Agora que o mandato do Governo está a terminar
É tempo de fazer um balanço que tem que passar pela comparação entre os 6 anos dos governos do José Sócrates e os 4 anos do governo do Passos Coelho + Paulo Portas.
É importante fazer esta análise porque aquele muito feio que parece um sapo (não tenho nada contra quem se parece um sapo mas não gosto em particular do Dr Ferro Rodrigues) veio dizer que o próximo governo será mais do mesmo.
Será a continuação das "políticas neoliberais" actuais ou será a "reposição do caminho de crescimento e emprego" do antigo governo do Sócrates.
Vou então comparar os 6 anos de "emprego e crescimento" com os 4 anos de "austeridade, empobrecimento e de destruição de empregos" como dizem os esquerdistas.
Vamos ao desemprego.
Na voz dos esquerdistas, porque acreditam que o povinho não tem memória, os governos do Sócrates foram de grande diminuição da taxa de desemprego. Mas isso não corresponde minimamente à verdade.
No mês em que o Sócrates tomou posse (Março de 2005) a taxa de desemprego era de 8,5% da população activa, de tal forma enorme que o Sócrates anunciou na sua campanha eleitoral que iria criar 150 000 postos de trabalho líquidos.
Acontece que no mês em que o Sócrates se foi embora a taxa de desemprego estava nos 11,3%.
Assim, nos governos do PS entre Março de 2005 e Junho de 2011 a taxa de desemprego aumentou de 8,5% para 11,3%, mais 3,8 pontos percentuais.
Ainda na voz dos esquerdistas, as políticas "neoliberais" do governo de direita fizeram disparar o desemprego mas isso também não é verdade.
No mês em que o Passos Coelho tomou posse (Junho 2011), a taxa de desemprego era de 12,3% da população activa e em Abril último o INE.pt avançou que a taxa de desemprego estava nos 13,0% da população activa.
O desemprego aumentou no tempo do Passos Coelho mas apenas 0,7 pontos percentuais. E continuando a tendência dos últimos 2 anos, vamos chegar a Outubro de 2015, mês das eleições legislativas, com uma taxa de desemprego inferior aos 12,3% de Junho 2011.
Vamos ao crescimento.
Na voz dos esquerdistas, os governos do Sócrates foram de grande crescimento do PIB mas isso não corresponde minimamente à verdade.
No trimestre em que o Sócrates tomou posse (1.ºT de 2005) o PIB trimestral foi de 43,486 mil milhões € e no trimestre em que se foi embora (2.ºT 2015) o PIB foi de 44,324 mil milhões € o que traduz uma taxa de crescimento do PIB de 0,30%/ano.
Também na mesmas vozes de burro, o governo "neoliberal" do Passos Coelho foi de grande empobrecimento. De facto, se compararmos o previsível PIB no 3.ºT de 2015 (42950 mil milhões €) o crescimento foi negativo (-0,66%/ano) mas não foi nada da calamidade que os esquerdistas anunciam.
Além disso, depois do período de estabilização da economia (correcção das contas com o exterior), a economia começou a crescer 1,3%/ano. Assim, depois de atingir um mínimo de -9,6%, já recuperou 2,2%.
Ainda falta o emprego.
Ninguém pode ser obrigado a trabalhar pelo que o nível de emprego não é uma variável normalmente usada para medir o estado do mercado de trabalho. Além do mais, a população portuguesa está a diminuir, muitos imigrantes ucrânianos foram para a Polónia e jovens decidir ir à aventura por essa Europa fora.
Como sabem, seria muito fácil aumentar emprego se a p-----da dos barcos decidisse dar à costa nas praias algarvias (e os deixássemos trabalhar).
Mas porque os esquerdistas dizem que o "governo neoliberal" destruiu muitos empregos, vamos ver as estatísticas do INE.
Aqui o Sócrates está empatado com o Passos Coelho. No tempo do Sócrates houve a "destruição" de 300 mil postos de trabalho e no tempo do Passos Coelho houve a "destruição" de outros 300 mil postos de trabalho.
Como a "destruição" de empregos não acrescenta nada á leitura da taxa de desemprego, nos últimos tempos o número de empregos está a aumentar 50 mil por ano (e a taxa de desemprego a diminuir 2 pp por ano).
