sábado, 12 de abril de 2025

Nas próximas eleições legislativas, vai ficar tudo parecido, AD 81 // PS 76 // CHEGA 43 deputados.

Peguei nas sondagens publicadas em Abril de 2025.

No total, estas sondagens somam 3480 respostas sendo que 4,7% não conseguiram disser em que partido vão votar. Não inclui a sondagem da Consulmark2 porque não encontrei o tamanho da amostra.



Resultados (intervalo de confiança de 95%)

AD = 77 a 85 deputados (média de 81)

PS = 72 a 80 deputados (média de 76)

CHEGA = 39 a 46 deputados (média de 43)

IL = 11 a 16 deputados (média de 13.5)

BE = 2 a 6 deputados (média de 4)

PCP = 3 a 6 deputados (média de 4.5)

LIVRE = 6 a 11 deputados (média de 8.5)

PAN = 0 a 1 deputados (média de 0.3)


AD e PS estão empatados mas pouco.

Apesar de a AD e o PS estarem empatados para um intervalo de confiança de 95%, a probabilidade de o PS ficar à frente da AD é de apenas 10%.


Para os mais interessados 

Indico o artigo onde podem ver a fundamentação estatística para os intervalos de confiança (a 95%).

Vieira, PCC (2025), Inferência estatística vetorial -Sondagens eleitorais, Researchgate 


O código R usado no cálculo

AD=0

PS=0

CHEGA=0

IL=0

BE=0

PCP=0

Livre=0

PAN=0


for(i in 1:100000)

   {#sondagens

    agregado =sample(1:9,3480,rep=TRUE,prob=c(29.9, 28.2,16.7,6.7,3.4,3.6,5.0,1.8,4.7))

    #Calcula os deputados

    partidos=table(agregado)[-9]

    percentagem=partidos/sum(partidos)

    deputados=296*percentagem - 6.44

    deputados[deputados<0]=0

    deputados=round(deputados/sum(deputados)*230,0)

    #AD PS Chega IL BE CDU Livre PAN ND

    AD[i]=deputados[1]

    PS[i]=deputados[2]

    CHEGA[i]=deputados[3]

    IL[i]=deputados[4]

    BE[i]=deputados[5]

    PCP[i]=deputados[6]

    Livre[i]=deputados[7]

    PAN[i]=deputados[8]

   }

x=sort(AD)

c(x[500], x[2500], mean(AD), x[97500],x[99500])

x=sort(PS)

c(x[500],x[2500], mean(PS), x[97500],x[99500])

x=sort(CHEGA)

c(x[500],x[2500], mean(CHEGA), x[97500],x[99500])

x=sort(IL)

c(x[500],x[2500], mean(IL), x[97500],x[99500])

x=sort(BE)

c(x[500],x[2500], mean(BE), x[97500],x[99500])

x=sort(PCP)

c(x[500],x[2500], mean(PCP), x[97500],x[99500])

x=sort(Livre)

c(x[500],x[2500], mean(Livre),x[97500],x[99500])

x=sort(PAN)

c(x[500],x[2500],mean(PAN),x[97500],x[99500])


x=sort(PS+BE+PCP+Livre)

c(x[500], x[2500], mean(x), x[97500],x[99500])

x=sort(AD+IL)

c(x[500], x[2500], mean(x), x[97500],x[99500])

x=sort(AD+CHEGA)

c(x[500], x[2500], mean(x), x[97500],x[99500])

#AD>PS

(sum((AD>PS)*1)+sum((AD==PS)*0.5))/100000


quinta-feira, 3 de abril de 2025

O Túnel Algés-Trafaria apenas é viável como ciclovia

Não é viável fazer um túnel rodoviário sobre o Tejo.

O principal problema é os carros podem-se incendiar e, para evitar haver milhares de mortes, é necessário um nível de segurança que torna a obra economicamente inviável.

Claro que podem dizer que há países onde foram feitos túneis rodoviários mas, se como bem sabem, o Túnel do Canal da Mancha é ferroviário e, mesmo assim, já teve um incêndio que quase o arruinou (no dia 11 de Setembro de 2008).


As pessoas pensam que é fácil fazer um túnel rodoviário.

Antes de ter estudado Mecânica dos Solos questionava "Se nas minas fazem túneis com facilidade, porque não há a mesma facilidade a fazer túneis rodoviários?".

A diferença está em os túneis das minas: 

      i) Durarem pouco tempo (podem sofrer deformação), 

      ii) Serem de pequeno diâmetro, 

      iii) Os túneis e poços de circulação serem feitos em rocha resistente,

      iv) Controlar-se o risco de incêndio (nas minas não há equipamentos com motores a combustão).


i) A rocha é como a gelatina.

Quando cortamos uma fatia num bolo de gelatina, inicialmente o corte mantém-se vertical  mas, com o tempo, a gelatina começa a descair. Na industria das escavações diz-se que "O terreno está a dar carga".

Quando fazemos uma escavação acontece exactamente o mesmo, começam-se a romper pequenas ligações entre as rochas e mais e mais carga é aplicada na vizinhança do espaço vazio o que faz com que o túnel fique cada vez com menor diâmetro (no caso da rocha ser plástica) e a caírem blocos (no caso da rocha ser menos plástica).

Como no túneis rodoviários é necessário manter a estrutura e a segurança, é necessário uma forte e dispendiosa consolidação  das paredes do túnel. 


ii) Um túnel rodoviário tem um diâmetro muito grande.

Para termos dois sentidos, o túnel tem de ter um piso com 2 + 3.25 + 3.25 + 2 = 10.5 metros e uma altura de 5 metros. com estas dimensões, consegue uma tráfego máximo na ordem dos 1200 veículos por hora em cada sentido.

Se pensarmos que o túnel tem a forma de uma circunferência, esta tem um diâmetro mínimo de (10.5^2+5^2)^0,5 =  11.6 metros. Somando o reforço das paredes, vai para 15 metros de diâmetro de escavação o que é uma enormidade.

Por comparação, uma ciclovia com duas faixas em cada sentido precisa de um túnel com 6 metros de diâmetro e tem capacidade para 3000 trotinetes por hora em cada sentido, podendo ser ainda maior na hora de ponta abrindo três faixas num sentido.

Fig.1 - Um túnel rodoviário precisa de um mínimo de 15m de diâmetro e a ciclovia de apenas 6m.

iii) O túnel vai ter de passar por terrenos de aluvião. 

A profundidade do Rio Tejo contando a água e as lamas, areias e cascalho móveis é na ordem dos 30 metros. Depois, continuamos a ter areia e cascalho sem capacidade de suportar cargas. 

A vantagem é que o túnel pode ser pré-fabricado em secções na Noruega e, escavada com uma draga uma vala no leito do rio, afundadas as secções.

Não parece muito complicado mas, como terá de haver pelo menos 20 metros entre o fundo do rio  e o topo do túnel, teremos uma vala com 2500 metros de extensão, 70 metros de profundidade e 500 metros de largura para a qual  o Rio Tejo está continuamente a arrastar lama, areia e cascalho.  

Fig. 2 - Localização do túnel Algés-Trafaria com a vala a escavar

iv) O risco de incêndio torna o túnel rodoviário muito caro.

Foi anunciado que no túnel apenas poderão circular veículos eléctrico. As pessoas pensam que é para incentivar os veículos eléctricos mas a razão está na segurança.

O combustível tem muita energia específica (um litro de gasolina aquece 5000 m3 a 150.C) e a gasolina é explosiva dentro de um túnel (um litro de gasolina é equivalente a 7 kg de explosivo).

O problema é que os veículos eléctricos também se incendeiam. 

