sexta-feira, 23 de outubro de 2020

O governo esquerdista vai derrotar o Covid-19 fazendo o TGV!!!!!!

O Trump é negacionista e maluco porque não ouve os especialistas.

O nosso governo esquerdista queria escolas com salas de aula maiores para os alunos estarem convenientemente distanciados, reforçar os hospitais e fazer mais médicos e enfermeiros mas os especialistas não deixam.

Dizem os especialistas que a solução está em fazer o TGV, reforçar os apoios à TAP e abrir mais uns buracos públicos.

Não sei que atracção têm os esquerdistas pelo TGV já que, assim que o povinho se distrai, atacam com isto. Seria muito básico e conspirativo eu pensar que estão à espera de comissões mas alguém consegue compreender esta obsessão?

 

Estamos pior que no tempo pior dos Estados Unidos da América.

Interessante a comunicação social esquerdista continuar a dizer que tudo nos USA e no Brasil são mal geridos pelos diabólicos Bolsonaro e Trump quando estamos com muito mais infectados que nos tempos piores desses 2 países.

A média da última semana dos USA+Brasil está com 105 positivos por dia por 100 mil habitantes enquanto que Portugal está com161.

Se temos hoje 3000 casos, para os USA que uma população de 328,2 milhões de pessoas estarem equivalentes, teriam que ter  96000 casos quando têm 69000.

Casos diários na última semana por 100mil habitantes (dados, wiki)

E os USA não têm confinamento.

 São os contaminados que vão acontecendo sem confinamentos, obrigatoriedade de máscaras, fechar as pessoas nos concelhos. E não há qualquer pressão nos hospitais americanos.

Se em Maio houve problemas com falta de camas e ventiladores, o problema foi totalmente resolvido nos meses de trégua.

Nós estamos na mesma!

Estão agora a refazer os hospitais de campanha que tinha desmantelado por o problema já estar resolvido.

E os mortos?

Os números não são comparáveis porque os critérios são diferentes e alteraram-se ao longo do tempo.
Há países com critérios mais abrangentes (basta ter no passado estado contaminado mesmo que morram atropelados) e outros com critérios mais restritivos (tem que estar positivo no dia da morte, ser saudável e ter morrido de pneumonia). 
Esta alteração de critérios justifica que houvesse milhares de mortos em Maio e actualmente haja centenas. Por exemplo, na Espanha a mudança de critérios fez com que a mortalidade diminuísse de 12% em Maio para 1,2% actualmente.
É desonesto comparar os países por mortalidade.
 
Olá Azar, o TGV sempre vai avançar, consegui convencer os pacóvios que andar no TGV cura o Covid-19.
 

sábado, 17 de outubro de 2020

Covid-19 : Já foram contaminados 73 milhões de brasileiros e 400 milhões de indianos.

Se os dados oficiais referem 5,2 milhões, querem saber como cheguei aos 72 milhões!!!

Olhando para os dados brasileiros, inicialmente o número de novos casos cresceu 35%/dia o que traduz uma taxa de reprodução de 1,35^5 = 4,54 (assumindo os dados espanhóis de que o ciclo de vida é de 5 dias). Este número traduz que, em média, cada pessoa contaminada vai contaminar 4,54 pessoas.

Entre o dia 20 e o dia 40 da pandemia, a taxa de reprodução caiu rapidamente de 4,54 para 1,34 (um crescimento no número de novos casos positivos de 6%/dia).

Desde então, a taxa de reprodução tem continuado a cair.

 

Fig. 1 - Taxa de crescimento diário de novos casos positivos ao covid-19 no Brasil (dados, wikipedia)
 

O que eu pensei.

Olhando o que diz a comunicação social, desde o dia 40 da pandemia não tem havido alterações nas políticas do Bolsonaro nem no comportamento das pessoas. O mesmo se passa na Índia. Então, a queda na taxa de reprodução tem que acontecer porque o vírus encontra mais e mais pessoas que estão imunes porque já estiveram contaminadas.