E a produtividade.
Os esquerdista dizem que o "governo neoliberal" destruiu a economia o que, a ser verdade, implicaria que, ao nível da riqueza produzida por dia de trabalho (a produtividade), teria que haver uma diminuição.
Mas aqui não se vê nenhuma diferença entre o tempo do Sócrates, o tempo do Passos Coelho e o tempo dos anteriores governos.
O que se vê é que a produtividade do trabalho tem aumentado 1%/ano, sempre estável.
Este resultado é conhecido da literatura e traduz que o ajustamento das economias ao longo do ciclo económico (entre os períodos de crescimento e de contracção) não se faz pela redução da tendência da produtividade mas pelo desemprego.
Assim, no governo "neoliberal" não só não se observa qualquer destruição da economia nem no tempo do Sócrates uma especial "criação de riqueza".
Mas, então, o governo "neoliberal" foi igual ao governo do "emprego e crescimento"?
Sim, tenho que concluir que foram mais ou menos iguais.
No Sócrates o desemprego cresceu mais que no Passos Coelho (0-1).
No Sócrates o PIB cresceu ligeiramente mais que no Passos Coelho (1-1).
No Sócrates os empregos destruídos foram os mesmos que no Passos Coelho (1,5-1,5).
Mas há uma coisa que vai desempatar as contas.
É que nos governos do Sócrates houve uma endividamento massivo de Portugal e dos portugueses face ao exterior, coisa que o Passos Coelho não conseguiu fazer.
Nos 6 anos de mandato do Sócrates, houve um endividamento face ao exterior de quase 100 mil milhões €, dinheiro que depois foi preciso ir a correr com as calças na mão pedir à Troika. Foram "apenas" 125€/mês por cada português o que traduz que, nesses 6 anos, uma família de 4 pessoas gastou mais 600€/mês que a riqueza que conseguia criar.
Nos 4 anos de mandato do Passos Coelho, houve um pagamento de dívidas (poupança) face ao exterior de 8325 milhões € o que traduz que, neste 4 anos de governo "neoliberal" cada português poupou face ao exterior 18€/mês, 72€/mês numa família de 4 pessoas.
Nos governos socialista endividamo-nos 100MM€ e no Passos Coelho pagamos 8MM€.
Se em termos de performance económica (medida pelo desemprego+emprego+crescimento), o Passos conseguiu um empate com a "política de Emprego e Crescimento" dos governos socialistas, o facto de o ter feito sem recorrer ao endividamento externo e ainda termos pago alguma coisinha (já 8% do que foi pedido no tempo do Sócrates) dá uma clara vantagem ao governo "neoliberal".
No Sócrates o endividamento aumentou 100MM€ e no Passos Coelho diminuiu 8MM€ (1,5-2,5).
Venha então mais do mesmo.
Mais que esse mais do mesmo não seja as políticas malucas que o Costa quer retomar do tempo do Sócrates como passarmos a ser exportadores de energia ou líderes nas carripanas eléctricas.
Faz-me lembrar a maluqueira do Salazar de nos tornar "independentes na produção de trigo" o que levou não só à destruição do solo em vastas zonas do Alentejo como à fome.
Hoje tenho que falar do Ebola.
Já não se fala deste problema mas o problema persiste.
O número de novos casos está a diminuir para metade a cada 100 dias mas ainda existem cerca de 25 novos casos por dia o que é muito se pensarmos que, tirando esta epidemia, cada surto tem em média 140 casos.
Mas, lentamente, se tudo correr como está a correr, lá para Outubro 2015 será anunciado o fim da epidemia.
Vai coincidir a re-eleição do Passos Coelho com o fim do Ebola.
Hoje não há fotos de gajas boas.
Uma gaja toda boa (a Valeriivna) mandou-me um e-mail a dizer "o professor esqueceu-se que hoje faço anos."
Na volta mandei-lhe um bolo virtual.
A resposta foi "precisa urgentemente de ler os Evangelhos."
Ai meu Deus, livra-me dos mais pensamentos.
Agora é mesmo para acabar, quanto custarão os 4pp de corte na TSU?
A TSU são 34,75% do salário pelo que os 4 pp traduzem uma perda de receita da SS de 11,5%.