Vamos supor que dois carros chocam na hora de ponta no meio do túnel e há um incêndio. Vão estar dentro do túnel milhares de carros e de pessoa a mais de 1500 metros de distância da saída mais próxima. O ar atinge rapidamente temperatura infernais o que propaga o incêndio aos outros automóveis; o fumo e falta de oxigénio asfixia as pessoa e os bombeiros não podem entrar por causa do congestionamento.


Tem de haver outro túnel de segurança.

Paralelo ao túnel rodoviário, tem de haver um túnel de segurança para onde as pessoas possam fugir.

De qualquer forma, havendo um incêndio, vai haver muitos mortos (todas as pessoas nas proximidades do acidente), milhares de carros vão arder e o túnel vai ruir por causa das altas temperaturas. 

Só o túnel de evacuação de segurança fica mais caro do que o túnel para uma ciclovia com duas pistas em cada sentido.


Faria mais sentido uma ciclovia Barreiro-Seixal-Almada-Cais do Sodré.

Numa sociedade que anuncia ser "amiga do ambiente" mas que o carro é o rei, não faz sentido fazer ciclovias que custei mais do que pintar de vermelho um bocado da via.

Numa sociedade que tem o peão como centro da mobilidade, faz todo o sentido investir dinheiro em ciclovias mas faz mais sentido um túnel a ligar o Barreiro ao Cais do Sodré.

Mas como dizia o meu pai (que a Terra já lá tem), "não vai ser para o meu tempo".


Fig. 2 - A Ligação Barreiro, Algés-Almada-Cais do Sodré serviria muito mais pessoas


Porque têm as secções de ser construídas na Noruega?
Fica muito mais barato construir o túnel na vertical e isso só pode ser feito dentro de água.
A Noruega tem locais de águas muita calmas (os fiordes), com profundidades de mais de 400 metros.
Além disso e por causa disso, tem muita prática neste tipo de construção em betão porque é quem faz a sapata flutuante das plataformas de exploração de petróleo em águas profundas.




Também tenho de falar um bocadinho das tarifas do Trump.
Não vou estar por aqui a dissertar sobre o que a ciência económica diz sobre o assunto, vou apenas fazer algumas  perguntas: 

1 = Se, como dizem os nossos economistas sábios, as tarifas do Trump vão ser pagas pelos consumidores americanos, porque é que do lado de cá do Atlântico há pessoas tão preocupadas (incluindo os  sábios e os comentaristas)?
Será que amam assim tanto os consumidores americanos a ponto de não dormirem só a pensar no mal que o Trump, eleito por eles, lhes está a causar?
Não seria melhor preocuparmo-nos com os moçambicanos que sofrem muito mais?

2 = Porque estamos a pensar retaliar impondo tarifas sobre os bens americanos?
Não irá isso ser pago pelos consumidores europeus?
Será que estamos tão preocupados com os americanos que, em solidariedade, queremos causar igual prejuízo aos consumidores europeus?

Fig. 3 -  Não bate a bota com a perdigota. "Queres que te dê um beijo?"


Vi um cometário interessante.
Que o Montenegro vai ganhar.
Como já saíram sondagens, vou ter de trabalhar os números o que vai ficar para amanhã.

domingo, 23 de março de 2025

Para quebrar uma password não é suficiente calcular em 20 minutos o que demora 1 milhão de anos!

Os computadores quânticos estão nas notícias com resultados bombásticos.

em particular, saiu uma notícia em que um computador quântica resolveu em 20 minutos um problema que, num computador normal,. demoraria um milhão de anos (ver, pplware).

Vou esquecer que são apenas notícias e vou-me concentrar na capacidade desta anunciado incremento quebrar uma password.


A quebra de uma password obriga a experimentar todas as alternativas possíveis.

Vamos supor o PIN do cartão multibanco. Como tem 4 dígitos, existem 10000 alternativa diferentes. 

Uma pessoa vai conseguir quebrar o PIN se experimentar todos os números possíveis mas, em média, só precisa experimentar metade dos números (nuns casos precisará experimentar mais e noutros casos menos). 

Se conseguisse experimentar mil códigos por segundo, consigo quebrar o PIN em 5 segundos (o sistema tem um controlo que apenas permite experimentar 3 valores em 24 horas). Isto é possível porque, sempre que experimentamos um número, a máquina multibanco contacta o servidor que regista a tentativa.


Agora, imaginemos um PIN com 77 dígitos (256 bits).

48195847382089182738496857364738202967558493847195847362859265845371678491644

Se um computador conseguir experimentar mil milhões de número por segundo e a sua capacidade duplicar a cada 2 anos, vou demorar 452 anos a quebrar este PIN.

Agora, estranhamente, se a capacidade do computador aumentar 2300 milhões de vezes (o que traduz fazer em 20 minutos o que demorar um milhão de anos), demorará 388 anos a quebrar o PIN!!!!!!!!!

Um aumento de 2300 milhões de vezes não vai reduzir o tempo na mesma proporção (reduz o tempo para quebrar a chave em apenas 15%) porque a segurança das chaves assume que a capacidade dos computadores vai duplicar a cada dois anos.

Bastará aumentar a chave de 77 dígitos para 87 dígitos para voltar a demorar 452 anos para a quebrar.


A questão está nos algoritmos "em tempo linear".

Se uma chave com 4 dígitos tem 10 mil hipóteses, com 5 dígitos tem 100 mil e com 6 dígitos tem 1 milhão. Então, ao aumentar um dígito, o tempo para quebrar a chave aumenta 10 vezes.

Esta proporção denomina-se por "tempo exponencial".

Os algoritmos de encriptação são de forma a que, conhecendo a chave, o tempo seja linear, isto é, calcular a mensagem encriptada com uma PIN de 8 dígitos, 62345198, demora o dobro de calcular a mensagem encriptada com um PIN com 4 dígitos, 7625.

Já a encriptação terá de ser em tempo exponencial, se com 8 dígitos demora o dobro do tempo a encriptar, demora 10 mil vezes mais tempo a quebrar o PIN. 

Agora, se o computador ficar mais rápido 2300 milhões de vezes, basta aumentar o tamanho do PIN em 9 ou 10 dígitos, passar de 4 dígitos para 14 dígitos, para ter o mesmo nível de segurança.


Não existe nenhum algoritmo em tempo linear para quebra as "chaves simétricas".

Uma chave simétrica é aquela que usamos para encriptar o nosso ficheiro Word ou o PIN do multibanco: a chave que é usada para encriptar é decidida por nós e é usada a mesma a encriptar e a descodificar a mensagem.


Eventualmente, há uma algoritmos em tempo linear para quebrar as "chaves assimétricas".

No Whatsapp, a password usada não é decidida por nós mas é construída depois de se transmitir informação entre nós e o servidor. Vou apresentar um exemplo apenas ilustrativo.

A Ana e o João pretendem comunicar à distância sem se encontrarem.

A Ana sorteia uma password e um número primo, por exemplo, 473827387 e 735276697. Agora, a Ana faz a operação:

Resto =  2^473827387 % 735276697 = 331346109

A Ana envia os números (331346109; 735276697) ao João.

Com estes dois números, o João não é capaz de calcular a password da Ana, isto é, não consegue inverter a operação que não seja por tentativa e erro (melhor dizendo, existe uma algoritmo mais eficiente mas que continua a ser é em tempo exponencial).

É esta impossibilidade que permite a comunicação segura https quando acedemos a páginas de Internet e é este algoritmo que, eventualmente, está em crise com a Algoritmo de Shor.

Mas, mesmo que daqui a 100 anos se consiga fazer computadores quânticos, não há certeza de que o Algoritmo de Shor consiga mesmo quebrar as chaves em "tempo linear".

