sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

A agregação das sondagens vai ficar neste post até às eleições

Hoje (12Fev2024) saiu uma sondagem muito pequena.

Tem apenas 504 respostas o que a torna na mais pequena sondagem que foi publicada desde que o governo caiu.

Como é pequena, não tem capacidade para alterar de forma significativa o que sabemos sobre as intenções de voto nas próximas legislativas.

A primeira indicação é que o aumento das intenções de voto no PS foi apenas devido a oscilações estatísticas próprias do processo aleatório das sondagens. 

Dividindo as 14 sondagens que já foram publicadas, nas primeiras 7 a AD tem uma vantagem de 0.7 pp e nas últimas 7 sondagens a desvantagem aumentou para 1.9 pp, uma ridicularia atendendo à aleatoriedade  do processo de amostragem.

Fig. 1 - Intenções de voto com 7 e 14 sondagens, abstenção dividida proporcionalmente


Assim, cada vez mais vemos que o PS está empatado em intenções de voto com a AD.

Fig. 2 - Evolução da diferença AD-PS (14 últimas sondagens, abstenção dividida proporcionalmente)


Apesar de as últimas duas sondagens terem sido um pouquinho mais favoráveis à AD, está tudo dentro das normais flutuações estatísticas.

O o PS e a AD "dançam" em torno dos 30% e o CHEGA subiu uns pontinhos (em termos "centrais", subiu de 15% para 18%) não conseguindo identificar quem desceu (a estatística tem destas limitações, em que se conclui que um sobe de forma significativa mas não se identifica nenhum que desça de forma significativa).

Fig. 3 - Evolução nas intenções de voto nos 3 maiores partidos (14 últimas sondagens, abstenção dividida)



Vamos agora aos deputados.

Por causa do CHEGA estar a subir, vou considerar apenas as últimas 7 sondagens (que somam 5546 respostas) e comparar com as primeiras 7 sondagens.

Fig. 4 - Número de deputados (previsão com as 7 últimas sondagens e comparação com as primeiras 7 sondagens)


Como já referi, apenas o aumento no número de deputados do CHEGA é estatisticamente significativo, estando todas as outras variações dentro do erro de amostragem mas posso fazer uma leitura em "termos médios".

Vejo que a AD perdeu 4 deputados (de 79 para 75) e o PS ganhou 3 deputados (de 77 para 80 deputados). Este resultado mostra um empate total entre AD e PS mas com vantagem estatística para o PS (o PS tem 90% de probabilidade de ganhar as eleições).

O CHEGA ganhou 9 deputados à custa principalmente do IL e do BE.

A probabilidade de o Livre e o PAN manterem o deputado é cada vez mais pequena (está nos 20%).


E como fica o Montenegro?

Recordo que para ser o próximo primeiro ministro, a AD tem de ganhar e AD+IL tem de ter mais deputados que o PS+BE+PCP+Livre (tiro o PAN porque pode dar para qualquer lado). Neste cenário, o Montenegro acredita que o CHEGA se vai abster.

A probabilidade de o Montenegro ser o próximo primeiro-ministro está abaixo de 1%.


O conselho que deixo aqui ao André Ventura para a noite de 10 de Março.

Na campanha eleitoral o André Ventura não diz coisa com coisa mas isso de pouco interessa. O que  interessa saber é que é um homem de direita, liberal em termos económicos e ligado ao cristianismo mas que procura cativar votos na esquerda. Faz muito bem, só mostra ser inteligente (os esquerdistas fazem o mesmo com a separação entre "grande capital e as multinacionais" que têm de pagar a crise e desaparecer e as "micro, pequenas e médias empresas" que têm de ser ajudadas).

As intenções de voto indicam que o PSD+CHEGA tem 99.8% de probabilidade de conseguir a maioria absoluta o que aumenta para 100% se o CDS se abstiver.

O meu conselho é que o CHEGA indique logo na noite das eleições que tem capacidade para formar governo de maioria absoluta em que o primeiro-ministro é o Passos Coelho e o André Ventura é o vice-primeiro ministro. Quanto a ministros, o PSD indica 60% dos ministros (12 ministros onde se inclui a Justiça, Administração Interna e Defesa) e o CHEGA os restantes 40% dos ministros (8 ministros).

