Nos últimos meses tem-se discutido o mau estado dos comboios.
Comboios que reduzem a velocidade, cancelamentos, atrasos, má qualidade, clientes aborrecidos e tudo isto "por causa da redução no investimento público na via férrea".
Por estranho que possa parecer, neste ponto tenho que felicitar a geringonça pois o transporte ferroviário é uma tecnologia obsoleta que deve acabar o mais rapidamente possível.
Os esquerdistas são conservadores, não tendo animo para fazer alterações estruturais na sociedade mas, como já referi no passado, são capazes de fazer as alterações estruturais mais difíceis. Por exemplo, todos nos lembramos que quem inventou os Recibos Verdes e os Despedimentos Colectivos foi o Dr. Mário Soares !!!!
Vejamos os argumentos contra e a favor dos transportes ferroviários.
Vejamos os argumentos contra e a favor dos transportes ferroviários.
Argumentos a favor da ferrovia.
O atrito nas rodas é menor.
O coeficiente atrito nas rodas é muito menos na ferrovia do que na rodovia.
Segundo a evidência empírica, num veículo desengatado, rodas de aço em carril de aço têm um atrito de 1,8kg/ton (0,18%) enquanto que os camiões 9kg/ton (0,9%) e os automóveis 18kg/km (1,8%).
A dimensão do veículo é maior, vencendo zonas congestionadas.
Um comboio pode ser muito comprido porque é o carril que faz de direcção, empurrando as rodas lateralmente. Assim, um comboio pode transportar centenas de pessoas e dezenas de contentores.
Usa electricidade.
Os comboios são eléctricos poupando o planeta dos gases com efeito de estufa.
Além disso, a electricidade é mais barata que o gasóleo.
É mais rápido.
Usa electricidade.
Os comboios são eléctricos poupando o planeta dos gases com efeito de estufa.
Além disso, a electricidade é mais barata que o gasóleo.
É mais rápido.
Os argumentos contra a ferrovia.
A pouca flexibilidade e o elevado custo da ferrovia.
Enquanto que uma estrada pode ter subidas até 30%, ser de terra-batida, pedra, asfalto ou betão, ser larga com 10 faixas ou estreita como um caminho de cabras, o caminho de ferro tem que ser plana e ser feita por determinado tipo de carril em aço.
Por outro lado, numa estrada podem circular animais, pessoas a pé, ciclistas, carroças, autocarros e camiões.
Finalmente, não havendo dinheiro para manutenção rigorosa, a perda de qualidade das estradas pode ser ultrapassada com a redução da velocidade enquanto que na linha ferroviária leva a descarrilamentos.
A pouca flexibilidade e a exigência de um nível de qualidade constante faz com que a ferrovia seja muito cara o que limita a cobertura quando, pelo contrário, existe uma estrada até à porta de cada um de nós.
O atrito na roda é uma pequena parte do custo total.
Por um lado, considerando apenas as perdas energéticas no rolamento (sem atrito do ar), o consumo será num veículo com 1000kg, na ordem de 0,1 litros/100km para o comboio, 0,5 litros/100km para os camiões e 1,0litros/100km para os automóveis.
A electrificação é muito cara.
Primeiro, já houve autocarros eléctricos, os tróleis, mas a construção da linha eléctrica é muito cara e exige muita manutenção o que faz com que não seja económico electrificar as auto-estradas.
Segundo, é verdade que a electricidade tem fontes que não emitem gases com efeito de estufa mas outras, o carvão, emitem.
Finalmente, o custo da electricidade é menor que o gasóleo apenas porque não paga ISP.
É possível ter autocarros e camiões maiores.
Um autocarro de passageiros de 1 piso leva 52 passageiros sentadas mas os autocarros podem ser muito maiores, estando apenas limitados pela largura/curvatura da estrada.
Um veículo com 2,5 m de largura e com C metros de comprimento entre eixos, numa curva com R metros de raio interior precisa de uma largura de via de:
Largura da via = 2,5 + (R^2 + C^2)^0,5 - R.