Boneca Latex com encriptada com PIN de 77 dígitos por apenas 999€. Também temos com cabeça e com cabeleira downstairs.


sexta-feira, 21 de março de 2025

Comprei uma trotinete Xiaomi 2 Pro

Há 3 anos comprei uma trotinente "marca branca".

Depois de percorrer cerca de 5000 km, a parte mecânica está impecável, o travão está perfeito, as rodas não mostram desgaste e tudo funciona perfeitamente mas a parte eléctrica pifou.

Começou rapidamente a perdeu autonomia e acabou mesmo por morrer de vez.

Penso que qualquer trotinete que se compra na Internet de marca desconhecida, por exemplo, na Temu tem hoje um preço de 216.75€, é produzida na mesma fábrica e tem as mesmas características.

No meu caso anunciavam uma bateria de 36V-10.5 Ah,  378 Wh, mas, de facto, confirmei quando abri a bateria que tinha apenas 6 Ah. Também prometiam 300 cargas e aguentou umas 100.

Se dividir o preço que paguei, 280€, pela quilometragem, deu cerca de 0,06€/km o que acho ser um valor razoável.


Agora, comprei uma Xiaomi 2 pro usada.

Há muito tempo que andava a namorar uma Xiami 2 Pro mas estava muito cara, 526€ na Worten. Mas fiz umas pesquisas na Net e encontrei uma nas Astúria na BlackMarket.

Pediam 302.99€ (299+3.99) e diziam que era refurbiched. Sendo um desconto de 40%, decidi arriscar.

Comprei na segunda-feira e chegou a minha casa na sexta-feita seguinte.


Recebi a trotinete numa caixa original mas reutilizada.

Estava tudo impecavelmente novo, tudo com os plásticos de origem e zero quilómetros mas tinha dois problemas relativamente a uma nova: 

1 - Faltava o pneu sobresselente (que vale 16€)

2 - A bateria é usada marcando como data de fabrico Março de 2021 e que já fez 29 cargas.

No big deal já que as baterias de lítio dizem que as baterias usadas pela Xiaomi duram 10 anos e que, durante esse tempo, aguentam 500 cargas.


Fui testar a autonomia e comparar com os 45 km prometisos.

Na outra trotinete, anunciavam 35km e consegui fazer 21 km à velocidade de 16km/h. Agora que prometiam 45 km, já me contentava se fizesse uns 30 km à mesma velocidade.

Estranhamente, consegui fazer 43.5 km! e ainda apanhei um bocado de vento !!!!!!!!!!!!

Foi o primeiro teste mas penso que se não apanhar vento, em plano e uma pessoa com um peso na ordem do meu, isto é entre 70kg e 75kg, vai conseguir fazer os 45 km prometidos.

Fiquei muito contente.

Esta imagem é para o leitor/comentador que acha que nunca acerto. Se calhar, é o mesmo que, quando eu disse que nunca haveria cessar fogo em Gaza, me mandou mudar de vida :-)
E que a guerra na Ucrânia só acaba quando o Putin for derrotado?


A aplicação Xiaomi, parece impossível, mas é muito pior do que a da marca branca!

Na trotinete foleira, podia fixar a velocidade máxima num número certo, cruise control, por exemplo, 16 km/h, e nesta tenho de andar a tentar acertar. Além disso, fixava muito mais facilmente a velocidade (basta uma pequena tremideira para ser difícil fixar a velocidade).

A Xiaomi não permite começar de parado exigindo que a trotinete esteja a mais 5km/h antes de carregar no acelerador (se o acelerador estiver carregado, não arranca).

Ainda tentei alterar isto com uma aplicação pirata mas bloqueou a instalação dos drivers e a app da Xiaomi deixou mesmo de reconhecer a trotinete (mas em segundos arranjei uma app com display muito melhor e com mais informação)


Pneumáticos é muito melhor que pneus maciços!

A Xiaomi tem pneus de ar e a minha anterior tinha pneus sólidos.

Nunca tive qualquer problema com os pneus sólidos e, ao fim de 5000 km, estão como novos mas tremem muito, sendo impossível andar em peso que não seja totalmente liso como, por exemplo, a calçada portuguesa (é preciso dobrar os joelhos e, mesmo assim, descola o cérebro).

Com pneumáticos, a condução é melhor mas há o risco de ter um furo.


Contas sobre a energia gasta.

A 16km/h gasta aproximadamente 8.6 calorias por km, 1.0 KWh por 100 km. Por comparação, um carro electrifico gasta cerca de 10KWh (mas a uma velocidade 5 vezes maior).

Comparando com uma pessoa a correr a essa velocidade, vi fontes que indicam 16 METS - Metabolic Equivalents que, aplicado a mim, é cerca de 1.04 Kcal/min. 



Então, em termos energético, a trotinete é cerca de 7 vezes mais eficiente que eu a correr a 16km/h (em peso liso pois em terreno com buracos, eu ganho :-).


Não posso dizer mais nada.

Ainda só fiz 75 km porque tem estado a chover e estou com dores de costas. 

Apesar de ainda ter pouca informação, estou contente com a autonomia mas triste com o cruise control,

Mas, vendo que a autonomia prometida está próxima da realidade, tenho um pouco de confiança que a bateria aguente as 500 cargas prometidas, isto é, que a coisa aguente 20000 km antes de pifar.







  



quarta-feira, 12 de março de 2025

O Montenegro caiu, vamos a eleições e será que vem aí a Contra-Geringonça?

Se não ficar tudo igual, ficará tudo diferente.

Todos sabemos que o Montenegro não é uma pessoa adequada para continuar primeiro ministro. 

Não vou entrar pela sua competência ou falta dela, não acho que seja pior nem melhor do que muitos outros que já lá estiveram, mas antes vou entrar pela sua duvidosa idoneidade. E não sou só eu que pensa isto.

Agora que caiu, fazendo "indecente e má figura", vem aí o futuro e é preciso começar a pensar em cenários.

As últimas sondagens indicam:

PS = 88 deputados (+10); AD = 73 deputados (-5); CHEGA = 46 deputados (-4); 

IL = 15 deputados (+7); BE= 7 deputados (+2); LIV = CDU = 1 deputado (-3)

Pelo que vou começar pelo que penso ser cenário o mais provável:


A Contra-Geringonça.

O PS ganha mas por um poucochinho e apenas o PSD+CHEGA formam uma maioria absoluta.

Se bem me lembro, nesta situação, o Montenegro não quer ser primeiro ministro e o PS não resiste ao ataque do CHEGA.


Cenário 1 = Surge uma pessoa no PSD que forma governo com o apoio do CHEGA.

Há muitas pessoas com perfil para serem chefes deste governo de coligação. 

O primeiro nome que me veio à cabeça foi o António Bagão Félix;

O segundo nome foi a Maria Luís Albuquerque;

O terceiro foi o Vítor Gaspar;

E há bastantes mais que são de direita, vistos como competentes e sérios pelo povo e que nunca se meteram nessas coisas de dizer mal deste ou daquele, em particular, a diabolizar o André Ventura que será fundamental para haver um governo de direita.


Mas para termos a Contra-Geringonça precisamos do ...

Naturalmente, do Pedro Passos Coelho.

Bem sei que é uma espécie de D. Sebastião mas é um nome que está sempre em cima da mesa.

O Passos Coelho penso que se sente vítima de uma injustiça e, por isso, está zangado com o povo, precisava fazer terapia com o Cavaco Silva que, depois de ter saído do governo de gatas, arrebitou e transformou-se numa figura central da nossa política.

O problema é que o Passos Coelho pode estar como o Bashar al-Assad.

