos da STCP e da Metro induziram a câmara municipal a limitar a liberdade de funcionamento das empresas privadas de transportes colectivos. A limitação foi proibir as camionetas privadas de circular na cidade e de aceitar  e receber passageiros em locais públicos.

 

Proposta 3 = Liberalizar os transportes colectivos de passageiros

As empresas privadas, Gondomarense, etc., passarão a poder cruzar a cidade, podendo parar para a entrada e saída de passageiros onde bem entenderem, incluindo as paragens dos autocarros da STCP.

Naturalmente,  terão que acabar os autocarros de deitam fumo preto e mal cheiroso.


No resto, nas mexo.

Não mexo porque são pormenores, por exemplo, se o preço do estacionamento deve ser 0,60€/h ou 1,20€/h.

quinta-feira, 11 de março de 2021

Tivemos o milagre, fomos os piores do mundo, os melhores do mundo e agora?

Agora, a coisa está outra vez a caminhar para o vermelho.

Começamos o ano de 2021 como os piores do mundo em termos de infectados e mortos com Covid-19 e, por causa disso, o governo avançou com um confinamento geral no dia 14 de Janeiro.

O Rt começou a diminuir rapidamente o que fez anunciar que passamos a ser o país com o Rt mais baixo do mundo. O problema é que estamos outra vez a piorar!

O Rt mede quantas pessoas são infectadas a cada ciclo de vida do vírus (que é de 5 dias). 

Tendo hoje sido infectadas 1000 pessoas, se o Rt for de 1,10, daqui a 5 dias haverá 1100 casos, daqui a 10 dias 1221 casos positivos e 1331 positivos daqui a 15 dias. Se o Rt for de 0,9, daqui a 5 dias haverá 900 casos, daqui a 10 dias 810 casos positivos e 729 positivos daqui a 15 dias.

A doença apenas está controlada se o Rt for menor que 1, situação em que o número de novos casos vai diminuir de dia para dia.

Antes do confinamento que começou no dia 14 de Janeiro de 2021, o Rt era de 1,25 e, nas 4 primeiras semanas do confinamento diminuiu rapidamente para 0,55. 

O problema é que o Rt começou a subir por volta do dia 12 de Fevereiro, estando próximo de voltar de ultrapassar o valor 1.

Não quero ser pessimista mas, sendo necessário começar a abrir a economia, daqui a uma semana o número de caso vai voltar a subir.

Fig. 1  - Evolução do Rt em Portugal de 1/Jan/2021 a 9/Mar/2021 (dados, DGS)
 

 E como se calcula o Rt?

Muito facilmente, nem se compreendende porque existe discussão política em torno do seu valor.

Como o ciclo de vida do Covid-19 é de 5 dias, divide-se o número de casos de hoje pelo número de casos de há 5 dias e já está.

Como existe sazonalidade semanal (há segunda e terça feira são sempre reportados menos casos), calcula-se o valor homologo: divide-se o número de hoje pelo número de há uma semana e potencia-se por 5/7.

Rt = (casos hoje / casos há 7 dias) ^ (5/7)

 

A média do Rt dos últimos 7 dias é de 0,93, 

Calculado com os dados  disponibilizados pela DGS referente aos últimos 14 dias, entre 25 de Fevereiro e 11 de Março

 

 

quarta-feira, 10 de março de 2021

Covid-19 : o vento traz más notícias da Índia

 No nosso imaginário, a Covid-19 está resolvida.

Acreditando os optimistas que a maior parte da população vai acabar por ficar imunizada seja por ter sido contaminada ou vacinada, mais dia menos dia e ainda antes do fim de 2021, o problema será definitivamente ultrapassado.

Os optimistas dirão mesmo que, seguindo a ideia do PAN de proteger todos os seres vivos, bons ou maus, as autarquias vão mesmo que estender os seus "canis" para "virusis" para poupar o Covid-19 da extinção.

Mas os dados que chegam da Índia fazem crescer em mim o pessimismo.


O que se passa na Índia?

Na Índia, por causa da pobreza, não é possível o confinamento nem a testagem em massa (porque os testes são muito caros e não servem para nada). Claro que as pessoas tomam precauções, usam máscara quando possível e reduzem o contacto com as pessoas infectadas o mais que podem mas podemos aceitar, como ponto de partida, que o comportamento das pessoas e a testagem não se alteraram desde o início da pandemia.

Sobre esse pressuposto, o R vale 1,4 quando não há população imune e, depois, com o aumento da imunidade, vai diminuindo. Quando, por exemplo, 30% da população estiver imune, seja por terem sido já contaminadas ou vacinadas, o Rt reduz-se para 1,4 * (1-30%) =  0,98.

O Rt foi diminuindo ao longo do tempo atingindo o valor mínimo de 0,9 em 21 de Outubro de 2020, altura em que 36% da população indiana já estava imunizada por ter estado contaminado, 487 milhões de pessoas e não as 8,14 milhões testadas positivo (por cada caso identificado, houve cerca de 60 contaminados).


De onde vêm as más notícias?

É que o Rt deveria ter continuado a diminuir e, primeiro parou de cair (até 21 de Janeiro de 2021) para, depois ter começado a aumentar.

