Penso que a decisão dos eleitores já está tomada.
Os partidos que tinham de subir já subiram e os que tinham de descer já desceram.
Agora, é esperar pelo dia 10 de Março e confirmar as sondagens.
No fundo as sondagens nunca falham.
A previsão da percentagem de votos nas eleições com base nas sondagens é uma variável aleatória que pode assumir qualquer valor entre 0% e 100%. Relativamente ao número de deputados, um partido pode ter entre 0 deputados e 230 deputados.
A sondagem contém informação pelo que podemos ter mais confiança nuns resultados do que noutros. Em particular, posso calcular o valor central (a média) e o intervalo de resultados possíveis onde vai cair o valor real com 95% de confiança.
Sendo assim, sendo a previsão de que a AD vai ter entre 72 e 80 deputados não é impossível que, na noite do 10 de Março, possa ter 50 ou 120 deputados, apenas é muito pouco provável.
Digamos que não apostava dinheiro que a AD vá ter maioria absoluta mas não meto a minha cabeça no cepo por isso.
Vamos aos resultados de hoje.
Já tenho 15 sondagens que somam 11650 respostas mas vou considerar apenas as últimas 8 sondagens que somam 6350 respostas (e comparar com as primeiras 7 sondagens).
Para mostrar que a AD não está nada em grande dinâmica, apresento o gráfico da evolução da distância entre a AD e o PS.
É verdade que as últimas 3 sondagens mostram a AD à frente do PS mas, no quadro geral, o PS aparece à frente em 7 e a AD em 7, tudo empatado (a média das 15 sondagens dá 30,2% para a AD e o 30.5% para o PS, mais empatado não podia estar).
Parece-me é que os partidos mais pequenos se estão a afundar, com os votos a concentrarem-se no PS+AD+CHEGA.
É o voto útil a funcionar. Tirando Lisboa e Porto onde os pequenos partidos podem eleger um deputados (precisam de 2.1% e 2.5%, respectivamente), o BE só tem hipóteses em Setúbal e a IL em Aveiro.
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