Os esquerdistas defendem o suicídio ajudado pelo Estado.
Dizem eles que, sendo defensores da liberdade individual, estão apenas a querer dar mais liberdade às pessoas.
Assim, quando uma pessoa quiser acabar com a sua vida, tem direito a ser ajudada pelo Estado a morrer, sem pagamento de taxa moderadora.
(Mas já não é isso que fazem os hospitais com as infecções e as esperas por consultas que chegam a ser de mais de 3 anos?)
(Mas já não é isso que fazem os hospitais com as infecções e as esperas por consultas que chegam a ser de mais de 3 anos?)
Como veem que isto não faz qualquer sentido, começam por dar outro nome à coisa, chamam-lhe Eutanásia. Depois, acrescentam-lhe várias condições restritivas como 1) doença terminal e 2) sofrimento insuportável.
Se querem dar liberdade para quê impor restrições?
Se querem dar liberdade para quê impor restrições?
Vou tentar rebater estes 3 pontos!!
1 = A Liberdade individual.
Vamos supor que um homem quer trabalhar, tem necessidade de trabalhar e que arranjou um emprego que gosta e onde, trabalhando 12h seguidas, o patrão está disponível para pagar um total de 53€, sendo 35€/dia para o bolso do trabalhador e 18,00€/h de TSU.
O homem acha bem e aceita trabalhar nestas condições.
O homem acha bem e aceita trabalhar nestas condições.
O homem está na plenitude das suas funções mentais e físicas, garantido por psicólogo e psiquiatra.
O trabalho não lhe causa qualquer dano à saúde, garantido pela comissão independente de inspectores da segurança e saúde no trabalho.
O homem disse de forma clara que quer este emprego e que precisa do dinheiro.
Não é que os esquerdistas proíbem este homem de trabalhar porque 1) as 12h/dia ultrapassam o horário máximo permitido por lei e 2) o salário é menor que o salário mínimo nacional obrigatório!
Mas não são os esquerdistas a favor da liberdade individual?
Mas não são os esquerdistas a favor da liberdade individual?
O homem terá que continuar na miséria ou trabalhar na clandestinidade!
Agora a Eutanásia.
Acabar com a nossa vida parece-me uma coisa muito mais importante do que arranjarmos um emprego qualquer porque a morte é irreversível.
Acabar com a vida é liberdade individual onde o esquerdista diz que ninguém pode meter o focinho. Mas aceitar um emprego já não é liberdade individual, já o esquerdista vai condicionar e proibir.
2 = Doença terminal.
Todos nós sofremos de uma doença terminal!
Até há quem diga que a passagem bíblica do Adão ter comido da "árvore da sabedoria" tem a ver com a humanidade ter tomado consciência (ao contrário dos demais animais e das plantas) de que é certo que vamos morrer.
Qualquer médico pode atestar que vamos morrer.
Quanto ao "atestado a garantir que a pessoa sofre de uma doença terminal que não a normal morte devido ao decorrer dos anos", é muito discutível tal poder ser feito com rigor.
Depois, vou contar a história da minha mãe e da sua morte iminente e em sofrimento.
Depois, vou contar a história da minha mãe e da sua morte iminente e em sofrimento.
3 = Sofrimento insuportável.
Todas as pessoas que se suicidam (e muitas mais que não o fazem por falta de coragem) pensam que, naquele momento, o sofrimento pelo qual estão a passar é superior ao suportável.
Isto é uma verdade de Lapalice, se assim não o fosse, não se suicidavam.
Mas, de facto, o suicídio não resulta do sofrimento pois, pessoas em igualdade de circunstâncias, umas suicidam-se e outras continuam com muita vontade de viver. O que dizem os estudos científicos é que, primeiro, o suicídio é o resultado de um estado doentio da mente agudo (isto é, localizado no tempo como um episódio depressivo ou psicótico). Segundo, muitas pessoas dependentes, pensando que são um fardo para a família e para a sociedade, optam pelo suicídio como um acto heróico.
O sofrimento é relativo e pode ser resolvido com soluções terapêuticas, sociais e humanas.
O sofrimento é relativo e pode ser resolvido com soluções terapêuticas, sociais e humanas.
Vou dar testemunho do que se passou com a minha mãe.
A minha mãezinha tem diabetes, demência, alucinações visuais e auditivas, está acamada, faz hemodiálise e sofre de cancro da mama.
Andava a sofrer de "estado confusional agudo" e, uma noite, pelas 6 h, caiu abaixo da cama , bateu com a cabeça na mesinha de cabeceira e começou a deitar sangue abundantemente. Levei-a a um hospital onde a trataram muito bem e, no final da 6 horas regulamentares de observação, o neurologista chamou-me e disse-me "Fizemos uma TAC, veja aqui, a demência resulta de o cérebro estar reduzido em volume por causa da idade e da diabetes, mas no cérebro não tem qualquer lesão ou hemorragia. Vou dar-lhe alta e nada mais deve acontecer mas, se nas próximas 48 horas houver alguma alteração do seu comportamento, venha imediatamente cá."
