sábado, 20 de junho de 2020

Criminalizar os infectados com Covid-19 é o maior erro do mundo.

Não compreendo como pessoas tão obtusas têm cargos tão importantes.
Vamos tomar como certo que, em Odiáxere, houve uma festa na qual estiveram mais de 10 pessoas o que é contrário às recomendações da Direcção Geral de Saúde.
Vamos ainda tomar como certo que, nessa festa, esteve uma pessoa contaminada, apenas uma, que contaminou uma porção de outras pessoas.
Vamos ainda supor que, como diz a Ministra da Saúde, é crime de desobediência não cumprir as recomendações da DGS.
Vamos ainda supor que foi mesmo cometido um crime por todas e cada uma das pessoas que esteve nessa festa.

É preciso soltar os presos que cometeram crimes para meter na cadeia os jovens que fazem festas.

O que acontecerá se as pessoas forem perseguidas judicialmente?
Recordo que não se pode testar um potencial tuberculoso ou fazer qualquer tratamento contra a tuberculose sem a autorização do paciente. 
Porque a tuberculose é muito contagiosa e é uma doença muito perigosa, este problema tem sido levantado repetidamente pelos profissionais de saúde que têm pedido soluções legislativas.
Se ainda não foi resolvido é porque sabe-se que a criminalização dos doentes leva a que as pessoas escondam a sua condição.
A Sida espalhou-se como fogo em ceara seca porque as pessoas não queriam dizer que eram homossexuais.
Na Coreia do Sul, o Covid-19 espalhou-se porque, primeiro, uma seita religiosa perseguida não queria dizer o nome dos seus fieis (teve que ser garantido sigilo) e, depois, num clube gay as pessoas usaram nomes falsos.
Daqui para o futuro, quando aparecer um foco, as pessoas não vão poder referir onde foram contaminadas pois vai haver o risco de serem  perseguidas criminalmente e virem a ser obrigadas a indemnizar alguém.

Passa-se o mesmo com as queimadas.
Mandam aos velhotes cartas com ameaças de que vão ser multados se não "limparem os matos".
Os velhotes não têm dinheiro para resolver o problema pelo que fazem queimadas.
Claro que podiam pedir autorização mas, neste caso, ficam lá com o nome deles e, caso a coisa se descontrole, vão presos.
Então, o que sobra, é pegar fogo de noite e fugir.

2 comentários:

Jaa disse...

Prender não, mas subir o IVA em 3% enquanto durar a pandemia para financiar a saúde Sim.

Pedro Renner disse...

Professor,


Uma leitura superfial do seu “blog” permite-me intuir: será sempre melhor manter os burros isolados, do que deixá-los aos pares.

É que um burro só conclui apenas que “é preciso soltar os presos que cometeram crimes para meter na cadeia os jovens que fazem festas”. Não estou a ver que algum juiz alinhe nisso; já quanto à multa...

Mas quando andam aos pares, começam a entrar por ilações economicamente muito mais gravosas: “Diz um para o outro: vamos criar aqui uma fábrica de painéis solares.” (cfe. http://economicofinanceiro.blogspot.com/2012/08/o-fim-dos-subsidios-aos-paineis-electro.html)

Confinam-se os burros enquanto ainda há farelos!

Bom trabalho.

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