Como todos sabemos, o número de positivos está a aumentar.
Se na segunda semana de Maio, depois de um confinamento de 8 semanas, conseguimos diminuir para 200 por dia o número de novos positivos ao Covid-19, no entretanto, estamos no triplo desse valor, aproximando-nos rapidamente para valores recordes.
Essa subida foi paulatina, cerca de 1%/dia, interrompida que se começou a notar claramente a partir da segunda semana de 10 de Agosto.
Em Março, os esquerdistas garantiram-nos que "Se fizermos confinamento durante umas semanas, a doença desaparece". Para provar esta tese, os esquerdistas apontaram "O que se observa no Brasil e nos USA causado pelos negacionistas da ciência, populistas, demagogos e imbecis Bolsonaro e Trump."
Agora que é evidente a cada dia que passa que essa tese esquerdista estava errada.
Mas os esquerdistas não desarmam, avançam o argumento que ouvi ontem no judo de que "A culpa de os nossos números estarem a aumentar é dos negacionistas da ciência, populistas, demagogos e imbecis Bolsonaro e Trump."
Se o confinamento permitiu atingir em Junho na média da França e Espanha uma velocidade de contágio de 4 positivos semanais por 100 mil habitantes enquanto que na média dos USA mais Brasil estava em 60, desde então, a situação está muito mais controlada nos países americanos.
Mas como pode tudo o que os esquerdistas fazem, seja o Costa ou o Sanches em Espanha, estar bem feito com os números a aumentar?
Na média da França e Espanha os números estão a duplicar a cada 19 dias, 3,8%/dia.
Como pode tudo o que o Bolsonaro e o Trump fazem está mal se os números estão a diminuir por lá e já estão abaixo dos valores europeus?
Na média da França e Espanha os números estão a cair a metade a cada 64 dias, -1,1%/dia.
Fig. 1 - Evolução do número de casos positivos na última semana por 100 habitantes na Espanha mais a França e no Brasil mais os USA (dados, wiki, infograma do autor)
Vamos aos números em Portugal.
Estão a aumentar.
Se considerarmos todo o período desde o fim do confinamento (Fig.2, linha tracejada a azul), um uma pequena queda em Julho para "inglês ver", então, o número de novos positivos está a aumentar 1%/dia, a duplicar a cada 74 dias!
Se considerarmos que a queda de Julho foi verdadeira (Fig.2, linha tracejada a vermelho), então, a nossa situação é bastante pior pois os novos positivos estão a crescer 4,1%/dia, a duplicar a cada 17 dias, na ordem de grandeza da Espanha e da França (que estão a duplicar a cada 19 dias).
Fig. 2 - Evolução do número de novos positivos por dia em Portugal desde o confinamento (dados, DGS, infograma do autor)
E o que fazer agora?
Complicado, os esquerdista vão ter que reconhecer que os negacionistas estavam certos.
Cada vez mais, o nosso Costa repete o discurso que o Trump iniciou em Março, "Our country wasn’t built to be shut down. This is not a country that was built for this.”
Fazer o mesmo mas dizer que estão a fazer exactamente o contrário.
Não é orçamento retificativo, é orçamento suplementar.
Não é austeridade é rigor orçamental.
Não é negacionismo da ciência, populismo, demagogia e imbecilidade mas exactamente o contrário.
Os bons vi sempre passar no Mundo graves tormentos; E para mais me espantar, os maus vi sempre nadar em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado, fui mau, mas fui castigado. Assim que, só para mim, anda o Mundo concertado.
4 comentários:
Por muita sorte que o Trump/Bolsonaro tenham na escolha que fizeram (acho errado estar já a tirar conclusões nesta altura, ainda há muito pra ver) fizeram-no sem apoio da ciência na mesma. Qual é o seu ponto?
Não me lembro de os esquerdistas terem dito que acabavam com a doença, isso sim é populista
O Trump era burro, o Bolsonaro era burro e a Suécia fazia tudo mal. Palhaços ..
Tanto epidemiologista a dizer que tirar as crianças da escola era um erro (um português foi censurado e nunca mais voltou), tantos a dizer que um confinamento era inútil mas o confinamento era um win, win para esta casta politica marxista que nos derrete economicamente, moralmente e socialmente.
Bolsonaro não é negacionista. Ele disse que os danos econômicos causados pelo confinamento seriam piores que não confinar. De fato, ele estava certo: o que estamos vendo no Brasil agora é desemprego, aumento de preços e desabastecimento.
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