Vejamos um exemplo de como funciona uma epidemia. Uma pessoa contaminada cruza com varias pessoas ao longo dos dias e, porque espirra, tosse ou fala, liberta perdigotos que vão atingir algumas dessas pessoas. Estatisticamente, se a quantidade de perdigotos (a carga viral) for superior a um determinado valor, uma nova pessoa é contaminada. No dia 40 da pandemia, em média, o número de novos contaminados estava em 1,34.

Acontece que se parte das pessoas já tiver tido a doença, não vai ser infectado de novo, caindo os perdigotos em "saco roto". Se, por exemplo, 40% das pessoas com quem cruzamos estiverem imunes porque já estiveram contaminadas, então, o número de novos contaminados será de apenas 1,34*(1-40%) = 0,804 o que traduz que o número de novos casos diminui de dia para dia.

Se não houve alteração de comportamentos nem de políticas, então, a queda ao longo do tempo da taxa de novos contaminados traduz que cada vez maior percentagem de população já foi contaminada e está imune.

O R = 0 foi atingido no dia 170.

Isso traduz que no dia 170 desde o inicio da pandemia, meados de Agosto,  a percentagem da população brasileira que já tinha tido a doença e estava imune seria de 25%:

1,34*(1-X) = 1 <=>  (1-X) = 1/1,34 <=>  1- 1/1,34 = X <=>  X = 1- 1/1,34 = 25%

 E, desde meados de Agosto, mais pessoas têm sido contaminadas e, por isso, a taxa de crescimento de novos contaminados está em - 2,7%. Desta forma, calculo que já foram contaminadas e estão imunes cerca de 35% da população brasileira, isto é, 73 milhões de pessoas.

Por cada brasileiro que é testado e dá positivo, há mais 13 brasileiros que estão contaminados e que, ou porque não têm sintomas ou não podem ser testados, não são registados nas estatísticas.

Na Índia já houve 400 milhões de contaminados.

A evolução de novos positivos tem sido muito semelhante ao caso brasileiro. Depois de um período inicial de grande velocidade de propagação, por volta do dia 4o do inicio da pandemia, atingiu uma R igual ao brasileiro, de 1,34 (aumento de 6%/dia).

Ao dia 211 atingiu R = 1 (que no Brasil foi ao dia 170) e está actualmente nos 0,95 o que traduz que já 30% da população indiana foi contaminada e está imune. São então 400 milhões de indianos.

 

Por cada indiano que é testado positivo, há mais 53 indianos que estão contaminados mas que não foram testados. 

O número de contaminados não testados ser 53 quando no Brasil é de "apenas" 13 é razoável atendendo a que o teste tem um preço de 100€, mais do que o salário mensal da maioria dos indianos.

Fig. 2 - Taxa de crescimento diário de novos casos positivos ao covid-19 na Índia (dados, wikipedia)

A boa notícia é que, afinal, não morreram assim tantas pessoas e, a partir daqui, será sempre a descer.


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

A obrigatoriedade de instalar o Satyaway covid é o princípio do estado policial

 Todas as ditaduras começam por uma boa ideia.

E todas essas boas ideias pretendem o bem comum do povo e são apelativas e correctas para a grande maioria da população. É uma boa ideia contra um Deus errado, que vai levar as almas para o Inferno, contra uma ideologia  que corrompe a juventude com a promessa da sociedade igualitária e justa ou contra uma doença mortal. O problema é que a boa ideia tem sempre falhas que, , quando se torna obrigatória de respeitar, obrigam a cada vez mais e mais obrigações.

Vejamos porque a obrigatoriedade de instalar o Satyaway covid é a semente da ditadura.

1) Vamos acreditar a 100% que actualmente a app mantém perfeito anonimato. Então, vai ser preciso que a polícia mande parar toda a gente e verifique no telemóvel se tem a aplicação instalada e a funcionar. Isto é impossível de implementar.

