quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Um sistema de pensões de capitalização não resolve o problema da insustentabilidade do sistema

Um sistema de pensões pode ser de repartição ou de capitalização.

No sistema de repartição, uma pessoa activa paga hoje 100€ à Segurança Social e esses 100€ são entregues hoje a um reformado. No futuro, a reforma da pessoa que paga hoje vai ser o que as pessoas activas do futuro vão pagar ao sistema. Então, se no futuro não houver pessoas a pagar, a pessoa que hoje paga não vai ter pensão no futuro. 

No sistema de capitalização, uma pessoa activa deposita hoje 100€ no banco e esses 100€ ficam guardados no banco até ao dia, no futuro, em que o aforrador se reforma. Então, mesmo não havendo ninguém no futuro a poupar, a pessoa que hoje paga vai ter sempre os seus 100€ disponíveis para a pensão. 

Aparentemente estes dois sistemas são totalmente diferentes mas são exactamente iguais.


A repartição ser exactamente igual à capitalização é totalmente contra-intuitiva.

Vou tentar explicar mas o mais provável é falhar. É tão difícil explicar a igualdade que ainda não ouvi ninguém na comunicação social, desde ministros a professores catedráticos, dizerem "Calma que a capitalização não resolve nada".

Quando dei aulas aos alunos de Letras da UP, achei importante combater o senso comum, aquilo que parece mas que não é. Havia, principalmente alunas, que estavam atentas e procuravam aprender mas outros, penso que uma minoria, achavam que a aula não servia para aprender mas apenas para reforçar a sua ideologia esquerdista errada. Digo minoria porque apenas um em cada 15 se disponibilizou para testemunhar falsidades contra mim. 


Como é que se calcula a pensão no sistema de repartição?

Vamos supor que hoje o PIB per capita hoje é de 25mil€, que 9% do PIB é para pagar pensões e que 40% das pessoas recebem pensão (valroes retirados da PorData). Neste caso, haverá 2250€/ano a distribuir por 40% o que dá 5625€/ano, 402€/mês considerando 14 meses. Este dinheiro vem de cada pessoa activa pagar 321€/mês.

As 50 pessoas activas pagam, cada uma, 321€/mês e as 40 pessoas reformadas recebem, cada uma, 402€/mês.

50*321 = 40*402

No futuro

O PIB vai ser maior pelo que o valor disponível para as reformas também vai ser maior. 

Se o PIB nominal aumentar 4%/ano (2% de inflação e 2% de crescimento), daqui a 30 estará maior em 224% pelo que, havendo o mesmo rácio entre reformados e activos, a pensão de quem desconta hoje 321€/mês será de 1301€/mês (e que terá um poder de compra de 776€/mês).


Onde está a insustentabilidade da Segurança Social?

Está, por um lado, nas regras que indicam um valor maior do que 1301€/mês e, por outro lado, porque no futuro vai haver uma percentagem maior de reformados.

Se não aumentarmos a percentagem do PIB para as pensões (isto é, o valor que as pessoas activas vão pagar como percentagem do seu rendimento), haverá necessidade de dividir as mesmas contribuições por mais reformados.

Vamos supor que a população activa desce para 30% e os reformados para 60%. Neste caso, mantendo as taxas de contribuição, a pensão vai ser de 868€/mês com um poder de compra de 479€/mês.


Como é que se calcula a pensão no sistema de capitalização?

A pessoa que entrega hoje ao banco 321€/mês, vai receber de reforma, daqui a 30 anos:

     Pensão = 321*(1+R)^30

Reparemos agora o problema, é que faz parte da expressão a taxa de juro R que desconhecemos.

Essa taxa de juro vai ser exactamente o valor que torna a pensão igual a 868€/mês!!!!!!!!!!!!!!

A taxa de juro vai acabar por ser 2,6%/ano!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


E porque existe esta igualdade?

As pessoas têm notas mas, de facto, consomem bens e serviços.

Repartição.

Quando uma pessoa entrega 321€ à Segurança Social, está a entregar bens que deixou de consumir cujo preço hoje é 321€. Estes bens estão nas prateleiras dos supermercados.

Depois, a Segurança Social entrega esse valor a um reformado que vai ao supermercado buscar bens e serviços exactamente com o preço de 321€.

Daqui a 30 anos, outra pessoa vai entregar um valor à SS (deixa de comprar bens e serviços que ficam nas prateleiras) que vai ser entregue às pessoa que descontou hoje e que vai às prateleiras comprar bens no mesmo preço.

Capitalização.

Quando uma pessoa deposita 321€ banco, também está a entregar bens que deixou de consumir cujo preço hoje é 321€. Estes bens também estão nas prateleiras dos supermercados.

Depois, o banco entrega esse valor às pessoas que levantam o dinheiro depositado no passado (ao reformado) que vai ao supermercado buscar bens e serviços exactamente com o preço de 321€.

Daqui a 30 anos, outra pessoa vai depositar um valor no banco (deixa de comprar bens e serviços que ficam nas prateleiras) que vai ser entregue às pessoa que depositou hoje e que vai às prateleiras comprar bens no mesmo preço.

Em termos económicos é exactamente igual.

As pessoas activas de hoje têm de deixar de consumir banes e serviços que são consumidos pelos reformados. E no futuro, seja num sistema de repartição ou de capitalização, irá acontecer exactamente o mesmo.


Achou complicado? A coisa ainda vai piorar pois vou guardar as notas no colchão.

