Os esquerdistas têm a mania de deixar obras faraónicas.
Aprenderam na universidade marxista-leninista que o comboio é a maior conquista da humanidade, em particular, a linha Trans-siberiana, com os seus 9290 km, é a maior da maior conquista da humanidade porque, por um lado, conseguiu eliminar milhões de "fascistas, racistas e xenófobos da direita radical" ter ter que os matar (morriam por eles) e, por outro lado, permite que milhões de "democratas" possam passar dias felizes das suas reformas de miséria a ver os comboios a passar.
O melhor exemplo desses esquerdistas é o ministro Pedro Nuno Santos que não se cansa de avançar com projectos faraónicos que, a serem implementados, não passarão de encargos para o futuro.
Claro que o futuro é a electricidade solar, durante o dia!
No futuro dos próximos 10 anos, a energia eléctrica solar vai ficar a menos de 0,01€/kwh com o inconveniente de apenas haver enquanto houver luz do sol. Assim, será preciso armazenar energia nos dias mais solarengos para utilizar nos dias mais nublados e durante a noite.
Neste momento existem duas soluções de armazenamento, as baterias e as barragens hidroeléctricas reversível (que, durante o dia, bombam água da foz para a barragem e, durante a noite, turbinam essa água).
Portugal tem um óptimo local para fazer uma barragem reversível.
Portugal tem um consumo de electricidade na ordem na ordem dos 6000MW o que dá, com uma oscilação entre 4400 MW durante a noite e 6500 MW durante o dia.
Pensando em apenas energia solar, guardar 6000 MW para usar durante 14 horas corresponde a 84 mil MWh.
No vale do Rio Paiva, em Alvarenga, existe um local em que é possível fazer uma barragem capaz de armazenar 175 mil MWh (ver), o consumo correspondente a 30 horas. A barragem pode subir até aos 500 mil MWh (o correspondente a 80 horas de consumo).
Bem sei que uma barragem tem impacto ambiental e mais uma barragem reversível que enche e esvazia todos os dias mas é uma coisa tecnologicamente simples, barata e que tornará totalmente desnecessário preocupar-nos com o armazenamento da energia solar.
O investimento será na ordem dos 1000 milhões, a eficiência na ordem dos 60% (são precisos 1,7 kwh para, depois, injectar 1kwh na rede) e baixos custos de operação.
O ministro maluco veio com a toleiras do "hidrogénio verde".
Fala num investimento de 16 mil milhões de euros (ver) numa tecnologia ainda nascente e com baixa eficiência energética.
A transformação da energia eléctrica em hidrogénio tem uma eficiência energética na ordem dos 70% (Kumar, Himabindu,2019, tabela 1) e 50% na célula de combustível (que vai transformar o hidrogénio de volta em electricidade. Isto traduz que são precisos 3 kwh iniciais para ter 1kwh disponível na roda do automóvel.
Por comparação, uma bateria de iões de lítio tem uma eficiência energética entre a electricidade da rede e a roda do carro de cerca de 80% (é preciso 1,25kwh iniciais para ter 1kwh disponível na roda do automóvel).
Mesmo que a bateria seja carregada de noite a partir de uma barragem reversível, a eficiência ainda é superior à do hidrogénio (2,2 kwh para produzir 1 kwh).
Além das baterias terem uma eficiência que é mais do dobro do que acontece com o hidrogénio, o hidrogénio precisa de uma "fábrica de hidrogénio" e uma rede de distribuição do hidrogénio (que implica aplicar os tais 16 mil de milhões de euros) e ainda "células de hidrogénio" no automóvel (mais caras para o cliente que baterias) enquanto que a bateria inclui todos estes processes.
Bem sei que a bateria de iões de lítio é cara (para 120€/kwh e 1000 re-cargas, fica a 0,12€/kwh) mas a tendência é a sua redução. Anunciam que num futuro próximo será possível reduzir o preço para 85€/kwh e aumentar as re-cargas para 2000 o que baixará o preço para 0,043€/kwh).
Outra loucura são os comboios.
A loucura tem a ver com "os comboios usarem electricidade directamente da rede" e um comboio de carga "retirar dezenas de camiões das estradas".
O comboio tem vantagens energéticas. Primeiro, retiram energia directamente da rede e, segundo, a roda de aço sobre carril de aço, tem menor perda de energia do que o pneu de borracha na estrada de alcatrão. Mas estas vantagens têm associadas desvantagens já que a linha tem que estar electrificada e a linha de caminho de ferro não pode ter subidas nem descidas.
A questão do comboio usar da electricidade directamente da rede.
Não existe nenhuma limitação técnica para os camiões não possam aceder a electricidade directamente da rede havendo apenas a necessidade de electrificar as auto-estradas (como os "trolleis"). A Alemanha tem uma experiência com uma autoestrada electrificada (ver).
O camião, enquanto circula na auto-estrada, pode usar a pista electrificada da qual retira toda a energia que precisa e ainda a necessária para carregar uma pequena bateria (de 100kwh) suficiente para fazer a ligação entre a auto-estrada e os pontos de carga de descarga.
O camião também pode ser híbrido, sem bateria mas com um motor auxiliar de baixa potência para usar fora da estrada electrificada.