2) Para permitir a verificação policial sem revista, a app vai ter que quebrar parte do anonimato permitindo que um polícia, ao se aproximar de um qualquer telemóvel, receba no seu telemóvel por bluetooth se a aplicação está activa. Da mesma forma que inserem a matricula do carro a ver se tem estacionamento pago, Se não estiver activa, sai logo a multa.

3) Uma pessoa recebe o resultado "positivo" e, actualmente, é livre de o inserir na sua aplicação. Como quase ninguém insere, vai ter que passar a ser obrigatório. Aqui, vai passar a ser obrigatório inserir o resultado o que apenas é possível se se quebrar ainda mais a confidencialidade: o médico do médico "fala" com a aplicação e insere o código de infectado.  

4) Uma vez a aplicação comunicando que estamos em risco de estar contaminado, actualmente a pessoa não precisa fazer nada, ignora. Mas a polícia precisa saber se estamos em risco pelo que, finalmente, a aplicação vai ter que quebrar toda a nossa privacidade médica: vai dizer ao telemóvel da polícia se estamos em risco.

Depois das e-facturas e do Stayaway covid virá o Stayaway fuga fiscal.

Quando entrarmos num estabelecimento, a app vai comunicar às finanças que estamos lá e com uns algoritmos vai ser estimado o nosso consumo que será comparado com a e-factura.

Haverá outra app que vai controlar a velocidade do automóvel e passar logo a multa.

Onde é que eu já vi isto?

Terá sido num filme?

O Costa apenas se preocupa em transmitir a ideia de que a culpa não é dele.

No Brasil, a culpa é do Bolsonaro e nos USA a culpa é do Trump porque não tomaram as medidas que o nosso grande líder tomou por nós.

Mas essas medidas não deram em nada pois estamos numa trajectoria explosiva de casos.

Então, a culpa é dos alunos ERASMUS, das famílias, de o povinho não usar máscara na rua, de não instalar a Stayaway-covid.

Vai o Costa anunciar aos quatro ventos: "A minha política era a correcta mas o país não me deixou (obrigar a instalar a Atayaway-covid)"

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

As razões para o StayWay Covid ter falhado

Como já ouviram falar, há uma APP para smartphone para seguir o Covid-19.
Essa aplicação é simples.
O emissor de bluetooth,  tem um número único (de 48 bits), o bt-address, que emite sempre que detecta outro aparelho bluetooth. Um exemplo desse número, em hexadecimal, será 00:11:22:33:FF:EE
Em particular, os smartphones têm um emissor bluetooth e quando dois smartphones passam perto um do outro, trocam entre si a sua identificação.

O bt-address pode ser usado no marketing.
Imaginem uma pessoa que se aproxima de uma montra.
A loja capta o bt-Address guardando a hora e o tempo que a pessoa esteve em frente à montra.
No supermercado, com a ajuda das câmaras, pode ser registado por onde a pessoa passou e para onde olhou.
Um dia a pessoa entra na loja (com o seu smartphone) e é imediatamente emitido um "alarme" a dizer que a pessoa observou a montra sendo-lhe oferecido um "cupão de desconto" para as coisas que a pessoa observou.
Quando a pessoa chegar à caixa, é lido o bt-Address e, se a pessoa pagar com cartão multibanco, fica registado o seu nome.

Pode ser usado para coisas muito variadas.
Imaginem um cego que quer atravessar a rua.
Os semáforo emitem bip repetitivo que é incomodativo para quem vive perto. Como raramente p cego quert atravessar a rua, seria óptimo se o semáforo detectasse o bt-address do cego para ligar o bip.
Também uma pessoa de muletas pode ter mais tempo para atravessar a rua.

Mas vamos à aplicação.
1 = É gerado um número aleatório.
Quando a pessoa instala a aplicação no smartphone, é gerado um número aleatório, por exemplo 453.729.312.045.263.381, que mais ninguém sabe que é o nosso identificador.
Como este número é grande, fica garantido que mais nenhum smartphone criará um número igual.