No seu pensamento está "E se eu guardar as notas debaixo do colchão?".

Mais uma vez, contra o senso comum, é exactamente igual a depositar as notas no banco e este entregá-las a outra pessoa!!!!!!

É que o Banco Central Europeu vai detectar que tenho notas debaixo do colchão!!!!!!!!!!


O quê?

Sim, se eu guardar as notas, a quantidade de notas em circulação fica menor e isso tem como impacto a diminuição dos preços (o supermercado vendo que as coisas não saem da prateleira, diminui os preços)!!!!!!

O BCE detectando que a taxa de inflação está abaixo do objectivo, empresta mais notas aos bancos que as vão emprestar a pessoas. Desta forma, as "minhas notas" reentram em circulação sem eu as tirar do colchão.

Parece um passe de mágica mas funciona mesmo assim.

Quando eu retirar as notas do colchão e comprar bens e serviços com elas (quando me reformar) o BCE detecta que as minhas notas entraram em circulação e pede aos bancos que devolvam as notas que lhes emprestou quando eu guardei as minhas notas no colchão.


Sistema obrigatório ou voluntário?

Aqui, principalmente a Iniciativa Liberal, acrescentam mais uma confusão.

É que o sistema de pensões pode ser voluntário (a pessoa activa apenas entrega dinheiro à Segurança social ou ao banco se quiser vir a ter pensão) ou obrigatório.

Um sistema de capitalização em que é obrigatório a pessoa entregar uma percentagem do seu rendimento ao banco é exactamente igual a um sistema de repartição em que a pessoa é obrigada a  entregar a mesma percentagem do rendimento à Segurança social.

De forma simétrica, um sistema de repartição voluntário é exactamente igual a um sistema de capitalização voluntário (em que a pessoa activa contribui com o que quiser).


Sendo igual, para quê mudar?

Eu sou totalmente liberal mas não vejo qualquer vantagem teórico nem prático em alterar o actual sistema de repartição para um sistema de capitalização.

Outra questão é incluir no sistema de pensões outras verbas e aqui vão ver o meu liberalismo.

Por exemplo, sou a favor (e este sistema existe, por exemplo, na Alemanha) que o investimento do Estado na educação entre na conta individual da Segurança Social de cada pessoa. 

Se, por exemplo, formar uma médica se traduziu num investimento para o Estado de 150 mil€, terá de devolver este valor ao longo da sua vida (uma média de 250€/mês durante 50 anos). Desta forma, melhoraria a Economia porque haveria mais financiamento das escolas médicas, a pessoa poderia ir estudar para uma escola/universidade particular ou estrangeira (caso em que não terá qualquer valor a pagar e seriam favorecidas as escolas com melhor racio qualidade/preço. Além disso, se a médica fosse trabalhar para o estrangeiro, Portugal recuperaria o investimento.


Iniciativa Liberal ACORDA!!!!!!

Ainda me lembro de ouvir na TV o Carlos Guimarães Pinto (que estudou na minha escola mas não me lembro se foi meu aluno, desculpa) que as escolas públicas eram para ser entregues aos professores a preço zero e estes que se arranjassem.

Agora já falam numa semelhança entre muita coisa em que fiza apenas "os pais poderem escolher a escola" (ver) e gritam para que haja uma subida dos salários dos professores enquanto funcionários públicos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O que deveriam dizer era "Reparem que nas escolas particulares não existem problemas nem greves"

Será que a IL se vai transformar em mais um partido Social Democrata (à semelhança do PS do Pedro Nuno Santos!!!!!!!)?

Um bom moço, com bons dentes




segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Fiz umas contas com a sondagem da Universidade Católica

A sondagem foi publicada hoje, 27 de Novembro de 2023.

Com 1102 respostas e retirando 27% de abstenção, a UC diz que:

PSD = 29%; PS=28%; CHEGA=16%; IL = 9%; BE=6%; PCP =3%; PAN=LIVRE=CDS=2%;

a questão que se coloca é se, sem CHEGA, é possível haver um governo de "direita".


Peguei nos dados da sondagem e fiz uma "experiência estatística".

Em termos de deputados, o mais provável seria o PSD obter 78 deputados e não conseguiria mais de 866, muito longe dos 116 da maioria absoluta. O mínimo e máximo correspondem a 95% de confiança.



Em termos de maioria absoluta

    PSD  = probabilidade de 0%

    PSD+IL+CDS+PAN  = probabilidade de 0%

    PSD+CHEGA = probabilidade de 69%


Abstenção do CHEGA

    PSD+IL+CDS+PAN > PS + BE+PCP+LIVRE+PAN = probabilidade de 77%


Abstenção da IL, PAN, CDS

    PSD+CHEGA > PS + BE+PCP+LIVRE  = probabilidade de 100%


É possível um governo de direita sem CHEGA mas este tem de se abster e não é certo.

Para quem quiser replicar

for(i in 1:2000)

   {x = sample(1:10,1102,rep=TRUE,prob=c(0.212,0.204,0.117,0.066,0.051,0.022,0.015,0.015,0.015,0.197))

   respostas=table(x)[-10]

   percentagem=respostas/sum(respostas)

   deputados=296*percentagem - 6.44

   deputados[deputados<0]=0

   deputados=round(deputados/sum(deputados)*230,0)

   print(unname(c(deputados)))

   }







quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Não consigo ver o milagre português visto pelo Krugman e badalado pelo Costa

O Krugman é americano pelo que Portugal deve estar melhor do que os USA.

