quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Quem terá razão na guerra do 5G (entre operadores e regulador)

Os nossos telemóveis usam o 4G e vem ai o 5G.

O 5G é um novo protocolo de transmissão para o telemóvel que tem vantagens (maior velocidade de tráfego, maior densidade de utilizadores e menos atraso) mas também desvantagens (menor distância entre o telemóvel e a antena).

Quanto maior a capacidade da rede 5G, mais próximas têm que estar as antenas que, no limite, têm que estar a menos de 100 metros uma da outra.

A grande densidade de torres introduz elevados custos físicos o que torna, em termos de engenharia, óptimo que haja apenas um operador monopolista.


O problema é difícil.

Por um lado, havendo um monopolista este vai explorar os consumidores e ter lucros supra-normais. Por outro lado, havendo vários operadores, os custos vão ser superiores.

Claro que os esquerdistas dirão que o Estado deve ser o fornecedor monopolísta do serviço mas, já vimos repetidamente, que os trabalhadores vão-se apropriar desse poder de monopolista e ainda impôr prejuízo à empresa de que a TAP é apenas um pequeno caso. Soma a isto gestores políticos incompetentes.

Num segundo patamar (também por imposição da UE), os esquerdistas defenderão um monopólio regulado mas também funciona mal porque o regulador tem dificuldade em conhecer a estrutura de custos do monopolista e a ingerência política (os tachos) é no sentido de haver uma má regulação.

Agora, o Estado (representado pela ANACOM) quer ter concorrência no mercado e, sabendo dos elevados custos físicos, quer que isso aconteça com o mínimo possível de antenas.


As frequências são um recurso natural que nos pertence.

Os nossos Wifi's usam frequências à volta dos 2,4GHz (e outros, à volta dos 5GHz). Como o alcance dos nossos equipamentos é pouca (praticamente, a radiação não sai das nossas casas), não faz mal "privatizarmos" essa frequência dentro das nossas casas sem pedirmos autorização a ninguém (a espaço dentro de casa pertence-nos). 

No caso dos telemóveis, como vão ser usadas frequências no "espaço público", é necessário haver a privatização de canais. Assim, quando um operador quer "vender" comunicações móveis tem que comprar um canal.


O regulador decidiu dividir o mercado em "real" e em "virtual".

Vejamos o exemplo da WhatsApp ou da Skype (que são operadores virtuais).

Podemos realizar chamadas usando o nosso telemóvel que se liga ao equipamento Wi-Fi que pertence ao café. Depois, a nossa voz ou imagem vai pela a rede de fibra óptica que pertence à NOS, e, finalmente, a rede de dados móveis da Vodafone que se liga ao outro telemóvel.

A WhatsApp não é dona da infraestrutura por onde viajam os nossos dados nem paga qualquer valor pelo seu uso. 

A ideia da ANACOM é fazer algo semelhante: quem comprar os canais vai ter que permitir que outros operadores virtuais entrem no mercado (como a NOWO), usem a sua infraestrutura mediante o pagamento de um valor a definir pela ANACOM (em comparação com outras empresas europeias em situação semelhante). 

 

A tecnologia permite custos muito baixos mas ...

De facto, em termos tecnológicos, não é preciso instalar torres com antenas!

Quando "compramos" um serviços de televisão+Internet, a fibra óptica que entra em nossa casa permite tráfego acima de 1Gbps. Então, basta colocar na varanda uma antena 5G ligada à nossa box. O operador faz uma proposta, por exemplo, desconto de 50%, e ficamos todos contentes.

Além disso, nos grandes clientes (por exemplo, um estádio de futebol, uma universidade, uma fábrica, um hospital) pode a antena ser da responsabilidade do cliente. 

Telemóvel do tempo da Guerra do Vietname


Concluindo.

1 = A ANACOM tem razão, se vai privatizar um recurso que nos pertence, tem todo o direito a impor condições no sentido de nos favorecer. Se não houver ninguém interessado, nesse caso, a ANACOM terá que rever as suas condições.

2 = A ANACOM erra ao ser conservadora. As frequências que vai privatizar, 0,7GHz, são muito baixas o que não permitirá melhorias significativas relativamente ao actual 4G. Deveria juntamente privatizar canais nos 25GHz mesmo que essas frequências fossem apenas usadas nos centros das cidades (com as antenas nas varandas), estádios (onde se juntam 50 mil pessoas num pequeno espaço), universidades e escolas (para potenciar a investigação científica e aulas on-line), fábricas (para poder haver comunicação entre máquinas) e nas auto-estradas (para poder haver condução remota de veículos).


E como estamos do Covid-19?

Mesmo com todas as restrições, paramos num "planalto" com uma média de 4500 positivos por dia. É muito mas não há muito mais que possa ser feito.

É ter fé na vacina e esperar que não seja a nova hidroxicloroquina.

Casos de positivos em Portugal (zero é o inicio da pandemia em Portugal, 2.03.2020, dados, wiki).

Tenho um bocadinho de fé de que a vacina funcione.

Um problema são as as re-infecções por os anticorpos durarem pouco. Olhando para o que se passa na Índia onde actualmente o número de novos positivos é 20% do máximo observado em meados de Setembro, há a indicação de que as re-infecções são pouco significativas.

Evolução do número de novos positivos na Índia em que o máximo é 100% (média de 7 dias, dados, wiki)


Outro problema são as mutações (em termos mais rigorosos, são recombinações de genes).

Daqui a um ou dois meses, olhando para os casos, já vamos ter respostas a estas duas questões.

 



segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

O que pensa o André Ventura sobre os imigrantes

Os esquerdistas chama todos os nomes feios ao Ventura.

Mas nada dizem quanto às políticas que defende.

O Ventura é muito inteligente e trabalhador e, por isso, foi um brilhante aluno de Direito e um grande comentador de futebol. Mas, quanto à Economia, não tem conhecimentos aprofundados pelo que existe pouco detalhe no programa do CHEGA, condensando-se tudo no liberalismo de Adam Smith. Pode parecer pouco mas, para mim, é suficiente para poder detalhar o que o CHEGA defende para os imigrantes.


1 = O trabalho é um factor de produção.

Os sociólogos confundem o trabalho com o ser humano que vende trabalho (e o consumo com o ser humano que consome) mas, do ponto de vista da Economia, o trabalho é um factor de produção em tudo idêntico às matérias-primas, aos bens e serviços intermédios, ao capital, ao empreendedorismo e à organização social. O trabalho é imprescindível para haver produção mas também os outros factores de produção o são.

O trabalho compra-se e vende-se sendo o seu preço o salário. O trabalhador vende trabalho recebendo o salário e o produtor compra trabalho pagando o salário. 

 

2 = O comércio é bom para quem vende e para quem compra.

Cada um de nós consome uma multiplicidade de bens e serviços desde batatas a comunicações móveis e não seria de todo possível produzirmos com o nosso trabalho um bocadinho de cada coisa que consumimos. Posso-me imaginar a cultivar batas e couves mas já não me imagino a fazer um televisor, um automóvel, um telemóvel ou a produzir a electricidade que consumo ou o tráfego de Internet que utilizo. Não é possível produzir um bocadinho de cada coisa porque a produção tem uma escala mínima, por exemplo, uma fábrica de automóveis tem que produzir pelo menos 100 000 unidades por ano.
Como não podemos produzir um bocadinho de cada coisa, vendemos o nosso trabalho a alguém e com o salário que recebemos, podemos comprar os bens e serviços de que necessitamos. Quem nos paga o salário vai vender a produção para obter os recursos necessários.
Sempre que duas pessoas, de forma livre e informada, realizam uma transacção em que o comprador paga e o vendedor recebe o preço (por exemplo, em comprar o descafeinado e o Sr. João vender o descafeinado), ambos ficam numa situação melhor.
Se eu vendo o meu trabalho por um determinado salário, seja este qual for, e se alguém me contrata pagando o salário, eu fico melhor e quem me contrata também fica melhor.
Se alguém está disponível a vender o seu trabalho recebendo 1€/h e alguém está disponível a comprar esse trabalho por esse salário, ambos ficam melhor.

3 = O comércio internacional (importações e exportações) é bom para ambas as economias.

