sexta-feira, 30 de agosto de 2024

A reindustrialização é a grande mentira dos sábios catedráticos

Como sabem o governo da AD é escudado em sábios catedráticos de economia.

Esses sábios afirmam uma cadeia de eventos "virtuosa" que levará irremediavelmente Portugal a uma economia mais forte.

Menos IRC e IRS => Mais Investimento e mais Consumo => Mais indústria => Economia forte => mais salários.

O problema é que, apesar desses sábios serem catedráticos de economia, essa cadeia de eventos está totalmente errada.  Vejamos ponto a ponto onde estão os erros.


Menos IRC e IRS => Menos receita fiscal => mais Défice => Captar as poupanças privadas.

Se o Estado diminuir o IRS e o IRC em 1000 €/dia, terá imediatamente uma diminuição da receita fiscal em 1000€.  Mantendo-se a despesa pública, o Estado passa a ter défice de 1000€/dia que tem de financiar recorrendo às poupanças dos privados.

Claro que os sábios dizem "Mas no médio/longo prazo, aumenta o investimento ..." mas não é verdade pois o médio/longo prazo está dependente do que acontece no primeiro dia.

Vamos supor que os privados poupam 2000€/dia. Essa poupança vai para o investimento que será de 2000€/dia.


Mas o dinheiro que poupamos não fica nos bancos?

Em termos simplistas, as pessoas pensam que poupar é meter dinheiro no banco (ou no colchão) mas poupar é comprar bens que não têm consumo imediato. Por exemplo, comprar um frigorífico é poupar (e investir).

O banco é apenas intermediário, separando a poupança do investimento. Eu poupo 250€ em notas (faço a poupança), o banco empresta essas notas a outro que compra o frigorífico (faz o investimento). Estranhamente, mesmo que o banco guarde as notas no cofre, outros mecanismos vão entrar em funcionamento de forma a que o investimento aconteça (o Banco Central Europeu emite 250€ de novas notas até que o banco tire as notas do cofre).

Como "Verdade Absoluta da Economia", o Investimento é sempre igual à Poupança, nem mais nem menos um cêntimo (podendo ser involuntário, pelo aumento do inventário).

       Savings = Investments


Os privados poupam 2000€/mês que são canalizados para o investimento.

Mas o Estado reduziu a receita fiscal em 1000€/dia. Como os privados foram "apanhadas de surpresa", amanhã vão poupar 3000€.

O problema é que amanhã o Estado vai precisar de se endividar em exactamente 1000€ para cobrir o défice. Desta forma, o Investimento continuará a ser 2000€ como hoje e em todos os dias anteriores.

Se antes a conta era Savings = Investments agora passa a ser:

    Savings = Investments + Públic Deficit

Não percebo como os catedráticos não sabem disto que até tem um nome: Crowding Out.


Amanhã 

Apesar de os privados terem rendimento aumentado, de tal levar a mais poupança dos privados, esse aumento vai exactamente para financiar a redução na despesa pública, ficando o investimento  exactamente igual.


E o consumo não aumenta?

Se o investimento não aumenta e se as pessoas não estão disponíveis para trabalhar mais, amanhã o nível de produção vai ser exactamente igual  pelo que o consumo não pode aumentar.

Se o consumo aumentar, será à conta de uma variação involuntária do inventário, reduzindo o investimento relativamente a hoje (ou de importações que têm de ser pagas). 

Apesar de os privados terem rendimento aumentado e de tal levar a mais poupança dos privados, esse aumento vai exactamente para financiar a redução na despesa pública, ficando o investimento  e o consumo exactamente iguais.


Ficou quebrada a implicação "Menos IRC e IRS" => "Mais Investimento e mais Consumo" 

Ao não se verificar esta implicação no dia seguinte à descida do IRS e do IRC, também não acontecerá no dia a seguir ao seguinte e, repetindo o raciocínio, nunca acontecerá.

O que vai acontecer é uma "ilusão" em que os privados pensam que têm muitas poupanças mas, como o Estado está a acumular dívida pública que também pertence aos privados enquanto contribuintes, o saldo é nulo.

Mais uma vez, não compreendo como os catedráticos em economia não o sabem já que até tem um nome, é a Equivalência Ricardiana.


O objectivo será Menos IRC e IRS => Reindustrialização =>  Ficamos todos ricos

Quando compramos um bem, por 1000€, seja um televisor, um telemóvel, um painel solar feito na China, pensamos que a industria China se apropria desses 1000€. Mas a grande maior parte desse valor vai para as empresas de serviços que desenharam esse bem através de pagamento pelas patentes e direitos de autor.

Dos 2020,25€ cobrados pelo iPhone 15 Pro Max de 1TB na Worten, o IVA de 377.77€ que vai para o Estado mais a margem da loja, soma mais do do dobro do que vai para a industria chinesa que o produzir. 

China     330 €  (produzir leva 16%)
Apple     983 € (desenhar leva 50%)
Loja        330 € (vender leva tanto ou mais que fazer)
IVA        378 € (para pagar os suplementos)
Total     2021 € (preço pago)


Como não tenho credibilidade, preciso armar-me com dados.

Fui ao Banco Mundial buscar informação sobre Industry (including construction), value added (% of GDP); GDP per capita (constant 2015 US$) e Population, total e calculei as média de cada país para os anos 2018-2022. Depois calculei o logaritmo do PIBpc e lancei num gráfico juntamento com a reta de tendência (W-MMQ sendo o ponderador a população).

Fig. 1 - Relação entre o grau de industrialização, % no PIB, e o nível de desenvolvimento, ln(PIBpc), dados do WB

Não há qualquer razão entre a industrialização e o desenvolvimento.