Fui então pegar nos dados do PIB per capita dos países do Sul da Europa (Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia) e comparar com os USA.

Estranhamente, em 1990 Portugal estava com 37% e acabou 2022 com 35% do PIBpc americano.

Que milagre é este? Só se for o milagre de andar às arrecuas mais devagar do que os países do sul da Europa que caíram 10 pontos percentuais.

    A França caiu de 73% para 61%, 11pp

    A Itália caiu de 70% para 52%, 18pp

    A Espanha caiu de 48% para 44% , 4pp

    A Grécia caiu de 40% para 32%, 8pp

Mesmo a Alemanha, caiu de 75% para 68%, 7pp

E nós, por milagre, só caímos 2pp!!!!!!

Só pode ser milagre, um país tão mal governado cair só um poucochinho.


Visto desta forma, a Grécia também só pode ser um milagre.

A França caiu 11 pontos percentuais, a Itália caiu 18 pontos percentuais e a Grécia só caiu 8 pontos percentuais.

Mais vale deixar de contar com milagres deste tipo e arranjar alguém que passe a governar bem. 

Tenho a certeza que o esquerdista Pedro Nuno ainda é pior do que o Costa, faz-me lembrar as palavras que Reboão, filho de Salomão, disse na pomada de posse: "Meu pai lhes impôs um jugo pesado; eu o tornarei ainda mais pesado. Meu pai os castigou com simples chicotes; eu os castigarei com chicotes pontiagudos." (Reis 12:14)

Mas o Montenegro também não é grande pistola. Nunca o ouvi dizer uma palavra de reconhecimento relativamente ao governo difícil do Passos Coelho.

E aquela coisa em Espinho, com o talho pessegueiro, cheira muito a esturro.

"Está tão bonita, com a pele tão lisa, parece um milagre, nem parece ter 150 anos de idade!!!"

terça-feira, 21 de novembro de 2023

O PSD encaminha-se serenamente para mais uma derrota eleitoral

O Rui Banana Rio foi presidente do PSD 4 anos e foram 4 anos de derrotas.

Anunciava que nunca tinha perdido, como o cântaro que ia à fonte a dizer que nunca tinha partido, mas aconteceu-lhe e ao PSD que, durante estes 4 anos, se escancararam em cacos a ponto do PS ter conseguido a maioria absoluta.


O Montenegro vai pelo mesmo caminho das derrotas.

Alegadamente, Portugal está cheio de problemas que o esquerdismo causou ou que não conseguiu resolver.

Além disso, na tradição que já vem do José Sócrates, há casos e casinhos que parecem de corrupção e que minaram por dentro o governo do António Costa a ponto de este cair.

Não estou a dizer que A, B ou C tenham sido corrompido ou que não tenha sempre procurado o melhor para Portugal. Estou apenas a dizer que fizeram coisas que cheiram um bocado a esturro.

 Sendo isto verdade, penso eu que seria fácil o PSD ganhar as próximas eleições por abada.

Qual quê, as sondagens indicam que se encaminha para mais uma derrota estrondosa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Porque será que o PSD não consegue fugir da derrota?

Porque o interior do PSD é uma gaiola de hamsters, em que os mamíferos correm, correm, correm sem destino, apenas a dar rodadas no tambor de plástico e em que cada um, em vez vez tomar consciência e avisar os outros que não vão a lado nenhum, repete "Tu és o maior, tu é que tens boas ideias, vamos ganhar com maioria absoluta".


Quais são os impostos que os do PSD prometem aumentar?

A única política de governo do Montenegro e do "clube de economistas sábio" com quem esteve ontem no Porto (dia 20/11/2023) é diminuir o IRS e o IRC e logo a economia explodirá (não sabendo ainda se explode para cima como um foguetão ou se para os lados como uma granada).

O IRS + IRC são cerca de 27000 milhões € por ano, cerca de 30% nas receitas do Estado (sendo o resto é, principalmente, IVA e TSU) pelo que cortar nesta receita vai ter grande impacto nas contas públicas. 

Em simultâneo, não ouvi ainda onde o PSD promete cortar a despesa pública.

Será que o PSD promete cortes da despesa pública no Ensino, na Saúde, nas Pensões, onde se concentra a maioria da despesa pública?

Não, pelo contrário, promete que o tempo dos professores vai ser contado, os salários do médicos vão ser aumentados e as pensões vão ter uma actualização generosa.

Se o PSD promete cortar no IRS+IRC e aumentar na Educação+Saúde+Pensões, que impostos promete  aumentar para conseguir cobrir a ainda maior despesa pública?


Fig. 1 - Afinal, o Montenegro (mais os seus sábios economistas do Porto) compraram esta merda e acreditam que faz mesmo milagres.

Mas há alguma evidência de que reduzir o IRS e o IRC tem impacto positivo na Economia?

Durante os meus 50 anos a estudar, o mais difícil de meter na minha cabeça foi que só podemos fazer uma afirmação se existir evidência de que é verdade. Chama-se isto "conhecimento científico" ou "positivismos".

Por exemplo, não haver evidência de que Deus não existe não serve como fundamento para afirmar que Deus existe. Se alguém quer acreditar que Deus Existe, não pode invocar o "conhecimento científico", diz apenas, "Eu tenho fé de que Deus Existe".

No passado, pessoas foram executadas por clamarem pelo Positivismos mas, milhares de anos depois de Sócrates (que foi morto porque ensinava que o conhecimento tem de formar um todo coerente) ainda a maioria das pessoas afirma seguem o Achismo.