Penso que o PSD vai abraçar esta proposta (e deitar o Montenegro para o buraconegro) e Sua Excelência Marcelo vai ter mesmo de indigitar esse governo PSD+CHEGA.

Fig. 5 - Mesmo careca, estou disponível para ajudar novamente Portugal.




Hoje (1 Fev 2024) saiu a sondagem da ICS-ISCTE onde o CHEGA parece estar em crescendo.

Mas como já repeti 11 vezes, temos de ver se esta última sondagem altera, com significância estatística, os resultados. Olhando para o gráfico com as 12 sondagens, anda tudo a oscilar mas parece tudo na mesma (com excepção do CHEGA que parece estar a subir). 

Evolução das intenções de voto no 8 partidos mais votados (dividindo a abstenção)

Em termos médios, o PS está 1.3 pontos à frente da AD


Como está a evoluir a AD relativamente ao PS?

Com 12 sondagens continua a parecer que a AD se está a fundar relativamente ao PS mas continuam a ser apenas oscilação estatística (Tendência= -0.005743; t-stat =-1.665; Pr(>|t|)=0.127). Neste momento a AD está 1.3 pontos abaixo do PS quando estava a 1.4 pontos.

Evolução da diferença das intenções de voto entra a AD e o PS


Como está a evolução do CHEGA?

Com 12 sondagens a subida do CHEGA já está quase significativo a 5%  (Tendência= 0.004087 ; t-stat =2.173 ; Pr(>|t|)=0.0549) mas ainda falta um bocadinho para podermos ter a certeza.

Mas mesmo sem tendência clara, o CHEGA está com 17.5% de intenções de voto o que é uma enormidade.

Evolução das intenções de voto no CHEGA


Vamos agora aos deputados

O PSD vai eleger 75 deputados, ainda menos 2 deputados que os que foram eleitos no mandato do Rio e que já foi o pior resultado de sempre do PSD. 
O PS está com mais 2 deputados que a AD (e mais 4 que o PSD) mas muito abaixo dos 120 que tem actualmente. 
O CHEGA está com potencial para eleger 45 deputados.
Nos pequenos partidos, o Livre vai perder o deputado, o PAN é provável que o mantenha e o PCP vai ficar reduzido a um garfo de três dentes.



Análise dos resultados

O PS vai ganhar com uma probabilidade de 82%.
A probabilidade de o Montenegro ser o próximo primeiro-ministro  é ZZZEEERRROOOO (a AD ficar à frente do PS e a AD+IL+PAN ter mais deputados do que o PS+BE+PCP).
A probabilidade de o Passos Coelho ser o próximo primeiro-ministro é de 98.6% (o PSD+CHEGA ter maioria absoluta).
Fico contente por ser provável o PAN eleger a deputadasita. Já disse muito mal dela mas aquela mulher rija da Madeira deu-me a volta.
Até penso que é justo que a Mónica Freitas seja a substituta do Albuquerque na Presidência da Madeira. Afinal, o PSD apenas pode meter lá novo presidente pela acção sábia da Mónica.




Mais uma sondagem (22 Dez 2023) e parece que a AD está a cair


Cada sondagem que sai, os analistas tentam ver coisas novas mas está tudo na mesma.

Como disse o meu companheiro, apenas é notícia se houver alterações substanciais nas intenções de voto. Desta forma, apesar de a comunicação social tentar ver muitas coisas a mudar, estatisticamente está tudo mais ou menos na mesma.


A AD está a cair um poucochinho e o PS está a subir um poucochinho

Mas grau a grau, enche o papo a galinha

Em termos de tendência, logo após a demissão do António Costa, a AD estava ligeiramente à frente do PS, 2 pontos percentuais. Decorridas 11 sondagens, a AD está abaixo de PS cerca de 5 pontos percentuais.

No espaço de apenas 2 meses, a vantagem da AD caiu 7 pontos percentuais, o que é muito, diria que a AD, conduzida com uma gritaria de promessas, se está a fundar.