Alguém consegue ver alguma tendência significativa capaz de explicar a diferença no nível de desenvolvimento dos países?

Não. 

Apesar de, em média, o aumento de 1 ponto percentual em industrialização leve a um aumento de 1% no PIB per capita, não é significativo dada a oscilação dos valores (o nível de industrialização apenas explica 0,9% da variância do PIBpc).

A França (com 16.9% de indústria) tem o mesmo nível de desenvolvimento que o Japão (com 28.6% de indústria) e muito maior que o nosso português (com 19.1% de indústria).

Os USA tem menos indústria (com 17.8%) e é muito mais desenvolvido do que nós portugueses.


Vou ainda falar um bocadinho de produtividade.

A produtividade calcula-se dividindo o PIB pelo número de pessoas que estão empregadas. Agora fui ao INE e retirei as variáveis 

População empregada com idade entre 16 e 74 anos (Ajustada de sazonalidade - N.º) por Sexo; Mensal

Produto interno bruto dados encadeados em volume (B.1*g) (Base 2016 - €); Trimestral

Dividi o PIB pelo número de pessoas empregadas no último mês de cada trimestre.

Fig. 2 - Evolução da produtividade, PIB anual por pessoa empregada (dados, INE)


Depois de 8 anos de discurso do António Costa... vamos a caminho da bancarrota.

Podem não acreditar mas os dados não mentem, a produtividade hoje por pessoa empregada é exactamente igual ao que era em Julho de 2012.

Decorridos 12 anos, está tudo na mesma.

Com estes dados, como pode o Montenegro só falar em baixar impostos, dar complementos a tudo que mexe, meses extras de pensões e abonos, dizer que vai resolver os problemas da saúde valorizando os médicos, blá, blá blá, blá?

Estamos à beira do precipício de paredes íngremes, do abismo, a caminho do despenhadeiro e a banda continua a tocar com a letra "Gasta, gasta, gasta" (até já pareço do PS, cruzes canhoto).

 

E do Pedro Nuno que parecia um samurai mas que, afinal, é um Dalai Lama.

Punha as pernas dos banqueiros alemães a tremer, em 2012 expulsava o Seguro do PS se este fizesse algum acordo com a PSD, e agora é velo mudo e calado.

Diz umas coisas de circunstância e fica-se por ai.

Penso que é a medicação que o está a tornar impotente. 

Larga essa merda camarada e vai à luta contra o grande capital e a exploração do povo pelo patronato.

"Tranquilo camarada tonto, no tengo miedo a las elecciones pero tenemos que negociar con Montenegro, hasta la victoria final, larga vida a la democracia."


sexta-feira, 23 de agosto de 2024

O passe de comboio Low Cost não faz sentido mas pode fazer!

O Montenegro anunciou passes a 20€/mês para todos os comboios.

Esta medida não tem racionalidade económica pois torna a receita obtida pela venda dos bens inferior ao seu custo de produção, condenando as empresas à falência.

E este problema não se coloca apenas a quem vende viagens de comboio pois passa a ser uma "concorrência desleal" aos outros meios de transporte.

O Ricardo Reis, pessoa muito inteligente e sábia, escreveu contra medida no Expresso (22/08/2024).

O Ricardo Reis conhece-me pessoalmente, já falamos sobre economia, assisti a apresentações dele sobre macroeconomia e até trocamos emails mas, em tempos, tivemos um desaguisado por causa da TAP. Digamos que eu critiquei uma crónica que o Ricardo escreveu (ele dizia que a TAP era bem gerida e eu dizia que não) e ele reagiu como se fosse uma questão pessoal (mas foi apenas uma questão de opiniões desencontradas).

Diz o Ricardo, com toda a razão, que os comboios não vão conseguir transportar tantas pessoas pelo que os actuais clientes vão ficar sem acesso a este meio de transporte.

Apesar de o Ricardo ter toda a razão relativamente ao passe de comboios a 20€/mês apresentado pelo Montenegro, vou mostrar que, em termos económicos, fará sentido se o mercado for segmentado.


O que é a segmentação de mercado (e a discriminação de preço)?

Apresentar nas aulas de Introdução à Economia dos mentecaptos de letras este exemplo foi uma das causas que levaram ao meu despedimento pela cartilha woke: racista, xenófobo, misógino e machista. 

Como sabem, há pessoa que vivem em acampamentos, têm furgões a cair de podre, vendem na feiras roupa em segunda mão e que furtam água potável das bocas de incêndio localizadas a milhares de metros de distância (e que as crianças transportam em bicicletas).

A questão que tentei responder foi "Fará sentido económico cobrar a estas pessoas pela água um preço menor ?"

Do exercício resulta que faz sentido desde que a produção da água potável tenha um custo fixo (independente da quantidade produzida) e um custo variável (dependente do volume produzido).


Vejamos um exemplo com números.

Uma rede vende 1,0 m3/minuto de água potável mas é capaz de fornecer até 1,5 m3/minuto.

Custo fixo:

O custo fixo resulta da amortização do investimento e do custo de manutenção.

O investimento é de 3milhão€ a amortizar em 10 anos e uma taxa de juro de 5%/ano. Daqui resulta um custo unitário fixo de 0,45€/m3.

A manutenção da rede tem um custo de 150€/dia. Daqui resulta um custo unitário fixo de 0,10€/m3.

Custo variável:

0,45+0,10 = 0,55€/m3

Produzir 1 m3 de água por minuto obriga ainda a gasta 0,15€/m3 de eletricidade.

