Primeiro = O Presidente Marcelo é um cata-vento.
Em 2016, o Passos Coelho deixou o país com um défice em 3,1%, uma dívida pública de 131,5%, uma taxa de desemprego de 11,1%, 4605 mil pessoas empregadas e a economia a crescer 2%/ano.
O Costa mais não fez que continuar, destruindo apenas pontualmente o trabalho feito no período 2011-2016.
A arte do Costa está em anunciar muita "reposição" e em manter tudo na mesma.
Ladrar e não morder.
O que o Costa fez de pior foi ter subido o salário mínimo de 515€/mês para 625€/mês.
O salário é o preço do trabalho e, da mesma forma que negociamos com o cigano o preço da roupa, deve ser negociado livremente entre o trabalhador e o empregador e sem qualquer intervenção do Estado.
Se em tempos de expansão económica, o tempo das "vacas gordas", a subida do SMN não tem grande impacto negativo, quando vem a crise, altura em que é preciso re-ajustar a economia à nova realidade, torna-se uma dificuldade muito grande.
O aumento da intervenção no mercado de trabalho também foi acompanhado pelo aumento geral da intervenção do estado na economia pelas nacionalizações nos transportes e pelo fim das parcerias com os privadas no ensino e na saúde.
O Marcelo deu agora conta de que estamos em crise.
Depois de anos e anos a andar à bolina do Costa e da obra que o Passos Coelho deixou, agora que o Costa pensava puxa-lo para a esquerda, o vento mudou e o Marcelo passou à oposição.
Ainda há uma semana, o Marcelo dizia que estava tudo muito bem e que Portugal era um exemplo para o Mundo, até se falava em "Milagre Português".
Passada uma semana, no discurso do 10 de Junho, já avisou que não podemos fazer de conta que não existe crise.
E quem é que faz de conta de que está tudo bem? O Costa.
Segundo = O Primeiro-Ministro Costa não se vai aguentar.
As pessoas ainda estão anestesiadas porque, com os discursos do Marcelo em sintonia com o Costa a dizer "está tudo bem", pensavam que acabando o confinamento, tudo voltaria ao normal, voltaria tudo ao dia 1 de Março, véspera de ter sido detectado em Portugal o primeiro caso de Corona-19.
O problema é que já passou um mês desde o inicio do desconfinamento e a coisa está cada vez mais preta.
Se inicialmente o Banco de Portugal anunciava uma contracção de 3,7% (ainda não fizeram uma revisão dos números), o Costa anuncia agora uma contracção de 6,9% e a OCDE prevê 11% de contracção, valor que será ultrapassado se o número de positivos não parar de crescer (ver Fig.1 para julgar desta possibilidade).
Na crise do Sub-prime, nos 5 anos entre meados de 2008 e meados de 2013, a economia portuguesa contraiu 8% e o povo sofreu a bom sofrer.
Evolução da média semanal de novos casos positivos ao Covid-19 (dados: DGS)
Dia 0 é o 2 de Março de 2020, dia em que foram detectados os primeiros positivos
Estão a imaginar o que é uma contracção da economia num só ano de mais de 11%?
O défice público acima dos 20%, a dívida pública acima dos 150%, o desemprego acima dos 25% e a população empregada abaixo dos 4 milhões.
Vai ser este o legado do Costa e dos esquerdistas.
Mesmo com optimismo, o Costa não tem estaleca e o Rio não presta.
O Costa é muito porreirista, meio abobalhado, a navegar à bolina, dizendo a tudo que sim e malhando na direita porque sabe que isso agrada aos populistas desmiolados de esquerda.
É um pai que não sabe dizer que não às birras da canalha mesma sabendo que são birras por coisas impossíveis de realizar.
E o Rio parece um atrasado mental que se reduz a repetir o que diz o Costa ou a dizer tonterias sem sentido.
Quando virá a recuperação económica?
Era bom que a crise fosse por causa do confinamento.
Que houvesse uma contracção de 25% durante 2 meses para tudo voltar ao normal quando o Costa decretou o fim do desconfinamento.
O problema é que isso não nos vai acontecer por causa do turismo.
Continuando o número de positivos a crescer, não vamos ter cá estrangeiros e as mentes simples (Costa, Marcelo e Rio) pensam que os portugueses podem substituir os estrangeiros que não aparecem.
Vejamos como isso não faz sentido.
Imaginemos a economia reduzida a uma aldeia com umas 200 pessoas.
As pessoas trabalham por ali, umas para as outras.
Como têm que "importar" algumas coisas, vendem umas hortaliças e uns animais no mercado da vila e 15 pessoas trabalham num restaurante / café / hostel que recebe alguns hospedes de fora.
Reforço que os hóspedes de fora deixam euros que permitem comprar gasolina, rações, arroz e massa ao exterior.
Agora, imaginemos que os turistas de fora deixam de vir.
Até podemos pedir aos locais para irem eles substituir os "estrangeiros" mas vai deixar de haver entrada de euros o que impossibilita a compra de bens na Vila.
Também podemos todos passar a viver nos hosteis e a comer nos restaurantes em substituição dos estrangeiros mas quem vai trazer euros do exterior para cá?
O turismo vai demorar muito a recuperar, se vier a recuperar.
Já temos mais novos casos diários que a Espanha e a Itália, países com muito mais população do que nós.
Na última semana cada um destes países teve uma média de 275 novos casos por dia e nós tivemos 334!
Com tantos casos e em crescendo, não vamos conseguir prometer aos turistas que somos um pais livre do Corona.
E se um turista for contaminado em Portugal, por quem corre a despesa hospitalar?
O Passos Coelho e o Cavaco avisaram que os esquerdistas eram o diabo mas ninguém acreditou.