Da mesma forma que o comércio local é bom para cada um de nós pois permite que troquemos trabalho por bens e serviços, o comércio internacional também é bom para ambos os países intervenientes.
Se o Algarve tem boas praias e bom clima, pode produzir e vender bens e serviços que incorporam esse recurso natural a cidadãos de países cujas praias e clima são fracos (por exemplo, semanas de turismo aos  alemães). Em troca do dinheiro recebido, os algarvios podem comprar bens ao exterior, por exemplo, carros alemães. Ficam a ganhar os algarvios porque vendem um recurso que, de outra forma, teria pouco uso e, com isso, podem comprar carros alemães mas também ficam a ganharporque podem passar férias em locais muito mais agradáveis que os existentes na Alemanha em troca de umas horas de trabalho a fazer automóveis.

4 = O comércio internacional deve incluir o trabalho.

O trabalho tem que ser visto como um bem ou serviço em tudo idêntico ao milho, batatas ou petróleo que importamos e aos sapatos ou automóveis que exportamos. Se pode ser argumentado que a importação de trabalho é diferente da importação de milho porque obriga à deslocação do trabalhador ao local onde este é executado,  podemos comparar com a exportação de turismo que, de forma semelhante, obriga à deslocação do consumidor do seu país até ao país onde o turismo é produzido (e consumido).
Se no país A o trabalho é pouco produtivo por falta de algum outro factor de produção, por exemplo, capital, beneficia se exportar trabalho para o país B onde o trabalho é mais produtivo. Em troca, o país A vai poder importar bens e serviços que não conseguiria produzir (que o país B é mais eficiente a produzir) e o país B paga a importações de trabalho exportando bens e serviços.

Vejamos um exemplo numérico.
Os países A e B têm cada um 1000 km2 de terra agrícola onde se produz milho segundo a regra de transformação Milho = Terra^0,35 * Trabalho^0,65
O país A tem 1000 trabalhadores pelo que o salário (a produção por trabalhador) será de:
     SalárioA = (1000^0,35 * 1000^0,65)/1000 = 1,00€
Como o país B tem apenas 100 trabalhadores (tem mais capital por trabalhador), o salário no país B vai ser superior ao salário no país A:
     SalárioB = (1000^0,35 * 100^0,65)/100 = 2,24€

O país B contrata 100 trabalhadores pagando um salário de 1,20€.
É óbvio que as pessoas do país B que vendem o seu trabalho ao país A ficam com um salário superior mas os que ficam no país B também melhoram para 1,04€ (porque a quantidade de capital por pessoa aumenta).
Mas também melhoram as pessoas do país B porque ficam com parte do ganho do comércio.
Assim, no país B ficam com 
     SalárioB = (1000^0,35 * 200^0,65 - 100*1,2)/100 = 2,31€
Em troca da importação de trabalho, o país B exporta 100*1,2€ milho que compensa o país A já que com essas 100 unidades de trabalho apenas produziria 66,2€ de milho.

 
Já perceberam o que o CHEGA defende relativamente aos imigrantes?

Ainda não perceberam? Então aqui vai.

1 = Todo o cidadão do mundo que queira vir trabalhar para Portugal, será livre de o fazer.

Mas atenção, da mesma forma que o turista africano vem a Portugal comprar turismo sem ter autorização de residência, o trabalhador virá vender trabalho em Portugal sem cá ter residência. Não ter residência vai facilitar a vida ao trabalhador porque não vai precisar de ter visto de entrada.

2 = O "importador" é que autoriza a entrada do trabalhador.

Vamos supor que um agricultor localiza no Paquistão um grupo de 100 pessoas disponíveis para vender o seu trabalho a executar numas estufas irrigadas pelo Alqueva. Tal como o turista negoceia um pacote turístico, o agricultor e os paquistaneses negoceiam as horas de trabalho, as condições de alimentação e de alojamento e o salário de forma livre e sem qualquer limite legal mínimo ou máximo. Fechado o acordo, o empregador passa o contrato de trabalho a escrito e as pessoas podem entrar em Portugal mostrando este documento, sem visto ou outra burocracia qualquer.


2 = O "trabalho importado" não é rendimento.

Não tendo a pessoa autorização de residência, o trabalho que vende será tratado como um bem ou serviço não sendo, por isso, tributado em TSU nem IRS.
O trabalhador recebe o dinheiro, passa um recibo e mete a massa ao bolso.
Não desconta para nada.
 
3 = O seguro de saúde.
Os impostos indirectos  (IVA, Imposto sobre o Tabaco, etc.) pagos pelas pessoas que vêm vender trabalho é identificado pelo NIF e usado para pagar o "seguro de saúde" e o "seguro de responsabilidade civil" (para cobrir eventuais prejuízos causados a terceiros onde se incluem, por exemplo, roubos).  
 
4 = E é tudo.
Só acrescento uma pequena restrição.
No sentido de manter as ligações da pessoa à sua comunidade original, quem vem vender o trabalho não pode estar em Portugal mais de 9 meses seguidos.
 

É isto que fazem os suíços!

Da mesma forma que importamos bananas a um preço inferior ao preço da banana da Madeira, também não tem nada de racista, populista ou xenófobo permitir que venham pessoas vender trabalho ao preço que acharem mais conveniente para elas e menor que o praticado por cá.

É exactamente isto que fazem os suíços,  um dos países mais civilizados do mundo.


Proibir é sempre pior que "explorar"

Os esquerdistas vão dizer que este plano é explorador e que, por isso, as pessoas devem ser espancadas e mortas quando dizem querer vir trabalhar para Portugal.

Mas proibir alguém de vir trabalhar é sempre pior do que essa pessoa vender o trabalho por um salário qualquer.

Uma pessoa vende o trabalho em Marrocos por 1,00€/hora ficará melhor se o vender em Portugal por 2,50€/hora e sem o risco de se meter num barquito e morrer afogado.


As condolências entregues em Abril na embaixada da Ucrânia nunca existiu.

Um dia, o Marcelo diz que  não dá condolências quando há processos criminais em curso. Mas não havia processos criminais em curso quando houve as mortes pelos incêndios de Pedrogão? E quando houve a derrocada da pedreira em Borba?

No mesmo dia o Ministro diz que não sabia de nada.

No dia seguinte, afinal, já tinha ido à embaixada, pessoalmente, e, de boca, apresentou as condolências em Abril!!!!!!!!!

Será que o ministro vai ao consulado da Ucrânia (e de todos os outros países) sempre que morre um ucraniano de causas naturais?

Não, isto foi um pedido e, por isso, é que a embaixadora meteu os pés pelas mãos.

É outro processo como o do achamento das armas de Tancos. ainda vamos ouvir falar no Zé Bastonadas que telefonou ao ministro como informador a dizer que tinha o verdadeiro corpo do ucraniano todo amassado e que o que apareceu foi roubado de um cemitério de Lisboa.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Mataram o Ilhor Homeniuk porque entenderam que ele vinha trabalhar!

Todos os dias morrem muitas pessoas.

De cancro, ataque cardíaco, covid-19, acidentes de carro, quedas, homicídios.

Todas estas mortes causam tristeza enorme.

No caso do assassinato do ucraniano nas instalações do SEF é grave ter praticado por agentes da autoridade mas muito mais grave é que apenas aconteceu porque, pensaram que o homem vinha trabalhar.


O homem tinha um visto de 10 dias.

Os inspectores do SEF não falam Ucraniano e o Homeniu não falava Português pelo que a conversa está sempre sujeita a descompreensões.

Os do SEF perguntaram ao Homeniu "O que é que vem fazer a Portugal?".

- Venho a uma entrevista de emprego - disse o  Homeniu.

- Então vem trabalhar!

- Não, venho apenas a uma entrevista de emprego. Depois, logo se verá.

- Mas então, está com vontade de trabalhar em Portugal?

- Sim, se eu venho a uma entrevista de emprego, estou com vontade de trabalhar em Portugal.

Mataram o homem à pancada.


Até morreu um membro da família Carreira que só diz verdades. "Há piores, Socialistas" (em açoriano :-).


Se ele tivesse dito.

- Não, eu venho a uma entrevista de emprego mas é apenas para enganar, o que eu quero é vir para Portugal para roubar e para viver à custa de subsídios.

Neste caso, seria recebido com banda de música, banquete e uma medalha  de comendador atribuída por Sua Ex.a o Sr. Presidente da República.


Portugal até gostava do Homeniu por ser um homem trabalhador mas morto.