 0,15€/m3

Custo total:

Para a empresa não ter prejuízo, o preço médio de venda tem de pelo menos cobrir estas duas parcelas. 

0,55€/m3+0,15€/m3 = 0,70€/m3

Preço afixado:

A empresa vai cobrar 0,80€/m3 (margem de lucro de 0,10€/m3)


Ao preço de 0,80€/m3, as pessoas furtam 30 m3/mês mas compravam 110m3/mês a 0,20€/m3. 

Compravam porque o custo do transporte é maior do que 0,20€/m3.

Neste caso, como 0,20€/m3 é maior do que o custo variável (que é de 0,15€/m3) e as pessoas deixavam de furtar a água, a empresa aumentaria o seu lucro em (110*(0,20-0,15) + 30*0,15) = 10€/mês

As pessoas ficariam melhor do que a furtar a água pois, mediante um pagamento de 22€/mês, as crianças deixavam de precisar de transportar a água e teriam mais água disponível para consumo. 


Mas é preciso uma segmentação "perfeita".

Para a empresa aumentar o lucro, a água só pode ser vendida a 0.20€/m3 às pessoas do acampamento. Se outras pessoas conseguirem obter a água a esse preço reduzido (preço discriminado), a empresa passa a ter prejuízo.

A arte está em conseguir segmentar o mercado.


Voltemos aos comboios.

Vamos supor que uma pessoa faz 22 vezes por mês a viagem Braga-Porto-Braga pela qual paga 6,90€ por dia. Se comprar o passe mensal, vai pagar 0,91€/viagem, um desconto de 87%.

Para este passe fazer sentido económico para a CP têm de se verificar duas condições:

1) A grande maioria das pessoas que vai comprar o passe não são clientes actuais (é possível segmentar o mercado). 

2) O custo variável de meter mais um passageiro no comboio tem de ser inferior a 0,91€/viagem.


Como segmentar o mercado?

A qualidade do serviço tem de diminuir em termos objectivos e subjectivos. 

Para fazer sentido económico, será rpeciso:


A)  "Introduzir" custos subjectivos pintando a carruagem de vermelho e com "LOW COST" escrito a amarelo. Quem tem o passe Low Cost só pode viajar nesta carruagem.

Mesmo que não cabam mais pessoas nesta carruagem e o comboio tenha as outras carruagens vazias, os detentores de passe Low Cost têm de esperar pelo próximo comboio.


B) Reduzir o custo de produção das viagens. Se actualmente uma carruagem de 25 metros leva 80 passageiros sentados (e umas poucas de pé), passo tudo a lugares de pé, aumentando a lotação para 400 passageiros (todos à lota como no metropolitano de Tóquio).

Essa carruagem diferenciada é acrescentada no final dos comboios actuais (as pessoas têm de ir para o fim do cais de embarque).

Seremos nós portugueses mais ricos do que os japoneses? Naturalmente que não.


C) Fazer uma pequena modelação no preço.

O cliente valida o passe à entrada e à saída de forma a poderem ser contabilizados o total dos quilómetros percorridos ao longo do mês. 

Os 20€/mês dão para 1250km e, os quilómetros seguintes são pagos a 0,025€/km.

Vamos supor que a viagem Porto-São Bento /  Braga são 50km. Então, fazer ida e volta todos os dias 22 dias do mês irá ter um preço de 20 + (2200-1200)*0,025 = 43,75€/mês, um desconto de 71%.

Os quilómetros podem passar de um mês para o outro com uma redução de 25%.


D) Os quilómetros passam, com desconto, para o mês seguinte.

Se este mês só viajei 900km, no mês seguinte vai poder fazer 1200 + (1200-900)*2/3 = 1400km.


E) Fazia mais uma coisa que é polémica.

Em Portugal existem pessoas que não viagem de comboio porque têm medo das autoridades. É que há pessoas que abusam da autoridade contra as pessoas que não sabem os seus direitos.

Repararam que, desde que fiz a queixa à Procuradoria da Justiça, nunca mais se falou que a PSP, a mando da Rui Moreira da Câmara do Porto, desalojou pessoas de "hospedagem ilegal"? É que isso é puro abuso de poder.

Também as pessoas que andam na sua vidinha não podem ser interpeladas pela polícia. Mas com o argumento de que "Pareceu-me com um comportamento estranho", os imigrantes com a situação não regularizada têm medo de serem controlados nos comboios.

Então, se a pessoa mostrar o passe válido, com fotografia e nome, não precisando de dizer qualquer palavra, pode seguir à sua vidinha. É assim que fazem na Suíça.

Comboios de gajas boas à pinha, como sardinhas na lata

Em termos sociais, terá um efeito positivo.

Muitas pessoas que vivem hoje no centro das grandes cidades em condição de sem-abrigo ou em alojamento muito congestionado (leia-se imigrantes com parcos recursos financeiros que fazem entregas ou trabalham em lojas falidas) passarão a poder viver nas periferias.

Depois, todos os dias, podem-se deslocar para o centro da cidade para as suas actividades económicas.



sábado, 17 de agosto de 2024

Nunca haverá cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

Não compreendo como alguém pode anunciar que o cessar-fogo está próximo.

No dia 6 de Outubro de 2023 vivia-se um cessar-fogo nas terras de Salomão. Claro que havia um rocket ou outro mandado da Faixa de Gaza, um bomba ou outra lançada de Israel mas, nessa noite, as pessoas foram-se deitar descansadas, acreditando que o dia seguinte seria um dia como todos os outros.

