sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Quantificação do dano causado em África pelo tráfico negreiro

Fala-se muito do dano do tráfico negreiro e que os "brancos" têm de pagar compensações.

E esse prejuízo, além de ter sido de grande magnitude, perdura até hoje.

Interessante que o Lula da Silva acha que o próprio Brasil, que comprou milhões de escravos negros, acha-se com o direito de receber compensações pelo conjecturado prejuízo que a saída dessas pessoas de África causaram em África!!!!!!!!

Já estão a ver o problema de decidir quem iria receber as compensações, todos os negros incluindo os que estão nas Américas, apenas os negros da África Ocidental, apenas os negros africanos, e quem vai pagar, se todos os "brancos", incluindo os que vivem em África.

Além disso, os chineses, indianos, magrebinos e mistos vão pagar ou receber?

O outro problema é que esse conjecturado dano nunca foi avaliado.

Se nunca foi feito é porque é muito difícil de fazer!

Não, nunca foi feito porque não existe qualquer prejuízo!!!! e quem o defende, os esquerdistas, não querem que se saiba que não existe!!!!!


Vou então avaliar esse conjecturado prejuízo.

O que pretendo avaliar é se a população africana estava em equilíbrio com os recursos (conjetura de Maltus) pelo que o tráfico negreiro não teve qualquer impacto Económico em África. Segundo a conjetura de Maltus, a população cresce até a mortalidade (por fome) igualar a natalidade.

Ao retirar parte da população, reduz-se a mortalidade da população que fica pelo que a população é rapidamente reposta.


Vejamos o exemplo de Portugal.

Portugal tinha em 1950 um total de 8,51 milhões de habitantes.

Entre 1950 e 1970 saíram de Portugal, emigraram, cerca de 4 milhões de pessoas, uma média de 200 mil por ano.

Seria de pensar que a população portuguesa diminui para 4,5 milhões mas não, ainda aumentou um bocadinho.

Portugal tinha em 1970 um total de 8,68 milhões de habitantes.


Como vou avaliar a conjectura?

Para avaliar vou comparar os actuais países de onde são originários os escravos negros transportados para as Américas (a África Ocidental) com os restantes países africanos (excluindo o Magrebe).

Se o movimento de escravos negros de África causou dano que tem de ser compensado porque os africanos de hoje ainda sofrem essas consequências, então podemos rejeitar H0 e aceitar H1

H1 : O PIB per capita dos actuais países africanos de onde partiram os escravos é menor que o dos restantes países da África Negra.

Fig. 1 = Os actuais países de origem dos escravos negros estão à esquerda da linha escura

Resultados
Os países de origem dos escravos negros é em tudo semelhante aos restantes países africanos em termos de população (466 milhões que compara com 461 milhões) e em termos de PIB per capita (1565 que compara com 1509).



Fig. 2 = Resultados agregados usados no teste estatístico (USD de 2017 e milhões de pessoas)

Excluindo a África do Sul por ter uma grande percentagem de população de origem europeia, o PIB per capita dos países da África Ocidental é 68% superior aos dos países da África Oriental.


Fig. 3 = Resultados agregados se excluirmos a África do Sul (USD de 2017 e milhões de pessoas)


Conclusão.

No período em que os escravos negros foram levados da África Ocidental para as Américas, a população estava em "equilíbrio de Maltus" pelo que o prejuízo que causou nos actuais africanos é nulo.
Sendo nulo, os actuais africanos não têm direito a qualquer indemnização pelo sofrimento dos seus antepassados.

Fig. 4 = Países e valores usados no cálculo das estatísticas (fonte dos dados: Banco Mundial, médias de 2002/2022)

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