sexta-feira, 7 de maio de 2021

Medicina na Universidade Católica por 100 mil €

A Universidade Católica vai avançar com o curso de Medicina.

Este curso, inicialmente com 50 alunos, vai implicar ao aluno o pagamento (se nunca reprovar) de 60 prestações de 1650€ mais matrícula, inscrições e umas coisita. Somando tudo, dará um total um bocadinho acima dos 100 mil€.

Claro que é muito dinheiro mas temos que ver esta verba amortizada ao longo da "vida útil do curso".

Se pensarmos que o aluno sai do curso acabadinho de fazer 25 anos e que trabalha até aos 67 anos (um total de 42 anos), para uma taxa de juro acima da inflação de 1%/ano, estamos a falar em 221€/mês, 14 meses por ano.

Será que um médico vai conseguir um ordenado superior em 221€/mês relativamente ao mesma pessoa com o 12 ano?

Tenho a certeza que sim.

 

Se fossemos governados por pessoas inteligêntes e que procuram o melhor para os portugueses!

O Estado iria desenhar um sistema de financiamento deste curso que permitisse, a prazo, alterar substancialmente o modelo de financiamento do ensino superior, aumentando a qualidade e a eficiência.

Vamos ver como isso poderia ser feito.

1 = O Estado criava "Certificados de Aforro Inversos".

A taxa de juro dos certificados de aforro está em 0,463%/ano. Se uma pessoa depositar lá 1000 euros, vai receber 4,63€/ano de juros.

O Estado criava o inverso dos actuais certificados de aforro em que o aluno "deposita dívida" e "levanta prestações".

Explicando melhor, o Estado empresta ao estudante exactamente nas mesmas condições em que recebe o dinheiro emprestado dos aforrados. 

2 = O Estado cobra a dívida no rendimento do licenciado.

Depois, ao longo da vida útil e da mesma forma que descontamos 11% de TSU para a pensão de reforma, uma percentagem do rendimento da pessoa vai directamente para a amortização da dívida (por exemplo, 10% do rendimento acima do SMN). Esta amortização será um abatimento ao rendimento colectável.

Qual a vantagem para as pessoas e para o Estado?

Primeiro, as pessoas podem escolher o seu curso sem estarem obrigados aos números clausus das universidade públicas. Se as propinas traduzem o custo de "produção" (mais um lucro), havendo mais alunos, haverá incentivos para que o número de vagas aumente.

Segundo, passa a haver um contrato entre o aluno e o Estado no qual o aluno se propõe esforçar no sentido de recompensar os contribuintes, muitos que nunca frequentaram a universidade, pelo esforço despendido.

Terceiro, as universidades públicas, em concorrência no mercado, ficarão obrigadas a procurar a eficiência em termos de binómio custo/qualidade.

 

E se o aluno fracassar e não puder pagar?

Aqui podemos implementar 2 sistemas, um "sem custos para o Estado" e outro com "custo para o estado".

No caso do sistema "sem custos para o Estado", os certificados de aforro inversos vão um spread para cobrir o risco, por exemplo, 0,5 pontos percentuais acima do que o Estado paga para "perdoar" aos alunos que não têm sucesso (que só se avaliará quando morrerem).

No sistema "com custos para o Estado", que é o sistema actual para todos os alunos de todas as universidades e politécnicos públicos, o Estado assume as perdas de quem não conseguir pagar.


Lentamente...

Governantes inteligentes usariam este exemplo para, lentamente, retirar o financiamento do ensino superior do Orçamento do Estado e mete-lo num sistema anexo semelhante a uma empresa pública (em que apenas são contabilizadas as garantias e os prejuízos).


Já agora, quanto vai custar aos contribuintes, mensalmente, o comboio da Covilhã até à Guarda?

O problema é que não temos oposição.

Os políticos estão entretidos com pequenos problemas introduzidos pela comunicação social populistas (ao julgamento do Sócrates seguiram-se os imigrantes em Odemira, e outras coisas virão, sem qualquer importância) e ninguém pergunta, "ouça lá homem, quanto é que esta brincadeira com os comboios vai custar, todos os meses, ao contribuinte?

Ninguém faz esta pergunta, o homem pode continuar a brincar aos comboios.

O comboio, ida e volta, vai ter um preço de 9,00€ para o passageiro (e não se sabe quanto para os contribuintes), sujeito a horários (haverá 6 por dia). De carro, no meu carro terá um custo de 15€ onde se incluem 5,30€ para as portagens na ex.SCUT A23 (que diminuem o pagamento do Estado pois o transito é pouco) e 3€ imposto sobre o combustível (que são impostos).

Se abatermos os "impostos" e pensarmos que vamos 2 pessoas (ocupação de 50%), o meu carro fica por um terço do que custa o comboio, SEM CUSTOS PARA O CONTRIBUINTE.

É que nem os ditos liberais fazem esta questão!

 

O que deveria dizer o CHEGA sobre Odemira!!

Se estão a trabalhar, se eles não se queixam, deixem-nos trabalhar, quanto mais melhor. 

Se estão a viver se subsídios, arranjem-lhes trabalho. Se não quiserem trabalhar, mandem-nos de volta para a origem.


Já agora, as vacinas.

Como os esquerdistas gostam tanto de roubar propriedade intelectual (as patentes das vacinas), porque é que a União Europeia não descobriu nenhuma vacina contra o Covid-19?

Porque é que o Pedro Nuno Santos, esquerdista tão defensor das empresas públicas, porque não meteu a TAP ou a CP, financiadas pela CGD, a desenvolver vacinas?

Dá que pensar.

Estamos mesmo entregue aos bichos.






1 comentários:

Silva disse...

"Governantes inteligentes"

Com governantes inteligentes não haveria descontos para a segurança social, tantos os 11% como os 23,75%, pois é apenas um esquema em pirâmide.

"...não temos oposição"

Rui Rio é socialista.

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