Se o Homeniu estivesse vivo, mandavam-no embora com bilhete pago pelo contribuinte português. Mas morto, talvez por dar adubo à terra, já a viúva teve que pagar 2200€.


Devemos aceitar todas as pessoas que queiram trabalhar.

Seja marroquino, turco, libanês, indiano, bissau, chinês, what ever. Se quiser vir trabalhar, de preferência 14h por dia, devemos receber essa pessoa de mãos abertas pois o que falta aqui é quem trabalhe.

São precisas mãos para apanhar maçãs, pêras, azeitonas, para amanhar as terras, guiar os rebanhos pelo monte, "limpar" matos e florestas, lavar estradas, recolher lixo, tanta e tanta coisa que é preciso fazer.

E existem milhões de pessoas competentes por esse mundo fora, a ganhar 1€/h, e que a quem temos o dever moral de dar uma oportunidade.

Venham a nós os trabalhadores.

 

 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Despedir e cortar salários não eram coisas do Passos Coelho?

Acho impossível o que tenho ouvido nos últimos dias da boca dos esquerdistas.

Quando o Passos Coelho teve que salvar o país e não apenas uma empresa, "cortar salários e despedir pessoas era a estratégia neoliberal do empobrecimento expansionista."

Lembram-se do Ministra das Pernas a Tremer falar repetidamente disto? Dos neoliberais que pensam em em esmagar os trabalhadores?

Lembram-se que a TAP tinha sido privatizada (na altura eu disse que nem que me dessem 700 milhões € eu queria a TAP dado o buraco que já então havia), com os encargos subsequentes fora da esfera do contribuinte e os esquerdistas fizeram toda a campanha a dizer que iriam re-nacionalizar a TAP?

 

Pois ai está o resultado.

Começou por serem necessários 300 milhões. depois passou para 1200 milhões para logo passar a 1700 milhões (até ao fim do ano). Agora já se fala em 3200 milhões mas considerando apenas até ao fim de 2022.

A TAP não vai à falência, a TAP já faliu há muitos anos, estando apenas "ligada à máquinas" (ao contribuinte) de onde vai recebendo milhares de milhões.

O problema dos esquerdistas não está nos milhares de milhões que nunca conseguem TAPar o buraco, é o enquadramento jurídico.

 

Até estou a tremer das pernas com essa mentira. Foi o Passos Coelho que cortou os salários e despediu na TAP e a portaria é do Cavaco Silva

 

E vai ser outra tragédia com o salário mínimo.

Nada tem a ver com nada mas esta subida contínua do SMN a 5,8%/ano quando não tem havido crescimento da produtividades vai, um dia, rebentar com a nossa economia.

Já não me admiro se o Ministro das Pernas a Tremer a defender que o SMN volte a ser 505€/mês. 





terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Está na hora de acabar com a TAP

Na comunicação social publicitam muitos argumentos a favor da TAP.

Dizem que é o maior exportador português, que dá emprego a 10000 pessoas, que tem milhares e milhares de fornecedores e, ainda, que é importantíssimo para o nosso turismo.

Claro que se esquecem de dizer que o valor, em euros, das exportações não interessam porque o relevante é o Valor Acrescentado porque  a maior parte da produção da TAP são importações (os combustíveis e os aviões). 

Também se esquecem de dizer que, se essas pessoas não trabalhassem na TAP, trabalhariam noutro sítio qualquer. Se Portugal tem 5 milhões de trabalhadores, dizer que 10 mil trabalham na TAP parece-me ser, relativamente pouco. Finalmente, os milhares de fornecedores também me parecem uma percentagem pequena do total de fornecedores que existem em Portugal


Será a TAP eficiente?

Vamos supor que a TAP era competitiva e eficiente como os demais operadores de aviação. Neste caso, não teria prejuizos anos após anos (e não apenas desde Março de 2020).

Se a TAP dá prejuízo para fazer o mesmo que as low-cost fazem sem ter prejuízo, então, não é competitiva e está apenas a causar dano no mercado de transportes aéreos de passageiros.

 

 O que acontecerá quando a TAP desaparecer?

Se as rotas forem rentáveis, outras companhias transportarão os passageiros.

Se os trabalhadores forem competentes outras companhias os contratarão.

Se os fornecedores tiverem qualidade e bom preço como a concorrência, não verão aparecer novos clientes no lugar da TAP.


O problema das empresas públicas é que, uma vez criadas, nunca mais desaparecem.

Quando, em Março de 1945, o Salazar decidiu fundar a TAP, talvez até se justificasse que o Estado assumisse o protagonismo nos transportes aéreos porque estes ainda estavam embrionários. Isso talvez também tivesse justificado o Estado ter-se "apropriado", nos finais do Séc. XIX, do Porto de Leixões. O problema é que, no entretanto, tudo mudou e as empresas públicas continuam como monopólios.

Qual a justificação para as empresas de transportes colectivo de passageiros serem públicas em Lisboa e Porto e monopólios?

Qual a justificação para a CP, a RTP e tantas outras coisas que só dão prejuízo serem públicas?

NENHUMA.

 

 No ano 1945, os aviões eram barcos com asas.

 Quando surgem os prejuízos ...

Claro que os esquerdistas podem dizer que não há mal nenhum em ter empresas públicas e que estas são aida melhor geridas que as empresas privadas.

O problema é que as empresas privadas, quando apresentam prejuízos, vão à falência e dão lugar a outras. As empresas públicas quando dão prejuízo, tornam-se monopolista, destruindo por Lei a concorrência de eventuais empresas privadas mais eficientes.

Mais uma vez os esquerdistas vão dizer "és um vigarista, cobarde e troca tintas" em vez de apresentarem uma razão lógica para as empresas públicas absorverem milhares de milhões de euros em subsídios do Estado e, mesmo assim, ser proibido que os privados façam esses serviços sem nada receberem do contribuinte.

 

Eu penso que o André Ventura leu um poste meu.

Eu defendi em variados postes que os funcionários públicos não podem ser competentes, antes pelo contrário. Defendi e defendo que as pessoas competentes têm que ser deixadas livres para poderem trabalhar nas empresas privadas e, desta forma, poderem gerar riqueza.

Eu penso isto e todos os que não são funcionários públicos também o pensam. Quantas vezes me lembro da minha mãezinha que, era eu pequenino, e não se cansava de me dizer "És tão preguiçoso que só te safas na vida se fores funcionário público." Eu ainda tentei fugir para o sul de África para fugir a esse karma mas a minha mãe encontrou-me e lá eu tive que vir. Nessa altura disse-me pelo telefone "Vem que arranjei-te um lugar como professor no público, estás de férias metade do ano e a outra metade não precisas fazer nada. Além disso, estamos à rasca e precisamos que nos compres uma casinha."


O que disse eu e o André Ventura retomou?

Contratar como funcionários públicos todas as pessoas que são razoavelmente capazes de trabalhar e estão a receber Rendimento Mínimo.

Vamos supor que uma família de 10 pessoas (2 pais, duas avós e 6 filhos) recebem 1157€/mês de RSI. Em vez deste dinheiro, arranja-se um emprego público para 2 adultos a ganhar o Salário mínimo.

Mesmo que não façam nada, entretêm-se e vão-se valorizando como pessoas pois o emprego não é só rendimento mas também aumenta o amor-próprio da pessoa. 

Ouvimos os esquerdistas dizerem que o André Ventura é o Diabo na Terra mas ainda não ouvimos ninguém dizer que esta ideia não é uma boa ideia.

 


 




quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

O esquerdista lisboeta deveria ter criado a "Medina Eats Lisbon" há 3 anos

 A Uber Eats distribui comida do restaurante até ao cliente.

É uma empresa multinacional, privada que criou este serviço do nada do nada porque o seu criador viu uma oportunidade de ter lucro. 

A UBer Eats, como qualquer empresa privada que não recebe subsídios do Zé Contribuinte, vai procurar maximizar o seu lucro e, para isso, negoceia condições com os seus clientes, o mais favoráveis possível para si. Mas a Uber Eates não é um monopólio já que qualquer pessoa pode fazer entregas de comida ao domicílio. O dono do restaurante é livre contratar seja quem for, primo, irmão, filho ou amigo, de bicicleta, trotineta ou avião para entregar a comida e, também o cliente, pode ir ele buscar a comida ou mandar seja quem for.

Não nos podemos esquecer da Telepizza!