2 = Quando dois telemóveis se aproximam.
Os smartphones trocam os números aleatórios. O telemóvel A fica com o número do telemóvel B e vice-versa e ainda é registado o tempo que estivemos próximos.
Na memória do nosso smartphone fica uma lista com todos os números aleatórios com quem cruzamos, com a hora/data.

3 = A comunicação de um caso positivo.
Se alguém ficar doente, insere o seu número aleatório numa base de dados.
Teoricamente, fica registado a nosso número aleatória mas nada mais sobre a nossa identificação.

4 = Verificação de casos positivos.
Regularmente, digamos que uma vez por hora, o nosso smartphone pergunta ao "dono" da App por todos os números positivos que foram registados nos últimos 14 dias.
Depois, vamos procurar na lista dos números aleatórios que guardamos se algum deles está lá e se o contacto foi maior do que 15 minutos.
Se estiver, somos avisados de que estivemos junto de uma pessoa contaminada.
 
A primeira falha é a não garantia de confidencialidade
Em teoria, a APP é totalmente anónima mas ninguém o verificou.
No software sensível como, por exemplo, de encriptação, a empresa disponibiliza o código fonte para que possa ser verificado por qualquer pessoa.
Ao não estar totalmente garantida a confidencialidade, as pessoas acabam por ter medo de instalar a app e, pior ainda, de introduzir o código quando estão positivos.

As pessoas positivas não precisam de ficar em confinamento.
Se a pessoa usar máscara, não tossir, falar ou espirrar, e guardar uma distância de alguns metros das outras pessoas, não existe qualquer problema em a pessoa com teste positivo fazer a sua vida normal.
Para "dominarmos" a covid-19 é preciso que todo e cada um de nós pense a cada momento que está contaminado e comportar-se de forma a não transmitir o vírus que está dentro de nós.
a pessoa, ao inserir o código de positivo, fica com medo de ser proibido de sair de casa.

Um dia o meu termómetro deu 37,7.ºC.
Também me doía qualquer coisa do lado direito, tipo o pulmão, e tinha tosse.
O problema é que no dia seguinte tinha que ir trabalhar.
Tomei 1g de Paracetamol, um Fluimucil e um omeprazol (poderia ser refluxo) e fui dormir.
No dia seguinte, levantei-me, medi a temperatura que deu 36,3.ºC e lá fui, com o cuidado de não me aproximar de ninguém.
Até poderia estar contaminado, não faço ideia, mas por causa do efeito psicológico de ficarmos doentes assim que pensamos que estamos doentes, não podemos parar assim que a aplicação nos diz que estivemos perto de alguém positivo.
Eu já estive relativamente perto de uma pessoa contaminada mas não fiquei em quarentena, fechado em casa. Tomei cuidado extra para não contaminar ninguém.
 
A segunda falha é a app dar pouca informação.
Dizer "Esteve, nos últimos 14 dias, a menos de 2 metros e por um período superior a 15 minutos de  uma pessoa que testou positivo" é muito pouco.
Essa pessoa positiva com com nos cruzamos estava de máscara?
Terá sido num local fechado ou ao ar livre?
Havia alguma coisa entre nós, por exemplo, uma divisão de acrílico?

A app deveria ter um contaminometro!
Esse contaminometro é uma escala de 0 a 100 onde o zero traduz risco muito baixo e o 100 risco muito elevado de termos sido contaminados.
Ao longo do dia, vamos metendo informação no nosso smartphone, com maior ou menor regularidade. Por exemplo, dizer "metemos a máscara" / "tiramos a máscara", "entramos num espaço fechado", "estamos em espaço aberto".
Agora, quando nos aproximamos de outro smartphone, fica registado se temos máscara, se a outra pessoa tem máscara, se estamos num espaço fechado ou aberto.
Também deveria estar registada a idade e se pertencemos a um grupo de risco.