Embarcou num avião, juntamente com a mulher, os filhos, os generais mais graúdos e os guerreiros mais ferozes de toda a Síria e estão todos a viver de saúde e em segurança em Moscovo.

O problema é que o Bashar al-Assad não diz nada. Está vivo como se estivesse morto ou está morto como se estivesse vivo.

 

Está ali, estou a vê-lo, é o Basjhar al-Assad, cesse Coelho e Saladino que guerreiro mais alto se alevanta.  


A vantagem do futuro é que se revela com o passar do tempo.

Lembro-me de nos anos 1970 estar a ver o Espaço 1999 e a pensar se o futuro seria mesmo assim. Já lá vão 25 anos e a Lua continua onde sempre esteve, mais ninguém meteu lá os pés, quanto mais estar lá a viver.

Há muitas pessoas que pensam que nunca os americanos meteram o pé na Lua e, se antes, achava uma coisa ao nível de ser contra a toma de medicamentos (mas de que sofre a maioria do povo), hoje estou inclinado a acreditar que sim, que nunca ninguém meteu os pés na Lua.

É que já passaram mais de 50 anos, a tecnologia aumentou exponencialmente e nunca mais ninguém anunciou que pouso lá. Mesmo as naves não tripuladas têm falhado umas atrás das outras.

Cheira-me a esturro um bocado como as afirmações do Marechal de Campo Roto Agostinho que insiste ser a Rússia a maior potência militar do Mundo.



quinta-feira, 6 de março de 2025

Para a França ser o garante da segurança estratégica, precisa de muito mais bombas atómicas.

A Rússia já ameaçou várias vezes de que vai atacar a Europa com armas nucleares.
Nos últimos 3 anos, a Rússia tem ameaçado os países europeus que dão ajuda militar à Ucrânia. 
Não quero cometer a simplificação que o problema é o Putin e, por isso, tenho de considerar que a ameaça veio da Rússia e não de uma pessoa em particular.

Com o guarda chuva nuclear do Biden, a Europa estava segura mas, agora que o Trump não quer usar as suas armas nucleares para defender a Europa,  estamos sob uma ameaça real.

A França veio oferecer ajuda aos restantes países europeus mas tem apenas 290 ogivas nucleares o que é verdadeiramente insuficiente para fazer face às 5889 russas. Por cada ogiva francesa, a Rússia 20 ogivas o que dá para ver a magnitude do desequilíbrio.


Dará mais segurança comprar 600 F-35 aos USA ou a França fazer 6000 ogivas nucleares?
Como a França (e o Reino Unido) dominam a tecnologia, fazer ogivas nucleares fica muito barato.
Pode parecer impossível mas a compra de um caça F-35 dá para produzir 10 ogivas nucleares.
E, penso que não existe ninguém que tenha qualquer dúvida,  o que será mais importante enquanto meio de dissuasão, comprar 600 caças F-35 aos USA tem muito menos capacidade de amedrontar os russos do que produzir, com conhecimento endógeno, produzir 6000 ogivas nucleares.


Bem sei que vai voltar o slogan esquerdista "Antes vermelho do que morto".

A ideia de que a nossa segurança passa mais por palavras, reuniões e respeito pelos interesses dos outros do que pelo armamento.

Mas essas pessoas deveria ir ao Tibete. Bem, essas pessoas defendem que o Tibete sempre foi parte da China e que a Ucrânia sempre foi parte da Rússia.


Além disso, o armamento gasta dinheiro que deve ir para as pensões e salários.

Pois. O Almirante Seringas fez uma pequena conta e logo o tentaram destruir.

Disse o Almirante Seringas: "Se Portugal gasta 1000 em defesa e tem de passar a gastar 2000 ou 3000  para garantir a nossa segurança colectiva, essa diferença tem de vir de algum lado."

Será preciso ser muito inteligente para compreender isto?

Portugal pode fazer granadas, minas anti-carro, drones, munições para a artilharia e metralhadores, fez milhões durante a guerra de África, mas não vai fazer nada, anuncia, empata, adia, atira para 2030, pede financiamento à UE e, quando estiverem todas as licenças camarárias prontas, a guerra, tal como a Covid-19 que ainda se combate com o PRR, já acabou há 5 anos e já todos temos russo como língua obrigatória.


Os países europeus, incluindo Portugal, encomendam bombas atómicas à França ou ao Reino Unido.
"Qual é o preço? 17 milhões por unidade? Portugal encomenda 20!" A Alemanha, com a sua dimensão económica, encomenda 500 e a Espanha 50.

20 ogivas nucleares ficam mais barato do que enviar homens para uma força de separação na fronteira da Rússia com a Ucrânia por tempo indefinido. 

Depois, vão para o stock estratégico que será controlado por um comando conjunto dos países que tiverem bombas no stock. 

A canalhada vai refilar, vai haver manifestações dos "pacifistas"? Mandam-se para a União Soviética e para a Coreia do Norte.


Os russos vão pensar "Mais vale ser uma democracia do que desaparecer"
Os militares têm uma expressão interessante "Não temos medo mas respeito pelos mais fortes."

Se os russos pensarem "Se tentarmos invadirmos a Europa Ocidental, duramos poucos minutos." vão  ganhar respeito à Europa.

Não é preciso o Macron ou o Costa por-se em bicos de pé para estar numa reunião qualquer a discutir as condições de capitulação.

Teriam de dizer "Façam as reuniões que quiserem mas quem manda aqui não são os americanos, chineses ou russo, somos nós, e se nos tocarem, estão a atiças um vespeiro como nunca foi visto."

Pensarão esses inimigos "Mais vale ser democrático do que mortos"


Quanto à Hungria e Eslováquia?
Metê-los fora da UE, com efeitos imediatos, e bloqueio como os americanos fizeram a Cuba, estão a fazer ao Canadá e querem fazer à Ucrânia.

Fazia mais, pegava no povo todo e enviava-os de volta para a União Soviética.

Rua, voltai para a União Soviética que já se faz tarde.

 
Será que as tropas europeias de separação garantem a segurança de alguém?

Não. Qual é o poder militar dessas tropas europeias? Nenhum.

Vamos supor que os europeus metem um milhão que seja de tropas na fronteira da Rússia. Se a Rússia decidir atacar, essas tropas não vão dar um tiro, vão fugir o mais rápido que puderem.

Alguém se lembra que no dia 2 de Setembro de 1939, do dia seguinte à invasão da Polónia, o Reino Unido enviou 390 mil homens para reforçar a Linha Maginot no Norte de França para dissuadir os alemães de invadir a França? E funcionou?

Às 9:00 do dia 9 de Maio de 1940 foi dada a ordem de invasão da França. 
Ao fim de 30 dias, metade dos britânicos já tinham fugido e a outra metade estava morta ou prisioneira dos alemães.

Vai acontecer o mesmo que às forças europeias que protegiam os bósnios em Srebrenica, fugiu um para cada lado e deixaram que os Sérvios massacrassem os homens todos.

E se não fosse o bombardeamento aéreo americano, os europeus não iriam fazer nada em Srebrenica, como disse o Costa, fazer brain-stormings, reuniões, condenações com as "palavras mais duras do dicionário", planos estratégicos, tudo para 2030 e siga para bingo.

Se em 2025 ainda estamos a lutar contra a Covid-19!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Sabem porque a China ainda não invadiu a Sibéria?
Porque a Rússia tem 6000 ogivas nucleares.


terça-feira, 4 de março de 2025

A reclassificação dos solos rústicos para habitação vai ser como a maternidade de substituição

A Lei 25/2016 da Maternidade de Substituição foi aprovada há quase 9 anos.

