segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Todos ganharam menos o Varoufakis

No Domingo foram as eleições Gregas e o Syrisa voltou a ganhar. 
Por causa do Tsipras ter adoptado o caminho da Austeridade, muitos dos deputados do ex-Syriza revoltaram-se, o que obrigou a que houvesse novas eleições para o parlamento grego.
Mesmo com a saída dos revoltosos, o abraçar (contrariamente ao prometido) da austeridade e a perda da "estrela" Varoufakis, o Tsipras conseguiu 145 deputados (contra 149 em Janeiro).

O António Costa já veio colar-se à vitória do Syriza (mas a medo).
Isso mostra porque vai sofrer a maior derrota desde Estalinegrado. 
É que o Costa quer jogar sempre pelo seguro, a semana passada não se revia (nem deixava de rever) no Syriza porque havia o risco de perder mas, agora que se sabe que ganhou, já veio dizer que "abre uma nova oportunidade".
Interessante não falas do Partido Socialista Grego que ficou pelos 6% dos deputados.

Para o Passos Coelho+ Portas também foi uma vitória.
Porque na Grécia, no fundo, o partido "neoliberal e da austeridade" é o Syriza.
Fica assim provado que o povo grego aceitou que não existe nenhum "outro caminho" além do "caminho da austeridade"
Não existe o "bater do pé à Europa" nem um "caminho de emprego e crescimento" alternativo ao "caminho da austeridade neoliberal" anunciado pelos esquerdistas (onde se inclui o PS do António Costa).
Em Portugal, o único caminho será então o "caminho do Passos Coelho."

Na Grécia o partido mais votado tem um bónos de 50 deputados (16,7% do total).
O PS deveria pensar nisso para cá.
Em Portugal, um partido precisa quase 44,5% dos votos o que, dada a dispersão da esquerda, é difícil de conseguir pelo PS. 
Se, por exemplo, 23 deputados fossem atribuídos ao partido mais votado (10% do total), um partido com cerca de 39% já teria maioria absoluta o que melhoraria as possibilidades do PS vir a formar, no futuro, um governo maioritário.
Talvez o melhor fosse que 207 deputados fossem distribuídos pelos actuais círculos eleitorais e, no final das contas, o partido mais votado escolheria, dentro das listas dos deputados, os 23 que queria que fossem cooptados para o parlamento.

O Varoufaquis foi o único derrotado.
Isso só mostra como a sua capacidade é pouca.
Tendo previsto que o Syriza estava acabado, errou completamente, o partido esquerdista que surgiu da cisão e que o Varoufakis apoiou é que não conseguiu eleger um único deputado.

E como vão as sondagens por cá?
A coligação PSD+PP vai definitivamente à frente.
Na sondagem da Católica, somando os dias todos já leva telefonemas para 1617 pessoas das quais responderam 970, declarando 260 o seu voto no PSD+PP e 243 no PS.
Estes números é o melhor que consigo "adivinhar" com a informação publicada.
Agora, vou pegar nestes números e, usando boostraping, ver qual a probabilidade de o PSD+PP estar mesmo à frente (e não em empate técnico).

O resultado foi 97%!
O PSD+PP está com uma probabilidade de 97% de, no dia 4 de Outubro, ganhar as eleições.
Existe uma probabilidade de 97% de acontecer ao António Costa o mesmo que ao Porta Voz do Saddam (Mohammed Saeed al-Sahaf) que, depois de no Hotel Palestina cantar vitória das tropas leais ao Saddam contra os americanos, "foi à casa de banho" para não mais aparecer.
Por falar no Seguro, esse é que vai ter a sua vitória, até pode ter um ataque do coração.

Fig. 1 - Hoje, 4 de Outubro, aconteceu uma estrondosa vitória do Estado Social sobre os neo-liberais de direita (discurso de Costa, antes de "precisar ir à casa de banho").

#Código de R que utilizei. 1 é PS, 2 PSD+CDS e 3 Outros + Não sabe + Não respondeu
total=1617; PS=246; PSD.PP= 290
dados<- c(rep(1,PS), rep(2,PSD.PP), rep(3,total-PS-PSD.PP))

# Simulo por boostraping 10000 sondagens
 ps<-0; psd <- 0
 for (i in 1:10000)
   {amostra<-sample(dados, total,replace=TRUE)
   ps[i] <- table(amostra)[1]
   psd[i] <- table(amostra)[2]}

#Calcula a probabilidade de PSD+CDS ganhar
res <- ps-psd
(length(res[res<0])+length(res[res==0]))/length(res)

Já não existe empate técnico.
O Costa, tal como o Varoufaquis e o PS grego, afundou-se definitivamente.
Vamos ter um governo minoritário mas, com o desmoronar do PS, tudo é possível. 

E a pretalhada?
Não há volta a dar, ou se faz um muro a cercar a Europa Ocidental ou vai ser preciso voltar ao modelo político da Europa do Sec. XIX (a Europa Imperial) em que os diferentes povos tinham direitos diferentes.
Inicialmente, os países sem fronteiras exteriores (Alemanha, Suécia, Austria, Noruega, Finlândia, etx.) começaram a mandar recados mas agora, com os refugiados a baterem-lhes à porta, estão calados.
Hoje já ouvi dizerem "queremos ir para um qualquer país europeu"
Talvez por isso é que o Louçã está calado!
No Império Português eram todos iguais, não havia distinção legal entre brancos, pretos, indianos e chineses  mas, depois, havia "os que nasceram ou têm um antepassado até à terceira geração que nascido na Europa" e os outros.

Fig. 2 - Como diz o povo, a coisa está mesmo preta.

Eu acho graça a história daquele refugiado que apanhou um pontapé.
E que agora vai ser treinador num clube qualquer espanhol.
Mas não foi a Espanha o primeiro país a fazer uma vedação em arame farpado para que os refugiados não entrassem em Ceuta?
Com a chicotada psicológica que se advinha no Benfica ... quem sabe, vir um refugiado de Ceuta!

Fig. 3 -É interessante haver jornalistas espanhóis na Hungria e não haver nenhum em Ceuta.

(22/9) A pedido, aqui vai
Como pediram algo gostosinhos, aqui vai uma imagem de uma campanha publicitária sobre a Praia da Vitória, Estado do Espírito Santo, Brasil (521 km a Norte da ciade do Rio de Janeiro, ver).
Realmente, a água é cristalina.

Fig. 4 - Esta menina vai mostrar os Segredos da Vitória
 
 
Pedro Cosme Vieira

1 comentários:

Lura do Grilo disse...

Falta uma miúda boa. De resto ... de acordo!

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