Todos os dias morrem muitas pessoas.
De cancro, ataque cardíaco, covid-19, acidentes de carro, quedas, homicídios.
Todas estas mortes causam tristeza enorme.
No caso do assassinato do ucraniano nas instalações do SEF é grave ter praticado por agentes da autoridade mas muito mais grave é que apenas aconteceu porque, pensaram que o homem vinha trabalhar.
O homem tinha um visto de 10 dias.
Os inspectores do SEF não falam Ucraniano e o Homeniu não falava Português pelo que a conversa está sempre sujeita a descompreensões.
Os do SEF perguntaram ao Homeniu "O que é que vem fazer a Portugal?".
- Venho a uma entrevista de emprego - disse o Homeniu.
- Então vem trabalhar!
- Não, venho apenas a uma entrevista de emprego. Depois, logo se verá.
- Mas então, está com vontade de trabalhar em Portugal?
- Sim, se eu venho a uma entrevista de emprego, estou com vontade de trabalhar em Portugal.
Mataram o homem à pancada.
Até morreu um membro da família Carreira que só diz verdades. "Há piores, Socialistas" (em açoriano :-).
Se ele tivesse dito.
- Não, eu venho a uma entrevista de emprego mas é apenas para enganar, o que eu quero é vir para Portugal para roubar e para viver à custa de subsídios.
Neste caso, seria recebido com banda de música, banquete e uma medalha de comendador atribuída por Sua Ex.a o Sr. Presidente da República.
Portugal até gostava do Homeniu por ser um homem trabalhador mas morto.
Se o Homeniu estivesse vivo, mandavam-no embora com bilhete pago pelo contribuinte português. Mas morto, talvez por dar adubo à terra, já a viúva teve que pagar 2200€.
Devemos aceitar todas as pessoas que queiram trabalhar.
Seja marroquino, turco, libanês, indiano, bissau, chinês, what ever. Se quiser vir trabalhar, de preferência 14h por dia, devemos receber essa pessoa de mãos abertas pois o que falta aqui é quem trabalhe.
São precisas mãos para apanhar maçãs, pêras, azeitonas, para amanhar as terras, guiar os rebanhos pelo monte, "limpar" matos e florestas, lavar estradas, recolher lixo, tanta e tanta coisa que é preciso fazer.
E existem milhões de pessoas competentes por esse mundo fora, a ganhar 1€/h, e que a quem temos o dever moral de dar uma oportunidade.
Venham a nós os trabalhadores.
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