segunda-feira, 4 de julho de 2011

Gastar mais? Os homens só podem estar loucos.

O deuses devem estar loucos

Numa aldeia, o presidente da junta fez muitas rotundas sem estrada, fontanários sem água, caminhos para lado nenhum. Havia lá uma senhora, a Ferreira Leite, que barafou, mas ninguém lhe deu ouvidos.
Agora não há dinheiro para pagar as dividas.
Como resolver o problema?
Pedir mais dinheiro emprestado para fazer mais rotundas, e obras que não interessam a ninguém.
Isso é que combate o desemprego que vai aumentar a colecta de impostos para ser possível pagar as dívidas.
Por cada 100€ que gaste, a Junta  prevê que vá receber 23€ de IVA, 34.5€ de TSU, poupar 40€ de Subsídio de Desemprego e ainda receber mais 52.5€ de ISP e ISTabaco. No total, prevê recebe 150€.
Fig. 1 - Do outro lado estão os ex-governantes.

Que ideia brilhante que eu nunca tinha pensado, "mas eu é que sou burro, hein". Se calhar por serem tão brilhantes é que estamos falidos. E, muito provavelmente, é por esse brilhantismo que são ex-governantes.
Vamos exportar esta ex-ciência oculta para os coitadinhos de Moçambique.

 
Fig. 2 - "Quando ficámos independentes, estávamos à beira do precipício. Agora, já demos o passo em frente."

O New Deal não deu resultado
O New Deal foi uma política de investimento público levada a cabo nos EUA nos anos 1930.
Primeiro: se eu entrasse num hospital e o médico me dissesse que ia fazer uma sangria porque deu resultado num caso em 1930, eu saía de lá a a correr e gritar: tirem-me deste manicómio.
Segundo: O New Deal é um assunto muito estudado sendo certo que não teve nenhum impacto positivo mas antes pelo contrário.
A grande depressão começa numa crise normal que é ampliada por o governo não permitir que os salários nominais ajustem (diminuíam) e criar a expectativa de que se podiam manter sempre elevados. De 1929 a 1933, os salários aumentaram 30% em termos reais o que levou o desemprego a ultrapassar 20% da população activa americana.
Tal e qual com o que se passa em Portugal: o Salário Mínimo aumenta 20% em 4 anos (de 403€/mês para 485€/mês) e o desemprego passa de 5% para 15%.
Isto deve ser pura coincidência.
Fig. 3 - "É nosso. Nas orelhas é parecidinho com o pai." O pior dos cegos é o que não quer ver.

A Grande Crise termina em 1940 quando os custos do trabalho voltaram ao nível de 1929.
Os tais 10 anos que penso precisarmos para resolver os 15 anos de guterrismo-socratismo.
A preços de hoje, o Salário Mínimo Nacional em 1995 eram 375€/mês.
Pois, são os tais 22.5% que os salários têm que descer para ficarmos competitivos com os Alemães.

 Fig. 3 - Custar? Se custa! Mas tem que ser e o que tem que ser tem muita força.

Pedro Cosme Costa Vieira

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