Para um veículo com 15 m de comprimento, numa auto-estrada sub-urbana (raio interior mínimo de 100m), será preciso uma via com 2,5 + (100^2 + 15^2)^0,5 - 100 = 3,61m e numa auto-estrada inter-urbana (raio mínimo de 700m) será precisa uma via com 2,7m.
Num veículo articulado, aplica-se a mesma formula a cada atrelado, indo o raio aumentando.
Será possível um autocarro com capacidade para 1000 pessoas sentadas?
Em termos tecnológicos é totalmente possível.
Com 2 pisos, terá que ter 130 m de comprimento precisando (num veículo articulado com 10 atrelados de 13 m, numa auto-estrada urbana com raio de curvatura de 700 m), uma largura de via de 3,7 metros, que é a largura de uma faixa de rodagem normal.
Terá que ter uma potência na ordem dos 4000kw que é a potência do Alfa que só leva 300 passageiros.
Poderia muito bem haver uma linha de super-autocarros a ligar as principais cidades por auto-estrada, muito mais flexível que o comboio (que só serve o eixo litoral) e barato (porque usa as auto-estradas já existentes).
Em termos comerciais será indicado autocarros menores pois as poupanças no motorista e no atrito com o ar não compensam a diminuição na flexibilidade (as pessoas teriam que se reunir todas no mesmo sítio ou haver muitas paragens).
Também já há camiões com capacidade de transporte na ordem das 150 ton, usados na Austrália.
E vêm ai os veículos "robots"?
Quando as rodas dos "atrelados" forem direccionadas e não "mortas" como actualmente, um veículo mesmo com 500 m de comprimento pode fazer uma curvas apertadas, percorrendo as ruas dentro de uma cidade como se fosse um automóvel citadino.
Mas eu penso que a revolução vai ser em sentido diferente, com veículos pequenos, no limite, com lotação para uma pessoa, que apanham o cliente à porta de sua casa e o largam à porta do destino.
Eu já fiz postes com umas pequenas contas e uma viagem média urbana média (que é de cerca de 5 km) terá um custo na ordem dos 0,25€.
A velocidade.
A velocidade do comboio é anunciada desde o instante em que parte da estação de origem até que para na estação de destino mas as pessoas nem moram na estação de origem nem vão para a estação de destino.
Contabilizando toda a viagem desde a nossa porta até à porta de destino e tomando consciência que a maior parte das portas estão longe de uma estação, o comboio não é mais rápido.
A pouca flexibilidade e o elevado custo da ferrovia.
Enquanto que uma estrada pode ter subidas até 30%, ser de terra-batida, pedra, asfalto ou betão, ser larga com 10 faixas ou estreita como um caminho de cabras, o caminho de ferro tem que ser plana e ser feita por determinado tipo de carril em aço.
Por outro lado, numa estrada podem circular animais, pessoas a pé, ciclistas, carroças, autocarros e camiões.
Finalmente, não havendo dinheiro para manutenção rigorosa, a perda de qualidade das estradas pode ser ultrapassada com a redução da velocidade enquanto que na linha ferroviária leva a descarrilamentos.
A pouca flexibilidade e a exigência de um nível de qualidade constante faz com que a ferrovia seja muito cara o que limita a cobertura quando, pelo contrário, existe uma estrada até à porta de cada um de nós.
O atrito na roda é uma pequena parte do custo total.
Por um lado, considerando apenas as perdas energéticas no rolamento (sem atrito do ar), o consumo será num veículo com 1000kg, na ordem de 0,1 litros/100km para o comboio, 0,5 litros/100km para os camiões e 1,0litros/100km para os automóveis.
Por um lado, comparando com o consumo do nosso carro, estes números mostram que a maior parte do consumo de um veículo resulta do atrito com o ar.
Por outro lado, o custo do combustível é cerca de 1/3 do custo do transporte.
Por outro lado, o custo do combustível é cerca de 1/3 do custo do transporte.
Primeiro, já houve autocarros eléctricos, os tróleis, mas a construção da linha eléctrica é muito cara e exige muita manutenção o que faz com que não seja económico electrificar as auto-estradas.
Segundo, é verdade que a electricidade tem fontes que não emitem gases com efeito de estufa mas outras, o carvão, emitem.