Vir prometer diminuir o IRS, o IRC e aumentar as pensões, os salários dos polícias, dos médicos, dos professores e não cortar em nada não parece credível.

Os partidos marginais, podem prometer tudo a todos porque nunca liderarão o governo. Já quem ambicionam liderar um governo não podem vender água sem caneco.

Em Portugal só vingam os lambe botas e o Montenegro, como bom português, foi escolher a dedo "sábios economistas lambe botas" que dizem o que ele pensava ser impossível de cumprir mas, se os sábios dizem que sim, então, é possível, "eles fizeram as contas".

Mas o povinho já ouviu essas promessas vezes sem conta e, no fim, não foram possíveis de concretizar por uma razão qualquer, numa dela a frase foi "estamos de tanga".


Fig. 1 - Tendência da distância entre a AD e o PS



E o que diz a estatística?

Para não ficar sujeito ao meu enviesamento, mostro os resultados do estimados (WLS).

A estimativa é uma queda de 0.7125 pp a cada sondagem com t-student de -1.75.

Ainda não podemos rejeitar que a tendência é espúria e resultado das oscilações que acontecem no processo de amostragem (a t-student tem de atingir -1.98)  mas já diz algo o PS estar 5 pontos percentuais acima da AD.


E o que faz a AD em resposta à queda nas intenções de voto?

Promete ainda mais cortes nos impostos e mais subidas na despesa pública, ao mesmo tempo que diminui a dívida pública e não cortam em nada!

Querem fazer do povinho parvo.


"É preciso diminuir o IRC".

Dizem os sábios economistas do PSD que é preciso diminuir a taxa de IRC para captar investimento. Mas logo depois, os mesmos sábios, defendem que as barragens devem passar a pagar milhões de euros de IMI.

Afinal, é o mesmo truque do António Costa que diminuiu i IRS para aumentar o ISP.

Os sábios economistas do PSD diminuem a taxa de IRC e logo aumentam o IMI das empresas de forma, que no fim, ainda ficam a pagar mais impostos.

É que o milagre da multiplicação dos pães é uma coisa tão rara e difícil de acontecer que, decorridos 2000, ainda se fala disse (e nunca mais consta que se repetiu).

Anunciam aumentos na despesa de um lado, omitem cortes da despesa noutro lado.

Anunciam cortes nos impostos de um lado, omitem aumentos nos impostos noutro lado.

É o que temos.




Hoje, 23 de Janeiro 2024, saiu a décima sondagem, da Intercampos.

Se olharmos para o gráfico da variação dos resultados ao longo do tempo, a AD está-se a afundar de forma expressiva. De uma tendência de 31% em meados de Novembro, ainda com a demissão do Costa quente, decorridos 2 meses perdeu 2.7 pontos percentuais (9% das intenções de voto). 

Fig. 1 - Evolução das intenções de voto na AD.


Mas o risco associado com as sondagens, não permite garantir que a AD está a fundar.

Testando estatisticamente no R com o código seguinte, a tendência é negativa em 0.3pp a cada sondagem mas não é estatisticamente significativa (t value de -0.958).

Em sentido contrário, as intenções de voto no CHEGA estão a aumentar 0.2 pp por sondagem mas também não é uma tendência estatisticamente significativa (t value de 0.748)

     AD=c(26.6,31.6,29.0,35.0,29.7,32.8,28.5,27.4,30.4,24.8)

     CHEGA=c(13.5,16.0,16.2,17.2,15.0,15.2,11.6,16.3,18.0,16.6)

     pesos=c(604,1102,802,575,803,803,611,805,801,637)

     dados=data.frame(x=1:10,AD,CHEGA)

     summary(lm(AD ~ x, data = dados,weights=pesos))$coefficients

     summary(lm(CHEGA ~ x, data = dados,weights=pesos))$coefficients



Nunca uma burrada aconselhada por uma récua ganhou eleições!

Parece-me "de que" no PSD uma récua aconselha uma burrada. 

Os especialistas catedráticos em economia não sabem nada de nada, dizem que vão pegar numa varinha marinha, dar um coice e dois pinotes, publicar duas portarias e três diplomas, e o PIB passa do crescimento de 0.85%/ano verificado nos últimos 20 anos para 3.50%/ano a verificar nos próximos 8 anos.

