A campanha eleitoral à direita começou com promessa de subida das pensões de reforma.
Pegando nas estatísticas sobre as pensões da Segurança Social, em 1990 totalizavam 4,6% do PIB. Traduz isso que, em cada 100 euros do PIB, 18€ iam para a depreciação do capital e, dos restantes 82€ líquidos, 4,60€ iam para pagar as pensões da Segurança social, isto é, 5,7% da riqueza líquida produzida em 1990.
Depois de 2000, essa percentagem foi aumentando até, quando estava em 9% do PIB, sermos atingidos, em 2011, pela Grande Bancarrota!!!!!!!!
A bancarrota aconteceu porque o Estado gastava bastante mais (a despesa pública) do que tinha de receita (os impostos). Para ultrapassar a Grande Bancarrota de 2011, foi preciso cortar nas despesas (nos salários dos funcionários públicos) e aumentar os impostos (o IRS).
Também foi preciso estancar o aumento do peso das pensões no PIB. O PS respeitou a política de "estancamento" de forma que, entre 2011 e 2022, o peso das pensões no PIB manteve-se em torno do valor qeu tinha em 2011, isto é, 8.7% do PIB.
Os 8,7% do PIB traduzem que em cada 100 € produzidos em Portugal líquidos (retirando a depreciação do capital), 10,6€ vão para as pensões.
É quem trabalha e quem investe que tem de pagar as pensões de quem não trabalha.
Não são os marroquinos nem os extraterrestres que pagam as pensões e subsídios da Segurança social mas apenas e tão só quem trabalha e quem investe.
Podemos dizer, como o Ventura (e os esquerdistas!!!!), que quem vai pagar são os bancos mas, no final, é preciso ir ao PIB e retirar uma percentagem maior da riqueza para as pensões.
Se retiramos essa riqueza dos salários (via TSU) , quem trabalha terá menos rendimento líquido.
Se retiramos essa riqueza dos lucros (via IRC), quem investe terá menos incentivos, diminuindo o investimento (e o crescimento económico diminui).
Se retirarmos dos Fundos Comunitários, haverá menos investimento (e o crescimento económico diminui).
Se retirarmos essa riqueza no IVA, os bens e serviços ficarão mais caros o que diminui, de forma indirecta, o rendimento disponível das pessoas.
A pensão média da Segurança Social é de 691€/mês mas, infelizmente, não pode aumentar.
A população portuguesa está a envelhecer rapidamente. Eu próprio, que há meia dúzia de anos era um jovem cheio de energia, hoje estou na inactividade à espera da minha aposentação (envelheço um ano a cada 12 meses :-).
Como cada vez há mais pensionistas e menos trabalhadores, o simples manter do poder de compra das pensões nos actuais 691€/mês vai fazer com que o peso das pensões no PIB aumente. Há estudos que dizem que pode atingir 13% do PIB em 2050.
1 comentários:
Independentemente das promessas dos políticos e dos votos dos eleitores, a solução continua a mesma:
Implementar, rapidamente e em força, reformas estruturais a começar pela abolição do SMN, liberalização dos despedimentos e abolição dos descontos seguindo-se ainda outras reformas estruturais.
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