Estou eu aqui deitado no meu sofá e só se fala do palco.
Vem o Papa cá e lembraram-se de fazer um palco no meio do Rio Tejo.
As obras nesse aterro no meio do Tejo, lá para os lados do Rio Trancão, são para fazer fazer um parque onde caibam festas rave, tipo Woodstock, e chamaram o Santo Papa para o lançamento.
Pensaram no Bruno de Carvalho mas não gostaram do voz de bagaço, hrrrrrrrr.
Como sempre, adiou-se, adiou-se, adiou-se mas o contrato com o Santo Padre tem uma data para estar tudo feito. Agora que a inauguração se aproxima e ainda não está nada feito, há que fazer tudo em cima do joelho, às três pancadas e, naturalmente, pagando o que pedirem pois a alternativa é não haver nada no dia da inauguração.
Mas eu estive a pensar, e fazer um palco para quê?
O meu pensamento foi assim: se Nossa Senhora, Virgem Maria, Mãe de Jesus o Cristo veio a Portugal 6 vezes e vociferou do cimo de uma oliveira, sem palanque nem sequer um escadote, para uma assistência de 3 pastorinhos, um cão e meia dúzia de ovelhas, porque é que não se mete o Santo Padre a falar também do cimo de uma oliveira?
Será o Santo Padre mais do que Avé Maria, cheia de graça, Mãe de Deus que subiu ao Céu em corpo e alma?
Não.
Então, se uma oliveira chegou para a Mãe de Deus, um oliveira chega muito bem para o Papa passar uns discos.
O meu projecto é um palanque a meia altura da oliveira com umas escadas laterais, tudo em madeiras recicladas das podas e feito por nepaleses para ficar mais baratuxos.
E o reumático do joelho?
Arranja-se uma freira forte, de barba rija, que leve o Santo Padre às costas, como tanto gostava de andar o Vice-rei da Índia Afonso de Albuquerque.
Para acabar, vou falar um bocadinho do PAV - Partido do André Ventura.
Em Portugal qualquer pessoa pode criar um partido, basta arranjar 7500 assinaturas. E por causa dessa facilidade há registados no Tribunal Constitucional 23 partidos activos e ainda 35 que inactivos.
O André Ventura ainda pensou fazer-se militante do Partido Comunista ou do Bloco de Esquerda e, depois, mudar os estatutos desses partidos, mas, copiando o Tino de Rãns, optou antes por criar um partido movo. Foi para a rua pedir assinaturas e criou o seu partido como quis, com os estatutos e o programa que bem entendeu. Seja que esse partido, que se chama CHEGA, defenda que somos todos descendentes de extra-terrestre ou que, quando nos vacinam nos enfiam um chip para nos poderem cobrar mais impostos, é a ideia do seu criador, ninguém tem nada com isso.
Tudo foi criado de dentro da cabeça aloucada ou lúcida do André Ventura. É um partido dele, feito à sua imagem e semelhança.
Então, qual é a lógica de pessoas, que podem criar o seu próprio partido,entrarem no partido do André Ventura para o transformar noutro partido? Porque é que não criam um partido com os estatutos e o programa que bem entenderem e lhe chamam o que lhes apetecer?
Ou então, porque não reactivam um dos que estão na prateleira, um partido moribundo, depositado no limbo da história?
Não percebo essas mentes.
1 comentários:
Presumo que AV seja mais um xuxa infiltrado.
A sua saída do PSD de Rui Rio (outro xuxa infiltrado) para fundar o Chega alcançou todos os objectivos:
Diminuir o número de votos no PSD
Reduzir o CDS-PP à insignificância
Provocar dissidências à direita
Ir amealhando votos à direita como o BE consegue à esquerda (duvido que consiga ultrapassar 15% senão mesmo 12% no máximo)
Nunca irá conseguir ir longe a não ser que o deixem entrar num futuro governo do PSD (irá miná-lo, assim como Paulo Portas minava o Governo de Durão Barroso)
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