terça-feira, 27 de julho de 2021

Telma Monteiro é a personificação de Portugal

Em tempos, diz a História, Portugal teve audácia.

Houve quem se fizesse ao Oceano em pequenos barcos de madeira empurrados pelo vento, arriscando e perdendo a vida, para avançar sem temor a descobrir terras.

Em tempos a Telma Monteiro também foi audaz mas agora não quer correr o risco de perder, prefere engonhar, sornar, estar à babuje, sempre à espera que a adversária ataque e cometa algum erro. 

Quando o ataque da outra a manda ao chão, levanta rapidamente os baços e grita "Deixa que eu vi primeiro, é meu, venci!" quando não aconteceu nada disso.

O problema da Telma nas Olimpíadas foi que o combate tinha duas pessoas e, apesar de a Telma ter "feito um combate espectacular",  a outra fez melhor, ao fim do mesmo tempo e com a mesma intensidade, não estava cansada e continuava a labotar.


Portugal é igual.

O Costa é quem governa mas, indirectamente, materializa os eleitores portugueses o que se vê na falta de ideias do rui banana rio.

É empatar.

O importante é repor direitos do passado, segurança em trabalhos que não prestam, dias de férias sem um tostão no bolso, comboios e aviões que não nos levam para lado nenhum e de mala vazia.


A vitoria obriga a não ter medo de perder.

Todos os momentos o Costa pensa "Mas se eu fizer isso, perco votos" e isso só nos pode levar à derrota. Depois, anuncia "Vamos crescer até 2022 como nunca antes no último século de 25 anos" mas esquece-se de dizer que o PIB hoje é menor que quando ele tomou posso.

Bem podem dizer que foi uma crise não dependente do governo mas isso é sempre a desculpa de mau pagador. Terá culpa a crise que o Passos Coelho teve que enfrentar?


Já agora, ninguém fala na re-nacionalização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo?

Era um guerra dos esquerdistas todos contra o neoliberal Passos Coelho e agora, está tudo calado.

Então?


Os espanhóis são muito estúpidos.

Tinham uns comboios que iam mandar para a sucata e que portugal comprou a peso.

Fez umas pequenas reparações e ficamos com comboios novos.

Pensei logo eu, "os espanhóis só podem ser estúpidos, devem ser pessimamente governados, naturalmente, muito mais pobres do que nós".

Estava enganado, os espanhóis são 20% mais ricos do que nós!

Não é com um governo socialista cujo grande investimento é abrir linhas de comboio que outro governo socialista fechou que vamos a algum lado.

Fig.1 - Comprei este carro na sucata a um gringo, fiz umas pequenas reparações e ficou como novo. Gasta apenas 15 litros aos 100km.


domingo, 25 de julho de 2021

Dêem-me o dinheiro da Bazuca que eu gasto-o e, assim, ajudo as empresas.

O primeiro ministro usou este argumento e ninguém o contrariou.

Isto acontece porque ninguém, seja no governo, na oposição ou nos comentários percebe seja o que for de economia.

Em tempos tentei, em tempos, ensinar economia a alunos de jornalismo. Fui saneado porque não lhes consegui ensinar nada. É tal a intoxicação do espaço público por relações erradas, senso comum sem sentido e lógica torpe que é impossível ensinar economia aos jovens de hoje.

A economia hoje é uma religião em que os sumos sacerdotes, Louçã, Catarina Martins, PEdro Nuno Santos, e muitas mais cavalgaduras, ditam e os jovens (que se dizem inteligentes) absorvem da mesma forma que eu absorvi que o profeta Moisés subiu ao Monte Sinai e lá, já Moisés descalço, Deus escreveu na pedra, com línguas de fogo, os 10 Mandamentos.

Um dia, no fim de uma aula que foi uma total algazarra (mas onde eu nunca parei de falar e de mostrar diapositivos), terminei dizendo "Hoje isto correu muito bem". Os alunos fizeram silêncio e lá uma rapariga perguntou "Correu bem como?". "Sim, correu muito bem, pagaram-me 900€ e não me ficou a doer nada."


Vejam então o argumento do Costa.

O Costa diz que vem ai a bazuca da Europa mas, espremidas bem as coisas, são 6,54% do PIB de 2019 a dividir por 7 anos, anualmente uns míseros 0,93% do PIB. E mais de 1/4 desse dinheiro vai directamente para tapar o buraco da TAP.

Engraçado que as remessas dos nossos emigrantes são 1,69% do PIB de 2019 e ninguém anuncia a toda a terriola que vai que "Vêm ai as remessas dos emigrantes".