Se a Nossa Senhora de Fátima permitisse que a economia funcionasse assim, não haveria países pobres.

A AD mais não é do que uma récua a aconselhar uma burrada.

O Buraconegro ao dizer que "o PSD precisa de fazer as pazes com os reformados e pensionistas", pura e simplesmente,deitou para o lixo todo o trabalho patriótico feito pelos Passos Coelho no seu governo de salvação nacional e a dizer que o Costa esteve sempre certo, afinal havia outro caminho que não a austeridade para retirar Portugal da bancarrota. O caminho era dar tudo a todos a toda a hora.

Cambada de chulos.


Voltemos aos resultados

Esta última sondagem ainda não muda os resultados. 

Como mostrei, apesar de parece que a AD se está a afundar, como o processo de amostragem é "especulativo" os resultados mantêm-se mais ou menos iguais.

Posso então agregar as 10 sondagens. 

Fig. 2 - Agregação das 10 sondagens publicadas desde a demissão do António Costa


Comparando com os totais calculados com as primeiras 9 sondagens, as maiores movimentações são a descida da AD em 0.5 pp (de 30.2% para 29.7%) e a subida do CHEGA em 0.2 pp (de 16,8% para 17,0%).


Passo agora ao cálculo dos deputados.

Os resultados em termos de deputados não mostram alterações significativas. 

Fig. 3 - Número de deputados compatível com as sondagens (média e intervalo de confiança de 95%)


A AD fica, em termos médios, com um deputado abaixo do PS quando estava 0.2 acima (mas esta alteração não é estatisticamente significativa). 


Qual a probabilidade de o Buraconegro ser primeiro ministro?

O que é significativo é que o Buraconegro nunca vai chegar a primeiro-ministro.

A condição de só ser primeiro-ministro se a AD tiver mais votos do que o PS (já condescendo pois a afirmação foi "o PSD ganhar") e a Direita sem o CHEGA ter mais votos do que os esquerdistas do PS+PCP+BE+Livre e PAN está em 0.6%.

Uma hipótese em 160 de vir a ser primeiro ministro!!!!!!!

Lá volta ele ao mamarracho de Espinho.


 Qual a probabilidade de o Passos Coelho ser o próximo primeiro ministro?

A probabilidade de o PSD mais o CHEGA ter pelo menos 115 deputados (ter maioria absoluta ou empate) está nos 98%.

Está tudo bem encaminhado para nos vermos livres da récua.

Entre  o neto do sapateiro e o buraconegro, venha o diabo e escolha.



Saiu hoje, 19 de Janeiro de 2024, a nona sondagem sobre as legislativas de 10 de Março 2024.

Saiu mais uma sondagem da Euronew-Sol, o que faz com que a minha "macro-sondagem" que agrega as 9 sondagens depois da demissão do António Costa já tenha um total de 6900 respostas válidas. 
Em termos de tendências, represento os resultados sem abstenção na forma de gráfico para ser mais fácil ao leitor chegar à conclusão de que está tudo na mesma. 
A única tendência que podemos, com esforço, ver  é o CHEGA estar a aumentar à custa do BE e da IL mas tudo muito ligeiramente. São precisas mais sondagens para poder concluir.

Fig. 1 - Tendência das intenções de voto, 9 sondagens entre 17Nov23 e 19Jan24 


Não havendo tendência visível, posso agregar as 9 sondagens disponíveis (não consegui a "ficha técnica" da última sondagem) de que resultam 6900 observações.

Fig. 2 - Intenções de votos nas 9 sondagens depois da demissão do António Costa. O Total não considera a abstenção.

O efeito da AD foi linear.

Isto é, a fusão dos três partidos apenas juntou as intenções de voto no PSD, CDS e PPM (0.0% de intenções de voto). Desta forma e como anteriormente previ, a AD terá um ganho positivo de 3.5 deputados, 2 para o CDS e 1.5 deputados para o PSD.

Neste momento, a AD está verdadeiramente empatada com o PS, ambos com cerca de 78 deputados o que traduz que o PSD terá o mesmo resultado que teve em 2022. 

