quinta-feira, 11 de maio de 2023

Em 1974 o nosso nível de vida era 32% dos países mais ricos da Europa.

Usando os 8 países mais ricos da União Europeia.

Calculei o PIB per capita (que representa o nível de vida) dos 8 países mais desenvolvidos do norte da Europa (Áustria, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Luxemburgo, Holanda e Suécia). 

Em 1973, nas vésperas da revolução, Portugal tinha uma economia atrasada, com um nível de vida (medido pelo PIB per capita)  de apenas 32% da média deste 8 países.

A razão para o nosso atraso era a ditadura pelo que, com o seu fim, foi prometido pelos socialistas  que nos iríamos aproximar dessas economias.


Este ano o socialismo fez 49 anos. 

Querem saber como estamos? 

No último ano em que há dados, em 2021 estávamos com 31% do nível de desenvolvimento desses países mais ricos.

Além de estarmos exactamente iguais ao que estávamos em 1973, o mais grave é que, desde 1999, estamos a piorar a uma velocidade 0,23 pontos percentuais por ano.


Evolução do nosso desenvolvimento relativo aos países mais ricos da UE (dados, Banco Mundial)


Não pode ser verdade!!!!

O Banco Mundial deve produzir fake news. 

Como pode o Banco Mundial não ter vergonha de apresentar dados falsos, afirmar sem pudor que estamos cada vez pior relativamente aos nossos parceiros mais desenvolvidos quando os nossos governantes socialistas nos garantem diariamente que estamos a crescer muito mais do que os nossos parceiros da União Europeia?


Faz-me lembrar a historieta do lucro da CP e da TAP.

Se retirarmos da contabilidade das empresas públicas tudo o que dá prejuízo, o que sobra só pode ser lucro.

Também se tirarmos dos dados da nossa economia todos os trimestres em que não há crescimento, só podemos ficar com um crescimento muito acima dos outros.

Cabecinhas pensadoras.


E porque não convergimos com os países mais desenvolvidos?

Parece uma pergunta com resposta difícil mas é fácil: 

1) Porque grande parte da nossa economia é controlada por empresas públicas.

2) Porque os gestores das empresas públicas têm que minimizar o risco de serem despedidos!


Vejamos o exemplo do Metro de Lisboa.

O cais de embarque/desembarque tem extensão para comboios com 6 carruagens e capacidade para 1000 pessoas de pé.

Como o espaçamento entre comboios é, no mínimo, de 3:30 minutos, consegue uma máximo de 17 mil passageiros por hora o que não é suficiente na hora de ponta da Linha Verde (Telheiras/Cais do Sodré).

Os comboios poderiam passar a ter 12 carruagens e parar por duas vezes (parava as primeira 6 carruagens no cais e saiam/entravam os passageiros dessas carruagens / andava mais um pouco e paravam as seguintes 6 carruagens no cais).

Porque é que isto não se faz?

Porque se acontecer alguma acidente, o responsável pela decisão será imediatamente acusado de negligência.

Então, continua-se no mesmo.


Fazendo amanhã tudo igual ao que fazemos hoje, não haverá desenvolvimento.

Para nos desenvolvermos é preciso que cada pessoa produza mais valor por cada hora de trabalho. E parece-me óbvio (mas não o parece às outras pessoas) que apenas o conseguirá se trabalhar de forma diferente.

Os governos apostaram na escolarização e hoje as pessoas são muito mais escolarizadas do que eram há 50 anos mas, como nas escolas se ensina o mesmo que se ensinava há 50 anos, isso não tem sido o grande motor do desenvolvimento que se antecipava.

Cada vez mais licenciados ganham o salário mínimo.


E porque pioramos depois de entrarmos na Zona Euro?

Por causa da "política administrativa de rendimentos do trabalho".

Os governos socialistas têm a mania de que os salários têm de aumentar em termos absolutos e relativamente ao PIB.  

O problema é que os salários nunca são suficientes.

Mas como a nossa economia não cresce e o governo quer mais e mais salários, esse aumento acontece à custa da diminuição da rentabilidade do capital (lucros, rendas e juros).

Diminuindo a remuneração do capital, o investimento diminui o que leva a ainda menor crescimento da economia.


Têm a mania que os direitos dos trabalhadores são centrais no desenvolvimento económico.

O que vou dizer vai chocar pelo que as pessoas mais sensíveis não podem ler mais.

Os trabalhadores são bons a fazer hoje o que fizeram ontem mas isso, por melhor feito que seja, é a estagnação.

Apenas quem pensa novos métodos, novos produtos, novos processos, isto é, quem é empreendedor, é que consegue fazer a economia andar para a frente.


O trabalhador é a roda da economia.

A roda pode ser muito competente, agarrar bem à estrada, não sofrer furos, poupar combustível, afastar a água nas estradas inundadas. 

Mas o empreendedor é a condutor e é quem consegue escolher viagens mais agradáveis.


Em Portugal não compreendemos isto.

Direitos, direitos e mais direitos para os trabalhadores.

A canalhada fecha universidade pelas causas mais mirabolantes, persegue quem pensa diferente e toda a gente aplaude e grita "Abaixo os reaccionários de direita, abaixo o grande capital, abaixo o lucro e abaixo a exploração do trabalhador pelo patrão". 

Depois, não saímos do buraco.


1 comentários:

Helena Tomé disse...

A questão da educação nas escolas portuguesas é muito complexa.
Por um lado, os estudantes mantêm o mesmo perfil de sempre: alguns bons alunos, que sabem as matérias e que são capazes de fazer uma pesquisa e têm outras áreas de interesse. Metade dos alunos vão-se safando. 30 % dos alunos não aprende, não estuda, não está atento,não tem interesses nenhuns.
Mudam algumas políticas na educação e são visíveis - quem não ouviu os jovens trabalhadores falar em terem objetivos? É que foram ensinados por objetivos. É ouviremos, daqui a poucos anos, falar nas aprendizagens essenciais que têm...
No fundo, agora o que as escolas desenvolvem nos alunos é a aprendizagem de falarem sem nada saberem de científico, desenvoltura ou grande lata para falarem, dizendo o que lhes passa pela cabeça, atropelado tudo e todos.
Porque é que a escola não desenvolve de facto o potencial dos alunos?
Os alunos, exceto os 10% dos bons alunos, não têm potencial. Chegam à escola sem nada desenvolvido,vêm de ambientes familiares cada vez mais desagregados, com progenitores cansados e mal pagos,quase todos sem formação ou que, eles próprios foram passando de ano sem uma real capacitação.
Poderá a escola sair da rotina estupidificante?
Sim, se não obrigasse todos os alunos a fazer a mesma coisa e se adaptasse às necessidades reais de cada um. Mas essa adaptação exigiria o fim da escola tradicional, a abertura de Escolas específicas, o fim dos exames nacionais e lançamento de exames pelas instituições de ensino superior.
Qual é a sua opinião sobre isto?

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