O número de vezes que foi aplicada foi exactamente ZERO.

Criaram uma lei para dizer que também temos uma lei mas, dadas as condições, as comissões, as regulamentações e as entravações, não se aplica nem nunca se aplicará a ninguém em concreto.

A classificação do solo rústico em urbano destinado à construção de habitação a custos controlados, vai seguir o mesmo caminho.

É que depende das câmaras municipais e, como temos visto na comunicação social, o controlo apertado sobre a construção é a principal fonte de envelopes.

Bem sei que um envelope é barato, por 0.12€ já se arranja um bom envelope, mas é como a tripa do porco, o importante é o que está lá dentro, as carnes e os condimentos.

Para o processo poder avançar, tem de enviar as suas razões num envelope.

Vejamos o exemplo da "Continuidade com  o solo urbano".

Nas localizações onde existem mais terrenos rústicos, isto é, nas aldeias e vilas do Norte de Portugal, as casas são muito dispersas, não há continuidade na construção. Quem exige isto ou nunca foi a uma aldeia, o que não acredito porque só vejo nos políticos matarruanos a querer passar por fidalgos, ou não quer que isto alguma vez tenha aplicação.


Quando sair a Lei, vou ler em mais pormenor e escrever mais coisas.








segunda-feira, 3 de março de 2025

A Europa é como o nosso partido comunista, já se deram por derrotados.

A Rússia invade a Ucrânia e a Europa pede à Rússia para negociar a paz.

Mas que paz? 

O que a Europa está a pedir à Rússia Soviética são os termos da capitulação europeia. Queremos saber a forma de contentar os apetites do Império Russo, não do Putin como os fantasistas querem fazer crer, mas os apetites soviéticos que continuam vivos no Império Russo.


Vejamos a nossa geringonça partido comunista + partido socialista + bloco de esquerda.

O PC já teve 40 deputados e agora tem 4. Mas 4 é muito melhor do que nenhum pelo que têm de se agarrar ao que têm.

O BE caiu de 19 para 5 deputados mas, também, é melhor do que nada.

O partido socialista do Pedro Nuno Santo também se contenta com o que tem, não é primeiro-ministro mas, sabendo que nunca ganhará uma eleições, é melhor estar como está do que nada, sempre aparece de vez em quando na TV.

Havendo a hipótese do Montenegro cair, há que concertar posições. O PC avança com uma moção de censura lembrando o Grande Capital, a alimentação da guerra começada pela Ucrânia contra o povo irmão russo, mais umas quantas cassetes depois, o PS não se revendo nos argumentos, mantém lá o Montenegro.

"Como sou da oposição a dobrar, oponho-me aos que se opõem" , diz o Pedro Nuno Santos.

O BE late, late, pia, pia porque sabe que vai manter as 5 galinhas no poleiro.

Nem o PC e o BE caiem para zero, nem o Pedro Nuno Santos se tem de expor a mais uma derrota humilhante.


Neste ponto o Trump tem toda a razão.

Já ninguém se lembra mas esta discussão é uma repetição de 1939.

Nessa altura, a Alemanha começou, novamente, a invadir tudo e todos e o presidente Franklin D. Roosevelt dos USA disse "Ainda há 20 anos tivemos 116 mil mortos na Europa e estão outra vez em guerra? Que se fodam". E só entraram na guerra depois de, no seguimento do ataque de Pearl Harbor, a Alemanha e a Itália terem declarado guerra aos USA em solidariedade com o Japão.


O Milhazes tem toda a razão.

Irá haver muitas reuniões de lideres europeus, muitas declarações de que "estamos com a Ucrânia até ao fim" mas nada irá acontecer.

A Europa vai ficar com a Ucrânia até ao fim mas a olhar da bancada, a ver os melhores ângulos do Titanic a afundar para, depois, fazer documentários muito gráficos.

No futuro, à semelhança do dia 22 de Abril em que se comemoração da queda do Gueto de Varsóvia, ou o Prémio Sakharov atribuido no dia 10 de Dezembro,  haverá na Europa um dia de comemoração da queda de Kiev. Nesse dia, irão europeus a Kiev colocar uma coroa de flores e assinar mais um contrato de fornecimento de gás natural russo À Europa.

Quando Portugal se lançou nos "descobrimentos", a Rússia era um pequeno país encravado.


Diz o Macron "Putin, dá-nos 100 dias para prepararmos a tua destruição".

Só pode estar maluco.

Se o Putin não ligou nada ao que disse o Trump (que, assim que tomasse posse, a guerra acabava em 24 horas), vai ligar ao que diz o Macron?

Ganhem juízo. 


Porque pensam que escolheram o António Costa?

O António Costa foi primeiro ministro de Portugal durante 8 anos e conseguiu não fazer nada.

Quem melhor para guiar a Europa do que um diplomado com provas dadas na arte do empata? Fala, fala, fala, palavras lindas e motivadoras do fazer nada. O tempo verbal é sempre o futuro, "vamos fazer isto e aquilo" mas nunca "fizemos isto e aquilo", e a estratégia é sempre a ambição, "ambicionamos vir a ser" mas nunca "somos".

A Europa tem a ambição de ser líder na Inteligência Artificial mas não é capaz de desenhar um processador nem avançar com um algoritmo, tem a ambição de ser líder na Transição Energética mas nem uma pilha é capaz de fazer, vem tudo da China ou da Coreia do Sul.

Vamos ajudar a Ucrânia mas, se não tivesse sido o Boris Johnson nos primeiros dias depois da invasão de 24 de Fevereiro de 2022, Kiev tinha caído. Reuniões, mais reuniões de emergência e o melhor que a Europa conseguiu foi oferecer-se para enviar cobertores e a receber refugiados.


A Europa tem medo da Rússia.

Se a Europa tem medo da Rússia, há dois caminhos que podemos seguir, assumir a derrota e entregarmo-nos aos soviéticos tal qual fizeram os de Hong-Kong e de Macau que se entregaram à China ou derrotarmos a Rússia de uma vez por todas, como os americanos fizeram ao Japão que nunca mais pensou em brincar às guerras.

E voto a favor da derrota da Rússia pois não precisamos morrer para isso, é só dar meios à Ucrânia que eles dão cabo da Rússia.

É que se a economia europeia, 12 vezes maior do que a economia russa, com ambição em ser líder mundial em coisas complexas não consegue fornecer obuses à Ucrânia, mas que merda de ambição podemos ter? A ambição de virmos a ser a vergonha do Mundo?

As 15 maiores economias da UE são 11,5 vezes o tamanho da economia Russa


Alguém ainda se lembra da Covid-19?

Na altura, os europeus anunciaram um plano de emergência para fazer, rapidamente, face à pandemina.

É o famoso PRR que, passados 5 anos, quando já ninguém se lembra disso, ainda se discute onde devem ser aplicados os fundos que a UE pediu emprestados.

Com o Costa ao leme, o que se pedia mais?

Quando entrei, a Europa ia em primeira, devagar e sem ambição. Decidi meter fazer anúncios com ambição, "vamos ter de andar muito mais depressa, mais rápido que os mais rápidos" e, no entretanto,  meti ponto-morto e parei para não desgastar o motor. 


Vou comentar um comentário sobre a venda do Montenegro à mulher.

Quando as pessoas são solteiras têm bens seus. Para simplificar, concentro-me nos sujeitos a registo (carros, casas, terrenos).

Quando duas pessoas se casam em comunhão de adquiridos, relativamente aos bens, além das pessoas individuais, passa a existir o CASAL que é proprietário dos bens que venham a ser adquiridos.