"Acho que se diminuir o IRS e o IRC, a economia portuguesa vai crescer muito mais e, desta forma, o IRS e o IRC vão aumentar"!!!!!!!!!!!!!!!


Será que ouvi bem?

Se diminuir o IRS e o IRC, o IRS e o IRC vão aumentar?

Os sábio economistas do Porto acham mesmo isso?

Se é para achar, eu acho que Cristo está para voltar à Terra e que vem montado no Tesla que, em 2018, o Musk enviou para o Espaço. Acho que a imagem já foi captada pelos telescópios da Coreia do Norte e acho que é esta a razão para o embargo americano à Coreia do Norte (não querem que se saiba a verdade, acho eu). 

Fig. 2 - Lá vem o Cristo, a cavalo no Tesla.

Mas o povo português não acha!!!!

Feita uma sondagem ao zé povinho em que se perguntava "ACHA bem descer o IRS e o IRC como promete o PSD"? a maioria respondeu: 

NNNNNÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOooooo....

Perguntado ainda "ACHA que o Montenegro vai ser primeiro ministro", a maioria respondeu: 

CREDO EM CRUZ, SANTA MÃE DE DEUS NOS SALVE, VAI DE RETRO SATANÁS

VAMOS PRECISAR  NOVAMENTE DA TROIKA

Mas o Montenegro (e os economistas sábios do Porto) continuam a bater na mesma tecla:

Nós temos uma varinha mágica que vai permitir diminuir os impostos, aumentar a despesa pública e, mesmo assim, diminuir a dívida pública,

Fig. 3 - Os dirigentes do PSD (e os sábios economistas do Porto) vivem dentro de uma bolha


Vou contar uma pequena história do José Alberto.

O Zé Alberto é um esquizofrénico que vive numa pensão manhosa a 100 metros de minha casa e a quem eu lavo a roupa e dou "terapia".

No outro dia, estávamos a conversar e eu perguntei se alguma vez pensou ser Deus.

-Sim professor, ia de carro e a gasolina estava a acabar. Achando eu que era Deus, fazendo do meu indicador uma varinha mágica fiz "plim" e disse "a partir de agora, andas a água, quem to diz sou eu que sou Seu".

Parou num fontanário e encheu o depósito de água.

Anda andou uns 100 m. Chegou rapidamente à conclusão de que não fazia milagres.

O problema é que deu cabo do carro, da mesma forma que o Montenegro correria o risco de dar cabo de Portugal (isto é, se ganhasse as eleições).

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Até que ponto o novo presidente da Argentina é economicamente louco?

A Argentina tem novo presidente que se auto-intitula "ultraliberal".

A Argentina é um país enorme, é do tamanho da Zona Euro, mas a sua economia está há muitos anos com muitos problemas. 

Nos últimos 30 anos ter sofrido 3 grandes crises (1990, 2002 e 2020) e a evolução do nível de vida, medido pelo PIB per capita, tem piorado 1.4 pontos percentuais relativamente à média mundial. Desta forma se em 1960 o nível de vida era ligeiramente superior ao dobro da média mundial (210%), actualmente está nos 110%.

Fig. 1 - Evolução do PIBpc da Argentina relativamente à média mundial (dados, Banco Mundial)


Controlar a inflação é fácil mas os políticos não o conseguem fazer.

A inflação é má para as pessoas porque prejudica a comparação dos preços o que leva a conflitos sociais (as pessoas não sabem bem como ajustar os preços e os salários).

Além disso, a inflação faz com que as pessoas possuam menos "notas" o que prejudica as transacções económicas.

Quando há inflação acima do aceitável (entre 1% e 3%), por um choque real como, por exemplo, uma seca ou uma guerra, para diminuir a inflação é necessário diminuir a quantidade de "notas" em circulação o que se traduz por um aperto nas finanças das pessoas através das taxas de juro.

O aumento da taxa de juro faz com que as pessoas consumam menos e, desta forma, haja tendência para que os preços não aumentem por falta de procura.


O problema está no populismo.

Os políticos pretendem ganhar eleições e, pensando os eleitores como crianças desmioladas, prometem dar tudo a todos e durante todo o tempo. Desta forma, o controlo da inflação, principalmente porque um tal Phillips publicou nos anos 1950 um trabalho que relaciona mais desemprego com menos inflação mas que se provou estar totalmente errado mas que se continua a ensinar nas escolas de economia!!!!!, é difícil em países com pouca literacia económica.

Surge então a ideia de darmos a moeda a outra organização, no caso português, ao Banco Central Europeu. Desta forma, o problema da taxa de juro é causado pela Lagarde e o governo populista nada pode fazer para mudar as coisas.


Está aqui o problema da inflação na Argentina (e em demais países como a Venezuela).

A Argentina tem como modelo de estabilidade económica o Dólar Americano e, por isso, pensa combater a demagogia financeira passando a usar o dólar como nós usamos o Euro.

Depois, a culpa das taxas de juro serão do Banco Central Americano.


E onde vai a argentina arranjar dólares?

A Argentina tem um PIB nas ordem dos 500 mil milhões de USD e precisa cerca de 10% deste valor em circulação, isto é, 50 mil milhões de USD.

Mas não tem problemas porque o FMI empresta este quantitativo sem juros.