O dinheiro vem, maioritariamente, para o Estado gastar. O argumento do Costa é que quando o Estado gasta, está a dar o dinheiro às empresas e às pessoas.

Quando manda fazer casas, estradas ou rotundas, está a dar dinheiro às empresas de construção civil. Quando adquire meios informáticos, está a dar o dinheiro às empresas de software e de computadores. Quando compra veículos, está a dar dinheiro às empresas de carros.

Isto até pode ter lógica se nos concentrarmos nas notas mas a economia não são notas mas trabalho das pessoas e bens e serviços que o Estado vai consumir sem nenhum ganho para a Economia.


Ainda não convenci ninguém!!

Então, o dinheiro que venha para mim que eu compra um iate e dou o dinheiro aos estaleiros navais. Compra apartamentos e dou o dinheiro às construtoras. Como e bebo e dou o dinheiro aos restaurantes ... No entretanto, pago IVA e ajudo o Estado.

Dêem a massa que, usando a lógica do Costa, é a melhor forma de ajudar não a mim mas as empresas a quem vou comprar os bens e serviços e o Estado com o IVA.


Infelizmente, não consegui convencer ninguém.

Nem convenci que era bom dar-me o dinheiro a mim nem que é má ideia dá-lo ao Costa.

Por causa disso, é que nos estamos a transformar a grande velocidade no país mais pobre da Zona Euro.

No entretanto, a banda vai tocando, o rui banana rio a arranjar temas para safar o Costa (número de deputado, constituição de um tribunal qualquer, e outras merdas) e o navio vai afundando.


Vou acabar com o COVID-19.

 Não vou acabar com a pandemia mas acabar este poste falando da pandemia.

Parece que a semana que acabou no dia 21 de Julho foi o ponto pior desta vaga (com uma média de 3295 positivos por dia), estando a tendência a mostrar que o número de contaminados já começou a diminuir ligeiramente (na semana que acaba hoje tivemos 3196 positivos por dia) . 

O número de mortos está a aumentar  (média de 12 mortos por dia) mas temos que aguentar, esperando que a vacinação continue a fazer efeito.

Fig. 1 - Evolução do Rt nos últimos 61dias (dados: DGS. Na zona a vermelho, os casos aumentam, na zona a verde, os casos diminuem).


Israel está a dar a 3.a dose aos mais velhos.

Uma dose de vacina é muito barata, todas abaixo dos 20€ (a da Astrazeneca tem um preço abaixo dos 2,0€) pelo que, em termos económicos faz todo o sentido dar a 3.a, 4.a ou 5.a dose da vacina pois, se bem não fizer, mal não faz nenhum.

Israel vai dar a 3.a dose porque observa nas entradas nos hospitais que os mais idosos que se vacinaram há mais de 6 meses estão a ficar doentes, a vacina está a perder eficácia.

Por isso, tudo aponta para a necessidade de vacinar a cada 6 meses.

Vamos começar a dar a 3.a dose aos maiores de 70 anos o mais rapidamente possível e deixemo-nos de conversa fiada.


terça-feira, 20 de julho de 2021

O avião eléctrico como risco tecnológico do TGV

Quando ensinava Cálculo Financeiro...

Metade do curso era dedicado ao risco.

todos os investimentos têm risco que resulta de se aplicarem recursos no presente mas só obtermos a recompensa no futuro. Como desconhecemos o futuro, quando calculamos a rentabilidade de um investimentos temos em mente um cenário que pode não se concretizar.

Quanto maior for o prazo de análise, maior é o risco porque o futuro distante é muito mais difícil de prever que o futuro próximo.

Por exemplo.

Investimos hoje 1000 milhões € numa barragem pensando (o cenário futuro) que vão ser produzidos nos próximos 50 anos uma  média de 150 MW de electricidade a  0,025€/kwh.

Neste investimento a rentabilidade será de 2,20%/ano.

Imaginemos um cenário tecnológico adverso, que a evolução nos painéis solares fazem a electricidade cair para 0,01€/kwh. Então, a rentabilidade do investimento cai para prejuízo (-1,56%/ano). 

Pelo contrário, imaginemos um cenário tecnológico positivo, apesar de a evolução nos painéis solares fazer a electricidade cair para 0,01€/kwh (durante o dia), a barragem consome  electricidade durante o dia e produz durante a noite (em média, a produção de 150 kw passa a ser vendida a 0,04€/kwh).  Então, a rentabilidade do investimento aumenta para 4,88%/ano. 


Vamos ao risco tecnológico do TGV.