O CHEGA mantém-se nos 41 deputados, o BE nos 15 deputados e a Iniciativa Liberal está nos 13 deputados.

Nos partidos pequenos 
O PCP vai perder metade da já pequena bancada afundando para os 3 deputados (entre 2 e 4), o Livre vai perder o seu deputado com grande probabilidade (70% de probabilidade). 
Afinal, o deputado do Livre sempre se devia à Joacine Elysees Katar Tavares Moreira.
Gagueja, gaguejava, cuspia, dizia mal dos brancos mas era dinâmica e representava ideias novas e polémicas. O que lá está é mais do mesmo, sempre a falar dos consensos, da paz no mundo, do fim da fome e do sofrimento das criancinhas.
O PAN mantém a sua deputada, é um partido vivo mas que não sai dos cuidados intensivos.
O CDS ressuscitou por via do acordo com o PSD mas não vai salvar o Montenegro.


A probabilidade do Montenegro formar governo está em 1.1%.

Se cumprir a promessa de só querer ser primeiro ministro se o PSD tiver mais votos que o PS e o PSD+CDS+IL ter mais deputados do que o PS+BE+PCP+Livre+PAN (contando com a abstenção do CHEGA), então, apenas tem a hipótese um em cem de o conseguir.

Se considerar que a vitória da AD face ao PS é suficiente, a hipótese aumenta para um em 20.


A probabilidade do PSD+CHEGA ter maioria absoluta está em 95%.

Engraçado que o Montenegro tem 1 hipótese em 20 de ser primeiro ministro mas o PSD+CHEGA tem 1 hipótese em 20 de não ter maioria absoluta.

Nunca, jamais o PSD vai deixar o Montenegro apoiar um governo esquerdista com esta maioria absoluta.

Lá teremos novamente o Pedro Passos Coelho.


O Pedro Passos Coelho não tem aparecido e faz bem.

A campanha eleitoral está-se a transformar numa licitações de promessas totalmente irrealistas, cortar impostos e dar tudo a todos, a polícias, professores, médicos, jovens, velhos, activos, reformados, homens, mulheres e outros.

Quem faz tamanhas promessas não pode ser governo porque não vai poder cumprir o que promete.

O Passos Coelho sabe que as promessas do PSD são irrealistas pelo que, aparecendo, tinha de malhar no Montenegro e nos "economistas" que apoiam o programa de governo da AD.

Como o Passos Coelho não aparece, não precisa de malhar no Montenegro nem de prometer nada, faca de mãos livres para governar de forma racional. E o André Ventura, como vice primeiro ministro, tem a desculpa "Não sou eu o primeiro-ministro, se fosse, ..." 


Vamos crescer 3.5%/ano como?

Os "economistas sábios" do PSD dizem que vamos crescer 3.5%/ano mas como será isso possível se nos últimos 20 anos crescemos 0.86%/ano?

Seria bom mas o que propõem o "economistas sábios" do PSD para fazerem Portugal mais do que quadruplicar a taxa de crescimento dos últimos 20 anos?

Porque não prometem que vamos crescer 5%/ano? É um número como outro qualquer.

E toda a política de "dar tudo a todos e diminuir impostos" assenta neste crescimento económico totalmente irrealista.

Fig. 3 - Evolução do crescimento do PIB português está há 20 anos abaixo de 1%/ano (dados: Banco de Portugal)




Actualizado em 01/01/2024

O Montenegro está cada vez mais longe de ser primeiro-ministro.

Saiu mais uma sondagem, da Euronew-Sol, o que faz com que a minha "macro-sondagem" que agrega as 8 sondagens depois da demissão do António Costa já tenha um total de 6105 respostas válidas. 

Intenções de votos nas 8 sondagens depois da demissão do António Costa. O Total não considera a abstenção.

NOTA: um comentarista indica que o Total está mal calculado.
O Total não é a média dos valores das colunas porque, para efeito do cálculo dos deputados, temos de retirar a abstenção e os votos nos partidos que não são mostrados nas sondagens.
É desta forma que é calculado o famoso "42% para ter maioria absoluta".

