terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Ninguém liga ao que os candidatos prometem.

Os partidos políticos são "clubes de futebol" e os votantes são "hooligans".

Não há nada que motive mais guerras do que a religião e esta é um conjunto de promessas que nunca serão cumpridas, nomeadamente, de que quem fizer o bem, seja isso o que cada um entender, vai para o Céu e, no fim do mundo, ressuscitará.

Os muçulmanos ainda prometem que, quem morrer em combate contra os infiéis, irá imediatamente para o Céu onde lhe esperam 72 virgens de beleza indescritível (fica à imaginação de cada um). Também se deve aplicar às mulheres (terem 72 homens castos à sua espera) pois não ouço os movimentos pela igualdade a reclamar.

Os presidentes dos clubes de futebol prometem mundos e fundos, e, quando não têm mais para escala para as promessas, gritam  "Até os comemos", momento em que as hordas  gritam até ficarem sem voz, tal qual, consta, faziam há milhares de anos no Coliseu Romano.


Não é possível baixar os impostos.

Mas todos o prometem.

Pode o IRS ou o IRC descer um bocadinho, um pontinho, mas vai ter de aumentar outro imposto qualquer. Na campanha eleitoral, esse imposto que vai aumentar é identificado como "Combate à fuga e evasão fiscal" ou "Receita fiscal induzida pelo crescimento económico".

Tudo falso porque a "fuga e evasão fiscal" são pequenas transacções, uma lavradeira vender na feira umas couves sem IVA, uma empregada a dias não passar factura, um arrendamento sem recibo, um biscato com pagamento em dinheiro.

Estas fugas, mais do que tudo, resolvem aos pequenos negócios dificuldades burocráticas como organizar a contabilidade, fazer a declaração trimestral do IVA ou relacionar-se com a segurança social por causa da mulher a dias. Nas maior parte dos "pequenos empresários" não são médicos, advogados, engenheiros nem professores, são pessoas que mal sabem ler e escrever e que, por isso, não conseguem lidar com a burocracia.


Há uns anos comprei um HDD em segunda mão.

Fui a uma loja na cave do Centro Comercial de Cedofeita e comprei um disco não me lembro por quanto a um fulano muito simpático. O vendedor mandou-me por email o recebi onde constava o IVA do valor total quando a isso não era obrigado (os bens em segunda mão pagam IVA da diferença entre o preço de aquisição e o preço de venda).

Disse-me ele "Eu não sei nada disso, faço da forma mais conservadora".


Outro dia, comprei umas couves a uma velhota.

Reparei que a Sr.a tinha uma ferida no lábio. Aproximei-me e disse, a "Sr.a tem ai uma ferida muito feia, tem de ir ao médico o mais rapidamente possível que isso pode ser um problema grave."

A velhota assumiu logo que eu era médico "Agradeço-lhe muito sr. dr., tenho desmazelado, tenho metido vaselina mas agora que o sr. dr. diz que pode ser grave, vou então ao centro de saúde ver isto. Leve umas couves que não lhe levo nada."


Isto vem a propósito das promessas do CHEGA.

Se o PCP e o BE prometem coisas totalmente mirabolantes como, por exemplo, que o congelamento das rendas vai permitir que todas as pessoas tenham casa digna pagando pouco ou que o fim dos privados vai fazer com que todas as pessoas tenham acesso a melhores escolas públicas, e ninguém diz que são demagógicos, também o André Ventura pode prometer o que sabe que nunca se irá concretizar.

Digamos que resulta da formação religiosa, prometer "Deus vai recompensá-la" e "Tem um lugar certo no Céu" a quem nos faz o bem mesmo que Deus são seja nosso funcionário nem o Céu seja nossa propriedade.


Alguém acredita que, com o Trump, as guerras da Ucrânia e de Gaza nunca teriam acontecido?

Ninguém acredita mas, mesmo assim, as pessoas gritam nos seus comícios.


O CHEGA está a fazer o seu caminho.

Quando os do PS, PSD, BE, PCP, LIVRE, PAN ou CDS vêm dizer que as promessas do André Ventura não são realizáveis, já todos sabemos, tal como sabemos que as promessas do PS, PSD, BE, PCP, LIVRE, PAN e CDS não são realizáveis.


Sobre os imigrantes terem de saber falar português.

Estava marido e mulher a ver televisão e a mulher disse, "Tenho reparado e a nossa vizinha recebe sempre um beijo do marido quando este sai e quando chega a casa, porque é que tu não fazes o mesmo?"

"Mas eu mal conheço a senhora, se tentar dar-lhe um beijo, ela vai chamar a polícia!"

Também o André Ventura disse "Os imigrantes têm de saber falar português" e os esquerdistas logo responderam "Mas os portugueses que foram para a França não sabiam falar francês e os que vão apra a Holanda não sabem falar holandês!"

Mas sabiam falar português que é isso que o André Ventura exige! Não disse "Têm de falar a língua do país para onde vão", disse "têm de saber falar português".


A promessa da convergência das pensões com o salário mínimo.

O André Ventura disse que, na condição de ser primeiro-ministro, demiti-se se não conseguir, ao fim de 6 anos, aumentar as pensões até ao salário mínimo.

Mas alguém imagina que o André Ventura vai ser o próximo primeiro-ministro de Portugal?

E, mesmo que o fosse, só ao fim de 6 anos é que consegue avaliar se o conseguiu.

É como eu prometer "Se eu, quando fizer 120 anos, não tiver conseguido acabar com a fome e a guerra no Mundo, vou a Paris a pé, subo pelas escadas ao cimo da Torre Eiffel e atiro-me dali abaixo".


Esta música é bonita: Promessas levas o vento.

1 comentários:

Silva disse...


"Não é possível baixar os impostos."

É a única medida sensata.

Começa assim:

Abolição do salário mínimo
Liberalização dos despedimentos
Abolição dos descontos

Seguem-se outras



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