De facto, isto não é um empréstimo porque não se traduz em bens e serviços pelo que, em termos técnicos, se denomina por "cedência de liquidez". Estas notas são impressas pelo Banco Central Americano e cedidas ao FMI que as cede à Argentina.

Um dia que a Argentina decida abandonar o USD, terá de devolver ao FMI as "notas".


A Argentina já usou o USD e falhou porque também tem riscos.

Como deixa de ter política monetária, terá de haver uma gestão mais rigorosa dos salários e preços que serão denominados em USD.

Se, como tem acontecido em Portugal nos últimos anos, o governo tentar que os salários aumentem de forma administrativa, os preços em dólares vão aumentar o que prejudica as exportações, desequilibrando a economia.

Havendo, no futuro, uma crise, terá de haver um ajustamento em baixa dos salários o que também não é politicamente fácil.

Fig. 2 - Só tirando a roupa é que se sabe no que vai dar

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Os erros da industrialização puxada pelo governo PS

Fala-se muito do novo aeroporto de Lisboa.

Reparem bem. O novo aeroporto vai ser uma infraestrutura 100% privada mas quem está a decidir a sua localização é o governo.

Isto não tem qualquer lógica económica pois deveriam ser os agentes económicos privados a decidir a localização. O governo responde a questões eleitorais (quer maximizar a probabilidade de ser reeleito) e isso não é compatível com uma economia em crescimento.

Claro que será preciso a intervenção pública nas expropriações e na construção dos acessos mas a eficiência económica decidida pelos privados deveria ser o guia para termos uma localização economicamente eficiente.


Para termos uma ideia dos números avançados pelo governo.

Nos últimos 10 anos, investiram-se 350 mil milhões €, é muito dinheiro, mas a depreciação do capital foi de 360 mil milhões €, pelo que houve um pequeno saldo negativo (de 2.5%).


Portugal está a perder capital desde 2002.

Existem pequenas crises económicas que alteram, não se sabe porquê (ou melhor dizendo, eu não sei porquê) que alteram o comportamento das economias no logo prazo.

Em 2002 houve uma crise económica que se denominou por "Crise sul-americana" que levou o então primeiro ministro Guterres a dizer "Demito-me porque isto está-se a tornar num pântano" e, logo a seguir, ser substituído pelo Durão Barroso que concluiu "Estamos de tanga".

Essa crise já aconteceu há mais de 20 anos mas, estranhamento, desde então, a nossa economia tem um crescimento muito fraco e a quantidade de capital começou a cair. Entre 2002 tínhamos 180% do PIB em capital e estamos hoje com pouco mais de 100% do PIB.

Também aconteceu entrarmos para o Euro em 1999 mas pode ser apenas mais uma coincidência.

Fig. 1 - Evolução do capital em Portugal (% do PIB, dados: WB)


Dividindo o capital total pelo número de trabalhadores, obtemos 50000€/trabalhador.

Estes 50000€ traduzem que, em média, cada posto de trabalho tem associado 50000€ de capital.

Quer isto dizer que o nível de sofisticação da nossa economia aponta para que os novos investimentos não devam implicar muito mais do que 100000€ por cada posto de trabalho criado.


É quase como o TGV.

Se em Lisboa e Porto autocarros viajam a 15km/h e os comboios a 50km/h, em vez de fazer investimentos para ter um comboio Porto Lisboa a circular a 300km/h, era melhor para o país como um todo aumentar a velocidade média dos autocarros no Porto e Liboa para 25km/h e dos comboios para 80km/h. É que milhões veriam a sua vida progredir enquanto que o TGV só vai aproveitar alguns.


Isso também se passa com os médicos de família.

Para quê exigir uma pessoa com 19 valores no secundário, que andou 6 anos na universidade mais outros tantos a tirar uma especialidade para, no final, cair num centro de saúde a fazer consultas de rotina?

Deveria ser criado um curso de "saúde familiar", 4 anos como enfermagem, para criar médicos de família como quem faz pão quente, sempre a andar.


Estes 50000€ traduzem que, em média, cada posto de trabalho tem associado 50000€ de capital.

Quer isto dizer que o nível de sofisticação da nossa economia aponta para que os novos investimentos não devam implicar muito mais do que 100000€ por cada posto de trabalho criado.


Vou acabar por falar do famoso datacenter de Sines.

O Augusto Santos Silva conhece-me, infelizmente, e odeia-me.

Do que ouvi da sua boca foi que o poder judicial mandou o governo ao charco. Mas isso não é verdade, foi o António Costa que se demitiu.

Vamos supor que, como agora querem fazer crer os socialistas, o poder judicial não tinha qualquer credibilidade junto do povo. Então, aquele parágrafo que diz que o António Costa está a ser investigado seria um motivo de orgulho, currículo político, como ter sido preso (ou detido) no tempo da "outra senhora".


Vamos então ao datacenter.

A parte do armazenamento é formada por discos rígidos, HDD, iguais aos dos nossos computadores mas centenas de milhar. Estes HDD nãos e produzem em Portugal,  são comprados no estrangeiro, digamos que à Coreia do Sul, Japão, USA , Taiwan ou China.

Se a capacidade do datacenter for de 18 HexaByte, terá um milhão de HDD de 18TB que implicam um investimento de 250 milhões €. Um datacenter com 18HB já é muita coisa, mais do que o servidor do Google, o maior do mundo, tem 40HB.

Agora, para os anunciados 3600 milhões € ainda falta muito pelo que penso ser banhada!!!!!

