A CP anuncia para 2022 um lucro de 8 milhões!
Mas esqueceram-se de dizer que tudo o que dava prejuízo foi pago pelo OE - Orçamento do Estado, no total de 89 milhões de euros.
Além desses 89 milhões, o Estado, como não poderia deixar de ser, passou para o seu saco, dívidas de 1800 milhões. E já entre 2015 e 2019, o Estado já tinha assumido 2309 Milhões.
Somando tudo o que a CP já custou aos contribuintes, estamos a falar de 6000 milhões (ver)!!!!!!!!!!!!!!!
E vai continuar a custar 89 milhões por ano para "financiar as ligações que dão prejuízo".
O prejuízo da CP é cerca de 30% da facturação, por cada viagem vendida por 1,00€, o contribuinte mete mais 0,30€.
Qualquer empresa pública tem lucro se tudo o que der prejuízo for coberto pelo OE, até a EFACEC!!!
Em média, cada passagem deu um prejuízo de 0,56€.
Diz a CP que em 2022 transportou 148 milhões de passageiros, melhor dizendo, cada português fez em média 14,3 passagens. Pensando que os portugueses fazem duas viagens por dia (730 no ano), 2% das viagens são feitas de comboio.
Grande enormidade!!!!!!!
Dividindo 83 milhões € por 148 passagens, temos um prejuízo de 0,56€/passagem.
Fui ao Relatório e Contas e calculei que cada viagem tem uma média de 25km, tem um preço do bilhete de 1,80€ e dá um prejuízo de 0,56€.
Falei da CP mas poderia falar de qualquer outra empresa pública de transporte de passageiros.
Tudo dá enormes prejuízos o que traduz que destroem valor.
Aqui é que entram as trotinetes, como alternativa aos transportes públicos, e que sofrem ataques de todos aqueles que querem mais e mais transportes públicos deficitários.
Li uma opinião interessante para justificar que devem ser proibidas.
1) Os trotiniteiros não cumprem o Código da Estrada. Não cumprem nem faz que cumpram pois mais não são que "peões acelerados".
Os peões também não cumprem o CE, atravessam fora das passadeiras, não respeitam o sinal vermelho para os peões, atendem chamadas enquanto atravessam a rua, andam sob a influência do álcool e de drogas e não é por isso que vamos proibir os peões de circular.
2) É perigoso. Mas essa avaliação deve ser feita por cada um.
Também é perigoso ir à praia (morrem muito mais pessoas afogadas do que trotineteiros) e não me consta que alguém peça a sua proibição. É o risco de estar vivo.
Eventualmente, até pode ser obrigatório usar capacete e ter seguro mas mais do que isso é estalinismo.
As trotinetes são imbatíveis em viagens curtas na cidade.
Uma viagem em Lisboa ou no Porto tem cerca de 1 km a pé, 7 km de veículo e demora 50 minutos. Esses 8 km de trotinete, incluindo o veículo e a energia, tem um custo na ordem dos 0,30€ e demora 30 minutos (a uma velocidade conservadora de 16km/h).
A trotinete é mais rápida, mais prática (vai desde a nossa porta até à porta do destino) e mais barata do que apanhar transporte colectivo.
Se alguém teve um acidente porque caiu num buraco com a rodita, não é proibir as roditas, é preciso garantir ciclovias sem buracos!!!!!
As autarquias têm de pensar temos de ter cuidado porque vão passar por aqui roditas".
Eu aumentava o limite da velocidade para 35km/h, a potência para 500W e 2 passageiros.
O limite legal são 25km/h, o que é mais do que suficiente, mas em pistas partilhadas com automóveis é pouco, estorva os automobilistas.
Em pistas partilhadas, com piso bom, sem pedras nem buracos, a velocidade deveria passar para 35 km/h para comodidade de todos.
Já andei várias vezes na minha trotinete a 35km/h e é uma velocidade em que se anda bem, não tem perigo nenhum.
Também a potência deveria aumentar para 500W para facilitar a entrada em rotundas, o arranque nos semáforos e as subidas.
Também não tem qualquer perigo transportar 2 pessoas.
Se eu mandasse.
Enviava umas quantas trotinetes para as escolas, universidades e politécnicos para que os alunos pudessem experimentar. Compradas por junto, 3 milhões € dá para 10000 trotinetes.
Investia "cuidado redobrado" numa faixa das estradas com cerca de 50cm de largura por onde as roditas pudessem passar sem pedras nem buracos.
Criava um plano de leasing de trotinetes para as pessoas carenciadas.
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