Como escreveu Primo Levi, "Naquela noite as pessoas despediram-se com 'um Até Amanhã' não sabendo que o 'Até Amanhã' já não fazia qualquer sentido."

No dia 7 de Outubro de 2023 o Hamas invadiu Israel (assumindo que a Faixa de Gaza não pertence a Israel) matando em poucas horas mais pessoas do que as que tinham morrido por meios violentas em todos os incidentes nos 40 anos anteriores.

Naturalmente, na sociedade Israelita apareceu um ódio visceral contra o Hamas.


Será que as guerras do passado acabaram com um cessar fogo?

Na WW1 a Alemanha aceitou o cessar fogo? Não, acabou com a derrota total.

Na WW2 a Alemanha aceitou o cessar fogo?? Não, acabou com a derrota total.

Na WW2 o Japão aceitou o cessar fogo?? Não, acabou com a derrota total.

Na guerra do Vietname, o Vietname do Sul aceitou o cessar fogo?? Não, acabou com a derrota total.

As guerras coloniais acabaram com um cessar fogo? Não, acabaram com a desocupação pelas potências coloniais.

O cessar-fogo que aconteceu entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte é um caso raro na história militar, desde então, tem dado problemas.

Para haver paz, ou mudam os pressupostos (os Israelitas ou os Palestinianos aceitarem sair dali) ou a derrota total e sem margem para dúvida de uma das partes.


Porque razão a Alemanha, depois de 1945, não continuou com atentados terroristas?

É que a destruição foi tão grande, a mortandade foi de tal dimensão, a perda de território tão significativa e as consequências que iriam sofrer por parte dos soviéticos antecipavam-se de tal escala que o melhor foi aceitarem o destino e convencerem-se de que eram pacifistas.

Os alemães só ficaram pacifistas depois de um em cada nove alemães ter morrido e de estar tudo reduzido a entulho.


O Hamas aceita o cessar-fogo mas durante quanto tempo?

Vamos supor que hoje era acordado um cessar-fogo, o Hamas prometiam nunca mais atacar Israel, Israel prometia nunca mais atacar os membros do Hamas e continuava uma governação do Hamas em Gaza.

O Hamas vai aceitava a existência do estado de Israel?

Daqui a quanto tempo o Hamas iria novamente atacar Israel?

E, mesmo que acontecesse com o Hamas o que aconteceu com a Fatah depois dos acordos de Oslo, logo surgiria outro movimento qualquer a expulsar o Hamas e a reiniciar "a luta de libertação".


Uma fonte bem colocada disse-me que o Irão tomou em consideração o que eu escrevi.

Israel está numa posição como nunca esteve, com carta branca para destruir o Irão, mas o Irão tem de atacar primeiro. Então, há que fazer provocações, foi na Síria num ataque à embaixada iraniana e deu um ataque frouxo, interceptado pelos USA. Agora foi em Teerão contra o chefe do Hamas.

O Irão está com medo (ou, como dizem os militares, com respeito) pois está a tomar consciência que Israel quer sofrer um ataque frontal, de preferência, em simultâneo do Irão, do Líbano e da Síria para "limpar a casa".

Mas Israel não vai desistir de "Tocar o vespeiro com vara curta" e o próximo ataque vai ser ao chefe da Hezbollah. Estou a imaginar uma "prática" do Hassan Nasrallah numa mesquita qualquer do Líbano e entra um drone e بوم, BUM, não vai interessar a ninguém quantos morrem na operação.

Israel tem agora uma oportunidade para acabar com o vespeiro.

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

A invasão de Kursk prepara a libertação de Kalininegrado pela Ucrânia

Kalininegrado só pertence à Rússia desde 1991.

A Rússia invadiu a Ucrânia alegando que tinha "direitos históricos" sobre o território mas esqueceu-se que tem em sua posse o território de Kalininegrado apenas desde 1991.

Antes de 1255, o território era habitado por Polacos, Finlandeses e Lituanos que, por serem apelidados pagãos, foram invadidos pela Cruzada do Norte (cavaleiros teutónicos). Nessa altura a região era uma "confusão" de povos com umas aldeias de um grupo étnicos e outras de outro grupo étnico mas, aos olhos de hoje, podemos dizer que pertencia à Polónia.


Em 1945, Konigsberg era alemã e passou para a União Soviética juntamente com a Alemanha Oriental.

A Guerra dos 30 anos resultou de os polacos sempre terem reclamado a região como sua (Królewiec) mas, aquando da unificação alemã, passou a fazer parte do Império Alemão que acabou na WWI. 


Pelo Potsdam Agreement de 1 de Agosto de 1945 o território passou para a URSS (ficou menor do que era originalmente porque partes foram para a Bielorrússia, Polónia e para Lituânia).

O Soviéticos retiraram todos os habitantes alemães e deslocaram-nos para a Alemanha Oriental que substituíram por pessoas da URSS, maioritariamente da etnia russa. Hoje teremos de dizer que fizeram uma "limpeza étnica".

Quando a URSS acabou, a URSS já tinha entregue a Alemanha Oriental à Alemanha Ocidental mas ainda ficou com Kalininegrado que, a Rússia chamou para si sem perguntar nada a ninguém.

Em termos de direito internacional, não há nenhum tratado nem documento legal que diga que Kalininegrado pertence à Rússia e não à Ucrânia (ou a outro qualquer país da ex-URSS). Até podemos dizer que a URSS ainda existe em Kalininegrado.

Kalininegrado é um território com 6x o tamanho do Luxemburgo encravado entre a Lituânia e a Polónia


A Ucrânia vai libertar Kalininegrado porque é uma ameaça à NATO.