A terceira falha é ser assumido que os portugueses são trafulhas.
Para dizer que está positivo, tem que haver um processo borucrático com a intervenção de um médico.
Acontece que, porque as pessoas instalam a app para seu benefício próprio, não se dão ao trabalho de inserir no sistema que estão positivas.
O problema deste cientístas do INESC é não saberem que é mais grave não haver dados do que haver dados com erro.
Putura e simplesmente, a pessoa deveria ter toda a liberdade para inserir "Estou doente" e mais algum detalhe relativamente a esta informação como "Tenho teste positivo" // "Não fiz teste".
No caso de "Não fiz teste" acrescentar "Tenho febre de 39,4.C", "Tenho tosse", "Tenho falta de ar", etc.
Também, quem não fez teste, poderia dizer "Disse há 3 dias que poderia estar contaminado mas já me sinto bem" ou "Disse que estava doente há 3 dias, fiz hoje teste e deu positivo".

O cálculo do contaminómetro usará inteligência artificial.
Com toda a informação, é possível usar "aprendizagem supervisionada".
Assim, a "supervisão" acontece quando uma pessoa insere no sistema "Estou contaminado com teste positivo".
Em função do dados de todos os utilizadores, será calculada uma "probabilidade" para nós em função dos nossos dados e de todas os contactos que temos registados.
O contaminómetro vai ainda dizer o que devemos fazer.
Se podemos sair de casa, ir trabalhar, fazer compras ou se devemos ir ao hospital.
Nos casos que o contaminómetro considere complicados, o nosso smartphone contacta um call-center para falar connosco.

E a informação falsa?
Isso faz parte de todo o sistema de previsão. Má informação é melhor que ausência de informação porque os sistemas de análise conseguem separar o erro da verdade.
Havendo milhões de dados continuamente a entrar, a inteligência artificial vai conseguir fazer melhor do que com meia dúzia de "bons dados".
Além disso, continua a haver "erro" que é os positivos não inserirem essa informação.

Se a stayaway covid fosse assim...
Muitas mais pessoas instalariam e colocariam informação pois, ao inserir dados, estavam a receber um serviço personalizado.

No entretanto, ultrapassamos a China em número de casos positivos.
Existe dúvida sobre o número real de contaminadas na China  não por darem dados falsos mas por as pessoas serem obrigadas a ficar 14 dias em confinamento sem serem testadas.
Isso acontece em toda a parte pelo que Organização Mundial de Saúde afirmou que já deve haver 800 milhões de contaminados apesar de só terem sido detectados 35 milhões (ver).
Comparando os positivos identificados, já temos mais do que a China e sempre a subir.
 
Número de casos positivos em Portugal (pontos azuis), dias desde o primeiro caso (2 de Março 2020).
Linha de tendência a vermelho (dados da DGS, grafismo do autor).








sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Bejamos porque é uma loucura os outros bancos financiarem o Novo Banco.

Para um banco funcionar tem que ter capitais próprios.

O capital dos bancos é metido pelos accionistas e, grosso modo, serve para proteger os depositantes do risco de falência do banco. 

Os bancos regulam-se pelo acordo de Basileia 3 que, grosso modo, obriga a que exista 6% de capital próprio relativamente ao volume de negócios (que se chama O Activo).

Se, por exemplo, a CGD tem um activo de 90 mil milhões de €, terá que ter um mínimo de 5400 milhões de euros de capital próprio (metidos lá pelo proprietário, o António Costa).

Se os negócios do banco derem para o torto, isto é, concederem créditos a Berardo ou ao Vieira, é o capital próprio que vai ser "roubado" e não os depósitos das pessoas.


Porque não pode o Novo Banco conceder crédito ao Novo Banco?

Na essência, é isto que os inteligentes do Bloco de Esquerda querem.

Se consolidarmos os bancos, somando todos os seus balanços, os créditos e participações cruzadas têm que ser anuladas para não haver "capital falso".

Vamos supor, hipoteticamente, os bancos BA e BC, cada um com 100 mil milhões de activo. Então, é preciso haver 6 mil milhões € no capital de cada banco, no sistema um total de 12 mil milhões €.

Agora vamos supor que o BA mete 4 mil milhões € no BC. Neste caso, apesar de em termos contabilísticos  6 mil milhões € em cada banco, em termos consolidados, já só existem 8 mil milhões €.