A Uber Eats é apenas mais um operador no mercado de transporte de comida e, por isso, um restaurante apenas a escolhe se, desta forma, conseguir melhores resultados que usando as alternativas.

Se há 3 anos não existia Uber Eats e os restaurantes viviam, com mais esta alternativa, só podem estar melhor.

O Medina Eats Lisbon mostra a fraqueza da economia esquerdista.

A generalidade das pessoas, onde eu me incluo, é capaz de imaginar formas de optimizar os produtos e os processos produtivos que existem e conhecemos. Por exemplo, já me acho capaz de melhorar a metodologia de ensino do meu mestre de judo. No entanto, não é capaz de imaginar coisas novas, inovações desruptivas.

Vejamos os transportes colectivos de passageiros.

O Medina é capaz de imaginar os melhores sítios para meter paragens, melhorar rotas, adquirir autocarros mais eficientes, tudo subsidiado pelo Zé Contribuinte mas não é capaz de imaginar novas formas de mobilidade a custo competitivo.

Por causa desta incapacidade, o desgoverno do Costa apenas promete repor o passado. 

RE-nacionalizar a TAP para ser gerida como era no antigamente e, com isso, abrir um buraco sem fim.

Criticava duramente o "neoliberalismo aplicado ao mercado do trabalho pela dupla Passos Coelho + Portas" mas não foi capaz de a alterar nem um bocadinho.

Criticava duramente o "neoliberalismo da Cristas aplicado ao mercado do urbano" mas não foi capaz de a alterar nem um bocadinho.

Criticava o "colossal aumento no IRS+IMI+contribuição para a ADSE pelo duplo Gaspar" mas não foi capaz de diminuir nem um bocadinho, ainda aumentou o imposto sobre os combustíveis, o tabaco, ...

 

É uma vergonha a directora da DGS, a avozinha Graça, se ter deixado contaminar.

Será que a avozinha não usa máscara? Não lava as mãos? Não se abstém das reuniões familiares alargadas?

Se cumpre tudo o que diz ser suficiente para não sermos contaminados, porque razão foi contaminada?

Das duas uma, ou não cumpre ou cumprir não é suficiente.

 

A boa notícia é que a segunda vaga está a ceder. 

Mas a razão para isto não são as proibições mas o medo das pessoas.

Quando os números voltarem a estar abaixo de 100 por dia, lgo as pessoas voltam a relaxar, ou talvez antes.

 

Evolução de novos casos positivos em Portugal, na abcissa está o dia desde o primeiro caso, 2 de Março de 2019  (dados, DGS)


 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

O congresso do PCP e as vacinas

Eu sou completamente a favor do congresso do PCP.

Se o PCP fez congressos com a PIDE em cima deles, cargas policiais, prisões e desterros para o Tarrafal, um viruzito lhes vá meter medo. Se os comunas não têm medo, as outras pessoas também não devem ter porque meter 600 pessoas no congresso é muito menos que os alunos de uma escola secundária. Diria mesmo que, pelas 7h da manhã, no Cais do Sodré se juntam mais de 600 pessoas e não vejo ninguém perder tempo de antena com isso. Até penso que o vírus não anda nos transportes públicos.

Se os comunas se querem juntar para se ouvirem uns aos outros, não virá mal ao mundo por causa disso.

Deixem os poucos comunas que ainda existem viver o resto dos seus dias à vontade.

O Chicão é politicamente um zero, mentecapto.

O moço não sabe o que há-de dizer. Conteúdo programático de direita, nem sabe o que isso é mas podia estudar e preparar-se mas não. Também poderia haver pessoas no partido, criar uma task force, um departamento de marketing político, que o aconselhassem, mas também não. Ligam a câmara, o rapaz vira os olhos para cima para ver se se recorda do que está no ar e repete de forma inflamada.

 

Estou muito pessimista relativamente às vacinas.

Bem, sempre estive pessimista.
Existem 2 problemas nas vacinas que estão ligados. O primeiro são as recaídas, as re-infecções, e o segundo é saber a razão porque há pessoas que a vacina "não pega".

As re-infecções tanto podem traduzir que, ao fim de uns meses, a nossa imunidade acaba como que existem várias estirpes de vírus em circulação e que a imunidade é apenas para uma estirpe.

Também a vacina não pega pode ser pela mesma razão, a existência de várias estirpes de covid-19.

Havendo várias estirpes, mesmo que agora a vacina conseguisse reduzir 99,9% dos casos, o 0,1% que representa uma estirpe minoritária vai começar a ganhar terreno. Se hoje é 0,1%, daqui a uns meses será 99,9% e o vírus terá ganho a batalha contra a vacina. 

As estirpes minoritárias podem ser mutações e "nascerem" a todo o tempo.

Erradicar a varíola foi fácil porque a imunidade é para todo o sempre e o vírus não tem mutações.


E como vai ficar a Economia?

Prevejo dias sombrios, piores que os enfrentado pelo Sócrates em finais de 2010 pelo que o Costa também não se vai aguentar.

Quando começar a ser preciso despedimentos (como os da TAP) e austeridade por não haver dinheiro (a bazuca da Europa é cada vez mais uma miragem), o Costa vai perder o riso trocista e vai-se abaixo.


segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Quem está esquecido e quer aparecer, malha no Chega!

O Chega é um partido liberal, logo, de direita.

O Chega! defende que a Economia deve ter por base Adam Smith, isto é, o liberalismo, em que existe  propriedade privada e estado de direito. Assim, o indivíduo tem o direito e a liberdade de fazer o que bem entender na procura da sua felicidade individual. Digo "sua" e "individual" para reforçar que o indivíduo (com os seus interesses e limitações - a restrição orçamental) é o centro da sociedade e não a sociedade em si, o colectivo, como defendem os esquerdistas.

O bem comum resultará de cada um procurar e conseguir o bem individual e não de o governo decidir o que é melhor para cada um de nós no melhor interesse da sociedade (sendo que ninguém consegue saber o que isso é, excepto as misses: acabar com as guerras e a fome no Mundo).

Por exemplo, terá lógica subsidiar todos os anos as empresas públicas de transporte colectivo de passageiros com mais de mil milhões de euros se as pessoas preferem andar de carro? Se gostam de subsídios, seria melhor reforçar o RSI (o Estado entrega às empresas públicas de transportes quatro vezes o valor que gasta em Rendimento Mínimo!!!!! sem contar com a TAP).


Os do PSD e do CDS esquecidos têm aparecido com uma copia da propaganda do António Costa.

São tão faquinhos de pensamento que nem conseguem criar insultos próprios. Precisam de ir buscar a cartilha que o PS criou de "partido xenófobo, racista, extremista e populista".

O último foi um meia leca, ex-qualquer coisa, desaparecido no nevoeiro, que vem atacar o Rui Rio por ter  conseguido o que já ninguém conseguia fazia há 24 anos: nos Açores, mandar abaixo o governo corrupto dos césares. Lembrando que o Estaline foi, na segunda guerra mundial, aliado, só quem não percebe nada de política é que pode afirmar que existem excluídos do processo de alianças com vista à vitória.

Será que já ninguém se recorda que o Rendimento Mínimo acabou por imposição do CDS de Paulo Portas para fazer parte do governo do Durão Barroso?  

Será que já ninguém se recorda que a Pena Máxima aumentou de 20 anos para 25 anos pela mão do Laborinho Lúcio quando fazia parte do governo do Cavaco Silva?

Ao longo do tempo, a direita foi-se transformando em socialista e, sendo o André Ventura uma pessoa de extraordinária inteligência, viu uma oportunidade recuperando os temas perdidos da direita.

 

O que eu penso da pena máxima.

Actualmente, não tem lógica nem capacidade de graduar o mal. Aplica-se a mesma pena de 25 anos a quem mata uma pessoa e a quem mata 100 pessoas.

Na pena deveria haver uma graduação, por exemplo, a pena máxima ser 50 anos e o homicídio ter uma pena de 40% da pena máxima "remanescente". Desta forma se um criminoso matasse uma pessoa, apanhava 20 anos,  50 * 40%, se matasse duas já apanhava 32 anos, 50 * 40% + 50 * (1-40%)*40%, e se matasse  3 pessoas apanhava 39,2 anos,  50 * 40% + 50 * (1-40%)*40% + 50 * (1-40%)^2*40%. Desta forma, no acto de loucura, o criminoso sentiria uma pressão para parar.