É que o Putin ameaçou que vai meter bombas atómicos lá, mesmo no coração da NATO.

O território terá uma defesa de 10 mil soldados, mal equipados e sem acesso por terra nem mar à Rússia (nem à Bielorrússia) para possível reabastecimento. 

Como a Rússia se sente obrigado a arranjar forças para Kursk, vai ainda diminuir as defesas de Kalininegrado.

A Ucrânia com 20 mil homens bem equipados, consegue tomar o território nas 72 horas anunciadas pelo Putin em 2022 (e que o Marchal de Campo Agostinho diz que já se concretizou).

No dizer do Marchal General Agostinho, a Ucrânia já perdeu há muito tempo e tudo o que vemos na comunicação social são mentiras construídas com Inteligência Artificial. "Senhora Doutora quer que lhe mostre as fotos que tenho em meu poder onde se vê que o Volodymyr Zelenskyy é um extraterrestre reptiliano?".


Os homens da Ucrânia vão ter de passar entre a Polónia e a Bielorússia.

Se estiverem atentos ao que diz o da Bielorússia, precisa reforçar as defesas porque a Ucrânia prepara-se para os invadir. Diz isto porque pensa que a Ucrânia precisa passar no seu território e, mesmo assim, ainda percorrer 70km na Polónia.

Mas o plano é outro.

A Ucrânia "invade" a Polónia atravessando durante a noite 20 mil homens para Kalininegrado (como a Alemanha fez quando invadiu a França). A Polónia vai protestar mas nada irá fazer. A Ucrânia vai negar, dizer que são partizans que querem a independência do território.

De manhã, os homens já estão em Kalininegrado e a Rússia não tem como reagir pois o território está cercado por terra e por mar pela NATO.

Kalininegrado declara a independência e assim fica a coisa.


quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Será que descer impostos aumenta mesmo o crescimento da economia?

Como sabem, há sábios, professores doutores do PSD que o garantem.

O progresso da humanidade acelerou quando o filósofo Sócrates reconheceu que não sabia.

Antes (e ainda hoje, infelizmente), o conhecimento estava associado à autoridade de que a famosa expressão bíblica "Está Escrito" é o mais forte exemplo (foi transcrita da Tora e continuada para o Alcorão).

Sendo assim, os especialistas seja no que for (excepto nas madrassas alcorânicas) não podem dar força aos seus argumentos simplesmente afirmando "Quem sabe de crescimento, sabe que descer impostos aumenta o crescimento do PIB).

Como sei pouco, cada vez menos, fui buscar ao Banco Mundial a evidência empírica.

https://databank.worldbank.org/source/world-development-indicators#

Os dados estão lá e qualquer pessoa os pode ver.

Mostram os dados que a relação é inversa ao que defendem os sábios: nos países em que os impostos aumentaram (em percentagem do PIB), o crescimento económico foi maior (em PIB per capita).

Relação entre a variação dos impostos e o crescimento do PIB pc, 2000/2022 (dados, Banco Mundial)


Agora, vou falar da metodologia para poderem confirmar os resultados.

Fui buscar as seguintes 4 variáveis para os anos 2000-2022:

     GDP per capita (constant 2015 US$) = PIB per capita em dólares americanos de 2015

     Expense (% of GDP)    = Despesa pública em percentagem do PIB

    Tax revenue (% of GDP) = Receita fiscal em percentagem do PIB

     Population, total = População total do país

Calculei a taxa de variação dividindo a média 2018-2022 a dividir pela média 2000-2004 e considerando 17,5 anos.

     V%DP = variação percentual da despesa pública

     V%RP = variação percentual da receita pública

     V%P = variação percentual da população

Depois de exclui os países que não têm dados para as variáveis Expense e Tax revenue, fiquei com 104 países de um total de 207 e que representam 55% da população mundial.

Estimei o modelo por OLS = minimização dos desvios quadrados.

Estimativa do Crescimento PIBpc = 0.0258 + 0,035*V%DP + 0,082 * V%RP -0,344*V%P

Fig. Resultado da estimação usando OLS

Para fazer o gráfico, retirei os efeitos das variáveis Expense e Population.

      Abcissa = V%RP

     Ordenada = PIBpc - (0.0258 + 0,035*V%DP -0,344*V%P)


Explicando os resultados.

Em termos estatísticos não podemos afirmar com certeza que existe algum efeito positivo da diminuição da  receita pública, isto é, diminuição dos impostos, no crescimento económico. No entanto, em termos médios, o efeito é mesmo contrário ao que afirmam os sábios, professores doutores catedráticos do PSD que sabem de crescimento e que lêem muitos livros.

A evidência é TOTALMENTE CONTRÁRIA ao que defendem.

Mas eles é que têm a autoridade de serem os donos da verdade.


Portugal não cresce, pura e simplesmente.

Pegando na lista dos 201 países (excluídos a Venezuela e o Sudão do Sul por não terem dados), no período 2000-2022, Portugal está no lugar 159!!!!!! com um crescimento médio do PIBpc de 0,6%/ano.

Ficamos todos contentes por estarmos a par do Luxemburgo, da Noruega e da França e melhor do que a Espanha e a Itália mas é de pouco consolo porque estes países são mais ricos do que nós.


O que é preciso para crescermos?

Se um trabalhador português produz este ano 100€ de riqueza, para o ano deveria produzir 103.5€ e, daqui a 10 anos, 141€ de riqueza.

Mas como pode produzir mais se as leis são as mesmas, os tribunais são os mesmos, as finanças são as mesmas, nas escolas se ensina o mesmo, as empresas são as mesmas e os trabalhadores fazem as mesmas coisas?