Como gritava, tirava a roupa, e estava agitada, na clínica de hemodiálise telefonaram-me a dizer que havia uma vaga noutro hospital para tentar descobrir o porquê do estado confusional.
Passado uma semana, a minha mãe foi internada noutro hospital.
Passado uma semana, a minha mãe foi internada noutro hospital.
Eu ia visita-la todos os dias mas notava que estava cada vez pior até que, um dia, vi que as pernas estavam muito inchadas (pé diabético) e deitava sangue pela boca.
Eu sou acanhado mas, vendo tão grave quadro clínico, comecei a pedir ajuda e a minha irmã mandou-me uma sms a dizer "as médicas disseram-me que vai morrer daqui a um ou dois dias porque deixou de fazer hemodiálise há já vários dias devido a ter uma metástase no cérebro, terminal, que lhe está a causar muito sofrimento. É a vontade de Deus".
O problema é que nada disso era verdade.
Nem a minha mãe tinha qualquer metástase nem estava com sofrimento nem Deus se mete nisso.
No dia seguinte, recomeçou a fazer hemodiálise.
A médica que falou comigo garantiu-me que tinha uma metástase na cérebro.
E eu perguntei-lhe "Desculpe o que eu vou dizer mas a Sr.a Dr.a viu a TAC? É que eu vi com um neurologista do hospital Z e não tem qualquer metástase."
"Eu não vi mas circula um relatório que diz isso mas, realmente, ninguém fez qualquer TAC."
Quem sofria toda a noite era eu e se eu tivesse dito "OK, eu sofro muito.", lá a velhota tinha ido para o outro mundo sem nada lhe ter sido perguntado. Mas eu disse "Volta para minha casa e Deus que ajude os outros que eu já estou habituado a sofrer".
No entretanto, decorreram 2 anos, recebi os milhares da pensão e a minha mãe continua bem de saúde, melhor do que estava há 2 anos.
Só muito raramente é que tem "confusão aguda".
O impacto económico da Eutanásia, negativo.
Não podia deixar de falar na parte económica do problema.
Vamos supor que o estimado leitor descobria que ia morrer daqui a 30 dias. Será que amanhã iria trabalhar? Será que iria fazer sacrifícios, poupança ou investimentos? Com certeza que não.
Quando eu tinha 18 anos e entrei na universidade pensei "se me esforçar o máximo por aprender muito e por ter boas notas, vou ter um bom emprego durante 47 anos e uma boa reforma durante mais 20 anos".
Nesse tempo, cada ano de sacrifício, em previsão, transformava-se em 13,4 anos de vida boa.
A nossa decisão económica de hoje (quanto a esforçarmo-nos) depende do que pensamos ser a duração futura da nossa vida.
Quem já não ouviu a frase "já estou velho para me aborrecer"?
Quanto mais longa pensamos ser a nossa vida, mais sacrifícios estamos disponíveis a fazer no presente porque o período de amortização é maior.
Esses sacrifícios traduzem-se em mais trabalho, mais criatividade, mais produtividade, mais poupança, mais hábitos saudáveis.
Eutanasiar as pessoas aos 110 anos.
Imaginemos uma pessoa que quer ter sempre o mesmo rendimento disponível (teoria do rendimento permanente).
A pessoa começou a trabalhar aos 20 anos, ganha 1000€/mês e desconta 25% para a reforma (tem disponíveis 750€/mês).
Se pensar que vai durar até aos 90 anos, vai querer trabalhar até aos 72,5 anos.
Se pensar que vai durar até aos 72,5 anos, vai querer trabalhar até aos 59,4 anos.
Se pensar que vai durar até aos 59,4 anos, vai querer trabalhar até aos 49,5 anos.
...
Se pensar que vai durar até aos 30 anos, vai querer trabalhar até aos 27,5 anos.
E o sofrimento?
O sofrimento também tem um impacto positivo nas nossas decisões económicas porque, ao anteciparmos esse sofrimento, vamos tomar medidas que, potencialmente, o vão diminuir.
O fumador deixa mais depressa o vício se pensar "vou ter cancro e sofrer muito durante muito tempo" do que se pensar "se vier a ter cancro, suicido-me".
O temente a Deus cumpre mais os mandamentos se pensar que, cometendo pecados, "vai arder eternamente nos confins do Inferno". Mandar meios aéreos para apagar o incêndio infernal apenas nos irá tornar mais pecadores.
Em que condições concordaria eu com a eutanásia?
Se uma das condições de aplicabilidade for "A pessoa tem que ter pelo menos 110 anos".
Até podem tirar de lá todas as outras condições, incluindo o estado de lucidez e o consentimento informado.
Chega aos 110 anos, pumba, eutanásia com um tiro no cachaço.
Será de aplicabilidade tão restrita (como muitas leis que existem por ai) que em nada me afligiria.
Caso não esteja, sou totalmente contra.
