Corre na comunicação social a ideia de que, quem derrubar o governo da AD, será penalizado.
Afirmam, baseado na queda do António Costa em 2022, PS, e do Cavaco Silva em 1995, PSD, terem reforçado as suas votações nas eleições seguintes.
Mas a história não se faz de apenas estes 2 casos, sendo que desde 1976 já houve 16 eleições legislativas (vou retirar a de 1979 porque fui esquesita), é preciso avaliar quantas vezes, depois de um governo não ter cumprido os 4 anos do mandato, venceu as eleições seguintes.
Das 15 eleições, só em 6 delas o governo cumpriu os 4 anos do mandato (PSD em 1987, 1991 e 2011 e o PS em 1995, 2005 e 2015) e nas restantes 9 legislatura que não chegaram ao fim, em 2 o governo manteve-se do mesmo governo mas em 7 o governo mudou.
Em 78% das vezes em que o governo foi derrubado, o partido vencedor mudou.
Os únicos governos que se mantiveram depois de não terem cumprido os 4 anos foram os governos PSD em 1987 (Cavaco) e PS em 2022 (Costa), em todos os outros 7, o governo mudou para a oposição.
Eleições em que a anterior legislatura não chegou ao fim
1979: PS -> AD = mudou
1983: AD -> PS = mudou
1987: PSD -> PSD = manteve
1995: PS -> PSD = mudou
2002: PS -> PSD = mudou
2005: PSD -> PS = mudou
2011: PS -> PSD = mudou
2022: PS -> PS = manteve
2024: PS -> PSD = mudou
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