No limite, se o BA meter 5999 milhões € no BC e o BC meter 5999 milhões € no BA, em termos contabilisticos está tudo bem mas, consolidado, o sistema só tem 2 milhões € de capital.

Se um dos bancos falir, vai todo o sistema falir porque não existe capital em lado nenhum para acomodar as perdas.

O capital de um banco (ou de uma emrpesa) não pode ser crédito de terceiros pois esse capital existe para assumir o risco de perdas e os terceiros não estão avisados de que estão a assumir esse risco. Por semelhança, foi o que aconteceu aos Lesados do BES: carregaram-nos com perdas que eles não estavam à espera. Muito menos, pode ser crédito de outros bancos porque colocaria em risco de falência de todo o sistema bancário (e não respeitaria Basel 3).

Sim, os outros bancos que emprestem ao Novo Banco
 

Os esquerdistas podem dizer as maiores barbaridades que logo são assumidas por verdade.

Vou dar um exemplo de uma manipulação que a comunicação social tem andado a passar relativamente a hidroxocloroquina, as afirmações do Trump e um estudo publicado no JAMA.

O Trump disse que, como os casos mais graves de Covid-19 resultam de uma reacção inflamatória exagerada por parte do nosso sistema imunitário, um anti-inflamatório irá reduzir a severidade dos sintomas.

Como a hidroxicloroquina é um anti-inflamatório muito potente, as pessoas infectadas tomarem esta droga será positiva.

O estudo do JAMA, usando 125 pessoas divididas em 2 grupos semelhantes, verifica que em ambos os grupos houve um total de 4 contaminados. Daqui concluiu que a hidroxocloroquina não diminui o risco de a pessoa ser contaminada.


São duas coisas diferente.

Uma coisa é a hidroxicloroquina diminuir a severidade dos sintomas nas pessoas contaminadas.

Outra coisa é a hidroxicloroquina diminuir a probabilidade de a pessoa ser contaminada.


Vejamos uma comparação para compreenderem bem a diferença.

Quando temos gripe, tomar benuron diminui os sintomas e as consequências da doença.

Mas tomar benuron todos os dias não diminui a probabilidade de virmos a ter gripe.

Juntar tudo no mesmo saco não se deveria chamar a isto Fake News?

Não porque vem da esquerda contra a direita.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

A dinâmica da bomba atómica e da covid-19

Aparentemente, covid-19 não tem nada a ver com a bomba atómica.

Haverá quem pense "a bomba atómica mata muita gente e a covid-19 também" mas a ligação entre estes dois fenómenos é diferente pois tem a ver com a dinâmica, tem a ver com o r.

Em ambas, por um lado, quando existe maior proximidade, o r é maior e, por outro lado, quando o nível de actividade é maior, a proximidade torna-se menor e, consequentemente, o r.


Como funciona uma bomba atómica.

Os átomos de Urânio 235 "explodem" naturalmente mas muito lentamente. Assim, se tivermos 1400 milhões de átomos, em média, um átomo explodirá a cada ano. Nessa explosão, será libertada energia e 3 neutrões.

A bomba atómica precisa de velocidades de explosão muito mais elevadas o que pode acontecer porque, quando um átomo de Urânio 235 adormecido é atingido por um neutrão, este explode quase imediatamente (ao fim de 10^-14 segundos) libertando energia e 3 novos neutrões.

Quando algum desses novos neutrões atingir algum novo átomo de Urânio 235, haverá uma nova "micro-explosão".

A probabilidade de um neutrão atingir um novo átomo será tanto maior quanto mais átomos houver e mais juntos estiverem.

Na figura seguinte representamos cada átomo por um ponto. Podemos ver de forma gráfica que, quando a densidade é menor (parte de cima), a probabilidade de um neutrão colidir com um átomo é menor do que quando a densidade é maior (parte de baixo).


Vamos então ao R da explosão nuclear.