Com actual tecnologia (com motorista) uma faixa electrificada é capaz de suportar 1000 camiões por hora, muito mais que uma linha de comboios (corresponde a um comboio de 33 carruagens a cada 2 minutos).
Um camião carregado a 50km/h gasta cerca de 80 kwh/100km e, com o aumento da velocidade, o consumo aumenta proporcionalmente (a 100km/h gata 160kwh/100km). Desta forma, durante o dia, quando a electricidade estará mais barata, a velocidade do camião aumenta e, durante a noite, quando o preço da electricidade aumenta, o camião pára.
Com o desenvolver da condução autónoma, a capacidade de uma via electrificada vai aumentar para 2000 camiões por hora, suplantando em 5 vezes a capacidade de uma linha de caminho de ferro dedicada a carga.
Porque não podem circular comboios com intervalo de 2 minutos.
Por mais rápido que circulem os comboios e os camiões, uma hora vão ter que sair da faixa de rodagem / linha para seguir outro caminho (ou para parar). Acontece que o camião (e os automóveis) podem sair da faixa de rodagem à velocidade a que vão, não ocupando a via principal, enquanto que o comboio, por causa da agulha, tem que sair a baixa velocidade, ocupando a linha principal.
Se, por exemplo, um camião segue a 50km/h, havendo 1000 camiões por hora, cada um ocupa 50 m da faixa de rodagem (afastamento de 30 metros entre dois camiões).
No caso do comboio com 33 carruagens (que mede 600m, à mesma velocidade de 50km/h, havendo 30 comboios por hora, o afastamento entre dois comboios parece muito mais do que suficiente (é de um pouco mais de 1000 m). O problema é que, quando chegar ao ramal, tem que reduzir a velocidade a 10km/h e, ai, os 600 m do comboio demoram 5 minutos a sair da linha principal. Então, só pode passar um comboio de 33 carruagens a cada 5 minutos, equivalente a 400 camiões por hora.
Os custos do transporte.
As mentes simples (como tenho muitos colegas na universidade), pensam que os principais custos são os contabilísticos, energia, veículo e pessoal, mas, no caso dos transportes, temos que somar o "custo de conveniência". Se eu tenho uma carga de 25 toneladas para transportar ao longo de 550 km, entre Tarouca (que fica no distrito de Viseu) e Aljezur (que fica no distrito de de Faro), para usar o comboio, tenho, primeiro, que carregar para um camião no local (nenhum local fica na linha de caminho de ferro) e levar a carga até Aveiro. Chegado lá, tenho que esperar que a carga passe do camião para o comboio. No local de destino tenho que usar novo camião para levar a carga do comboio até ao ponto final. O tempo que demora, ter que arranjar 2 camiões, o custo da carga e da descarga, tudo isso torna o camião muito mais competitivo.
Para vermos como o transporte em camião suplanta o transporte em comboios, basta recordar que mais de 90% das mercadorias na UE circulam de camião e, contrariamente aos comboios, os camiões não são subsidiados (ainda pagam impostos sobre os combustíveis).
O nosso sistema eléctrico vai entrar em colapso.
Portugal tem um consumo de electricidade na ordem dos 6000 MW e capacidade de produção com compra garantida (a energia de fontes renováveis) que oscila entre 1000 MW e 5000 MW (dia de hoje)da qual 3% é energia solar com um pico de quase 10% do consumo.
Agora vejamos o problema: é que existem 1000 MW solares (que produziram, em pico 530 MW) mas vão surgir a curto prazo em "mercado competitivo" (compra não garantida) mais 7000 MW e que vão ser colocados no mercado a um preço muito baixos.
Quando a energia solar começar a bombar, as comprar garantidas vão ficar sem clientes, havendo necessidade de nos cobrar enormes taxas na conta de electricidade.
Apesar de a electricidade até poder ser vendida a 0,012€/kwh, vamos pagar de taxas 10 vezes este valor, são os famosos "Contratos de Aquisição de Energia de longo prazo (CAE-LP)" e o "mecanismo de Custos de Manutenção de Equilíbrio Contratual (CMEC)".
O Sócrates deveria apodrecer na cadeia por causa dos CAE-LP e pelos CMEC que representam milhares de milhões de prejuízo para os consumidores de electricidade e deixem lá essa merda dos 34 milhões.
Viram 3 sítios onde Portugal deveria investir esses milhões da bazuca?
1) Fazer a barragem de Alvarenga.
2) Electrificar as auto-estradas.
3) Uma linha de muito alta tensão para exportar energia solar para a Alemanha (com o apoio da UE para "obrigar" a Espanha e a França a fazerem a linha).
Onde é que está a oposição?
O Rui Rio depois de ter dado um ar da sua graça para desancar no caso Sócrates, esquecendo que os esquerdistas estão a transformar Portugal na Venezuela europeia, voltou a adormecer.
É que a dívida pública na bancarrota do Sócrates, em finais de 2010,
estava um pouco acima de 100% do PIB e neste momento já está acima de 135% do
PIB!!!!!!!!
Nem sei porque os esquerdistas se ficam num aumento no SMN de 6% quando o camarada maduro avançou com 300%.
Força camaradas Maduro e Pedro Nuno Santos.
Homem, cessem do sábio grego e troiano que acabei de foder esta merda toda. Ainda vão ter saudades do Sócrates.