A comunicação social fala muito da explosão em Beirute.
Mas isso não nos interessa para nada.
Qualquer pessoa minimamente inteligente (como diz o Marcelo), sabe que nenhum português dá uma casca de caracol para saber o que se passa em Beirute.
Achou interessante a explosão, aqueles vídeos virais mas acabou, terminou, não quer saber o que se passa.
É um povo, ou mistura de povos, que só pensa em problemas, em guerrear, em chatear o vizinho em vez de seguir com a sua vida para a frente.
Deixem-nos lá entretidos uns com os outros e que Deus tome conta deles.
O povinho quer tanto saber disso como do que aconteceu à Joana, a criança que desapareceu em 2004 e cuja mãe foi condenada a 16 anos e 8 meses de cadeira por alegadamente a ter assassinada (ver a notícia da sua libertação, JN).
Em Moçambique é pior e ninguém quer saber.
Morre em Moçambique uma criança a cada 6 minutos, 220 por dia, mais crianças do que o total que nasce em Portugal, e ninguém liga.
Morrem 200 no Líbano, um dia e depois não morre mais ninguém e são notícias atrás de notícias.
Faz-me lembrar Tancos.
Perder tempo, tempo, o Marcelo sempre a comentar, sim, diziam que iríamos perder um comentador para termos um presidente mas perdemos um presidente para termos um comentador.
Portugal não tem Presidente da República, tem o Marcelo.
Porque não te calas?
O que se passou em Beirute tem tudo a ver com o que se passou em Tancos.
São coisas iguais mas que foram tratadas de forma diferente mas iguais!
Em Tancos.
O problema era que tinham sido roubadas armas de guerra que poderiam ser usadas em actos de terrorismo. Umas pessoas, autênticos heróis, resolveram rapidamente o problema usando do princípio da subsidiaridade: quem está com o problema nas mãos é que observa as oportunidades e toma a melhor decisão para resolver o problema.
Essas pessoas que resolveram o problema que poderia ter consequências terríveis, foram presas, perseguidas, enxovalhadas, acusadas de crimes vários quando apenas resolveram um problema de forma rápida e eficaz.
Se tivéssemos Presidente da República ...
Tinha que intervir da mesma forma que o Trump interviu quando, na sua óptica, foi cometida uma injustiça contra um seu colaborador.
Também o Mário Soares enquanto Presidente da República perdoou ao Otelo Saraiva de Carvalho este ter matado pessoas.
O Presidente diria "calma que não nos podemos agarrar à letra da Lei e temos que ver que o problema foi resolvido."
Em Beirute.
Havia pessoa que sabiam que aquelas 2750 toneladas não poderiam ficar armazenadas ali, que aquilo era muito perigoso, mas não fizeram nada.
Aprenderam que "temos que seguir a burocracia"
As 2750 toneladas de nitrato de amónio valiam para a agricultura cerca de 1,25 milhões €.
Imaginemos que a pessoa que, no local, detectou o perigo vendia o produto e metia o dinheiro ao bolso.
Se calhar era preso, acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, fraude fiscal, blá, blá, blá (pelo menos se fosse como em Tancos, seria o que lhe ia acontecer).
Tinha evitado mais de 200 mortos e a destruição de parte da cidade.
Voltemos a Moçambique e aos Taliprés.
Em Cabo delgado tem havido uns ataques de uns alegados fundamentalistas islâmicos.
Cabo Delgado dista 2600 km de Maputo, tanto como de Lisboa a Berlim e por estradas manhosas.
A solução é deixar a RENAMO actuar no norte, carta branca.
Desde que não se afastem mais de 100 km a contar da fronteira norte, deixar a RENAMO ter os seus homens armados, financiados pelos impostos locais.
Fica muito mais barato do que mandar tropas a partir de Maputo.
Se o governo de Maputo não encontra solução para o problema, que passe o problema para outros.
Chama-se a isto subsidiaridade.
É o princípio segundo o qual o governo central apenas deve intervir a título subsidiário em relação aos problemas locais.
É um princípio que se aplica na União Europeia e que deveria ser muito mais aplicado nos problemas que nos vão surgindo no dia a dia.
Não quero mesmo saber!
O Líbano é um ninho de vespas.
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