O TGV é um investimento de muito longo prazo, com um horizonte temporal de 50 anos e que tem os seus fundamentos nos anos 1970, custo elevado do petróleo (usado nos aviões) e da electricidade muito baixo (produzida em centrais nucleares).

Decorridos 50 anos, muita coisa evoluiu mas os decisores políticos mantém argumentação semelhante, os combustíveis dos aviões emitem gases com efeito de estufa e a energia eléctrica com origem renovável tem tendência a diminuir de preço.


"Não digo nada porque não tem a ver com o ambiente que eu tutelo".

O ministro do ambiente foi apanhado a mais de 200km/h. Recordo que o limite de velocidade de 120km/h nas auto-estradas foi imposto nos anos 1970 para poupar combustível e que hoje se mantém para não se enviar tanto CO2 para a atmosfera, o que tem a ver com o ministro do ambiente! 

Pelos vistos, o argumento é falso, nem o ministro do ambiente se lembrou da razão para haver limite à velocidade dos automóveis.    


O problemas do decisor político é manter-se parado.

O TGV foi pensado há 50 anos e muita coisa mudou no entretanto mas o decisor político mantém-se nesse passado distante (como Salazar se manteve, relativamente ao Império, em 1900) e, além disso, não pensa que o TGV terá que encarar o futuro até 2070.


O risco tecnológico para o TGV vem do avião eléctrico!!!

Há apenas 5 anos atrás, um maluco disse que ia construir carros eléctricos, os Tesla.

Eu não acreditei e o certo é que já andam milhares desses carros por ai.

Também há quem diga ser viável termos aviões eléctricos.

Malucos? Acontece que já existe um avião totalmente eléctrico e que voa, a Alice, que transporta 10 pessoas, a uma velocidade de 440 km/h (50% superior ao TGV), com um consumo de energia de 9 kwh/100km por passageiro, consumo inferior ao TGV.

(Pode levar 14 pessoas se não levarem malas).

Actualmente, com as actuais 260 kwh/kg, o alice tem uma autonomia de 300km (já dá para ir do Porto até Lisboa em 40 minutos) mas que irá crescendo à medida que  aumentar a densidade das baterias. Observando que a densidade tem crescido cerca de 6%/ano (ver o que diz o Elon Musk), daqui a 10 anos já será possível uma viagem directa de 540 km em avião eléctrico de Bragança a Faro em 1h20m.

Além de ser eléctrico, para levantar ou aterrar, o ALICE precisa de uma pista com apenas 800 m.

E dizem que têm um custo 90% inferiores aos actuais jactos privados.


A vantagem dos aviões é a altitude.

todos sabemos que, quando o nosso carro anda mais depressa, gasta muito mais gasolina. A evidência mostra que, quando aumentamos a velocidade em 1%, o consumo aumenta em 1,67%. Desta forma, um carro a 100km/h que gasta 4,2l/100km, gastará 5,6 l/100 a 120km/h.

Imaginem agora o nosso carro (ou o TGV) a 300 km/h.

Acontece que o atrito do ar é proporcional à densidade e, por exemplo, a 35 mil pés, 10000 m, de altitude, a densidade do ar é de apenas 33%. Além disso, o avião não tem atrito nas rodas!

Desta forma, o TGV gasta mais energia a 300km/h do que um avião a 900km/h.

Se o avião for eléctrico e económico, o TGV fica sem razão de existir, vai ficar com as linhas prontas para o sucateiro Godinho levar.


Imaginem que a ALICE vai em frente!

E imaginem ainda que não terá necessidade de piloto, utilizará "piloto automático".

Nessa altura, contrariamente ao TGV que é muito rígido, toda a terra, terriola e lugarejo vai fazer uma estrada com 800 m para que a ALICE possa levantar e aterrar.

A ALICE está por ali, entram os 10 passageiros com as suas malas na mão e arranca, automaticamente, para o destino.

Imaginem que o custo vai ser competitivo!

Quem é que vai andar de TGV?

Recordo que somos governados por um louco burro.

Aquele Pedro Nuno Santos já levou a TAP ao charco e não descansa enquanto não levar a Groundforce à falência.

E o banana Marcelo vai ajudar atacando o privado em favor do maluco. Está tudo choné.

Mas isto é apenas o princípio pois o objectivo do maluco é levar todo o Portugal à falência, para nos tornar numa verdadeira democracia à imagem da Venezuela, Cuba e Nicarágua.

Sim, a Nicarágua era uma democracia até que os esquerdistas ganharam as eleições. Agora, está tudo na cadeia por "atentado à segurança do estado".