Como posso querer fazer uma viagem à volta do mundo se não quero sair do sofá?

É este o problema de Portugal e dos portugueses.

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Colapso da Intel - Pedir a reindustrialização é apelativo mas leva à pobreza

Em 2020, a Intel cotava a 55USD e hoje cota abaixo de 20USD.

Em 3 anos a Intel perdeu 64% do seu valor o que é contrário ao senso comum de que a explosão nas compras de sistemas de AI iria levar a Intel a valorizar-se. Mas aconteceu que em 2020 a Intel tomou uma decisão estratégica que os políticos anunciam e financiam e que parece verdadeira mas que está completamente errada.

Essa decisão estratégica chama-se "reindustrialização".



Vamos a um pouco de história.
A Intel apareceu em 1968, desenhando e construindo processadores.
A AMD apareceu em 1969 e a Apple em 1976, apenas desenhando processadores.
Imaginemos que a Tesla apenas desenhava desenhava os automóveis eléctricos e que, depois, pedia à Ford ou Toyota para lhes construir os automóveis.
É intuitivo que as empresas que desenham e produzem os bens, isto é, estão verticalmente integrados,  têm vantagem face às outras empresas e assim foi até que surgiu a TSMC.


Morris Chang nasceu na China em 1931 e tornou-se americano em 1962.
Trabalhou 25 anos na Texas Instrument e reformou-se em 1985.
Vendo o seu valor, o governo de Taiwan contratou-o para pensar formas de desenvolver o território.
É assim que surge em 1987 a TSMC - Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, uma parceria entre a empresa holandesa Phillips, com 27.6% pela transferência de conhecimento, e o estado de Taiwan, com 48,3% pela injecção de capital e e financiamento.
Vendo Chang a dificuldade da Apple e da AMD em arranjar quem lhes produzisse os chips, decidir que havia espaço para uma empresa totalmente industrial, não integrada verticalmente, e que apenas produzisse chips. Desta forma, ficaria livre para optimizar o processo produztivo e, assim, passar a ser a líder tecnológica mundial.


O que é a tecnologia de ponta?

Em termos de processadores, é a tecnologia que consegue meter mais transístor em cada milímetro quadrado de silício. Além disso, tem de ser capaz de ter bom rendimento (baixa densidade de erros), baixa resistência eléctrica e suportar elevadas frequências. 

A estratégia do Chang deu frutos.
Em 2006 a TSMC atinge a paridade com a Intel (conseguindo 65nm, 2Mtr/mm2).
Mediante uma parceria com a empresa holandesa ASML (que, por coincidência, é uma spin-off da Philips) que produz ferramentas avançadas para a industria de produção de chips, em 2015 ficou claro que a TSMC estava tecnologicamente à frente da Intel.


Em 2020 a Intel apresentou o Roadmap para se tornar novamente a líder tecnológica.

Pressionado pelo discurso políticos de que a América tem de se reindustrializar, e que também ouvimos em Portugal, a Intel aceitou subsídios estatais para correr atrás da TSMC.

Claro que é intuitivo que a industria tem elevado valor acrescentado e que, portanto, um país para ser rico tem de ter uma industria muito forte.

É intuitivo mas está errado porque a indústria tem baixo valor acrescentado.

Estranhamente, o valor está nos serviços, no desenho das coisas, e não na industria que produz as coisas.



Vejamos um exemplo.

Vou pegar no processador Intel CoreTM i9-14900K que tem um preço de 558€ e ocupa uma área de 257 mm² no node 10nm.

A TSMC cobra cerca de 8000USD por uma bolacha de silício de 300mm no node 10 e tem um rendimento na ordem de 210 chips o que dá 38USD por chip.

 Juntando o empacotamento e o transporte, no preço final do processador, a produção industrial tem um peso de apenas 10% ficando 90% para o design e comercialização.

Se pegarmos no processador Intel Xeon Platinum 8470 produzido no node 7, tem um preço de 9902.54€ na Worten e um custo de produção industrial na ordem dos 200USD, 2% do preço de venda.


A Intel (e a Europa) tem de se concentrar no design e deixar a indústria para quem sabe.

Em 2020 a AMD estava cotada exactamente nos 55USD e hoje está nos 135USD.

Manteve-se no design e valorizou.

A Intel, pensando nos subsídios e no canto da sereia de que a industria é que dá vantagem competitiva, meteu-se na industria e afundou.

Será que ninguém compreende que em Economia o senso comum, normalmente, está errado?


Vou ainda mostrar um gráfico sobre o impacto do Brexit no Reino Unido.

Li um comentário em que alguém, muito educadamente, pediu que eu dissesse alguma coisa sobre o impacto do Brexit. Somando que hoje se vive por lá uma mini-guerra-civil, aqui vou eu.

Fui buscar dados sobre o PIB per capita do UK, USA, Norte da Europa (França + Alemanha + Holanda + Bélgica + Luxemburgo + Áustria), calculei a média de cada série e fiz um gráfico da evolução. 

O UK estão com 79% do PIBpc dos americanos e o Norte da Europa com 72%.

Quanto à evolução, nos últimos 40 anos tem estado tudo mais ou menos igual, um crescimento de 2.1%/ano antes de 2008, uma perda de 10% na crise do subprime e, desde ai, o crescimento reduziu para 1.4%/ano. 

Nos últimos 3 anos, os USA estão a responder melhor à pandemia do Covid-19 e o UK está igual aos países do Norte da Europa.