Juntando as 8 sondagens, a previsão de deputados mostra o PS mais à frente do PSD, com 5 ou 6 deputados.
O CHEGA está seguro nos 40/42 deputados, o BE está com indicação de recuperação da bancada, com 14/16 deputados e a Iniciativa Liberal está nos 13/15 deputados.
Nos partidos pequenos, o PCP afunda para 3 deputados (entre 1 e 4) e o Livre deve perder o seu deputado (57% de probabilidade). 
Em sentido contrário, o PAN pode perder a deputada mas o mais provável é que mantenha a deputada, podendo chegar a eleger 2 deputados.
O CDS, qual Lázaro, está completamente morto, sepultado e cheira a podre. Bem sei que Jesus conseguiu, qual Montenegro, ressuscitar Lázaro mas não consta que este tenha sido o responsável pela elevação aos Céus de Jesus o Cristo.

Previsões do número de deputados com 8 sondagens e comparação com 2022


A probabilidade do Montenegro ser primeiro ministro está em 0.05%!!!!

Já são muitas observações e cada vez há menos hipóteses de o Montenegro conseguir que o PSD tenha mais votos que o PS (probabilidade de 2.5%) e que o PSD+IL+CDS tenham mais deputados do que a esquerda (0.05%).
A única boa notícia é que o PSD+CHEGA ainda tem 100% de probabilidade de ter mais deputados do que a esquerda e cerca de 60% de probabilidade de ter maioria absoluta.

É uma vergonha mas o Montenegro vai ter pior resultado eleitoral de sempre, abaixo do Rui Rio.

Ainda não há tendência mas, a haver, será do PS a subir nas intenções de voto (t-st de 1.76).

Tendência de evolução das intenções de voto ao longo das 8 sondagens



Votar no CHEGA é votar em Passos Coelho para primeiro-ministro.

Votos de bom ano novo e qualquer dia, volto aos cálculos.


"Perdemos mister!!!!". 
"O coração está a bater muito, não se preocupe 'minino' que ainda te dá o fanico, o Passos Coelho resolveu uma vez, resolve outra".


#código em R
for(i in 1:7800)
   {inter1 =sample(1:10,604,rep=TRUE,prob=c(0.227,0.244,0.140,0.087,0.098,0.033,0.031,0.046,0.020,0.074))
    cat = sample(1:10,1102,rep=TRUE,prob=c(0.216, 0.209, 0.119, 0.067, 0.052, 0.022, 0.015, 0.015, 0.015, 0.270))
    axi1 = sample(1:10,802,rep=TRUE,prob=c(0.203, 0.250, 0.123, 0.038, 0.052, 0.024, 0.015, 0.022, 0.011, 0.260))
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    sol2 = sample(1:10,803,rep=TRUE,prob=c(0.273,0.263,0.151,0.057,0.076,0.028,0.023,0.008,0.023,0.099))
    inter2 =sample(1:10,611,rep=TRUE,prob=c(0.159,0.180,0.082,0.047,0.062,0.016,0.021,0.021,0.011,0.283))
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    agregado=c(inter1,cat,axi1,sol1,ics,sol2,inter2,axi2)
    partidos=table(agregado)[-10]
    percentagem=partidos/sum(partidos)
    deputados=296*percentagem - 6.44
    deputados[deputados<0]=0
    deputados=round(deputados/sum(deputados)*230,0)
    print(unname(c(deputados)))
   }


27/12/2023

Com 7 sondagens depois da demissão de António Costa.

No total, tenho uma macro-sondagem com 5300 respostas em que, sem considerar a abstenção, o PS está na frente com 1.2 pontos percentuais.

Fig. 1 - Intenções de votos nas 7 sondagens depois da demissão do António Costa. O Total não considera a abstenção.

Juntando as 7 sondagens, a previsão de deputados mostra o PS está à frente do PSD com 2 deputados  (com 60% de probabilidade) ou 3 deputados (com 40% de probabilidade).
O CDS tem apenas 4% de probabilidade de eleger um deputado.