O problema é que nada disso era verdade.
Nem a minha mãe tinha qualquer metástase nem estava com sofrimento nem Deus se mete nisso.
No dia seguinte, recomeçou a fazer hemodiálise.
A médica que falou comigo garantiu-me que tinha uma metástase na cérebro.
E eu perguntei-lhe "Desculpe o que eu vou dizer mas a Sr.a Dr.a viu a TAC? É que eu vi com um neurologista do hospital Z e não tem qualquer metástase."
"Eu não vi mas circula um relatório que diz isso mas, realmente, ninguém fez qualquer TAC."
Quem sofria toda a noite era eu e se eu tivesse dito "OK, eu sofro muito.", lá a velhota tinha ido para o outro mundo sem nada lhe ter sido perguntado. Mas eu disse "Volta para minha casa e Deus que ajude os outros que eu já estou habituado a sofrer".
No entretanto, decorreram 2 anos, recebi os milhares da pensão e a minha mãe continua bem de saúde, melhor do que estava há 2 anos.
Só muito raramente é que tem "confusão aguda".
O impacto económico da Eutanásia, negativo.
Não podia deixar de falar na parte económica do problema.
Vamos supor que o estimado leitor descobria que ia morrer daqui a 30 dias. Será que amanhã iria trabalhar? Será que iria fazer sacrifícios, poupança ou investimentos? Com certeza que não.
Quando eu tinha 18 anos e entrei na universidade pensei "se me esforçar o máximo por aprender muito e por ter boas notas, vou ter um bom emprego durante 47 anos e uma boa reforma durante mais 20 anos".
Nesse tempo, cada ano de sacrifício, em previsão, transformava-se em 13,4 anos de vida boa.
A nossa decisão económica de hoje (quanto a esforçarmo-nos) depende do que pensamos ser a duração futura da nossa vida.
Quem já não ouviu a frase "já estou velho para me aborrecer"?
Quanto mais longa pensamos ser a nossa vida, mais sacrifícios estamos disponíveis a fazer no presente porque o período de amortização é maior.
Esses sacrifícios traduzem-se em mais trabalho, mais criatividade, mais produtividade, mais poupança, mais hábitos saudáveis.
Eutanasiar as pessoas aos 110 anos.
Imaginemos uma pessoa que quer ter sempre o mesmo rendimento disponível (teoria do rendimento permanente).
A pessoa começou a trabalhar aos 20 anos, ganha 1000€/mês e desconta 25% para a reforma (tem disponíveis 750€/mês).
Se pensar que vai durar até aos 90 anos, vai querer trabalhar até aos 72,5 anos.
Se pensar que vai durar até aos 72,5 anos, vai querer trabalhar até aos 59,4 anos.
Se pensar que vai durar até aos 59,4 anos, vai querer trabalhar até aos 49,5 anos.
...
Se pensar que vai durar até aos 30 anos, vai querer trabalhar até aos 27,5 anos.
E o sofrimento?
O sofrimento também tem um impacto positivo nas nossas decisões económicas porque, ao anteciparmos esse sofrimento, vamos tomar medidas que, potencialmente, o vão diminuir.
O fumador deixa mais depressa o vício se pensar "vou ter cancro e sofrer muito durante muito tempo" do que se pensar "se vier a ter cancro, suicido-me".
O temente a Deus cumpre mais os mandamentos se pensar que, cometendo pecados, "vai arder eternamente nos confins do Inferno". Mandar meios aéreos para apagar o incêndio infernal apenas nos irá tornar mais pecadores.
Em que condições concordaria eu com a eutanásia?
Se uma das condições de aplicabilidade for "A pessoa tem que ter pelo menos 110 anos".
Até podem tirar de lá todas as outras condições, incluindo o estado de lucidez e o consentimento informado.
Chega aos 110 anos, pumba, eutanásia com um tiro no cachaço.
Será de aplicabilidade tão restrita (como muitas leis que existem por ai) que em nada me afligiria.
Caso não esteja, sou totalmente contra.
Vejam as 8 pecinhas de roupa que comprei no "cigano da pala no olho" por 8€ (excluindo a T-Shirt que encontrei no caixote do lixo)! O casaco bege é Karl Kani, a camisola azul é Quebramar e as calças de ganga são Pierre Cardin!!!!!
Lembram-se da Lei da Barriga de Aluguer?
Foi aprovada em finais de Junho de 2017.
Como eu previ, são tantas as limitações que, nos últimos 7 meses só se aplicou a dois casos!
Tanta coisa para 2 casos.
A eutanásia depois dos 110 anos talvez tivesse 2 casos por ano mas era uma lei dos esquerdistas a "dar liberdade".
Foi aprovada em finais de Junho de 2017.
Como eu previ, são tantas as limitações que, nos últimos 7 meses só se aplicou a dois casos!
Tanta coisa para 2 casos.
A eutanásia depois dos 110 anos talvez tivesse 2 casos por ano mas era uma lei dos esquerdistas a "dar liberdade".
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