Não foi a bala de prata que 52% dos votantes tinham esperança mas também não causou o dano que 48% dos votantes tinham receio.

Tudo igual.

A economia tem destas coisas, tirando governos que governam verdadeiramente mal, as forças do equilíbrio tendem a que seja mais importante a proximidade geográfica e cultural do que ter mais ou menos IRC ou mais ou menos incentivos ao arrendamento jovem.

Comparação entre a evolução do PIBpc dos USA, UK e Norte da Europa (dados, Banco Mundial)

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

As toxicodependências não têm solução policial mas medicamentosa

Os presidentes de Lisboa e Porto pensam que resolvem os problemas das drogas com mais polícias.

Dizem eles que os problemas de falta de segurança em resultado das toxicodependências que se vivem em Lisboa e Porto se resolvem com  mais 100 polícias municipais. Eu acho interessante pessoas que se pensa serem inteligentes continuarem a apostar numa táctica que tem mostrado aos longos dos anos que não resolve nada. É que até dentro das forças policiais e, como água no mar, nas cadeias há problemas relacionados com as dependências de drogas.

A toxicodependência é um problema de saúde mental semelhante ao suicídio. Se perguntarem a um fumador ou a um obeso se quer morrer mais cedo do que as outras pessoas, ele dirá que não mas a mente não permite que o corpo mude de vida.

Quando perguntaram às crianças que hoje são drogados em estado caquéctico "O que queres ser quando fores grande?", tenho a certeza que nenhum respondeu "Quero ser um drogado, ter o corpo podre, a cheirar pior que o Lázaro na sepultura, defecar na rua, viver sem abrigo, passar fome e frio, ter tuberculose, sida e hepatite, perder os dentes todos, guardar carros e prostituir-me para ganhar qualquer para comprar a dose e, aos 30 anos parecer que tenho 80."

Não, a mente traiu essas crianças.



Eu dou apoio a um esquizofrénico.

Dou-lhe roupa e sapatos que encontro (volta e meia, tem uma crise e deita a roupa  toda fora alegando que larga ou apertada), lavo-lhe da roupa, arranjei-lhe a incapacidade multiusos que lhe dá um complementozito na reforma e faço-lhe "psicoterapia".

A questão dele é "Vou deixar a medicação porque isto que tenho é bruxedo. É que eu fui saudável até aos 26 anos e, de repente, comecei a ouvir vozes e a pensar que tinha super poderes. Foi feitiço negro de uma bruxa qualquer."

Pois eu tenho de o convencer que tem apenas uma doença. Que não tem culpa nenhuma nem ninguém tem culpa, como há pessoas que sofrem de reumatismo, o cérebro dele não funciona bem é melhora com a medicação. E essa doença do cérebro sempre existiu, mesmo quando era criança, mas só se começou a revelar aos 26 anos. Digamos que é como o reumático que só se revela quando temos de fugir de um cão que nos persegue.

A droga é igual, as pessoas não querem a degradação do corpo e da vida mas não têm forças para lutar contra isso.


A drogaria é uma doença que tem cura com medicação.

A droga que mais "acalma" o cérebro do dependente é a Cocaína e, por causa disso, é a que causa mais dano no drogado e na sociedade (depois do tabaco e do álcool).

Mas o "dano total" causado pela cocaína tem de ser dividido em "dano químico" e "dano económico". 

Acontece que o "dano químico" é uma pequena parte do "dano total". O grosso do dano no drogado e na sociedade é o "dano económico" em que o drogado tem de roubar, matar e esfolar para poder "acalmar" o seu cérebro, num caminho suicida e destruidor de tudo o que o rodeia.

Uma dose de cocaína são 0,2g e tem um preço de 10€. Um drogado consome entre uma e cinco doses por dia o que dá um custo entre 300 e 2500€ por mês que compara com o Rendimento Mínimo, RSI,  que são 237,25€/mês. Sendo assim, um drogado tem de arranjar dinheiro em algum lado e ai é que surge o "dano económico" pois tem partir os vidros dos carros, assaltar caixas de esmolas, tem de roubar para alimentar a doença.

Vamos supor que o Zé Maluco não tomava a medicação (como muitas pessoas defendem alegando que os medicamentos psiquiátricos causam mais mal do que bem), empurrado pelas vozes que o atormentam, transformava-se num potencial assassino, capaz de cometer crimes hediondo.

Toma uma injecção mensal de Haldol (que tem um preço de meia dúzia de euros) e evita estar internado num manicómio ou na cadeia que tem um custo para o contribuinte de 60€/dia.

Quando tem crises, grita, chama "paneleiros e lésbicas" às pessoas que passam mas, depois, melhora e vem-me dizer "Desabafei como o professor que disse para eu fazer".


Vamos então aos dependentes de Cocaína.

O único medicamento capaz de curar a dependência da Cocaína, há variadíssimos estudos que o provam, é a Cocaína. Não vale a pena pensar em Metadona que mais não faz do que o álcool, é apenas um SOS quando estão sem acesso à Cocaína.

Para o SNS dispensar Cocaína aos drogados seria uma coisa muito barata.

A Cocaína é produzida por um gene que está na planta da coca cujas folhas têm um preço inferior a 0,7€/kg. Como são precisos 500 kg de folhas secas para extrair 1kg de Cocaína, o custo da matéria prima é de 350€ por cada quilograma Cocaína, 0,007€ por cada dose.

Juntemos o custo do processamento, embalagem, transporte, margem das farmacêuticas (que é pouca porque a molécula não tem patente) e estamos a falar em 2,50€ por uma tabelete com 15 doses.


A decisão de proibir seja o que for deve ser muito ponderada.