Se tivermos R=0,99, quer dizer que se 100 neutrões atingirem um átomo cada um, estes explodem libertando 300 neutrões que vão conseguir atingir 99 novos átomos. Desta forma, a radioactividade natural vai ser ampliada 100 vezes, 1/(1-0,99), mas não há explosão.

Se tivermos R=1,01 a bomba vai explodir. Em menos de 1 segundo, sendo possível manter este R, os átomos explodem em cadeia. Esta grande velocidade de ampliação da radioactividade natural porque o ciclo de vida da reacção é muito curto (em apenas 1s, acontecem 100000000000000 ciclos).

 

 A dificuldade da explosão nuclear é manter os átomos juntos.

 Primeiro, o R tem que ser muito maior que 1 (o máximo teórico é 3) para a reacção continuar mesmo quando parte do combustível já explodiu. No máximo haverá reacção enquanto houver uma percentagem X de combustível que garantam que R.X > 1. Por exemplo, se R = 1,5, teremos X > 67%.

Depois, uma vez iniciada a explosão, o material da bomba vai expandir o que leva a que a reacção pare.

Assim, além de ser necessário ter, inicialmente, um R elevado, é preciso incluir a bomba numa esfera de aço com 20cm de espessura que seja capaz de conter a expansão da bomba.

Mesmo com 20 cm do aço mais resistente do mundo, apenas é possível manter a expansão durante uns milissegundos e, por isso, apenas uma percentagem muito pequena do combustível acaba por ser utilizado na explosão.


Vamos agora ao Covid-19.

Pegando nos dados iniciais (quando não se sabia que existia a doença), fiz umas contas obtive que a taxa de reprodução, o R, é 10 e o ciclo de vida é de 5 dias.

Quer isto dizer que, se hoje houvesse 10 contaminados, amanhã já haveria 16 contaminados e, ao fim de apenas 5 dias, 100 contaminados.

Mas a dinâmica  é muito semelhante à bomba atómica. Quando há muitos novos casos (e a severidade é elevada), as pessoas afastam-se e tomam precauções o que leva a que o R diminua. Pelo contrário, quando o número de novos casos diminui (ou existe pouca severidade), as pessoas aproximam-se e relaxam as precauções.

Desta forma, a dinâmica terá oscilações. Quando baixa o número de novos casos, há aceleração na propagação e quando aumenta o número de casos, há desaceleração na propagação.

 

Novos positivos diários de Covid-19 e linha de tendência a vermelho onde vemos as ondas (dados, DGS)

 

Estou cada vez menos preocupado.

O número de positivos está em máximos de sempre mas, se no início pouco me preocupava, agora estou mesmo no nada.

Eu ando no judo que é uma actividade classificada como de alto risco de contágio.

Andamos ali ali agarrados uns aos outros e, um dia, recebi um email a dizer "Urgente". Telefonei e um deles, um gordo barrigudo, tinha dado positivo. Foi visitar a mulher ao hospital, fizeram-lhe o teste e deu positivo.

Pensei eu, vamos ficar todos contaminados mas não. Não aconteceu nada.

E o gordo voltou, decorridos 14 dias, e diz que não lhe aconteceu nada. Que se não tivesse ido ao hospital não tinha sabido que estava contaminado.

Ficou contaminado e novamente descontaminado sem ter sequer uma pequena constipação, nada, absolutamente, nada, nem um peido deu, nada.

 


As normas das DGS para as escolas estão erradas.

Diz a DGS que os jovens na escola têm que manter distanciamento entre eles e usar máscara enquanto que em casa ou quando estão com quem vive com elas não precisam dessas cautelas.

Mas deveria ser exactamente ao contrário, segmentando a população por idades e não por agregados familiares.

Assim, junto com outros jovens, fosse na escola, no desporto ou nas discotecas, não deveriam usar máscara mas em casa, quando estivesse com pessoas com outras idades, deveriam manter distanciamento social e usar máscara.

O covid-19 não tem qualquer efeito negativo nos jovens pelo que, o mais inteligente, é deixar que se contaminem todos.

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