quarta-feira, 29 de março de 2023

Dizer que o atacante teve um surto psicótico prejudica os esquizofrénicos

Em Lisboa, um homem atacou 3 à facada matando duas mulheres.

Quando houve a Invasão da Academia do Sporting, os jovens energúmenos foram tratado como terroristas. Não tinham armas, não professavam nenhuma ideologia esquisita, apenas se deixaram tomar pela paixão e foram acusados de terrorismo.

Agora, um homem entra numa comunidade religiosa minoritária, esfaqueia quem lhe aparece pela frente matando duas mulheres que não representavam qualquer ameaça física para o atacante e é apenas um "crime comum de alguém tomado por um surto psicótico".


Eu dou assistência a um esquizofrénico.

O Zé Alberto é fisicamente forte, trabalhava numa fábrica e, pouco depois dos 30 anos, teve um surto psicótico muito grave, esteve internado um mês no "manicómio" e, depois, passou a ambulatório. Como não é capaz de controlar a medicação, desde então, todos os meses vai ao centro de saúde tomar uma injecção para controlar a doença.

A família, com medo, meteu-o na rua, a segurança social atribuiu-lhe uma pensão que actualmente vale 300€/mês e meteu-o numa pensão a 100 metros de minha casa pela qual o próprio paga 120€/mês. Actualmente tem 54 anos e continua na pensão. Vai comer à Misericórdia, dou-lhe roupa que compro nos ciganos ou encontro no lixo, lavo-lhe a roupa e dou-lhe comida quando o descontrolo não lhe permite ir à Misericórdia comer dou-lhe também terapia.


Sim, dou-lhe terapia porque as "vozes" respeitam-me.

O Zé Alberto tem muitos surtos psicóticos, dentro da cabeça dele existem muitas pessoas, principalmente mulheres, que o insultam, não posso repetir aqui o que ele relata pois, por relatar coisas muito menos graves, fui despedido (se eu disser o que ele ouve, irão dizer que fui eu que disse, como fizeram os meus alunos de letras). Posso apenas dizer que as mulheres o insultam naquilo que lhe mais dói (sobre a sua sexualidade) e os homens o ameaçam de morte.

Sim, os alunos são perigosos, este atacante esfaqueou o seu professor e, em 2020, em França, os alunos contrataram um tchetcheno para decapitar o professor Samuel Paty. Vendo bem as coisas, até tive sorte.

Em frente a minha casa há um parque e, muitas noites, estou a ver televisão e ouço-o gritar contra pessoas imaginárias. Desço e mando-o subir um pouco para conversarmos. Interessante que as vozes "respeitam-me", assim  que começo a falar, as vozes calam-se e ficam caladas pelo menos 24 horas.

Ontem esteve aqui em casa e, porque acha que está a ficar muito velho, estive a pintar-lhe o cabelo.

Agora mesmo fui à janela e ele está lá em baixo a guardar carros a ver se arranja um eurito (porque o guardador "oficial" foi almoçar).


Vejam agora o problema. Será que estou em perigo?

Se alguém mata outros à facada e vêm todos dizer "coitadinho, foi apenas um surto psicótico", quer dizer que as pessoas esquizofrénicas, porque sofrem muitos surtos psicóticos, são um perigo para as outras pessoas!!!!!!!

Como os nossos dirigentes pensam que o povo português come os sorvetes

Eu ando no judo há 12 anos.

Sei muito judo e, apesar de ter quase 60 anos, tenho 75 kilos de força bruta. Por exemplo, tenho um colega de judo que tem 40 anos, 100kg de peso e pratica várias horas de boxe por semana e dou cabo dele em três tempos (ele sabe pouco judo, começou há 6 meses).

A questão do judo é que se eu não tivesse confiança física no que sou capaz, não poderia receber o Zé Alberto em minha casa.

Algumas vezes, quando está num estado mais perturbado, o Zé Alberto tenta agarrar-me não sei com que intenções mas eu esquivo-me e domino-o numa fracção de segundo. Eu penso que ele é gay mas fiquemos por aqui.


Precisamos ter confiança física.

No outro dia estava a falar com uma pessoa sobre o judo que me disse "Eu desvio-me assim que vejo algum perigo potencial, por exemplo, não vou ao parque à noite" mas isso é excluirmo-nos de muitas situações que, afinal, não têm perigo nenhum.

As crianças e jovens precisam de ter confiança física para crescerem de forma saudável, não podem viver com o medo constante de serem vítimas de bulling.

É altamente negativo viver com medo e, para isso, temos de ter confiança no nosso físico.

Se as vítimas soubessem artes marciais talvez hoje estivessem vivas. Bem sei que, mais dia, menos dia, todos iremos morrer, mas quanto mais tarde melhor.


E agora?

Como vão actuar as pessoas que dão assistência média e social a pessoas com problemas mentais?

1 comentários:

Silva disse...


É óbvio que o povo português come gelados com a testa, afinal foram os eleitores que andaram a votar no Guterres, Sócrates e Costa.

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