Em Portugal há milhares de coisas que são proibidas e, quando não são proibidas, logo arranjam uma norma ou um regulamento qualquer para fazer o efeito da proibição.

Em Portugal não existe limite ao número de pessoas que vivem numa casa. Também não existe qualquer proibição para as pessoas dormirem e mesmo montar tenda onde bem entenderem com a excepção da Rede Natura (e o meio das estradas).

Eu vivo sozinho no meu apartamento mas, se me der na gana, posso hospedar aqui 100 nepaleses ou bangladesheanos, não é proibido e ninguém tem nada com isso.

Mas o Rui Moreira, corrompendo o poder, manda a PSP e a polícia municipal expulsar pessoas de  casas particulares, que não incomodam ninguém com barulho ou maus cheiros, não cometem crimes e que trabalham a fazer entregas ou em lojas de lembranças, com o argumento de que violam um regulamento qualquer.

Mas esses bentas de burro que são presidentes das câmaras do Porto e de Lisboa não sabem que os regulamento camarários não se sobrepõem aos Direitos e Liberdades reconhecidos na Constituição da República Portuguesa?

E a PSP que vai expulsar essas pessoas não se preocupa com a legalidade das ordens?

Vou fazer uma queixa à Provedora de Justiça.


Um comentador anónimo disse:

"Escreva sobre economia e deixe a guerra de lado. Não queira ser mais um a só dizer parvoíces."

O problema é que quando eu escrevo sobre Economia (ou outra coisa qualquer), também só digo parvoíces. 

Para não pensarem que são só parvoíces é que refiro que as minha fonte são o Marques Mendes e o Marechal de Campo, General Brigadeiro Agostinho :-), fontes altamente credíveis e respeitadas :-).



sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Netanyahu mandou montar as bombas atómicas

Como todos sabemos, Israel tem entre 75 e 150 bombas atómicas.

Há uns meses fiz umas contas e vi o material publicado e conclui que Israel tem entre 75 e 150 bombas atómicas de plutónio 239 (rever) para garantir a "sobrevivência estratégica" face à ameaça do Irão e Síria.

O Irão tem investido muitos recursos e sujeitar-se a sanções económicas para desenvolver também a sua bomba atómica estando próximo de o conseguir.

Claro que Israel não o pode permitir mas terá de o fazer por sua conta e risco. 

O abate do Ismail Haniyeh em Teerão (número 1 do Hamas) e o Fuad Shukr em Beirute no Irão (número 2 do Hezbollah) são o engodo no anzol, usada para que o Irão faça um ataque frontal contra Israel usando o Sul do Líbano como plataforma.

Netanyahu está a pedir a Deus que o Irão desloque tropas para o Sul do Líbano e, a partir dai, faça uma invasão terrestre mas, desta forma, ter a justificação para atacar com bombas atómicas as infraestruturas nucleares iranianas.


Israel está a montar 10 bombas atómicas.

A bomba atómica é formada por diversas partes que estão em armazém, em particular o núcleo de plutónio que é formado por 8 partes de uma esfera com um total de 12 kg e 11 cm de diâmetro.

Montado o núcleo, é preciso montar o explosivo da implosão tudo dentro de um invólucro metálico que pode ser aço ou urânio metálico (o que aumenta consideravelmente a potência da bomba).

Depois, é só carregá-la no avião e rumar a Teerão.



A autonomia do avião F35 Adir foi aumentada no ataque ao Yemen.
O ataque ao porto de Hodeidah foi um teste para o uso do F-35 Adir com um deposito adicional para aumentar a autonomia de forma a cobrir os 4100 km da viagem de ida e volta sem reabastecimento. 
Mesmo o avião tendo passado o teste, no ataque ao Irão, em caso de necessidade, o avião vai-se desviar para águas internacionais do Golfo Pérsico para ser reabastecido em voo.


Sei que os aliados já foram avisados

A minha fonte foi um recado enviado pelo Marques Mendes a pedido do Nuno Rogeiro. Também o Marchal de Campo Agostinho me disse "Sr. doutor, Israel já perdeu, está fodido, diz que matou 40 mil mas é tudo mentira, quer que lhe mostre as fotografias que tenho?"

Sei que ninguém se opôs na condição de Israel ser atacada por um ataque conjunto de forças do Irão, Síria, Líbano e Yemen.

Os países ocidentais estão a dar ordens para que os seus nacionais abandonem o Médio Oriente.

A coisa está a aquecer.


Como será que Israel liquidou o Ismail Haniyeh?

Lembram-se do ataque contra o Irão em 22 de Abril de 2024?

Na altura, ninguém soube o que aconteceu! É que os iranianos não detectaram nenhum míssil, drone ou avião a entrar no seu espaço aéreo.

Desvalorizaram dizendo que foi um ataque com uma coisa dizendo que deveria ter sido um drone de brincar mais parecido com uma libelinha do que um aparelho militar.

Foi o teste para o ataque ao Haniyeh.

Desta vez, foi a sério e liquidaram o fulano sem que se saiba como.


Será que todas as armas que existem são publicamente conhecidas?

Quando o Putin vê vídeos da Ucrânia em que uma peça de artilharia de 155 mm atinge um carro blindado em movimento a uma distância de 20 km (demora 30 segundos a percorrer a distância), concluo que o Putin não sabia que essas balas existiam.

Penso que há muito armamento que é secreto e uma dessas armas é totalmente indetectável e foi usada por Israel no Irão.

Segundo o Irão, foi esta a arma com que Israel matou Haniyen, uma libélula caga-bomba 



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