Como a receita da TSU são 14346M€/ano, haverá uma perda 1650M€/ano, 6600 milhões€ nos 4 anos.
Bem sei que o PS diz que isso vai criar emprego.
Mas se vai criar emprego porque é que a medida não é imediata e para todo o sempre?
E se cria emprego, porque não se reduz a TSU a zero?
É porque é uma história da carochinha.
Reduzir a TSU até pode criar emprego mas é preciso cobrir esse buraco com outros impostos (o IRC) e isso distroi emprego.
A menos que o Costa pense que pode voltar novamente aos défices de 10% do PIB do tempo do Sócrates.
O PS está tão enganado como o Syriza!
Ou então, quer enganar o povinho com miragens.
Pedro Cosme Vieira
Será a continuação das "políticas neoliberais" actuais ou será a "reposição do caminho de crescimento e emprego" do antigo governo do Sócrates.
Vou então comparar os 6 anos de "emprego e crescimento" com os 4 anos de "austeridade, empobrecimento e de destruição de empregos" como dizem os esquerdistas.
Fig. 1 - Dizer que alguém é "feio como um sapo" é xenófobo. E logo eu que até agrado muito às sapas.
Vamos ao desemprego.
Na voz dos esquerdistas, porque acreditam que o povinho não tem memória, os governos do Sócrates foram de grande diminuição da taxa de desemprego. Mas isso não corresponde minimamente à verdade.
No mês em que o Sócrates tomou posse (Março de 2005) a taxa de desemprego era de 8,5% da população activa, de tal forma enorme que o Sócrates anunciou na sua campanha eleitoral que iria criar 150 000 postos de trabalho líquidos.
Acontece que no mês em que o Sócrates se foi embora a taxa de desemprego estava nos 11,3%.
Assim, nos governos do PS entre Março de 2005 e Junho de 2011 a taxa de desemprego aumentou de 8,5% para 11,3%, mais 3,8 pontos percentuais.
Ainda na voz dos esquerdistas, as políticas "neoliberais" do governo de direita fizeram disparar o desemprego mas isso também não é verdade.
No mês em que o Passos Coelho tomou posse (Junho 2011), a taxa de desemprego era de 12,3% da população activa e em Abril último o INE.pt avançou que a taxa de desemprego estava nos 13,0% da população activa.
O desemprego aumentou no tempo do Passos Coelho mas apenas 0,7 pontos percentuais. E continuando a tendência dos últimos 2 anos, vamos chegar a Outubro de 2015, mês das eleições legislativas, com uma taxa de desemprego inferior aos 12,3% de Junho 2011.
Fig. 2 - Evolução da taxa de desemprego nos últimos 10 anos (dados: www.ine.pt)
Vamos ao crescimento.
Na voz dos esquerdistas, os governos do Sócrates foram de grande crescimento do PIB mas isso não corresponde minimamente à verdade.
No trimestre em que o Sócrates tomou posse (1.ºT de 2005) o PIB trimestral foi de 43,486 mil milhões € e no trimestre em que se foi embora (2.ºT 2015) o PIB foi de 44,324 mil milhões € o que traduz uma taxa de crescimento do PIB de 0,30%/ano.
Também na mesmas vozes de burro, o governo "neoliberal" do Passos Coelho foi de grande empobrecimento. De facto, se compararmos o previsível PIB no 3.ºT de 2015 (42950 mil milhões €) o crescimento foi negativo (-0,66%/ano) mas não foi nada da calamidade que os esquerdistas anunciam.
Além disso, depois do período de estabilização da economia (correcção das contas com o exterior), a economia começou a crescer 1,3%/ano. Assim, depois de atingir um mínimo de -9,6%, já recuperou 2,2%.
Fig. 3 - Evolução do PIB trimestral nos últimos 10 anos (dados: www.ine.pt)
Ainda falta o emprego.
Ninguém pode ser obrigado a trabalhar pelo que o nível de emprego não é uma variável normalmente usada para medir o estado do mercado de trabalho. Além do mais, a população portuguesa está a diminuir, muitos imigrantes ucrânianos foram para a Polónia e jovens decidir ir à aventura por essa Europa fora.