Neste momento, estimo que já foi contaminada 56% da população indiana, 760 milhões de pessoas, pelo que o Rt deveria estar em 0,6 mas está acima de 1,1o que traduz um aumento exponencial do número diário de novos casos!!!!!!!

 

Fig. 1 - Evolução do Rt na Índia ao longo do tempo (dados, wiki)

 

Fig. 2 - Evolução do númeroi de novos casos na Índia ao longo do tempo relativamente ao pico (dados, wiki)

 

Isto traduz uma nova variante que ultrapassa a imunidade adquirida!

Como já mostrei num poste com uma simulação, a introdução de uma variante (que no Brasil chamam "cepa") capaz de contaminar as pessoas anteriormente tornadas imunes tem esta dinâmica no Rt.

Depois da introdução da variante 2, o número de casos continua a diminuir mas, cerca de 60 dias depois, a tendência inverte-se.

Fig. 3 - Simulação da entrada de um contaminado com a variante 2 quando existem 1000 pessoas da variante 1 e já há 40% da população imune à variante 1


Será que a vacinação vai resistir às novas variantes?

A Índia, de que ninguém fala na comunicação social, e o Brasil, indicam que não!


E como vai ser o nosso futuro?

O grande passo foi ter sido possível criar vacinas. Se actualmente ainda a capacidade de produção é relativamente pequena, com o tempo, será possível produzir mais vacinas. Então, nos próximos anos, vamos ser vacinados a cada 3 meses.

Não é nada de muito grave já que as vacinas são baratinhas, parece que a da Astrazeneca / Oxford só custa 1.78 euros.

 

Devíamos pagar mais pelas vacinas.

Um teste custa 100€ e não serve para nada como se viu na Madeira e nos Açores onde, à entrada, todos tinham que ser testados. Pelo contrário, uma vacina custa apenas 2 * 1,78€ e protege pelo menos durante 3 meses.

Não seria de a UE fazer como Israel que paga 17 euros por cada dose?

Neste caso, teríamos que pagar 350 milhões € sendo que já gastamos mais em testes sem qualquer resultado palpável.

Um preço mais elevado não seria desviar as vacinas de outros mas permitiria reforçar recursos para produzir mais.

Por exemplo, a Itália ter proibido uma empresa de exportar vacinas para a Austrália fez com que a UE deixassem de conseguir importar componentes dos USA porque a capacidade de produção mudou de continente.

 

Mas os esquerdistas caviar são contra o lucro. 


sexta-feira, 5 de março de 2021

Não faz qualquer sentido Alfredo Casimiro dar as suas acções na GroundForce

A Groundforce é uma empresa em dificuldades.

A Groundforce é uma empresa com uma capital social de 500 mil € que foi parcialmente privatizada  ficando com 1 sócio privado e 2 sócios públicos, a Pasogal-SGPS com 250500€ (50,1%); a TAP com 219500€ (43,9%) e a Portugália com 30000€ (6%). A privatização aconteceu por imposição da AdC - Autoridade para a Concorrência.

A Pasogal faz parte do Grupo Urbanos que é controlado por Alexandre Casimiro.

A Groundforce precisa de dinheiro e o accionista TAP dispõe-se a emprestar 3 milhões € ficando com as 250500 acções da Pasogal-SGPS como garantia do empréstimo.

 

Mas a TAP não está a emprestar dinheiro à PAsogal-SGPS.

Parece confuso?

A TAP está a emprestar dinheiro à Groundforce e não á Pasogal-SGPS e muito menos o Alexandre Casimiro e, por isso, é a Groundforce que tem que dar garantias. Recordo que A TAP e a Portugália são tão donos como a Pasogal, apenas diferentes na proporção.

Tecnicamente, o que a TAP vai fazer é um "suprimento de sócio" e não um empréstimo à Pasogal-SGPS e os suprimentos têm um tratamento diferente dos empréstimos de terceiros. Assim, são créditos subordinados, os últimos a receber em caso de falência.

 

O que o Governo quer!

Sabendo que, ao meter o dinheiro como suprimentos fica sem garantias, pretende emprestar o dinheiro ao Casimiro (em troca das acções) para que ele meta o dinheiro, como suprimentos sem garantia, na Groundforce da qual a TAP e a Portugália também são donas.

O melhor é o Casimiro mandar a Groundforce à falência que, assim, ainda vai receber algum enquanto que se der as acções fica sem nada.

Se isto não é uma tentativa de roubo, o que é um roubo?


Quando a Estado dá dinheiro à TAP, esta fica obrigada a devolver o dinheiro?

Não. Isto é igual só que 50,1% pertencem a um privado.

Também quando a segurança social ajuda a renda ou no ordenado de um restaurante privado também não fica com o restaurante.

É uma ajuda que damos, através do Estado, para que os trabalhadores da Groundforce não vão para o desemprego.

Se o Casimiro despedisse toda a gente e a Segurança Social pagasse o subsídio de desemprego será que obrigava ao penhor das acções?

Não.

Tem que ser tratado de igual forma ou falir a empresa.

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Best Hostgator Coupon Code