Depois, podia-se actuar ao nível da "pena suspensa" e da "liberdade condicional". Nos crimes leves seria preferível uma pena de 10 anos em que o condenado cumpria 1 ano e tinha 9 suspensos penas e nos crimes pesados, uma pena de 40 anos em que cumpria 10 e tinha 30 em liberdade condicional.

A pessoa que matou 3 pessoas, era condenada a 39,2 anos de prisão mas podia pedir "liberdade condicional" ao fim de 10 anos, por bom comportamento e por não oferecer perigo. Assim, ficaria livre mas sujeito a vigilância, se cometesse algum outro crime, poderia ser imediatamente preso para cumprir um pouco mais da pena.

É assim nos USA, por exemplo, condenam a 60 anos de cadeia mas só 20% é que são efectivos.

A diminuição da cadeia efectiva tem como objectivo poupar dinheiro aos contribuintes.


Eu sou a favor do rendimento mínimo mas deveria ter uma pequena mudança.

É um valor muito pequenino. Uma família de com 2 adultos e 4 crianças, sem qualquer rendimento, recebe 600€/mês (considerando 14 meses por ano). É muito pouco para pagar casa, água, electricidade, televisão, comida e transportes.

Considerando a despesa do estado, é muito inferior a 0,4% do total, muito menos do que o gasto na CP.

O problema é que desincentiva as pessoas de trabalhar pois, se um dos adultos trabalhar e receber o SMN, o RSI virá reduzido para 145€/mês (se estiver a trabalhar quando pede).

Uma alteração que faria seria abater menos quando a pessoa trabalha. Em vez de "descontar" 80% do rendimento, descontava apenas 40%. Assim, se o "homem" trabalhasse pelo SMN, o RSI viria reduzido para 473€.

Além disso, deveria ser feito um esforço para meter as pessoas a trabalhar mesmo que fosse na autarquia afazer qualquer coisa.

Os empregos públicos não devem ser para os mais capazes (que encontram emprego no privado) mas exactamente para os menos capazes. 

Uma ideia será empregá-los na linha de escolha e reciclagem de sucata e resíduos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

O PS só poderia manter o poder nos Açores com o apoio do partido "xenófobo".

Os esquerdistas estão de cabeça perdida.

Se olharmos para os comentadores, vemos finalmente (se é que havia dúvidas) que só há esquerdistas no espaço da comunicação social.

O argumento desses esquerdistas é que o Chega tem que ser contra a governação PSD+CDS+PPM de forma a viabilizar a governação PS+BE!!!!!!!!!!! Na mente desses broncos, o Chega! é tão estúpido que está  obrigado a uma constante guerra de irmãos, malhando na direita, para favorecer a governação corrupta da esquerda, onde ser familiar de alguém do PS é maior currículo que ter um doutoramento.

Interessante que eu também já tive essa argumentação :-) Disse eu que o PCP nunca iria apoiar um governo do PS contra o Passos Coelho pois isso iria condená-lo ao desaparecimento (como aconteceu um pouco por toda a Europa). Falhei na parte do "apoiar" mas parece que acertei no "desaparecimento".

Os esquerdistas enganaram-se e, agora, vendo o fim do seu reinado, não se conformam.

 

O Ventura não podia fazer outra coisa e o Rio fez bem em permitir uma saída para o Ventura.

O caminho mais fácil para o Rio seria o que o Costa ensaiou: vendo que o Chega! não podia viabilizar a governação corrupta do PS, atacava-o com a certeza de que teria o seu apoio. Mas não, avançou com um discurso de apaziguamento e o Chega! agradeceu e chegou-se à frente com um agradecimento à sua coragem.

Lembram-se do Costa ter dito que era tempo de derrubar o muro? Aqui está outro muro a ser derrubado.

O Chega! não é o Ventura, são todos os portugueses que votam nele, o Ventura apenas lhes dá voz. E esses milhares de portugueses também precisam de ser tratados com respeito. Se alguém que diz "Não gosto dos ciganos porque roubam" é xenófobo também excluir os portugueses que não gostam dos ciganos é xenófobo.

Se o comunismo matou milhões e milhões de pessoas e o Bloco de Esquerda e o PCP acham Estaline e Mao herói e defendem a sua ideologia (o fim do patronato e da liberdade individual em favor do colectivo), não vejo como um partido que não defende o Hitler pode ser apelidado de fascista.

 

Este sim, era o verdadeiro democrata.


O recolher obrigatório não vai resolver nada.

Os únicos países onde o número de novos positivos está a cair de forma dramática são o Brasil e a Índia.

Relativamente à semana com mais casos, o Brasil (26 de Julho) reduziu mais de 70% e a Índia (15 de Setembro) mais de 50%. Assim, estes países governados de forma caótica (na análise dos esquerdistas) estão a conseguir controlar a pandemia.

A Covid-19 mata pessoas? Mata. Mas será a solução fechar todas as pessoas dentro de casa?

Evolução da Covid-19 no Brasil e na Índia relativamente ao máximo de positivos (dados, wiki)


segunda-feira, 9 de novembro de 2020

A Covid-19 é terrível mas não se resolve com paninhos quentes

O pároco da minha terriola morreu de covid-19.

Bem sei que tinha 85 anos mas estava de boa saúde. Deu-lhe a covid-19, desenvolveu pneumonia e, em menos de uma semana, morreu. Fiquei triste mas tive o mesmo pensamento que quando a Dr.a Susana me disse "Tenho uma má notícia para si, a sua mãe acabou de falecer.", já não há nada que possa ser feito a não ser rezar pela sua alma. 

O problema dos problemas da covid-19 é que se espalha como fogo em seara seca, mata e nada pode ser feito para o evitar.

Bem, resolveria o problema se comprássemos comida para 30 dias e ficássemos todos, em todo o mundo, fechados em casa. Mas parece-me que isso não é uma solução que possa ser implementada. 


Se olharmos para a Koreia do Sul, onde todos usam máscara ...

A máscara e mais medidas diminuem a velocidade de aparecimento de novos contaminados mas não consegue derrotar o vírus.

No surto inicial, conseguiram reduzir o número de novos positivos a 7 casos por dia (Ponto A, 3-Maio); no segundo surto, já só conseguiram descer para 17 casos por dia (Ponto B, 18-Maio); no terceiro surto, ficaram-se pelos 29 casos por dia  (Ponto C, 01-Agosto) e; no quarto surto, ficaram-se pelos 71 casos por dia (Ponto D, 03-Outubro). 

Comparando com a nossa média de 5225, os 124 da Koreia do Sul são um número baixo mas o problema é que estão sempre a subir 1%/dia.

 

Evolução de novos positivos por dia (0 é o dia 15/02/2020, dados retirados da wikipédia)

 

A crise económica ainda não começou.

No primeiro confinamento, o impacto nas contas públicas foi na ordem dos 2000 milhões € por mês e, nos meses piores, o PIB caiu mais de 20% e que teria sido ainda mais se não tivessem sido os subsídios do Estado.

Agora, imaginemos que o Governo que que haja "apenas" 5000 novos positivos por dia e que por cada detectado existem outros 2 não detectados. Teremos crise para mais 2 anos.

Arranjará o Estado crédito de 50000 milhões de euros para manter o layoff simplificado mais 2 anos?

Será possível as discotecas, bares, hotéis, barcos turísticos, ginásios, centros comerciais, praias, blá, blá, blá ficarem fechados mais 2 anos?

Será possível a nossa industria de têxteis, vestuário, calçado aguentar com os centros comerciais europeus fechados?


Mas a vacina tem uma eficácia de 90%!

O problema é que o anúncio tem problemas.

Primeiro, decorreu muito pouco tempo. O anúncio refere que apenas na terceira semana de Novembra faz 2 meses que os voluntários levaram a segunda injecção. Assim, não se sabe o que acontecerá ao fim de 6 meses ou um ano.

Segundo, refere que há uma diminuição de 90% nos infectados com sintomas mas não dizem se também diminuiu o número de infectados sem sintomáticos.

Terceiro, em 44 mil vacinados apenas ocorreram 94 infectados com sintomas. Pensando que decorreram 8 semanas, dá uma média de 27 contaminados por 100 mil pessoas por semana o que é exageradamente baixo (Portugal está com 355).

Finalmente, as dúvidas não foram respondidas e ainda ninguém viu os resultados!