Como sabem, seria muito fácil aumentar emprego se a p-----da dos barcos decidisse dar à costa nas praias algarvias (e os deixássemos trabalhar).
Mas porque os esquerdistas dizem que o "governo neoliberal" destruiu muitos empregos, vamos ver as estatísticas do INE.
Aqui o Sócrates está empatado com o Passos Coelho. No tempo do Sócrates houve a "destruição" de 300 mil postos de trabalho e no tempo do Passos Coelho houve a "destruição" de outros 300 mil postos de trabalho.
Como a "destruição" de empregos não acrescenta nada á leitura da taxa de desemprego, nos últimos tempos o número de empregos está a aumentar 50 mil por ano (e a taxa de desemprego a diminuir 2 pp por ano).
Fig. 4 - Evolução do Emprego mensal nos últimos 10 anos (dados: www.ine.pt)
E a produtividade.
Os esquerdista dizem que o "governo neoliberal" destruiu a economia o que, a ser verdade, implicaria que, ao nível da riqueza produzida por dia de trabalho (a produtividade), teria que haver uma diminuição.
Mas aqui não se vê nenhuma diferença entre o tempo do Sócrates, o tempo do Passos Coelho e o tempo dos anteriores governos.
O que se vê é que a produtividade do trabalho tem aumentado 1%/ano, sempre estável.
Este resultado é conhecido da literatura e traduz que o ajustamento das economias ao longo do ciclo económico (entre os períodos de crescimento e de contracção) não se faz pela redução da tendência da produtividade mas pelo desemprego.
Assim, no governo "neoliberal" não só não se observa qualquer destruição da economia nem no tempo do Sócrates uma especial "criação de riqueza".
Fig. 5 - Evolução da produtividade do trabalho nos últimos 10 anos (dados: www.ine.pt, em €/dia de trabalho, cálculos do autor considerando 20% de amortização e 1/3 como remuneração do capital)
Sim, tenho que concluir que foram mais ou menos iguais.
No Sócrates o desemprego cresceu mais que no Passos Coelho (0-1).
No Sócrates o PIB cresceu ligeiramente mais que no Passos Coelho (1-1).
No Sócrates os empregos destruídos foram os mesmos que no Passos Coelho (1,5-1,5).
Mas há uma coisa que vai desempatar as contas.
É que nos governos do Sócrates houve uma endividamento massivo de Portugal e dos portugueses face ao exterior, coisa que o Passos Coelho não conseguiu fazer.
Nos 6 anos de mandato do Sócrates, houve um endividamento face ao exterior de quase 100 mil milhões €, dinheiro que depois foi preciso ir a correr com as calças na mão pedir à Troika. Foram "apenas" 125€/mês por cada português o que traduz que, nesses 6 anos, uma família de 4 pessoas gastou mais 600€/mês que a riqueza que conseguia criar.
Nos 4 anos de mandato do Passos Coelho, houve um pagamento de dívidas (poupança) face ao exterior de 8325 milhões € o que traduz que, neste 4 anos de governo "neoliberal" cada português poupou face ao exterior 18€/mês, 72€/mês numa família de 4 pessoas.
Fig. 6 - Contas de Portugal com o exterior, Balança corrente (dados: Banco de Portugal)
Nos governos socialista endividamo-nos 100MM€ e no Passos Coelho pagamos 8MM€.
Se em termos de performance económica (medida pelo desemprego+emprego+crescimento), o Passos conseguiu um empate com a "política de Emprego e Crescimento" dos governos socialistas, o facto de o ter feito sem recorrer ao endividamento externo e ainda termos pago alguma coisinha (já 8% do que foi pedido no tempo do Sócrates) dá uma clara vantagem ao governo "neoliberal".
No Sócrates o endividamento aumentou 100MM€ e no Passos Coelho diminuiu 8MM€ (1,5-2,5).
Venha então mais do mesmo.
Mais que esse mais do mesmo não seja as políticas malucas que o Costa quer retomar do tempo do Sócrates como passarmos a ser exportadores de energia ou líderes nas carripanas eléctricas.
Faz-me lembrar a maluqueira do Salazar de nos tornar "independentes na produção de trigo" o que levou não só à destruição do solo em vastas zonas do Alentejo como à fome.
