"Os turcos não são propriamente conhecidos por ser o povo mais trabalhador do mundo"
Esta frase foi proferida pelo André Ventura para apresentar a sua tese de que o "novo aeroporto de Lisboa" pode ser construído em menos de 10 anos (porque o de Istambul foi construindo em 5 anos).
A questão que coloco aqui é se já é proibido usar colectivos como turcos, portugueses, brasileiros, americanos, franceses, alentejanos, homens, mulheres, meninas, rapazes, altos, baixos, portistas, sportinguistas, ricos, pobres, remediados, nacionais, estrangeiros ou outra coisa qualquer onde caiam mais do que 3 pessoas sob a certeza de sermos apelidados de fascistas, racistas, xenófobos, misóginos, machistas e mais coisas.
Mas fascistas, racistas, xenófobos e machistas também são colectivos !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sendo assim, não podemos dizer que "Os xenófobos tratam mal os estrangeiros" não só porque "xenófobo" é um colectivo mas, ainda mais forte, porque "estrangeiro" também é um colectivo. O máximo que podemos dizer é "O Manuel trata mal o Hibernam".
Vejamos um exemplo que passou na televisão.
Há uma aldeia em Castro Daire que se denomina por Colo do Pito. Um humoristas foi visitar esta aldeia e perguntou a um morador - "Como se chamam as pessoas que moram aqui?"
A pessoa, para evitar ser chamado de fascista, racista, xenófobo ou machista, começou por perguntar:
- O Sr. está-se a referir às pessoas do sexo masculino ou feminino?
- Não interessa, por exemplo, masculino.
- Há vários, aqui mesmo é o Manuel, depois o José, António, Carlos, .... e lá no fundo é o Inocêncio.
O problema é que existem estatísticas sobre os colectivos
O Banco Mundial e outras instituições recolhem e disponibilizam informação sobre os países. Em particular, disponibilizam estatísticas sobre quanto as pessoas, em média, trabalham em cada país.
O quanto as pessoas trabalham pode ser medido adoptando a visão marxista (número de horas por ano que cada pessoa está no emprego) ou pela visão económica (o valor económico que cada pessoa produz em cada ano).
O Banco Mundial disponibiliza informação sobre a visão económica ("GDP per person employed (constant 2015$)" e, realmente, olhando para esta lista, a Turquia não está onde os esquerdistas pensam, está no quadragésimo quarto lugar.
Se o Banco Mundial não é fascista, racista, xenófobo, machista nem misógino, o André Ventura pensou poder afirmar que "os Turcos não são propriamente conhecidos por serem o povo mais trabalhador do mundo" sem correr o risco de ser apelidado de fascista, racista, xenófobo, machista nem misógino.
Afinal estava enganado!!!!!!!!!!!!!
Fig. 2 - GDP per person employed (constant 2015$) dos 10 países "de cima", 5 países "de baixo", Turquia, Portugal e nossos dois vizinhos mais próximos (dados, Banco Mundial), valores relativos ao Luxemburgo.
E se o André Ventura tivesse dito "Os Luxemburgueses são conhecidos por serem o povo mais trabalhador do mundo"?
Também seria apelidado de fascista, racista, xenófobo, machista e misógino e de forma muito mais grave porque estava a afirmar que as pessoas dos outros países todos não eram conhecidas por serem as mais trabalhadores do mundo.
Voltamos ao tempo da Santa Inquisição.
Em que condenavam uma pessoa à fogueira se esta se benzesse duas vezes ("Está a tentar disfarçar que é judeu"), se se benzesse uma vez ("Está a tentar disfarçar que está a tentar disfarçar que é judeu") ou nenhuma vez ("É evidente que é judeu porque nem se benzeu").
A Santa Inquisição, a PIDE ou, actualmente, o wokismo exploram a mais baixo que existe na mente humana, a inveja, a vingança, o ressentimento, o domínio e a perseguição. E as instituições, em particular a Universidade do Porto, sendo formada por pessoas, está necessariamente contaminada, desde os alunos ao reitor, por estes sentimentos primitivos.
Os mentecaptos preocupam-se com gaza mas não se preocupam com a Síria.
Na Síria já mataram 600 mil pessoas e ainda não vi a ocupação de nenhuma universidade.
A Síria sempre foi pobre (PERIGO, estou a usar um colectivo) mas foi crescendo lentamente passando o nível de vida, o PIB per capita, de 525USD/ano em 1960 para 1552USD/ano em 2011 que compara, no mesmo ano, com os 34250USD/ano de Israel (22 vezes maior).
Desde então, houve uma destruição quase total da economia, com uma queda de 55% no nível de vida enquanto que o de Israel cresceu 25%.
Apesar do "colonizador sionista", em 2011 o nível de vida na Palestina estava 85% acima do da Síria e em 2022, o nível de vida na Palestina estava mais de 5 vezes superior ao da Síria.
*A imagem diz "Destruction in Zardana in northern Syrian Idlib province, after strikes by regime ally Russia" (ver), pelo Putin, grande pacifista e amigo dos esquerdistas.
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