Parece-me um anúncio semelhante ao que fizeram os russos e os chineses, é só propaganda.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Na América de Trump não se fala de crise nos hospitais!

Por a comunicação social transmitir duas mentiras.

A primeira mentira é que os USA têm muitos mais casos (corrigindo da população) do que nós. O facto é que, nos últimos 7 dias, tivemos 241 infectados por 100 mil habitantes enquanto que os USA tiveram 167.

A segunda mentira é que o Trump é um inapto. De facto, obrigou a GM a produzir ventiladores e os hospitais a reforçarem-se de forma que agora há camas mais do que suficiente para as necessidades.

Pelo contrário, por cá, o governo atira a culpas para as pessoas o que me faz lembrar o Salazar "Custa-me e é contra a minha vontade mandar bater nas pessoas e deportá-las para o Tarrafal mas a culpa é deles. Se  respeitassem os valores da família e os interesses do Estado, não seria preciso eu violar a minha vontade benévola." (meti aspas mas não é uma citação do Salazar :-).

 

Aqui, estou completamente de acordo com o Partido Comunista Português.

Não é com estado de emergência nem recolher obrigatório que se resolve a pandemia. Resolve-se pela existência de assistência médica, medicamentosa e hospitalar para todos o que dela precisem.

Se as pessoas não querem ficar fechadas em casa e o governo que foi eleito para cumprir a vontade das pessoas não se pode transformar no "bom ditador" e prender-nos em prisão domiciliária para "nosso bem".

No dia 13 de Março o Costa decretou o confinamento que durou 6 semanas. É verdade que esse confinamento permitiu que o R passasse para 0,85 o que levou a uma redução de 54 para 14 (positivos por semana, por 100 mil habitantes) mas o argumento foi que "precisamos de preparar o país para a segunda vaga".

Chegou agora a segunda vaga e de preparação, não existe nada, já estava tudo bem.

 

Precisamos de 15 semanas de confinamento.

Se se iniciar hoje um confinamento igual ao de Março-Abril, mantendo-se a tendência, daqui a 15 dias atingiremos um máximo de 450 e demorará 15 semanas a voltar a termos 14 positivos por semana, por 100 mil habitantes.

Nessa altura, em meados de Fevereiro de 2021, acaba-se o confinamento e a pandemia volta a crescer.


O Brasil, a Índia e os USA implementaram a política certa.

Na Índia e no Brasil, o número de novos positivos está em menos de metade do valor máximo verificado na segunda metade de Setembro. Não sabemos bem quantos casos tiveram mas, com umas contas que fiz, na Índia já terá havido 500 milhões de infectados e no Brasil 80 milhões.

Na USA a pandemia ainda está em expansão (porque ainda houve poucos infectados) mas prepararam os hospitais.

Agora, é aguardar porque não vamos ter vacina nenhuma.

 

O Tutancamon também morrer e não havia Covid-19

 

Eu penso que o Trump vai ganhar. 

Não é possível as sondagens estarem verdadeiras quando dão, desde a tomada de posse, que a grande maioria dos americanos não gosta do Trump.

Algo não bate certo.

Também só falta um dia para sabermos a verdade.


sexta-feira, 23 de outubro de 2020

O governo esquerdista vai derrotar o Covid-19 fazendo o TGV!!!!!!

O Trump é negacionista e maluco porque não ouve os especialistas.

O nosso governo esquerdista queria escolas com salas de aula maiores para os alunos estarem convenientemente distanciados, reforçar os hospitais e fazer mais médicos e enfermeiros mas os especialistas não deixam.

Dizem os especialistas que a solução está em fazer o TGV, reforçar os apoios à TAP e abrir mais uns buracos públicos.

Não sei que atracção têm os esquerdistas pelo TGV já que, assim que o povinho se distrai, atacam com isto. Seria muito básico e conspirativo eu pensar que estão à espera de comissões mas alguém consegue compreender esta obsessão?

 

Estamos pior que no tempo pior dos Estados Unidos da América.

Interessante a comunicação social esquerdista continuar a dizer que tudo nos USA e no Brasil são mal geridos pelos diabólicos Bolsonaro e Trump quando estamos com muito mais infectados que nos tempos piores desses 2 países.

A média da última semana dos USA+Brasil está com 105 positivos por dia por 100 mil habitantes enquanto que Portugal está com161.

Se temos hoje 3000 casos, para os USA que uma população de 328,2 milhões de pessoas estarem equivalentes, teriam que ter  96000 casos quando têm 69000.

Casos diários na última semana por 100mil habitantes (dados, wiki)

E os USA não têm confinamento.

 São os contaminados que vão acontecendo sem confinamentos, obrigatoriedade de máscaras, fechar as pessoas nos concelhos. E não há qualquer pressão nos hospitais americanos.

Se em Maio houve problemas com falta de camas e ventiladores, o problema foi totalmente resolvido nos meses de trégua.

Nós estamos na mesma!

Estão agora a refazer os hospitais de campanha que tinha desmantelado por o problema já estar resolvido.

E os mortos?

Os números não são comparáveis porque os critérios são diferentes e alteraram-se ao longo do tempo.
Há países com critérios mais abrangentes (basta ter no passado estado contaminado mesmo que morram atropelados) e outros com critérios mais restritivos (tem que estar positivo no dia da morte, ser saudável e ter morrido de pneumonia). 
Esta alteração de critérios justifica que houvesse milhares de mortos em Maio e actualmente haja centenas. Por exemplo, na Espanha a mudança de critérios fez com que a mortalidade diminuísse de 12% em Maio para 1,2% actualmente.
É desonesto comparar os países por mortalidade.
 
Olá Azar, o TGV sempre vai avançar, consegui convencer os pacóvios que andar no TGV cura o Covid-19.
 

sábado, 17 de outubro de 2020

Covid-19 : Já foram contaminados 73 milhões de brasileiros e 400 milhões de indianos.

Se os dados oficiais referem 5,2 milhões, querem saber como cheguei aos 72 milhões!!!

Olhando para os dados brasileiros, inicialmente o número de novos casos cresceu 35%/dia o que traduz uma taxa de reprodução de 1,35^5 = 4,54 (assumindo os dados espanhóis de que o ciclo de vida é de 5 dias). Este número traduz que, em média, cada pessoa contaminada vai contaminar 4,54 pessoas.

Entre o dia 20 e o dia 40 da pandemia, a taxa de reprodução caiu rapidamente de 4,54 para 1,34 (um crescimento no número de novos casos positivos de 6%/dia).

Desde então, a taxa de reprodução tem continuado a cair.

 

Fig. 1 - Taxa de crescimento diário de novos casos positivos ao covid-19 no Brasil (dados, wikipedia)
 

O que eu pensei.

Olhando o que diz a comunicação social, desde o dia 40 da pandemia não tem havido alterações nas políticas do Bolsonaro nem no comportamento das pessoas. O mesmo se passa na Índia. Então, a queda na taxa de reprodução tem que acontecer porque o vírus encontra mais e mais pessoas que estão imunes porque já estiveram contaminadas.

Vejamos um exemplo de como funciona uma epidemia. Uma pessoa contaminada cruza com varias pessoas ao longo dos dias e, porque espirra, tosse ou fala, liberta perdigotos que vão atingir algumas dessas pessoas. Estatisticamente, se a quantidade de perdigotos (a carga viral) for superior a um determinado valor, uma nova pessoa é contaminada. No dia 40 da pandemia, em média, o número de novos contaminados estava em 1,34.

Acontece que se parte das pessoas já tiver tido a doença, não vai ser infectado de novo, caindo os perdigotos em "saco roto". Se, por exemplo, 40% das pessoas com quem cruzamos estiverem imunes porque já estiveram contaminadas, então, o número de novos contaminados será de apenas 1,34*(1-40%) = 0,804 o que traduz que o número de novos casos diminui de dia para dia.

Se não houve alteração de comportamentos nem de políticas, então, a queda ao longo do tempo da taxa de novos contaminados traduz que cada vez maior percentagem de população já foi contaminada e está imune.

O R = 0 foi atingido no dia 170.

Isso traduz que no dia 170 desde o inicio da pandemia, meados de Agosto,  a percentagem da população brasileira que já tinha tido a doença e estava imune seria de 25%:

1,34*(1-X) = 1 <=>  (1-X) = 1/1,34 <=>  1- 1/1,34 = X <=>  X = 1- 1/1,34 = 25%

 E, desde meados de Agosto, mais pessoas têm sido contaminadas e, por isso, a taxa de crescimento de novos contaminados está em - 2,7%. Desta forma, calculo que já foram contaminadas e estão imunes cerca de 35% da população brasileira, isto é, 73 milhões de pessoas.

