Só há 2 países que conseguiram controlar o Corona, a China e a Koreia do Sul.
A China e a Coreia do Sul são os únicos países do mundo onde os novos infectados por dia tiveram uma máximo e, depois, começaram a diminuir. Abrem-nos então uma janela sobre o nosso futuro se conseguirmos implementar as políticas que estes países adoptaram.
As políticas foram o encarceramento das populações em casa.
Sendo a China o país onde há mais tempo surgiu o Corona, fiz um gráfico que mostra a evolução dos novos casos em cada dia e onde o dia zero corresponde ao dia em que as pessoas ficaram confinadas em casa, o dia 29 de Janeiro de 2020.
Fig. 1 - Evolução dos casos diários de positivos na China (o dia zero é 29/Jan/2020)
Fiz um gráfico semelhante para a Coreia do Sul onde o dia zero é 21 de Fevereiro de 2020 (dia de confinamento obrigatório).
Fig. 2 - Evolução dos casos diários de positivos na Coreia do Sul (o dia zero é 21/Fev/2020)
Vemos claramente que existem 3 fases.
A fase inicial é de crescimento, o número de novos positivos aumenta rapidamente de dia para dia.
A fase intermédia é de controlo, que começa cerca de 2 semanas depois do confinamento, o número de novos casos diminui rapidamente de dia para dia
A fase final é de relaxamento, que começa ao fim de 6 semanas de confinamento na China e ao fim de 3 semanas na Coreia do Sul em que, começando por se manter estáveis, o número de novos infectados recomeça a aumentar.
Se em Portugal acontecer o mesmo.
Como o confinamento começou no dia 13 de Março, há 13 dias, no mais tardar, daqui a 2 dias, temos que ver uma diminuição do número de novos casos.
Se não houver essa redução então, a coisa não está a funcionar.
O Corona é impossível de derrotar porque é muito "inteligente".
Mata principalmente os velhos e os doentes e as pessoas jovens e saudáveis têm pouca paciência para com este grupo de pessoas.
Toda a gente ama as criancinhas e o vírus poupa-as tornando-as inocentes veículos de transmissão.
Há muita gente sem sintomas significativos que não quer ficar fechadas em casa.
Contamina as pessoas pelos perdigotos emitidos enquanto falamos o que torna muito fácil o contágio entre conhecidos e amigos.
Podem dizer que são casos importados.
Que é falta de civismo das pessoas, falta de equipamento médico, de as gaivotas terem sido envenenadas, de ter deixado de haver missas, isso não interessa.
Interessa é que, assim que as pessoas re-começam a ter uma vida normal, o número de infectados volta a aumentar.
Não é o apertar da mão.
Experimente falar em frente ao espelho como falaria com uma pessoa qualquer e, depois, conte quantos perdigotos estão lá colados.
Basta um desses perdigotos atingir a boca, nariz ou olho da pessoa com quem estamos a falar para ela ficar contaminada.
A DGS deveria dizer:
Quando fala com alguém, fale para o lado e não com a boca virada para a outra pessoa
E como está o Japão?
Tem poucos casos mas que estão sempre a aumentar, apesar de lentamente. Nós aumentamos 26%/dia e os japoneses aumentam 5,3%/dia.
Mas de nada interessa a taxa ser mais baixa do que a nossa pois, mesmo continuando com as fortes medidas actuais, daqui a 2 meses vai ter 43 mil contaminados e 2200 novos infectados por dia.
Fig. 3 - Evolução dos casos diários de positivos em Portugal e no Japão (o dia zero é o dia em que ultrapassaram 10 casos)
Um máximo dois "pay days".
Olhando para os dados da China e da Coreia do Sul, o máximo que as pessoas aguentam em casa e com a economia parada são 2 pay days.
Ir ver o extracto bancário e verificar, dois meses seguidos, que está a zero e havendo contas em atraso e bens imprescindíveis que é preciso comprar pagar a dinheiro, o ânimo vai-se logo abaixo.
Não vale a pena o Prof. Marcelo dizer que "está tudo bem" e que "somos um exemplo a seguir" que vai alterar a realidade.
Os infectados recuperados ficam morto-vivo!
Onde vão buscar dinheiro para as promessas?
Os da Madeira pensam vir buscar ao Continente.
Os do Continente pensam ir buscar à Europa.
Os da Europa pensam ir buscar ao FMI.
Os dos FMI pensam ir buscar ... à Zona Franca da Madeira?
A ideia dos esquerdistas é ir buscar aos bancos falidos, volta BES que és preciso novamente.
3 comentários:
Boa tarde, professor.
De facto, interessa a taxa de novos casos, já que isso tem influência na saturação da capacidade dos serviços de saúde lidarem com a doença :)
Cumprimentos..
Continuo a achar que estar a 2m de distância não é igual a estar colado como habitualmente. Ao longo do tempo iremos adquirir estes tiques. A ideia é as pessoas infectarem-se aos poucos em vez de todos ao mesmo tempo.
Numa sociedade civilizada e onde a vida vale (por exemplo a China) protejem-se vidas, na Europa e EUA pensa-se na economia primeiro e depois deita-se tudo fora. Falta liderança.
O Japão manda menos perdigotos... É o que sempre suspeitei, as máscaras fazem efeito.
A pergunta é, onde é melhor investir neste momento?
Enviar um comentário