Ainda tem os computadores que processam os pedidos de dados por parte dos clientes mas também não produzimos computadores, tudo importado da Coreia do Sul, Japão, USA, Taiwan ou China.

Alegadamente, o datacenter de Sines vai criar 1200 postos de trabalho. Isto dá 3 milhões € por cada posto de trabalho.


Estão a ver o problema?

Em média, cada posto de trabalho em Portugal tem associado 50 mil € de capital e o datacenter vai precisar de 3 milhões, 60 vezes mais.Pensando uma taxa de amortização de 20%/ano (o equipamento fica rapidamente obsoleto), cada posto de trabalho tem uma "despesa" em capital de 50000€/mês.

E este investimento é apenas depositar em Sines equipamentos estrangeiros e pagar 50000€/mês por cada posto de trabalho criado aos investidores. 


Isto é como a TAP.

Compramos os aviões ao estrangeiro.

Compramos o combustível ao estrangeiro.

Vendemos bilhetes que os governantes chamam de exportações "esquecendo-se" que o valor dos bilhetes é maioritariamente usado para pagar os aviões e o combustível ao estrangeiro.

Fig. 2 - Para atravessar o caminho, não seria mais rápido pores os pesinhos no chão?


segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Os palestinianos não querem uma Palestina independente por causa do desengajamento

Em 1948 formou-se o Estado de Israel e ficou lá a viver quem lá morava.

Apesar de dizerem que os palestinianos foram expulsos, a verdade histórica não é essa.

Em 1948 uma percentagem de muçulmanos que viviam na zona, acreditaram na promessa da Jordânia, Síria, Egipto, Líbano, Iraque, Yieman e Arábia Saudita de que os judeus seriam todos mortos, atirados ao mar ou expulsos dali e que ele voltariam para uma Palestina "do rio até ao mar".

O problema é que a guerra de 1948 correu mal para os árabes e quem se retirou para retornar em glória, nunca mais teve oportunidade de voltar para Israel. 


Mas ficaram muitos muçulmanos em Israel à espera da Palestina Independente.

Actualmente, 21% da população israelita, isto é, das pessoas que têm passaporte israelita, são palestinianos que se mantêm à espera da Palestina Independente, 1,9 milhões de pessoas.

O problema é que, o Estado de Israel diz que, quando se formar o Estado da Palestina, deixa de fazer sentido que essas 1,9 milhões de pessoas que se identificam como palestinianos continuem a ser israelitas. Assim, no dia da independência da Palestina, essas pessoas vão deixar de ser israelitas para passarem a ser palestiniano.


Isto é o desengajamento.

Semelhante ao que aconteceu na Índia/Paquistão em 1947, quando se formaram os 2 países pela divisão do território da Índia Imperial Inglesa.

Nesses dia, 7 milhões de muçulmanos saíram da Índia e foram para o Paquistão e 5 milhões de hindus e sikhs saíram do Paquistão e formam para a Índia. Pelo caminho, formam mortos centenas de milhares (para os incentivar a mudar de país).

Também aconteceu no Centro da Europa em 1945, milhões de alemães saíram da Prússia Oriental (que passou a pertencer à URSS). Também saíram centenas de milhar de Polacos da URSS (a metade da Polónia ocupada pela URSS).


Também há jovens palestinianas muito bonitas

E há o problema dos nepaleses!!!!!!!!!

Quando, no dia 7 de Outubro o Hamas invadiu Israel, não matou apenas israelitas, também matou os nepaleses.

É que o Nepal é um estado amigo de Israel, por exemplo, os casais gays têm os filhos no Nepal com barrigas de substituição. Em termos económicos, o Salário de um trabalhador agrícola no Nepal são 90€/mês enquanto que os palestinianos exigem 350€/mês.

Em termos económicos e de segurança (pois os nepaleses são amigos de Israel) é preferível contratar nepaleses do que palestinianos.

Contrariamente ao que dizem os esquerdistas (de que os israelitas exploram a mão de obra barata dos palestinianos) a verdade é que apenas os procuram ajudar pois os nepaleses são melhores.

Havendo desengajamento, os palestinianos que hoje trabalham em Israel, incluindo os tais 1,9 milhões de pessoas, vão ser substituídos por nepaleses.

E isso vai levar ao colapso económico da Palestina Independente.


O erro dos palestinianos é pensarem que a agricultura tem importância económica.

Quando vemos falar dos problemas da Palestina, é a dificuldade da apanha da azeitona. Mas numa economia desenvolvida, a agricultura não tem qualquer importância económica.

Em termos mundiais, apenas 4% do PIB se deve à agricultura e, em Portugal, por cada 100€ de riqueza que se criam, apenas 1,50€ são criados na agricultura e, na Alemanha, apenas 0,70€.


Os palestinianos deveriam apostar nas zonas industriais mistas.

Israel criou zonas industriais mistas, por exemplo, a Nitsanei Shalom Industrial Zone, onde tanto palestinianos como israelitas podiam operar empresas. Os palestinianos boicotaram alegando que era ocupação e exploração.


Não vai então haver Palestina Independente porque o desengajamento seria muito duro.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Eu penso que o próximo primeiro ministro é o Pedro Passos Coelho

Vai haver eleições no próximo 10 de Março.

As últimas sondagens dizem que há um empate entre PS e PSD mas isto vai mudar em favor do PSD por duas razões.

1) O processo de corrupção vai causar desgaste no PS.

2) O candidato do PS não ser o António Costa (no estado imaculado de há uma semana) vai prejudicar o PS.