Se o marido compra um apartamento, ele na posição de comprador, o apartamento passa a pertencer tanto a ele como à sua mulher porque, apesar de estar apenas o nome dele como comprador, pertence ao CASAL.

Se, já depois de casados, a mulher receber de herança um terreno, esse bem vai para o seu património de solteira.

Quando há dissolução do casamento (morte ou divórcio), os bens "de solteiro" voltam para cada um e os bens do CASAL são divididos entre ambos,  


Faria sentido o Montenegro vender a conta ao Montenegro?

Vamos supor que o Montenegro fazia uma escritura de compra e venda da cota na qual escrevia:

Vendedor: Primeiro Ministro Montenegro

Comprador: Advogado Montenegro.

E se a escritura dissesse:

Vendedor: Montenegro representado pelo advogado Joaquim

Comprador: Montenegro representado pela advogada Mafalda.

Acham que esta escritura faria sentido? Acham que alteraria o proprietário dos bens?

Claro que não.


O Montenegro vendeu bens do CASAL ao CASAL.

Na escritura o que estava implícito era:

Vendedor: CASAL (representado por Montenegro).

Comprador: CASAL (representado pela mulher do Montenegro).

No vendedor e no comprador estava a mesma pessoa, o CASAL, pelo que não ocorreu nenhuma alteração na situação jurídica da cota. Pertencia ao Montenegro e à mulher e passou a pertencer à mulher e ao Montenegro, em igualdade de posições.

É por isso que a compra e venda de bens é nula quando realizada entre os membros de um casal casado em comunhão de bens ou comunhão de adquiridos.

É que não faz qualquer sentido.

Não é crime mas não altera em nada a situação jurídica dos bens.

Não tem nada a ver com poderem ter cotas ou deixarem de ter, não podem é vender bens do CASAL ao CASAL.


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Isto do Montenegro é uma vergonha, mais um momento negro da governação e ainda falta saber de Famalicão!

Este caso do Montenegro é pior que o do Manuel Pinho que foi condenado a 10 anos de cadeia.

Um advogado que vende bens à sua mulher sem saber que a venda é nula mostra total ignorância jurídica (parágrafo 2.º do artigo 1712.º do CC).

E como pode um advogado que não sabe o básico receber 4500€/mês da Solverde?

E como pode este advogado receber centenas de milhares de euros de autarquias do PSD?

E uma fonte anónima disse-me, sem eu ter como confirmar, que uma dessas autarquias foi a de Famalicão, num valor de 300 mil euros.

E como pode alguém dizer que não há qualquer problema com isto?


Artigo 1714.º do Código Civil, parágrafo 2. º 

[São proibidos] os contratos de compra e venda e sociedade entre os cônjuges, excepto quando estes se encontrem separados judicialmente de pessoas e bens.


E agora?

Aqui está um sapato difícil de descalçar pelo Marcelo que está fragilizado pelo caso da gémeas.

Mais uma dissolução e novas eleições?

O povo é soberano e tem sempre razão. 



Só não há eleições porque o Pedro Nuno Santos é medroso.
O chefe do PS, quando não era chefe, parecia cheio de força, até dizia que os banqueiros alemães ficavam com as pernas a tremer.
Assim que chegou a chefe, perdeu-se no meio da confusão de ser esquerdista ou não.
Agora, estando sempre empatado com o PSD, tem medo de perder.
É que perder mais uma vez será a última. 





quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

O Zelensky é um ditador e o Putin um democrata? O trump só pode estar louco

Já tinha previsto que a Ucrânia ia ser acusada de ter começado a guerra.

Como referi a semana passada, mal o trump começou a anunciar que a Ucrânia tinha de capitular, começaram a aparecer mais pessoas a dizer que a culpa é da Ucrânia. Mais pessoas porque é esse o discurso oficial dos nossos esquerdistas, onde se inclui o Marechal de Campo Roto Agostinho, os do PC, do BE e de outros grupelhos.

Mas o trump? Vir o presidente dos estados unidos dizer que a culpa da guerra é do Zelensky?

Como pode uma pessoa que diz ser muito mais inteligente do que a média dizer uma coisas destas?

Como é que o Zelensky poderia ter evitado a guerra?

Fazendo como o lukashenko faz na bielorússia tornando a Ucrânia num estado fantoche onde o putin fizesse o que lhe bem apetecesse?


Na Arábia Saudita, Coreia do Norte e China nunca houve eleições.

E na rússia, as eleições foram tão transparentes como no tempo da união soviética, o putin não tem pudor em matar todos os seus opositores políticos incluindo o Navalny. 

E o trump não diz que os presidentes desses países são ditadores, não, são estadistas. 


A minha mãe sofria de demência mas nada comparada com a do trump.

Disse o médico do hospital da Feira, um brasileiro extraordinário que esteve com ela nas urgências desde que entrou às 9h da manhã até à meia-noite, altura em que foi transferida para o hospital SS de Gaia, que o TAC mostrava um cérebro reduzido ao tamanho de uma noz.


Eu avisava as pessoas porque não aceitam a degradação do cérebro.

As pessoas aceitam que haja doenças do coração, rins ou fígado mas não aceitam que haja doenças do cérebro. Pensam que o pensamento vem da alma e não de um bocado de massa orgânica que se degrada com o tempo.

Com a degradação orgânica do cérebro, os pensamentos tornam-se confusos, o discurso torna-se incoerente e, por vezes, parece ofensivo porque a pessoa perdeu a parte do cérebro onde estavam as rotinas do "politicamente correcto".

Dei sempre à minha mãe a liberdade de dizer o que bem entendesse, nunca lhe disse "Shiu" mas, quando chegava a um sítio, avisava as pessoas "Preparem-se para o pior porque a minha mãe está choné".

A minha mãe dizia "Ó Maria Clara, estás a tratar-me mal" (a minha mãe pensava que eu ira a sua irmã mais velha) e eu dizia, "não Dulcinha, não é choné, é lélé."


No judo vejo a mesma incompreensão.

Chegam lá crianças com 'problemas' e estão sempre a sofrer 'Ouve o que eu digo, não olhes para o tecto, não olhes para o chão, está quieto, mantém-te atento' quando o cérebro não o permite.

E diz o fulano que a sua especialidade é ensinar crianças "menos válidas", como se eu me acreditasse. 


A minha mãe nunca chegou ao estado de alucinação do trump.

No Sábado passado, como já acontece há muitos anos, fui caminhar no passadiço junto ao mar com o meu amigo Paulo, um génio preditivo.

Interessante que ele disse o que eu achava impossível de acontecer: "Tenho receio que o trump passe a apoiar o putin, a atacar a Ucrânia e a fornecer armamento à rússia."

Em poucos dias, o impensável tornou-se provável.

O Gigante Jorge Nuno Pinto da Costa estava muito doente mas nunca alucinou neste grau de magnitude.


O trump está-se a mostrar uma pessoa rancorosa e vingativa.

Eu até gostava do bicho e achava que, em muitos pontos, tinha razão. Por exemplo, acho que a Europa gasta muito pouco em defesa e em ajudas à Ucrânia.

Eu queria ver era o trump em Kiev no dia 24 de Fevereiro de 2022 quando a Rússia atacou por terra, ar e mar com o exército que durante 80 anos fez tremer o mundo de medo.

Queria ver se a fanfarronice dele o aguentava em Kiev ou se fugia com o rabo entre as pernas "Para acabar com a guerra".

Afinal, o trump retomou o discurso dos comunistas europeus dos anos 1960, 1970 e 1980: Antes vermelhos do que mortos.


Mas lembrei-me dos verdadeiros estadistas, de quem ficou na História quando o putin se chamava hitler.

"Mais vale morrer de pé do que viver de joelhos", Roosevelt.