Fig. 2 - Previsões do número de deputados e comparação com 2022


Probabilidade de o Montenegro ser o próximo primeiro-ministro é de 1.7%.

O PSD tem de ter mais deputados que o PS e, pensando que o CHEGA se abstém, o PSD+CDS+IL têm de ter mais deputados que o PS+BE+PCP+Livre+PAN.
PSD>PS tem uma probabilidade de 18,6%
PSD+CDS+IL>PS+BE+PCP+Livre+PAN tem uma probabilidade de 1.8%
As duas condições conjuntamente, têm uma probabilidade de 1,7%

Probabilidade de o Passos Coelho ser o próximo primeiro-ministro é de 98.3%.

O PSD + CHEGA tem 100% de probabilidade de ter mais deputados do que a esquerda e 72% de probabilidade de ter maioria absoluta.
Subtraindo a 100% os 1.7% do Montenegro, ficam 98.3%.

No estudo da tendência
As intenções de voto estão estacionárias (para uma confiança de 95%, seria necessário que a Significância(1) estivesse nos 2.5%).
Parece haver uma diminuição da Iniciativa Liberal mas sem grande confiança.

Fig. 3 - Teste estatístico quanto à significância da tendência de voto indica estacionaridade.


22 de Dezembro 2023

Penso que apenas as sondagens realizadas depois de o António Costa se ter demitido de primeiro ministro traduzem as intenções de voto dos portugueses. 
As 5 sondagens realizadas entre 28 de Novembro e 22 de Dezembro somam 4085 respostas 

Fig. 4 - Intenções de votos nas 5 sondagens consideradas

Juntando as 5 amostras, obtenho uma estimativa para os deputados que cada partido vai eleger:

Fig. 5 - Previsões do número de deputados e comparação com 2022

Em termos de mudanças relativamente a 2022, o PS perde 40 deputados que vão para o CHEGA que aumenta 30 deputados, para a IL que aumenta 5 deputados e para o BE que aumenta 8 deputados.
O PCP afunda para metade (perde 3 deputados) e o Livre, PAN e CDS desaparecem.
Só os do PCP acreditam que o PCP não está a seguir o mesmo caminho percorrido pelo CDS.

Fig. 6 - Número de deputados do PCP e do CDS.


Cenário 1: Abstenção do CHEGA

PSD+ IL+CDS >  PS+BE+PCP+PAN+Livre

Probabilidade de 18%


Cenário 2: Governo de maioria absoluta com Passos Coelho + André Ventura

PSD+ CHEGA >  115

Probabilidade de 98%


Cenário 3: Governo minoritário de Luís Montenegro

Junto ao cenário 1, a condição PSD > PS

Probabilidade de 17%


Cenário 4: Governo de maioria absoluta com Pedro Nuno + André Ventura
Este cenário nunca irá acontecer mas foi teorizado por um comentarista :-)

PS+ CHEGA >  115

Probabilidade de 199,5%


Será que as sondagens se podem juntar?

Para juntar tenho de garantir que não existe uma tendência de mudança. Para isso tenho de calcular a  estatística t-student.

Peguei nas 5 sondagens, calculei a tendência temporal e o desvio padrão relativamente à linha de tendência.

Obtive a estatística t-student dividindo a tendência pelo desvio padrão e calculei a significância unilateral (linha a amarelo). 

Para as amostras traduzirem que houve uma alteração significativa das intenções de voto, na linha amarela os valores teriam de ser menores do que 5%. Não sendo, podemos rejeitar que entre o dia 28 de Novembro eo dia 22 de Dezembro aconteceram alterações nas intenções de voto. 

As diferenças é flutuação aleatória por, em cada sondagem, serem inquiridas pessoas diferentes.

Fig. 7 - Teste estatístico quanto à significância da tendência

Método de Hondt e o negócio PS+CDS

A distribuição dos deputados a partir dos resultado eleitorais utiliza o Método de Hondt. 

Vamos supor um circulo eleitoral com 11 deputados. 

O primeiro deputado será atribuído ao partido mais votado. Depois de atribuído, os resultados são divididos por (1 + deputados já atribuídos) e atribui-se com os "novos resultado" o segundo deputado.

