Compreender a imigração é aceitar que todos os anos, há 30 milhões de pessoas que tiveram a sorte de nascer num país pobre.
Esta frase pode não parecer fazer sentido, como pode alguém que nasceu num país pobre ter sido bafejado pela sorte?
É que nos países onde vivem os 25% da população mundial mais pobre, em média, cada mulher tem 4.2 filhos e nos países onde vivem os 25% da população mundial mais rica, em média, cada mulher tem 1.6 filhos.
Então, só posso concluir que, por cada mulher que vive num dos países mais pobres, há 2.6 almas que tiveram a sorte de vir ao mundo apenas e tão só porque a sua mãe vivia num país pobre. Multiplicando pela população, anualmente há 30 milhões de crianças que nascem e sobrevivem nos países pobres mas que nunca nasceriam nos país rico.
Fig.1 - Em Portugal, estas crianças nunca teriam tido a sorte de ver a luz do dia.
Pegando nos dados disponíveis no Banco Mundial e calculando a elasticidade pelo MMQ, em média, o aumento em 10% no PIB pc medido em paridade do poder de compra a preços constantes de 2021 está associado a uma diminuição de 4% na fertilidade (número de filhos por mulher).
Fig. 2 - Relação entre o número médio de filhos por mulher e o PIB pc PPC (WB, 2018-2022)
Lei de Graham: A velocidade de difusão de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada da densidade.
Nos países mais ricos há um défice de 7 milhões de pessoas por ano e nos países pobres há um excesso de 30 milhões de pessoas por ano.
Naturalmente, tal como a água tende a descer da montanha para o mar, o aumento da densidade populacional dos países mais pobres tende a fluir para tapar a diminuição da densidade populacional dos países mais ricos.
Na difusão dos gases, a diferença de temperatura acelera a difusão dos átomos da parte mais quente para a parte mais frias o que pode ser entendido como o inverso do PIB per capita.
Penso que consegui dar uma ideia do porquê, de repente, a imigração para os países mais ricos ter explodido.
O esquerdismo é uma forma encapotada de proibir a entrada aos imigrantes.
Se um trabalhador no Afeganistão com um bom salário recebe 50€/mês é porque não produz menos do que 50€/mês.
Naturalmente, esse trabalhador, sem saber falar português, sem escolaridade, sem qualquer experiência profissional, não tem capacidade para chegar cá e passar imediatamente a produzir os 1015€/mês necessários para poder receber o SMN (é o valor do SMN com as contribuições para a SS).
Como não produz 1015€/mês, o esquerdismo proíbe-o de trabalhar e, consequentemente, de ter rendimento para pagar o alojamento e a alimentação.
Fica na rua, a mendigar por comida, a defecar em qualquer lugar e, em caso de necessidade, tem mesmo de roubar para comer.
Reparem o caso do Porto.
quando era novo ia a um edifício na Avenida de França pedir o adiamento da incorporação. É um edifício de 7 pisos, com mais de 4000 m2 de área coberta, localizado na zona mais cara da cidade do Porto.
Foi abandonado pelos militares e, nos últimos meses, usado por imigrantes sem abrigo que não conseguem trabalho.
Naturalmente, o edifício está sem água o que faz com que as casas de banho não funcionem e os imigrantes tenham de defecar na rua.
Pensei eu "A Câmara vai reparar algumas casas de banho e ligar a água, é uma despesa pequena" mas enganei-me completamente, vedou o edifício.
Pensa o Rui Moreira que vão deixar de cagar e mijar só porque vedou o prédio?
Só se metesse uma rolha no cú e um elástico na piroca das pessoas.
Não têm as pessoas direito no mínimo a água?
Cada metro cúbico de água fica à Câmara do Porto por menos de 0,50€ e dava para 30 pessoas beberem, tomarem banho, lavarem a roupa e ainda mandar os cagalhotos dali para fora.
Será que só eu é que vejo que expulsar os sem abrigo de um lado apenas os vai empurrar para outro lado qualquer?
Só eu é que vejo que fechar casas de banho apenas faz com que as pessoas abram o esgoto na rua?
Fig.3 - Se um restaurante no Afeganistão é assim, porque razão aqui são visitados pela ASAE?
Primeira medida = A lei aplicada é a do país de origem do imigrante.
Não há cá isso de inspecção do trabalho, nem essas merdas todas que só servem para garantir que os imigrantes não consigam arranjar emprego.
Se alguém negoceia com um afegão um salário de 300€/mês, muito mais que os 50€/mês imposto no seu país, os portugueses não têm nada com isso.
Também ficam a morar de acordo com o seu país de origem. Se no Afeganistão vivem 20 amontoados numa barracas sem água nem electricidade, em Portugal também podem viver 20 numa cave qualquer, muito melhor porque têm com água e electricidade.
Segunda medida = A autorização de residência é passada pelo empregador.
Assim que alguém emprega um imigrante ilegal, regista esse trabalhador na SS com o salário que negociaram e acharam conveniente, e imediatamente, o documento serve como autorização de residência.
Sem burocracias, sem exames de língua nem filas intermináveis na ex-SEF (que nem sei como se chama mas é qualquer coisa como AI MAMA AQUI A VER SE EU DEIXO.
Por causa dos nossos parceiros europeus, a autorização de residência passada pelo empregador não serve para circular no Espaço Schengen.
Terceira medida = O imigrante só pode permanecer um máximo de 5 anos em Portugal.
O imigrante não pode perder a sua ligação ao país de origem, o contrário (a que chamam integração) é a destruição da sua cultura, um verdadeiro genocídio cultural.
Decorridos os 5 anos, o imigrante tem de retornar ao seu país de origem pelo período mínimo de um ano.
Quarta medida = A expulsão passa a ser administrativa.
Da mesma forma que existem meio a tentar evitar que as pessoas entram sem haver necessidade de recorrer aos entupidos tribunais (estão tão entupidos como as casas de banho do referido edifício da Av. de França), um imigrante que roube uma carteira, ataque uma velhinha ou cause problemas aos vizinhos para lá do razoável, é metido num avião e retornado a casa, sem possibilidade de cá voltar tão cedo.
Não é isso que fazem os americanos aos açorianos apanhados com droga?
Qualquer imigrante condenado a pena de prisão, em vez de ir para a cadeia (onde nos custa 60€/dia), é imediatamente expulso do país, sem cá mais poder voltar.
Fig. 4 - Será melhor viver em Portugal numa cave ou no Nepal nesta moradia?
Na economia não há lugar a julgamentos morais.
A economia trata da produção e da distribuição dos recursos escassos pelas pessoas e a lei mais forte é o corolário do Equilíbrio de Pareto: quando duas pessoas realizam uma transacção é porque ficam melhor do que se não a realizassem.
Não nos compete a nós, esquerdistas, julgar as relações entre as pessoas pois só elas sabem o que é melhor para as suas vidas.
Interessante que esta discussão foi resolvida em 1920.
Vendo a destruição económica que estava a acontecer, o van Mises e escreveu um livro que costumava aconselhar aos meus alunos,
Pena que os esquerdistas não leiam este livro que já tem mais de 100 anos mas que se mantém actual por haver tanta gente que ainda se deixa encantar pelas cobras.
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