A Europa Ocidental tem de dar corda aos atacadores.

A União Europeia tem de pedir a ajuda do Reino Unido e, juntamente com a França, aumentar o arsenal estratégico, isto é, as bombas atómicas, para o nível do arsenal russo.

A França tem 300 ogivas nucleares, o Reino Unido 215 e o putin 6850. Há muito trabalho a fazer.

É que o discurso do montenegro está a começar a ser "Se desafiarmos o putin, ele ataca-nos com bombas atómicas e o trump não vai fazer nada."

Será que vai ser o trump a ditar a vitória da urss e a derrota da europa ocidental?

Haja coragem e vergonha pois a Ucrânia, com a ajuda europeia reforçada, já provou ser capaz de derrotar o putin.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

O problema da América do Norte é o défice público

As contas públicas dos USA estão descontroladas.

As pessoas estão concentradas no descalabro do défice com o exterior (o défice corrente que mede saldo entre o que vendem e compram ao exterior) e a imposição de tarifas pelo Trump no sentido de o controlar mas a raiz do problema está no défice das contas públicas que, em 2024, foi de 6.6% do PIB.

Em termos aproximados, o défice de 2024 foi, em termos monetários, de $1900G, milhares de milhões de dólares, e as principais despesas onde existe "liberdade política" são:

Segurança Social: $1200G.

Saúde:  Medicare $800G / Medicaid $600G.

Defesa e Segurança Nacional: Em torno de $800G.

Programas de Assistência Social Federal: $200G.

Educação Federal: $100G.

Como o Trump não pode subir impostos por causa das promessas eleitorais, tem de criar outras fontes de rendimento (as tarifas e o aumento da produção de petróleo) e cortar nas verbas mais importantes.


É mais difícil controlar o défice americano do que num país europeu.

É que a receita pública americana é muito inferior à receita pública nos países europeus.

A despesa pública americana anda na ordem dos 35% do PIB enquanto que nos países europeus anda próxima dos 50%. Então, anular um défice de 6.6% do PIB, nos USA obriga a cortar a despesa em 6.6/35 = 19% enquanto que na Europa só é preciso cortar 6.6/50 = 13% na despesa.


Dada a dificuldade, o Trump chamou o Elon Musk para cortar $1000G na despesa pública.

No controlo do défice, o Trump está a apostar em reduzir o défice para 3% em "poupanças por ganhos de eficiência" mas, como já ouvimos repetidamente este anúncio milagroso, apenas cortes na Segurança Social, na Saúde e na Defesa têm impacto significativo. 

O querer "sair" da Ucrânia é uma forma de cortar na Defesa sem cortar na "Segurança Nacional".

É que se nada for feito, a América do Norte vai à falência e as consequências serão terríveis.

Fig. 1 - Onde é que podemos cortar? Deixa-me pensar, ... vou telefonar ao Milei.

É o défice público a causa do défice das contas externas americanas.

Grande parte do défice público americano é resolvido por crédito chinês, isto é, o Estado da China empresta dinheiro aos USA.

Na disciplina que leccionava no último ano de economia, repetidamente, alunos mais atrevidos faziam-me esta pergunta :-) Parece que nenhum dos meus colegas tinha conseguido dar uma resposta aceitável.

Vejamos agora como esses empréstimos para financiar o défice público implicam défice das contas com o exterior.


1 = Situação de equilíbrio (inicial).

A China exporta $1000/ano e importa $1000/ano dos USA. Neste caso, a quantidade de dólares a circular nos USA e em reserva no banco central da China, BCC, mantém-se constante. Suponhamos que o BCC tem $1000 em reservas.

Nesta situação, o défice público americano, $1000/ano, é financiado pelos americanos e, por causa disso, a taxa de juro é elevada, por exemplo, 7%/ano.

OS valores são apenas a título ilustrativo. Se acharem que $1000/ano é pouco, imaginem $1000 por centésimo de segundo.


2 = A China financia parte do défice americano (com câmbios fixos).

A China decide emprestar $200/ano para cobrir parte do défice público dos USA.

Neste caso, o financiamento dos americanos diminui para $800/ano o que faz descer a taxa de juro, por exemplo, para 6%/ano. Este efeito é positivo mas também acontece algo negativo:

Passa a haver mais dólares em circulação na América o que faz os preços dos bens americanos subir.

Como os preços nos USA sobem e na China se mantêm, os bens chineses tornam-se relativamente mais baratos do que os bens americanos. Esta diferença nos preços relativos faz com que a China passe a exportar mais e a importar menos.


3 = O novo equilíbrio (final).

Com os novos preços nos USA vai haver um novo equilíbrio em que as reservas do BCC voltam a $1000 e a quantidade de moeda em circulação na América estabiliza.

    Exportações - Importações + Empréstimo da China = 0

Para "digerir" o crédito chinês de $200/ano, os USA diminuem as exportações para $900/ano e aumentam as importações para $1100/ano.

  $900/ano - $1100/ano + $200/ano = 0

Nesta altura, os bens americanos estabilizam mas mantêm-se mais elevados que na situação inicial.


4 = E se os câmbios forem variáveis (e os preços fixos)?

O efeito é o mesmo mas usando outro "canal de transmissão" do efeito do crédito chinês.

Para não esgotar as reservas do BCC, a China vai ao mercado de divisas "comprar" dólares (em troca da venda de yuan) para os emprestar aos USA. 

Neste caso, a taxa de juro aumenta (o crédito vai ser esterilizado) o que faz com que os preços americanos não se alterem. 

No entanto, a cotação do dólar aumenta (porque há mais pessoas a querer comprar dólares) e a cotação do yuan diminui (porque há mais pessoas a querer vender yuan).

Se a cotação do dólar aumenta e a cotação do yuan diminui, os preços relativos dos bens chineses, em dólares, diminui o que faz com que, nos USA, diminuam as exportações e aumentem as importações.


5 = E se os câmbios forem variáveis e os preços também?

O efeito é o mesmo mas usando ambos os "canais de transmissão" numa certa proporção.

Os preços americanos sobem mas menos (por exemplo, 40% do que aumentaria se os câmbios fossem fixos) e a cotação do dólar aumenta (por exemplo, 60% do que aumentaria se os preços fossem fixos).

No final, com câmbios fixos ou variáveis, com preços fixos ou variáveis, as exportações americanas diminuem e as importações americanas aumentam.


Não é só o défice público tem desequilibra as contas com o exterior.

Qualquer endividamento externo desequilibra as contas com o exterior mas o défice público é uma parcela mais importante porque, na relação entre estados, é assumido como "Sem Risco".

Querendo a China conceder crédito à economia americana, pode emprestar dinheiro à OpenAI, à Tesla , a um banco comercial ou fazer um financiamento directo às exportações para os USA mas, por causa do risco, estas operações têm de ser avaliadas individualmente o que coloca problemas ao "politburo" (além de ser uma fonte de corrupção).

O mais fácil é o politburo ter decidido em 2000, "Nos próximos 25 anos, vamos financiar o défice público americano em 3% do nosso PIB".


O Milei é um maluco como diziam os "sábios" da Economia ou sabe mesmo de economia?

Com escrevi num poste (ver, 20nov2023) que as politicas económicas do Milei podiam mesmo funcionar.

É que os "sábios" que aparecem na comunicação social são de esquerda, defendem o modelo keynesiano como se fosse a verdade quando é evidente que está errado porque assume que o "investimento autónomo" é uma variável exógena que está desligada da poupança. Além disso, os economistas esquerdistas acreditam na Curva de Philips (diminuir a inflação causa desemprego e contração do PIB) quando se sabe, pelo menos há 50 anos, que não é verdade.