O PSD vai aumentar mas não de forma suficiente para governar.

O Montenegro é muito fraco, não presta, um populista barato e está ligado aos problemas da autarquia de Espinho (isso vai entrar na campanha eleitora) pelo que se não houvesse a descoberta do novo polvo de corrupção do PS, teríamos o Costa mais anos e anos e anos até se cansar.

Como pode um primeiro ministro do PSD defender a anulação de tudo o que o "governo de salvação nacional" do Pedro Passos Coelho teve tanto esforço para fazer?

Baixar impostos e subir a despesa pública com professores, médicos, e tudo o demais?  Ele e demais que o rodeiam só podem estar sob o efeito da ganza. 

Mesmo com o desgaste do polvo, vai ser difícil uma vitória da direita e, a haver, vai ser muito à tangência com PSD+IL+CHEGA.


O CHEGA vai ter bom desempenho.

Por mais estranho que pareça, os votos do CHEGA são captados no eleitorado tradicional do PCP e do CDS. Pelo contrário, os votos da IL são captados no PSD. Isto faz provável que o CHEGA aumente e que a IL diminua.

As sondagens indicam que o PSD não vai conseguir mais de 30% dos votos / 80 deputados. 

O CHEGA pode ter 12% dos votos / 30 deputados.

Faltam 8 deputados que a IL consegue com 5% dos votos.


Na campanha o Montenegro vai malhar no CHEGA.

O Montenegro não é uma pessoa inteligente senão observaria o que se passou em Espanha. 

O PP atacou a "extrema direita" e, no fim, não arranjou no bloco da direita deputados suficientes para formar governo.

Inteligente da parte do PSD será malhar no PS e na sua teia de corrupção e deixar o CHEGA, como Sá Carneiro, deixou o CDS e o PDC fazerem o seu caminho (depois de 1974, estes partidos tinham a fama de serem fascistas).

Isso vai inviabilizar o governo de direita que precisa ser PSD+IL+CHEGA.


É aqui que surge o Pedro Passos Coelho.

Uma woke perguntou - “Acha que eleições antecipadas podem dar força a partidos que ameaçam a democracia, como o CHEGA?”

O Passos Coelho respondeu “o CHEGA não é um partido antidemocrático, (...) tem toda a legitimidade de existir. (...) foi eleito democraticamente (...) [sendo] um partido como os outros que estão presentes na Assembleia da República”.


O Montenegro vai tentar formar governo com a abstenção do PS.

E vai levar uma nega.

Depois, o André Ventura vai dizer "Se for o Pedro Passos Coelho, podemos falar ..."

Ventura, queres vir tomar um cafezinho para recordarmos que te indiquei e apoiei em Loures?


quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Vou explicar ao Povo quais foram os crimes do António Costa e demais.

Quando imaginamos um crime, assumimos que o criminoso procurou um ganho.

Quando alguém rouba uma carteira, procura obter um ganho pela apropriação do seu conteúdo. Pelo contrário, a pessoa a quem a carteira foi roubada teve um prejuízo e o roubador sabe disso.

Claro como a água de que estamos em presença de um crime.

O problema é quando o roubador não lhe passa pela cabeça ter um ganho até podendo pensar que vai causar um ganho à vítima, por exemplo, imagina que ao roubar a carteira, a vítima não vai poder comprar droga (que lhe causa um dano) e, ao dar anonimamente o dinheiro a uma instituição de caridade, vai fazer o bem.

Continua a ser um crime porque o ato foi feito contra a vontade da vítima e à revelia da Lei.

Bem sei que o Zé do Telhado está na história como um herói mítico popular porque roubava aos ricos para dar aos pobres mas não deixava de ser um criminoso.


Muitas vezes, à posteriori, o crime é considerado um crime.

No Ruanda, entre os dias 7 de Abril e 15 de Julho de 1994, 77% dos Tutsis foram assassinadas.

Imaginem que eu, no dia 6 de Abril, era Embaixador no Ruanda e, adivinhando o massacre, dava vistos às centenas de milhar de pessoas que foram assassinadas nos 100 dias seguintes e que elas conseguiam fugir para Portugal.

Eu não teria qualquer ganho, ainda cansava a mão a fazer centenas de milhar de assinaturas e estava a salvar pessoas mas cometia um crime de desobediência porque estava claramente a violar a Lei.


O problema é que quando a administração pública não cumpre a Lei, não acontece nada ao agente prevaricador.

Um dirigente qualquer, mete processo disciplinares, inventa factos, chama amigos como testemunhas falsas, contrata advogados caríssimos e trafulhas que o Estado paga para perseguirem pessoas que não gostam. 

Impõe horários o pior possível, desclassifica, grita, gesticula, insulta.

Isto são crime mas não lhe acontece nada.

Os dirigentes acham que são inimputáveis, nada de mal lhes pode acontecer.

Isto acontece a todos os níveis, desde professores, directores de faculdades, reitores de universidades, juízes, procuradores, chefes de finanças,  vereadores, presidentes da junta, presidentes da câmara, bombeiros, cometem ilegalidades todos os dias e dizem "Se não estiver bem, vá para tribunal".

O problema é que os tribunais custam muito dinheiro à vítima e o criminoso não paga nada, é o Estado que paga tudo.