Hoje tenho que falar do Ebola.
Já não se fala deste problema mas o problema persiste.
O número de novos casos está a diminuir para metade a cada 100 dias mas ainda existem cerca de 25 novos casos por dia o que é muito se pensarmos que, tirando esta epidemia, cada surto tem em média 140 casos.
Mas, lentamente, se tudo correr como está a correr, lá para Outubro 2015 será anunciado o fim da epidemia.
Vai coincidir a re-eleição do Passos Coelho com o fim do Ebola.
Fig. 7 - Número de novos casos de Ébola por dia (dados: wiki)
Hoje não há fotos de gajas boas.
Uma gaja toda boa (a Valeriivna) mandou-me um e-mail a dizer "o professor esqueceu-se que hoje faço anos."
Na volta mandei-lhe um bolo virtual.
A resposta foi "precisa urgentemente de ler os Evangelhos."
Ai meu Deus, livra-me dos mais pensamentos.
Fig. 8 - Feliz aniversário Valeriivna!
Agora é mesmo para acabar, quanto custarão os 4pp de corte na TSU?
A TSU são 34,75% do salário pelo que os 4 pp traduzem uma perda de receita da SS de 11,5%.
Como a receita da TSU são 14346M€/ano, haverá uma perda 1650M€/ano, 6600 milhões€ nos 4 anos.
Bem sei que o PS diz que isso vai criar emprego.
Mas se vai criar emprego porque é que a medida não é imediata e para todo o sempre?
E se cria emprego, porque não se reduz a TSU a zero?
É porque é uma história da carochinha.
Reduzir a TSU até pode criar emprego mas é preciso cobrir esse buraco com outros impostos (o IRC) e isso distroi emprego.
A menos que o Costa pense que pode voltar novamente aos défices de 10% do PIB do tempo do Sócrates.
O PS está tão enganado como o Syriza!
Ou então, quer enganar o povinho com miragens.
Pedro Cosme Vieira
1 comentários:
Caro Pedro:
o desemprego até pode cair abaixo dos 12% eventualmente,mas à custa de salários cada vez mais baixos;e os custos salariais tb incluem cortes de feriados,cortes nos pagamentos de horas extra,e outros sacrifícios dos trabalhadores; é tb falar nos empregos subsidiados pelo Estado e usados e abusados pelas empresas.Além disso,a emigração maçica nos últimos anos aliviou o mercado de trabalho.Tenho uma irmã licenciada em fisioterapia que foi obrigada a emigrar para frança porque cá o que lhe aparecia eram estágios de 500 eur em que o empregador tinha a lata de dizer que além do trabalho dela poderia tb ter de limpar casas de banho além de outros trabalhos domésticos.Não é so o desemprego que conta,tb é o subemprego quer em horas trabalhadas quer no subaproveitamento das capacidades das pessoas,e isso está indiscutivelmente pior nos últimos anos;e quantas pessoas já nem procuram trabalho,já passaram a inativos.Mas esta é a mais hilariante:então a produtividade aumenta e os custos salariais baixam?A economia estar má é desculpa para muita coisa nas empresas,enfim.A balança comercial está mais equilibrada,obvio:com trabalho barato exporta-se mais e com rendimentos mais baixos importa-se menos.A divida não parou de aumentar em % do pib,só este ano está mais ou menos a estabilizar. É obvio,com o PIB em queda a dívida em % do pib tb aumenta.A despesa publica está muito sufocada,basta ver o caos na saúde ou na justiça,como as demissões em blocos nas direções hospitalares.A pressão para empregar mais médicos,enfermeiros,guardas prisionais,etc,etc,é tanta,que em algum momento a despesa vai disparar(ate aí o governo ganha porque com as greves sucessivas é so poupança nos salários).O governo,claro,só está a empatar para a despesa não ocorrer neste mandato,está-se a ver mesmo que é o "que se lixem as eleições",pois,eu acredito.A crise de 2008 deu-se com o PS,logo as coisas correram pior do que se esperava,não se podem comparar períodos diferentes.O corte na taxa da segurança social está a ser uma trapalhada,isso é verdade,isso nem faz parte da matriz do PS,todo o mundo sabe que não vai acontecer nada disso.
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