Finalmente, o custo da electricidade é menor que o gasóleo apenas porque não paga ISP.
É possível ter autocarros e camiões maiores.
Um autocarro de passageiros de 1 piso leva 52 passageiros sentadas mas os autocarros podem ser muito maiores, estando apenas limitados pela largura/curvatura da estrada.
Um veículo com 2,5 m de largura e com C metros de comprimento entre eixos, numa curva com R metros de raio interior precisa de uma largura de via de:
Largura da via = 2,5 + (R^2 + C^2)^0,5 - R.
Para um veículo com 15 m de comprimento, numa auto-estrada sub-urbana (raio interior mínimo de 100m), será preciso uma via com 2,5 + (100^2 + 15^2)^0,5 - 100 = 3,61m e numa auto-estrada inter-urbana (raio mínimo de 700m) será precisa uma via com 2,7m.
Num veículo articulado, aplica-se a mesma formula a cada atrelado, indo o raio aumentando.
Será possível um autocarro com capacidade para 1000 pessoas sentadas?
Em termos tecnológicos é totalmente possível.
Com 2 pisos, terá que ter 130 m de comprimento precisando (num veículo articulado com 10 atrelados de 13 m, numa auto-estrada urbana com raio de curvatura de 700 m), uma largura de via de 3,7 metros, que é a largura de uma faixa de rodagem normal.
Terá que ter uma potência na ordem dos 4000kw que é a potência do Alfa que só leva 300 passageiros.
Poderia muito bem haver uma linha de super-autocarros a ligar as principais cidades por auto-estrada, muito mais flexível que o comboio (que só serve o eixo litoral) e barato (porque usa as auto-estradas já existentes).
Em termos comerciais será indicado autocarros menores pois as poupanças no motorista e no atrito com o ar não compensam a diminuição na flexibilidade (as pessoas teriam que se reunir todas no mesmo sítio ou haver muitas paragens).
Também já há camiões com capacidade de transporte na ordem das 150 ton, usados na Austrália.
E vêm ai os veículos "robots"?
Quando as rodas dos "atrelados" forem direccionadas e não "mortas" como actualmente, um veículo mesmo com 500 m de comprimento pode fazer uma curvas apertadas, percorrendo as ruas dentro de uma cidade como se fosse um automóvel citadino.
Mas eu penso que a revolução vai ser em sentido diferente, com veículos pequenos, no limite, com lotação para uma pessoa, que apanham o cliente à porta de sua casa e o largam à porta do destino.
Eu já fiz postes com umas pequenas contas e uma viagem média urbana média (que é de cerca de 5 km) terá um custo na ordem dos 0,25€.
A velocidade.
A velocidade do comboio é anunciada desde o instante em que parte da estação de origem até que para na estação de destino mas as pessoas nem moram na estação de origem nem vão para a estação de destino.
Contabilizando toda a viagem desde a nossa porta até à porta de destino e tomando consciência que a maior parte das portas estão longe de uma estação, o comboio não é mais rápido.
Força camarada Costa.
Acabam com isso dos caminhos de ferro.
Eu achei graça ao Bruno de Carvalho.
Como saiu do Sporting SAD, devolveu o telemóvel, o carro e a mulher da empresa.
Só falta saber se a devolução da mulher também obriga a devolver a criancinha e se, agora, está tudo por conta do Sousa Cintra ou se ficou a ganhar teias de aranha e ferrugem à espera do próximo presidente.
Quanto aos incêndios.
Com este frio, os incendiários ficam no tasco a jogar às cartas e os eucaliptos descansam de dar cabo das políticas do Camarada Costa.
É que, além do vento, frio e chuva deste verão, a água do mar está nos 13.ºC.
Não dá nem para molhar os pés.
Alguém sabe quantas pessoas morreram no incêndio de Monchique de 2003?
Zero!
Alguém sabe quem era o primeiro ministro?
Durão Barroso!
Então, o que fez o Costa ficar tão contente por não ter morrido ninguém?
O que fez o Costa que não fez o Durão Barroso para agora terem morrido zero pessoas quando em 2003, morreram zero pessoas (e na altura o PS disse que tinha sido uma calamidade)?
Fez propaganda.
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