Por cada brasileiro que é testado e dá positivo, há mais 13 brasileiros que estão contaminados e que, ou porque não têm sintomas ou não podem ser testados, não são registados nas estatísticas.

Na Índia já houve 400 milhões de contaminados.

A evolução de novos positivos tem sido muito semelhante ao caso brasileiro. Depois de um período inicial de grande velocidade de propagação, por volta do dia 4o do inicio da pandemia, atingiu uma R igual ao brasileiro, de 1,34 (aumento de 6%/dia).

Ao dia 211 atingiu R = 1 (que no Brasil foi ao dia 170) e está actualmente nos 0,95 o que traduz que já 30% da população indiana foi contaminada e está imune. São então 400 milhões de indianos.

 

Por cada indiano que é testado positivo, há mais 53 indianos que estão contaminados mas que não foram testados. 

O número de contaminados não testados ser 53 quando no Brasil é de "apenas" 13 é razoável atendendo a que o teste tem um preço de 100€, mais do que o salário mensal da maioria dos indianos.

Fig. 2 - Taxa de crescimento diário de novos casos positivos ao covid-19 na Índia (dados, wikipedia)

A boa notícia é que, afinal, não morreram assim tantas pessoas e, a partir daqui, será sempre a descer.


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

A obrigatoriedade de instalar o Satyaway covid é o princípio do estado policial

 Todas as ditaduras começam por uma boa ideia.

E todas essas boas ideias pretendem o bem comum do povo e são apelativas e correctas para a grande maioria da população. É uma boa ideia contra um Deus errado, que vai levar as almas para o Inferno, contra uma ideologia  que corrompe a juventude com a promessa da sociedade igualitária e justa ou contra uma doença mortal. O problema é que a boa ideia tem sempre falhas que, , quando se torna obrigatória de respeitar, obrigam a cada vez mais e mais obrigações.

Vejamos porque a obrigatoriedade de instalar o Satyaway covid é a semente da ditadura.

1) Vamos acreditar a 100% que actualmente a app mantém perfeito anonimato. Então, vai ser preciso que a polícia mande parar toda a gente e verifique no telemóvel se tem a aplicação instalada e a funcionar. Isto é impossível de implementar.

2) Para permitir a verificação policial sem revista, a app vai ter que quebrar parte do anonimato permitindo que um polícia, ao se aproximar de um qualquer telemóvel, receba no seu telemóvel por bluetooth se a aplicação está activa. Da mesma forma que inserem a matricula do carro a ver se tem estacionamento pago, Se não estiver activa, sai logo a multa.

3) Uma pessoa recebe o resultado "positivo" e, actualmente, é livre de o inserir na sua aplicação. Como quase ninguém insere, vai ter que passar a ser obrigatório. Aqui, vai passar a ser obrigatório inserir o resultado o que apenas é possível se se quebrar ainda mais a confidencialidade: o médico do médico "fala" com a aplicação e insere o código de infectado.  

4) Uma vez a aplicação comunicando que estamos em risco de estar contaminado, actualmente a pessoa não precisa fazer nada, ignora. Mas a polícia precisa saber se estamos em risco pelo que, finalmente, a aplicação vai ter que quebrar toda a nossa privacidade médica: vai dizer ao telemóvel da polícia se estamos em risco.

Depois das e-facturas e do Stayaway covid virá o Stayaway fuga fiscal.

Quando entrarmos num estabelecimento, a app vai comunicar às finanças que estamos lá e com uns algoritmos vai ser estimado o nosso consumo que será comparado com a e-factura.

Haverá outra app que vai controlar a velocidade do automóvel e passar logo a multa.

Onde é que eu já vi isto?

Terá sido num filme?

O Costa apenas se preocupa em transmitir a ideia de que a culpa não é dele.

No Brasil, a culpa é do Bolsonaro e nos USA a culpa é do Trump porque não tomaram as medidas que o nosso grande líder tomou por nós.

Mas essas medidas não deram em nada pois estamos numa trajectoria explosiva de casos.

Então, a culpa é dos alunos ERASMUS, das famílias, de o povinho não usar máscara na rua, de não instalar a Stayaway-covid.

Vai o Costa anunciar aos quatro ventos: "A minha política era a correcta mas o país não me deixou (obrigar a instalar a Atayaway-covid)"

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

As razões para o StayWay Covid ter falhado

Como já ouviram falar, há uma APP para smartphone para seguir o Covid-19.
Essa aplicação é simples.
O emissor de bluetooth,  tem um número único (de 48 bits), o bt-address, que emite sempre que detecta outro aparelho bluetooth. Um exemplo desse número, em hexadecimal, será 00:11:22:33:FF:EE
Em particular, os smartphones têm um emissor bluetooth e quando dois smartphones passam perto um do outro, trocam entre si a sua identificação.

O bt-address pode ser usado no marketing.
Imaginem uma pessoa que se aproxima de uma montra.
A loja capta o bt-Address guardando a hora e o tempo que a pessoa esteve em frente à montra.
No supermercado, com a ajuda das câmaras, pode ser registado por onde a pessoa passou e para onde olhou.
Um dia a pessoa entra na loja (com o seu smartphone) e é imediatamente emitido um "alarme" a dizer que a pessoa observou a montra sendo-lhe oferecido um "cupão de desconto" para as coisas que a pessoa observou.
Quando a pessoa chegar à caixa, é lido o bt-Address e, se a pessoa pagar com cartão multibanco, fica registado o seu nome.

Pode ser usado para coisas muito variadas.
Imaginem um cego que quer atravessar a rua.
Os semáforo emitem bip repetitivo que é incomodativo para quem vive perto. Como raramente p cego quert atravessar a rua, seria óptimo se o semáforo detectasse o bt-address do cego para ligar o bip.
Também uma pessoa de muletas pode ter mais tempo para atravessar a rua.

Mas vamos à aplicação.
1 = É gerado um número aleatório.
Quando a pessoa instala a aplicação no smartphone, é gerado um número aleatório, por exemplo 453.729.312.045.263.381, que mais ninguém sabe que é o nosso identificador.
Como este número é grande, fica garantido que mais nenhum smartphone criará um número igual.

2 = Quando dois telemóveis se aproximam.
Os smartphones trocam os números aleatórios. O telemóvel A fica com o número do telemóvel B e vice-versa e ainda é registado o tempo que estivemos próximos.
Na memória do nosso smartphone fica uma lista com todos os números aleatórios com quem cruzamos, com a hora/data.

3 = A comunicação de um caso positivo.
Se alguém ficar doente, insere o seu número aleatório numa base de dados.
Teoricamente, fica registado a nosso número aleatória mas nada mais sobre a nossa identificação.

4 = Verificação de casos positivos.
Regularmente, digamos que uma vez por hora, o nosso smartphone pergunta ao "dono" da App por todos os números positivos que foram registados nos últimos 14 dias.
Depois, vamos procurar na lista dos números aleatórios que guardamos se algum deles está lá e se o contacto foi maior do que 15 minutos.
Se estiver, somos avisados de que estivemos junto de uma pessoa contaminada.
 
A primeira falha é a não garantia de confidencialidade
Em teoria, a APP é totalmente anónima mas ninguém o verificou.
No software sensível como, por exemplo, de encriptação, a empresa disponibiliza o código fonte para que possa ser verificado por qualquer pessoa.
Ao não estar totalmente garantida a confidencialidade, as pessoas acabam por ter medo de instalar a app e, pior ainda, de introduzir o código quando estão positivos.

As pessoas positivas não precisam de ficar em confinamento.
Se a pessoa usar máscara, não tossir, falar ou espirrar, e guardar uma distância de alguns metros das outras pessoas, não existe qualquer problema em a pessoa com teste positivo fazer a sua vida normal.
Para "dominarmos" a covid-19 é preciso que todo e cada um de nós pense a cada momento que está contaminado e comportar-se de forma a não transmitir o vírus que está dentro de nós.
a pessoa, ao inserir o código de positivo, fica com medo de ser proibido de sair de casa.

