quinta-feira, 25 de maio de 2023

Os mísseis hipersónicos russos são um flop

Neste post vou explicar porque os mísseis hipersóicos não funcionam.

As economias são atrasadas porque investem, enterram, recursos em tecnologias que não têm pernas para andar.

No nosso Portugal, os comboios, o "hidrogénio verde" ou a dessalinização de água são exemplos claros de enterramento de milhares de milhões de euros em setores que não têm qualquer viabilidade futura.


Não sei porque ninguém fala na linha Guarda-Castelo Branco.

Metemos uns 150 milhões de euros para ter esta linha e não aparece, naturalmente, em lado nenhum quantos passageiros são transportados por ano nesta brincadeira.

Nada, já investiguei o máximo que pude mas não encontrei nada.

O que encontrei é que os passageiros pagam 170M€ e a CP recebe 90M€ de subsídios do estado (não percebo a racionalidade de deitar 90M€ pela janela fora) O preço médio 

Dividindo pelo número de passageiros, cada viagem tem 25km, o bilhete tem um preço de 1,75€ e ainda recebe um subsídio de 0,90€ (mais de 50% do preço do bilhete).

Amortizar 150M€ implicam um custo financeiro de 8 milhões € por ano. Imaginando uma margem das vendas de 50%, obrigaria a ter 8000000/0,5*1,75/365.

 

25000 passageiros por dia

Seriam necessários diariamente 50 comboios de 3 carruagens cheios como uma lata de sardinhas para atingir este número.

Conjecturo que ninguém mostra os números porque não chega sequer a 10% deste número de passageiros.

Mas sou eu que sou um malidecente.


E o TGV ainda vai ser pior.

Não há local nenhum do mundo onde o TGV seja rentável, onde sequer pague os custos de operação. Nada, zero, nicles, e vai ser rentável em Portugal!!!!!!!


Vamos aos mísseis hipersónicos.

Podemos classificar os mísseis em dois tipos, os com asas e os sem asas.

As asas fazem muito atrito com o ar pelo que apenas são usadas nos mísseis lentos (na ordem dos 1000km/h). São uma espécie de "drones kamikase", viajando com velocidade relativamente baixa, o que obriga a que viagem junto ao solo (precisam de ter capacidade para contornar os acidentes orográficos).

Os mísseis rápidos não podem ter asas (hipersónicos), sendo, por isso, difíceis de controlar. Vão numa trajectória o mais recta possível, com mudanças de trajectória causadas por pequenos furos que têm à frente e que "disparam" gás.


O Space Shuttle demorava 15 minutos a chegar a Portugal.

Arrancava em Cabo Canaveral e, passados 15 minutos, já estava a sobrevoar Portugal, Tinha então uma  velocidade de 28000km/h, 12 vezes a velocidade do som.

Mas para isso, usava uma enormidade de combustível, pesava 27,5 ton e gastava logo no arranque 2000 toneladas de combustível.

Sim, por cada kilograma, a nave gastava 73 kg de combustível no arranque.


O que dizem do hipersónico Kinzhal

Dizem que dará os 28000km/h, tem um volume de 8 m3 e pesa 4300kg. 

Se esse peso for apenas o míssil, proporcionalmente, precisa de 300 toneladas de combustível para arrancar viagem (12 camiões TIR carregadinhos).

Se for o peso total, tirando o combustível, ficam apenas 58 kg para o míssil e a ogiva o que é muito pouco, leva uma bombazita de 5 kg!!!!! 


O míssil Patriot viaja, no máximo, a 5000km/h!!!!

Então, pensam os russos e o Agostinho (aquele que comenta na TVI e que não se cansa de dizer " Oh sr.a doutora, a Rússia está a ganhar em toda a frente, quer que lhe mostre umas imagens?") que, se o Kinzhal viaja a 20000km/h e o Patriot a 5000km/h, o Kinzhan é indestrutível.

Sr.a doutora, aqui está a fotografia da arma russa que é um game changer, é o robô Kaga-lume que já vai na versão 2547, é do tamanho de um carro blindado, tem 2 olhos enormes, duas antenas e rasteja pelo solo para não ser detectado. Assim que detecta um ucraniano, frita-o com uma descarga de lume. 
E sr.a doutora, a Rússia tem centenas de Kaga-lumes.


 Parece ter lógica mas não tem.

O problema é que o míssil Patriot não vai perseguir o Kinzhan pelo trazeiro mas vai pegá-lo de frente. E, como o Kinzhal viaja a grande velocidade, não é manobrável e tem de viajar a grande altitude (onde o ar faz menos atrito) o que o torna detectável a centenas de quilómetros do alvo.


O Kinzhan é disparado e vai percorrer 500 km em 65 segundos (a 28000km/h) e ninguém o consegue apanhar.

Mas o Patriot à sua frente e vai percorrer apenas 20km até ao ponto de colisão (em 15 segundos a 5000 km/h).


Tanta tecnologia, e precisam dos drones do Irão e balas da Koreia do Norte.

Afinal investiram recursos numa tecnologia que não tem pernas para voar.

Tem-nos acontecido o mesmo.

Quantos morreram em Ceuta e que lucro tiramos dali?


1 comentários:

Alberto Mendes disse...

Caro professor, porque é que a dessalinizacao nao tem viabilidade? Que outras opcoes tecnologicas teriam? Obrigado

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