E, depois, o tribunal dá quase sempre razão ao agente público que cometeu o crime alegando "Ele não fez isso a mais ninguém, não teve lucro nenhum com a decisão, estava a defender o interesse público" 

O Estado é formado por pessoas corruptas na sua maioria e, por causa disso, defendem-se uns aos outros e paga tudo ao agente que comete a ilegalidade.


O que dizem os comentadores da televisão?

"Deviam ter avisado o Costa, é uma pessoa muito séria, não o estou a imaginar a meter a mão na massa, a procuradora tem muito a explicar, coitadinho, blá, blá, blá, blá"

Mas alguma vez alguém avisa um criminoso de que está a ser investigado?

O que é que tem o Costa de especial?

É a cabeça da máquina corrupta que é o Estado como um todo.

O cidadão perde sempre contra este polvo corrupto, um funcionário qualquer das finanças aplica a uns uma multa (e a outros não) e tem de se pagar pois, se reclamar, a decisão será "A situação foi avaliada na repartição de finanças competente e a decisão foi tomada dentro da liberdade de julgamento dos factos e circunstâncias do inspector, Indeferido".


Vamos imaginar que eu sou presidente de um câmara.

Existe um regulamento para atribuir casas camarárias com renda controlada e há 1000 pessoas desgraçadas à espera de uma casa.

Uma casa vagou e vem o meu melhor amigo e diz "Pá, há um caso de um José da Silva e Costa que precisa muito de uma casa, está desgraçado, a mulher mete-lhe os cornos e os filhos chamam-lhe padrinho, vê lá o que podes fazer."

Se eu passar este fulano à frente dos 1000 que estão à espera não respeitando o regulamento, mesmo que eu não tenha qualquer lucro, estou a cometer um crime.

Mesmo que eu pense que estou a fazer uma obra de caridade, estou a fazê-lo com à custa de recursos públicos. Se eu quiser fazer uma obra de caridade tenho de o meter em minha casa, não na casa camarária.


É isto que acontece no desgoverno do António Costa.

Cada um daqueles mentecaptos tipo Galamba ou Nuno Santos, pensam que estão a levar Portugal para a frente mas estão a cometer crimes de lesa Estado.

Se a Lei diz que se deve fazer isto e aquilo, o agente da administração pública, mesmo contra a sua vontade e noção de justiça, tem de cumprir com a Lei, não se desviando nem um milímetro.


Como sabem, houve um professor na Faculdade de Letras da Universidade do Porto que violou repetidamente uma aluna.

O que é que lhe aconteceu?

Nada. Sim, absolutamente nada.

Teve um processo porque a aluna insistiu muito, demorou meses a arrancar, no afinal aplicaram-lhe 60 dias de suspensão, pena amnistiada.

Quem foi o professor?

Não sei mas deve ser esquerdistas porque, no meu caso, por ter dito que "A minha mãe diz que os homens se casam porque não querem comer sandes", andou em todos os jornais e televisões e eu acabei despedida.

Isto é um crime cometido de dimensões comparáveis ao Dilúvio e nada acontece.

Pensam que alguma comunicação social investigou?

Nada, fazem parte do máquina corrupta em que vivemos.

Ainda vamos ver a comunicação social a pedir a canonização do Costa, será o Santo António Costa de Lisboa.

Faz algum sentido reuniões com candidatos de um concurso público?

Nenhum, reuniões com candidatos a concursos por intermédio do melhor amigo para quê? O que é preciso é cumprir com a Lei.

Isto é um crime claríssimo porque não cumpre o princípio da independência e legalidade dos agentes da administração pública.

Se não ganhou nada com isso, não interessa. Não é por alguém atropelar umas pessoas na passadeira sem ter qualquer benefício que deixa de ter cometido um crime.

É um crime esta menina estar no convento


terça-feira, 7 de novembro de 2023

AAAHHHHHHH, percebi agora a pressa em apanhar o computador ao Homem da Bicicleta

 Pois, também me perguntei "Qual é a pressa?"

O vizinho de cima diz que, naquela noite, ouviu o seguinte (transcrição verdadeira).

"Aqui-del-rei, Santa Vaca, Santa Maria da Feira, Santo Inácio Boiola, ACCCUUUDDAAAAMMM que ele leva a BOMBA ANTÓNICA no computador".

"COOOSTAAAAAA, GAAAALLLAAAMMMMBAAAA, SSSIIIISSSSSSSSS, acudam-nos que  somos umas mulherzitas franzinas, com mamas chupadas, não aguentamos o bicho mau muito mais tempo na jaula!!!!!! ele atropelou-nos com a bicicleta e foi foi contra a porta de vidro!!!!!!!"


O Marcelo bem disse - "Deita o gajo fora que é uma pedra agarrada a um naufrago"

Diz o Costa -"Não posso porque ele é muito competente"

AHHHAHHHHAHHHHAAAHHHAAAHHHA

PPPPPEEERCEEEEEBIIIIIIII NNOO QQUUUE É COMPETENTE

É Com-metente no bolso!!!!


Que grande coincidência!!!!!

O Frederico Pinheiro apresenta ontem o livro e hoje o Costa demite-se.

AHHHAHHHHAHHHHAAAHHHAAAHHHA

Filhos da puta de esquerdistas que me despediram e são muito piores do que eu.

AHHHAHHHHAHHHHAAAHHHAAAHHHA

É tudo uma corja punheteiros que só querem encher os bolsos.

AHHHAHHHHAHHHHAAAHHHAAAHHHA


Fig. 1 - Estado em que ficou a bicicleta (imagens reais recolhidas pela MOSSAD)

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