Um dia o meu termómetro deu 37,7.ºC.
Também me doía qualquer coisa do lado direito, tipo o pulmão, e tinha tosse.
O problema é que no dia seguinte tinha que ir trabalhar.
Tomei 1g de Paracetamol, um Fluimucil e um omeprazol (poderia ser refluxo) e fui dormir.
No dia seguinte, levantei-me, medi a temperatura que deu 36,3.ºC e lá fui, com o cuidado de não me aproximar de ninguém.
Até poderia estar contaminado, não faço ideia, mas por causa do efeito psicológico de ficarmos doentes assim que pensamos que estamos doentes, não podemos parar assim que a aplicação nos diz que estivemos perto de alguém positivo.
Eu já estive relativamente perto de uma pessoa contaminada mas não fiquei em quarentena, fechado em casa. Tomei cuidado extra para não contaminar ninguém.
 
A segunda falha é a app dar pouca informação.
Dizer "Esteve, nos últimos 14 dias, a menos de 2 metros e por um período superior a 15 minutos de  uma pessoa que testou positivo" é muito pouco.
Essa pessoa positiva com com nos cruzamos estava de máscara?
Terá sido num local fechado ou ao ar livre?
Havia alguma coisa entre nós, por exemplo, uma divisão de acrílico?

A app deveria ter um contaminometro!
Esse contaminometro é uma escala de 0 a 100 onde o zero traduz risco muito baixo e o 100 risco muito elevado de termos sido contaminados.
Ao longo do dia, vamos metendo informação no nosso smartphone, com maior ou menor regularidade. Por exemplo, dizer "metemos a máscara" / "tiramos a máscara", "entramos num espaço fechado", "estamos em espaço aberto".
Agora, quando nos aproximamos de outro smartphone, fica registado se temos máscara, se a outra pessoa tem máscara, se estamos num espaço fechado ou aberto.
Também deveria estar registada a idade e se pertencemos a um grupo de risco.

A terceira falha é ser assumido que os portugueses são trafulhas.
Para dizer que está positivo, tem que haver um processo borucrático com a intervenção de um médico.
Acontece que, porque as pessoas instalam a app para seu benefício próprio, não se dão ao trabalho de inserir no sistema que estão positivas.
O problema deste cientístas do INESC é não saberem que é mais grave não haver dados do que haver dados com erro.
Putura e simplesmente, a pessoa deveria ter toda a liberdade para inserir "Estou doente" e mais algum detalhe relativamente a esta informação como "Tenho teste positivo" // "Não fiz teste".
No caso de "Não fiz teste" acrescentar "Tenho febre de 39,4.C", "Tenho tosse", "Tenho falta de ar", etc.
Também, quem não fez teste, poderia dizer "Disse há 3 dias que poderia estar contaminado mas já me sinto bem" ou "Disse que estava doente há 3 dias, fiz hoje teste e deu positivo".

O cálculo do contaminómetro usará inteligência artificial.
Com toda a informação, é possível usar "aprendizagem supervisionada".
Assim, a "supervisão" acontece quando uma pessoa insere no sistema "Estou contaminado com teste positivo".
Em função do dados de todos os utilizadores, será calculada uma "probabilidade" para nós em função dos nossos dados e de todas os contactos que temos registados.
O contaminómetro vai ainda dizer o que devemos fazer.
Se podemos sair de casa, ir trabalhar, fazer compras ou se devemos ir ao hospital.
Nos casos que o contaminómetro considere complicados, o nosso smartphone contacta um call-center para falar connosco.

E a informação falsa?
Isso faz parte de todo o sistema de previsão. Má informação é melhor que ausência de informação porque os sistemas de análise conseguem separar o erro da verdade.
Havendo milhões de dados continuamente a entrar, a inteligência artificial vai conseguir fazer melhor do que com meia dúzia de "bons dados".
Além disso, continua a haver "erro" que é os positivos não inserirem essa informação.

Se a stayaway covid fosse assim...
Muitas mais pessoas instalariam e colocariam informação pois, ao inserir dados, estavam a receber um serviço personalizado.

No entretanto, ultrapassamos a China em número de casos positivos.
Existe dúvida sobre o número real de contaminadas na China  não por darem dados falsos mas por as pessoas serem obrigadas a ficar 14 dias em confinamento sem serem testadas.
Isso acontece em toda a parte pelo que Organização Mundial de Saúde afirmou que já deve haver 800 milhões de contaminados apesar de só terem sido detectados 35 milhões (ver).
Comparando os positivos identificados, já temos mais do que a China e sempre a subir.
 
Número de casos positivos em Portugal (pontos azuis), dias desde o primeiro caso (2 de Março 2020).
Linha de tendência a vermelho (dados da DGS, grafismo do autor).








sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Bejamos porque é uma loucura os outros bancos financiarem o Novo Banco.

Para um banco funcionar tem que ter capitais próprios.

O capital dos bancos é metido pelos accionistas e, grosso modo, serve para proteger os depositantes do risco de falência do banco. 

Os bancos regulam-se pelo acordo de Basileia 3 que, grosso modo, obriga a que exista 6% de capital próprio relativamente ao volume de negócios (que se chama O Activo).

Se, por exemplo, a CGD tem um activo de 90 mil milhões de €, terá que ter um mínimo de 5400 milhões de euros de capital próprio (metidos lá pelo proprietário, o António Costa).

Se os negócios do banco derem para o torto, isto é, concederem créditos a Berardo ou ao Vieira, é o capital próprio que vai ser "roubado" e não os depósitos das pessoas.


Porque não pode o Novo Banco conceder crédito ao Novo Banco?

Na essência, é isto que os inteligentes do Bloco de Esquerda querem.

Se consolidarmos os bancos, somando todos os seus balanços, os créditos e participações cruzadas têm que ser anuladas para não haver "capital falso".

Vamos supor, hipoteticamente, os bancos BA e BC, cada um com 100 mil milhões de activo. Então, é preciso haver 6 mil milhões € no capital de cada banco, no sistema um total de 12 mil milhões €.

Agora vamos supor que o BA mete 4 mil milhões € no BC. Neste caso, apesar de em termos contabilísticos  6 mil milhões € em cada banco, em termos consolidados, já só existem 8 mil milhões €.

No limite, se o BA meter 5999 milhões € no BC e o BC meter 5999 milhões € no BA, em termos contabilisticos está tudo bem mas, consolidado, o sistema só tem 2 milhões € de capital.

Se um dos bancos falir, vai todo o sistema falir porque não existe capital em lado nenhum para acomodar as perdas.

O capital de um banco (ou de uma emrpesa) não pode ser crédito de terceiros pois esse capital existe para assumir o risco de perdas e os terceiros não estão avisados de que estão a assumir esse risco. Por semelhança, foi o que aconteceu aos Lesados do BES: carregaram-nos com perdas que eles não estavam à espera. Muito menos, pode ser crédito de outros bancos porque colocaria em risco de falência de todo o sistema bancário (e não respeitaria Basel 3).

Sim, os outros bancos que emprestem ao Novo Banco
 

Os esquerdistas podem dizer as maiores barbaridades que logo são assumidas por verdade.

Vou dar um exemplo de uma manipulação que a comunicação social tem andado a passar relativamente a hidroxocloroquina, as afirmações do Trump e um estudo publicado no JAMA.

O Trump disse que, como os casos mais graves de Covid-19 resultam de uma reacção inflamatória exagerada por parte do nosso sistema imunitário, um anti-inflamatório irá reduzir a severidade dos sintomas.

Como a hidroxicloroquina é um anti-inflamatório muito potente, as pessoas infectadas tomarem esta droga será positiva.

O estudo do JAMA, usando 125 pessoas divididas em 2 grupos semelhantes, verifica que em ambos os grupos houve um total de 4 contaminados. Daqui concluiu que a hidroxocloroquina não diminui o risco de a pessoa ser contaminada.


São duas coisas diferente.

Uma coisa é a hidroxicloroquina diminuir a severidade dos sintomas nas pessoas contaminadas.

Outra coisa é a hidroxicloroquina diminuir a probabilidade de a pessoa ser contaminada.


Vejamos uma comparação para compreenderem bem a diferença.

Quando temos gripe, tomar benuron diminui os sintomas e as consequências da doença.

Mas tomar benuron todos os dias não diminui a probabilidade de virmos a ter gripe.

Juntar tudo no mesmo saco não se deveria chamar a isto Fake News?

Não porque vem da esquerda contra a direita.

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