Veio um estudo dizer que os licenciados ganham cada vez menos.
Este estudo apenas vem dizer o óbvio. Se a economia está estagnada, os licenciados têm um salário superior à média e há cada vez mais licenciados, a simples recomposição do mercado de trabalho obriga a que os salários dos licenciados tenham de diminuir.
A produtividade está em 2023 ligeiramente abaixo de 2013.
A produtividade bruta mede o PIB por cada trabalhador. Chama-se Bruta porque não retira a depreciação do capital.
Peguei nos dados disponíveis no INE para o PIB a preços constantes e para o número de trabalhadores e dividi o PIB pelos trabalhadores. Depois, escalei os resultados para ter 100 em 2013.
Eu já sabia que a produtividade em 2023 é 99 que compara com 100 em 2013, uma redução. Isto quantifica que, em 2023, um trabalhador produz menos valor do que produzia em 2013!!!!!!!!!!!!
Já todos sabemos que a nossa economia praticamente não cresce desde 1999. Em termos médios, tem crescido uns ténues 0,9%/ano. Mas, até 2013, como esse pouco crescimento foi acompanhado pela diminuição no número de trabalhadores, a produtividade cresceu um pouco mais, 1,3%/ano.
Mas desde 2013, a produtividade está totalmente estagnada, nos últimos 4 trimestres foi 99 e nos 4 trimestres de 2013 foi 100.
A percentagem de licenciados aumentou.
Há quem defenda que a escolaridade é um forte motor do crescimento económico. E até pode ser verdade e, por causa disso, os governos têm apostado na escolaridade o que leva a que a nossa população empregada tenha cada vez mais escolaridade. Se em 2013 24% dos trabalhadores tinha concluído a licenciatura, em 2023, estamos nos 36%. Isto traduz um aumento relativo de 4,3%/anos.
O problema é que, apesar do constante aumento da percentagem de trabalhadores licenciados, vemos na figura 1 que a produtividade não aumenta!!!!!
Isto traduz que os licenciados estão a substituir nos postos de trabalho os não licenciados mas não conseguem produzir mais valor. Talvez os postos de trabalha sejam os mesmos, tarefas repetitivas e com pouca necessidade de conhecimento.
Talvez o mais provável seja que o que se aprende nas licenciaturas não é produtivo.
Agora, é só dividir o bolo pelos comensais.
Vamos supor que os 100 produzidos em 2013 era dividido por 24 licenciados e 76 não licenciados em que os licenciados ganhavam mais 50% que os não licenciados. Teríamos como salários (números relativos):
Licenciados = 1,34/mês e Não Licenciados = 0,89/mês.
Em 2023 só produzimos 99 que é preciso dividir por 36 licenciados e 64 não licenciados. Se os salários dos não licenciados aumentaram 0,1%/ano para 0,90/mês, os salários dos licenciados tiveram de diminuir para 1,15/mês que corresponde a +27% do que os não licenciados.
Puras contas de somar e subtrair mostra que o salário dos licenciados só poderia descer e que o prémio de ter licenciatura só podia diminuir de 50% para 27%.
O António Costa, enquanto lá esteve o Passos Coelho, só gritava pela produtividade.
E prometeu que iria fazer muito melhor do que o Cavaco Silva e o Passos Coelho.
Era a ferrovia, a TAP, a EFACEC, TGV, a economia do mar, as ligações históricas aos PALOP e Brasil, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá que os governos de direita desaproveitaram e que iriam ser o grande motor do desenvolvimento do Portugal Xoxalista.
Já lá está, mais a cancalhada toda, faz 7 anos e 7 meses, e está tudo uma pasmaceira.
E se as eleições legislativas fossem hoje?
Pegando na duas últimas sondagens ICS-ISCTE para SIC/Expresso, o parlamento iria ter
PS entre 80 e 94 deputados (tem 120)
PSD entre 79 e 93 deputados (tem 77)
CHEGA entre 28 e 39 deputados (tem 12)
IL entre 3 e 9 (tem 8)
BE entre 6 e 12 deputados (tem 5)
CDU entre 6 e 12 (tem 6)
O PS desce mas só o CHEGA cresce significativamente!!!!
Vivemos num pântano onde a esquerda desgoverna e o PSD nada diz.
O PSD já perguntou quantos passageiros são transportados na linha de comboios que liga a Guarda a Castelo Branco e que custou 150 milhões aos contribuintes?
Não.
O PSD já perguntou porque mandaram a GroundForce à falência e meteram centenas de milhões de euros na EFACEC?
Não.
E a alternativa de direita PSD+IL+CDS+PPM+Tino+Bobi+Tareco?
PSD+IL+CDS+PPM+Tino+Bobi+Tareco teria entre 84 e 99 deputados, contra 98 a 112 deputados do PS+BE+PCP. Nem pensar.
PSD+ CHEGA teriam 112 a 127, já dá (mesmo sem a IL que está cada vez mais um partido radical contra CHEGA e sem qualquer ideia viável).
Não há alternativa possível de direita sem o CHEGA.
#Código usado no tratamento das sondagens
n=1516 #soma de todas as sondagens
partido = c("PS","PSD","CHEGA","BE","CDU","IL", "Outros")
populacao =c(458,450,195,75,75,60, 203)
iter=10000
signif=2.5/100*iter
deputados=matrix(rep(0,6*iter),ncol=6,nrow=iter)
for (i in 1:iter)
{respostas = sample(1:7,n,replace=TRUE,prob=populacao)
sondagem = table(respostas)
perc = sondagem[1:6]/ sum(sondagem[1:6])
total= sum(round(284.39*perc - 6.8194,0))
deputados[i,] = round((284.39*perc - 6.8194)*230/total,0)
}
for (i in 1:6)
{dep=sort(deputados[,i])
print(c(partido[i],dep[signif],dep[iter-signif]))
}
esquerda=deputados[,1]+deputados[,4]+deputados[,5]
dep=sort(esquerda)
c(dep[signif],dep[iter-signif])
psd_il=deputados[,2]+deputados[,6]+deputados[,3]
dep=sort(psd_il)
c(dep[signif],dep[iter-signif])
psd_chega=deputados[,2]+deputados[,3]
dep=sort(psd_chega)
c(dep[signif],dep[iter-signif])
1 comentários:
Aumentar a produtividade exponencialmente, é simples, fácil e barato e apenas depende da vontade/coragem política para implementar, rapidamente e em força, reformas estruturais, a começar, repito, a começar pela abolição do salário mínimo, liberalização dos despedimentos e abolição dos descontos.
Enviar um comentário