Este processo continua até todos os deputados terem sido atribuídos.

Podemos ver que, com os resultados da macro-sondagem da Fig.1, o BE não elege nenhum deputado com os seus 7.0%.

Fig. 8 - Atribuição de um circulo com 11 deputados com os resultados da macro-sondagem


Daqui, é unânime na comunicação social que o Método de Hondt prejudica os partidos pequenos.

Mas é uma conclusão totalmente errada.

Acho estranho nunca ninguém o ter dito mas os partidos pequenos são "prejudicados" apenas e tão só porque há círculos eleitorais pequenos e não pelo Método de Hondt.

Se houvesse apenas um circulo eleitoral com 230 deputados, usando o Método de Hondt, cada partido teria os deputados proporcionais à sua votação o que prova que este método mantém a proporcionalidade.

Como podemos ver no quadro seguinte, os partidos pequenos são prejudicados por haver circulos eleitorais e não pelo Método de Hondt.

Fig. 9 - Atribuição de um circulo com 230 deputados com os resultados da macro-sondagem

Fig. 10 - Atribuição de deputados por circulo eleitoral


Se os círculos eleitorais fossem mais pequenos?

Pegávamos nos distritos maiores (Lisboa=48; Porto=40; Braga=19; etc.) e fazíamos círculos com 3 deputados, por exemplo, partíamos Lisboa em 16 círculos e o Porto em 13 círculos.
Neste caso, porque se torna muito mais difícil ao terceiro partido e seguintes de eleger deputados, os votos e os deputados vão-se concentrar nos dois partidos maiores.
Por exemplo, o Reino Unido tem círculos com apenas um deputado e o partido mais votado tem conseguido sempre a maioria absoluta. 

Mas existem alternativas com o mesmo efeito prático.
Na Grécia, havendo eleições e não sendo possível formar governo, são marcadas novas eleições nas quais o partido mais votado recebe um bónus de 50 deputados.

Criava-se um circulo nacional.
Actualmente um partido ou coligação consegue maioria absoluta com 42%.
Vamos supor que queríamos que um partido ou coligação tivesse maioria absoluta com 38% dos votos.
Para isso, diminuíamos  os deputados eleitos pelos círculos actuais para 207 e criávamos um circulo global com 23 deputados que seriam todos atribuídos ao partido mais votado.
Neste círculo poderiam estar os nomes ministeriável (e que não têm interesse em serem eleitos se o partido perder).


O CDS morreu pelo que é discutível se o PSD ganha alguma coisa com a aliança.

O CDS sozinho não é capaz de eleger nenhum deputado, morreu e vai desaparecer.
Unido com o PSD vai ser uma espécie de "Verdes" na CDU.
Os do PSD pensam que o CDS é capaz de fazer frente ao CHEGA mas se isso fosse verdade, porque razão as intenções de voto do CDS são próximas de zero e as do CHEGA vão nos 16%?
O PSD+CDS até pode ter mais um ou dois deputados mas vai criar, dentro da coligação, mais dificuldades em formar governo com o apoio do CHEGA.
Lembram-se da frase "Uma esquadrão de cavalaria à desfilada na sua cabeça não esbarra contra uma ideia, André Ventura" do presidente do CDS em 2022? 
O André Ventura ainda não esqueceu!
Por mais que os esquerdistas gritem "Vem ai o Lobo Mau", em 2024 vamos ter um governo PSD+CHEGA mas esse governo não terá o Buraconegro como primeiro ministro.

Fig. 11 - Pegar num moribundo e transformá-lo num super-herói funcionou no Robcop mas não funciona na vida real.

2 comentários:

Anónimo disse...

Já agora veja as médias que na primeira tabela estão mal calculadas, linha amarela

Silva disse...

Comentador, fdx.

O cenário 4 baseia-se no pressuposto de que o Ventura era um infiltrado socialista no PSD.
Saiu de lá para formar o Chega e assim ir dividindo os votos à direita e facilitar a vitória do PS de Costa que até já contava com a ajuda de Rui Rio, outro infiltrado socialista no PSD.

De relembrar, históricos como o Basílio Horta e o Freitas do Amaral onde foram parar.



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