O desafio mais urgente do Milei era diminuição a taxa de inflação que, quando tomou posse, estava em 1427%/ano (taxa mensal de 25.5%/mês em Dezembro de 2023, anualizada). Este desafio está ganho pois a inflação caiu para 30%/ano (taxa mensal de 2.2%/mês em Janeiro de 2025, anualizada)

Em Janeiro de 2025, a taxa de inflação mensal voltou ao nível de 2020.

Fig. 2 - Evolução da taxa de inflação na Argentina, Jan2020-Jan2025 (fonte: tradingeconomics)

O PIB caiu um bocadinho mas está a recuperar.

Assumindo o PIB valia 100 em finais de 2023, em finais de 2024 vale 97, uma contracção de 3% mas está a recuperar. 

Se nos lembrarmos da crise grega em que a queda no PIB foi de 27%, na Argentina as coisas até estão a correr muito bem.

Fig. 3 - Evolução do PIB 1T2020-3T2024 (Wordl Bank)


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

A derrota da Ucrânia é responsabilidade da Europa Ocidental

Não é o Trump o responsável, é a hipocrisia europeia.

Quando o Trump anunciou que queria a Gronelândia, ficou explícito que não se importava que a Rússia ficasse com o leste da Ucrânia.

É que de Kiev a Washington são 7800 km (dos quais 5500 km são Atlântico) e de Kiev a Varsóvia são 700 km.

A Europa Ocidental falou de apoiar a Ucrânia até ao fim mas eram só palavras.

Decorridos 3 anos, no concreto, quantos drones, obuses, ou outro tipo de armamento Portugal produziu para enviar para a Ucrânia? 

Zero.

E passou-se o mesmo um pouco por toda a Europa, falar, falar, falar mas nada de produzir armamento para enviar para a defesa da Ucrânia. 

A Rússia é grande mas a Ucrânia já mostrou que pode ganhar a guerra mas precisa de muito apoio material da Europa (e não moral, de princípios nem legal).


O problema é que a Europa não quer abrir os cordões à bolsa.

Considerando a média do Séc. XXI, A despesa da Europa Ocidental e Central (excluindo o UK) está em 1,44% do PIB enquanto que a dos USA está nos 3.8% do PIB.

É que, como disse o Marechal de Águas Salgadas Seringas, aumentar a despesa em defesa de 1.44% do PIB para 3.8% do PIB vai obrigar a cortes em qualquer outro lado e o povinho europeu não está para isso.

A ideia é falar, anunciar que a Europa Ocidental é um espaço de direitos, defensora dos povos injustiçados mas, no concreto, elegemos quem anuncia que "não vai haver cortes por causa da defesa" e "os americanos que paguem porque as armas são deles".

Interessante que a Europa não faz armamento porque teria de os enviar, a preço nulo, para a Ucrânia. Assim, os americanos que mandem "porque ainda vão ter lucro".

Despesa em defesa, 1960-2023, percentagem do PIB (dados: WB)


Agora o Trump falou e o que disse a Europa?

Tudo bate palmas e afirma "Nós já tínhamos dito que a Ucrânia tem de conceder território porque nunca conseguirá vencer a Rússia".

Ninguém quer que a Ucrânia ganhe não por a Rússia ser forte mas porque precisamos das matérias primas russas e temos medo que a Rússia se alie com a China contra o ocidente.


E na Europa, já todos se preparam para voltar a receber o gás e o petróleo russo.

Segundo os europeus, o grande combate não se passa na Ucrânia, isso é uma brincadeira se comparado com a luta contra os "gases".

Então, o que é preciso é fechar as centrais nucleares e a carvão em perfeito estado de funcionamento e comprar gás e petróleo russo baratos. É que, com os nobres princípios de defender o universo, a Alemanha não funciona sem o gás russo e, por causa isso, os europeus pensam "os ucranianos que se fodam, são todos massa da mesma farinha, temos é de acabar com as palhinhas de plástico".


Agora, até se diz que Bucha foi uma invenção e que os Ucranianos é que chacinaram russos.

Estou a ouvir o Marechal da Treta Carlos Branco a virar para as teses do Marechal de Campo Agostinho defender esta teoria, afinal, os Ucranianos é que invadiram a Rússia e massacraram milhões de russos.

Daqui a nada, o tribunal penal internacional imite um mandato de detenção contra o Zelensky, com o aplauso dos países europeus.


E o que vem a seguir?

A Força da Lei Internacional transformou-se na Lei da Força Internacional.

Daqui para a frente, o triunvirato USA+Rússia+China vai governar o Mundo. 

A China já tem luz verde para invadir Taiwan e as ilhas do Mar da China. 

O Putin tem carta branca para abrir um corredor desde a Bielorrússia até Kaliningrado.

E o Trump tem luz verde para "tomar conta" do Canadá, da Gronelândia, do Panamá e de Gaza.


O que aconselho a Taiwan?

Devem esquecer os USA pois, quando a China invadir Taiwan, o Trump não vai fazer nada. Digo "quando" e não "se" pois hoje tenho a certeza que a China vai invadir Taiwan durante o mandato do Trump. 

Em termos convencionais, Taiwan tem de fazer uma aliança militar com a Ucrânia para desenvolver a estratégia da guerra "Pequenos Contra Grandes". Drones e mais drones, aéreos, terrestres e submarinos, milhares de milhões, pelo menos 15 mil milhões, dez por cada chinês vivo.

Fazer também uma aliança militar com o Japão, Filipinas e indonésia que lutam contra a China no mar. Esta aliança vai permitir a colocação de milhões de drones, principalmente submarinos de ataque que evitem um bloqueio naval. 

Em termos estratégicos, fazer uma aliança, secreta, com a Coreia do Sul e Israel. 

A Coreia do Sul tem em Wolsong capacidade para produzir muito plutónio (tem 2400 MWe com reactores CANDU enquanto que Israel tem em Dimona apenas 40MWe).

E Israel tem capacidade de reprocessamento do plutónio e sabe fazer bombas atómicas de plutónio, capacidade que adquiriu nos anos 1960 aquando do desenvolvimento do arsenal estratégico francês.


Taiwan tem de tornar credível que "Se a China nos tentar invadir, desaparece da face da terra"

Se a China tem 500 bombas atómicas, Taiwan tem de ter pelo menos 1000 bombas porque não tem profundidade estratégica.

E a falta de profundidade estratégica também obriga a escavar abrigos nucleares capazes de acomodar todos 24 milhões que vivem em Taiwan.


Taiwan também deve pensar em evacuar a ilha.

A aliança estratégica com as Filipinas, Indonésia e Ucrânia deve contemplar a possibilidade de o pais se mudar de sítio.

Caso a China consiga invadir Taiwan, deve haver a possibilidade de as instituições e a população se mover para outra geografia e assim manter o país com o modelo de Israel.

O total de judeus que existem no mundo é aproximado ao total de taiwaneses e apenas 30% vive em Israel. 

Também Taiwan pode formar uma país geograficamente pequeno onde resida a identidade nacional e, depois, ter a maioria da população a viver noutras geografias, incluindo na China comunista. Recordo que vivem no Irão, arqui-inimigo de Israel, cerca de 25 mil judeus!

Taiwan até se pode mover para o Arizona onde já tem fábricas (tem 8.2 vezes a área e apenas 30% da população de Taiwan) ou para o estado vizinho do Novo México (tem 8.7 vezes a área e apenas 9% da população de Taiwan).

Penso que até será positivo para Portugal arrendar a Taiwan uma área do nosso interior despovoado, com ligação ao Porto de Sines.


Contra a Lei da Força só se pode responder com a Lei da Força.


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