Retira-se do comportamento do BCE e do governo que Portugal declarou bancarrota e pediu ajuda à UE mas o governo conseguiu convencer os parceiros europeus a fazer disso segredo.
Não ficaram acordados quantitativos para o pacote de ajuda mas apenas um valor para a taxa de juros a pagar: 6.5%/ano. Assim, o BCE tem estado a comprar a quantidade de dívida pública portuguesa necessária para manter a taxa de juro abaixo dos 6.5%/ano.
O adiar só nos prejudicou: a Grécia paga 5%/ano, a Irlanda paga 5.8%/ano e nós pagamos 6.5%/ano.
O adiar só nos prejudicou: a Grécia paga 5%/ano, a Irlanda paga 5.8%/ano e nós pagamos 6.5%/ano.
O Eng. Sócrates convenceu os parceiros europeus da necessidade de se manter segredo argumentando que, se o pedido de ajuda fosse publicitado, Portugal entraria numa situação de ingovernabilidade. Que o governo, por ser minoritário, ficaria sem condições políticas para continuar não sendo possível um acordo parlamentar alargado nem marcar eleições legislativas num curto prazo.
O governo aceitou um conjunto de obrigações que começou a implementar começando pelas reformas no mercado de trabalho. Mas haverá outras: descida das pensões, aumento das taxas moderadoras na saúde, racionalizações no ensino (menos turmas e masi propinas), mais cortes salariais, despedimentos, etc.
Quando se entra em bancarrota (seja uma pessoa, uma empresa ou um estado) há um conjunto de activos que é menor que o total dos passivos sendo necessário decidir prioridades no cumprimento das obrigações. Por exemplo, uma empresa paga primeiro o IVA retido e a Segurança Social porque senão os gestores sofrem pessoalmente por isso e só depois é que pensa nos salários, demais dívidas.
No caso de um país, os activos resumem-se aos impostos que os cidadãos vão pagar no futuro. Como o não pagamento da "divida pública" cria prejuizos de grande amplitude e que perduram no tempo, o governo tem que cortar nas obrigações que não têm impacto externo (diminuir pensões, cobertura de saúde, ensino, etc.) e aumentar os impostos dos nacionais (mais IVA, IRS, Portagens, etc).
Pedro Cosme Costa Vieira
Quando se entra em bancarrota (seja uma pessoa, uma empresa ou um estado) há um conjunto de activos que é menor que o total dos passivos sendo necessário decidir prioridades no cumprimento das obrigações. Por exemplo, uma empresa paga primeiro o IVA retido e a Segurança Social porque senão os gestores sofrem pessoalmente por isso e só depois é que pensa nos salários, demais dívidas.
No caso de um país, os activos resumem-se aos impostos que os cidadãos vão pagar no futuro. Como o não pagamento da "divida pública" cria prejuizos de grande amplitude e que perduram no tempo, o governo tem que cortar nas obrigações que não têm impacto externo (diminuir pensões, cobertura de saúde, ensino, etc.) e aumentar os impostos dos nacionais (mais IVA, IRS, Portagens, etc).
Pedro Cosme Costa Vieira
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