Os esquerdistas ganham as eleições porque, assim que alguém da oposição diz que é candidato, metem-no logo na cadeia (confirmar, que disto o Louçã não fala, só fala da Hungria e da Polónia dizerem qualquer coisa sobre os gays. Na Nicarágua é a democracia verdadeira).


ALICE, ALICE meu amor, tira-me deste manicómio, por favor.




segunda-feira, 19 de julho de 2021

A covid-19 em Portugal, Brasil e Argentina é igual mas a comunicação social ...

 Pelas notícias que ouvimos, o Brasil é um caos.

Digamos que o Bolsonário e todos os governantes de direita são negacionistas e que, por causa disso e das más políticas que implementam, a Covid-19 tem crescido d eforma descontrolada no Brasil.

Eu fui ver os dados para comparar a performance do vírus no Brasil (governado por um maluco  da direita demagógica) com a performance na Argentina e em Portugal (governados por pessoas competentes de esquerda).

Peguei no número de casos positivos e dividi pela população, 211 milhões no Brasil, 44,94 na Argentina e 10,3 em Portugal.

Até ao dia de hoje, a Argentina tem um total de 10,6%, o Brasil 9,2% e Portugal 9,1% da população já foi contaminada.

Não pode ser, a Argentina tem mais casos que o Brasil e ninguém fala disso e Portugal só tem menos 0,1% que o Brasil, onde a comunicação social fala de uma tragédia só semelhante às pragas do antigo Egipto!!!!!!! 

E se analisarmos apenas os últimos 14 dias, estamos com mais positivos que o Brasil!!!!! e com uma dinâmica de crescimento explosiva.

É assim a comunicação social que temos!


Fig. 1 - Evolução dos contaminados totais com Covid-19 em % da população (dados, compilados na wikipedia).


Fig. 2 - Evolução dos contaminados nos últimos 14 dias com Covid-19 em % da população (dados, compilados na wikipedia).


sexta-feira, 16 de julho de 2021

Porque será que a economia portuguesa não cresce desde 2000?

Se ouvirmos os políticos, os últimos 20 anos têm sido de grande sucesso económico.

O problema é a realidade!

Se olharmos para as estatísticas ....

Ainda no Estado Novo, entre a nossa entrada na EFTA e 1974, crescemos 6,7%/ano. 

Já em democracia, entre 1974 e 2000, que a propaganda esquerdista diz ter sido um período de grande crescimento económico, crescemos metade, 3,2%/ano.

Depois de 2000, praticamente que estamos parados, estagnados, como diz o crioulo da Guiné-Bissau, estamos arretados, com um ténue aumento de 0,3%/ano.

Pior ainda, desde a Crise-do-sub-prime, regredimos 0,1%/ano.


Fig. 1 - Evolução do PIB português relativamente ao ano 2000 (dados, World Bank)


Por "coincidência", estagnamos quando entramos no euro.

As coincidências estatísticas com apenas uma observação têm o problema de poderem ser acidentais, serem relações espúrias.

Detalhando a evolução do crescimento do PIB, reparamos que não existe um instante caracterizado por um acontecimento específico (o 25-de-abril, a entrada na UE, o início do Euro ou a crise do sub-prime) mas uma constante degradação ao longo do tempo da nossa capacidade de crescer.

Assim, começando em 1960 com um crescimento de 6,7%/ano, crise após crise, ano após ano, governo após governo, a nossa taxa de crescimento tem caído estando em terreno negativo há mais de 10 anos. 


Fig. 2 - Evolução da taxa de crescimento do PIB português (dados, World Bank)


O que poderíamos fazer para voltar a crescer?

Ontem estive a ver um programa na RTP1 com sábios de economia, "O que ficará depois dos fundos europeus", e, sem qualquer admiração, apenas se referiram acções do Estado.

Era muito afirmado "Portugal deveria fazer isto e isto e aquilo" referindo-se sempre ao que o Estado deveria fazer.

Mas é sabido que é nos países em que o Estado faz mais coisas que o crescimento económico é mais pequeno!


Porque o Estado é pernicioso para a Economia?

Existe vasta literatura que prova que as intervenções do Estado são negativas para a Economia. Interessante os nossos esquerdistas estarem sempre a falar da ciência mas não aplicarem o que diz a ciência económica.

Eu, porque apresentei estes estudos num curso de introdução à economia, fui saneado. Lembrei-me de Sócrates, o filósofo, estava a corromper a juventude.

1 = O Estado é uma pessoa, um governante, que tem gostos e preferências pessoais, não representando os gostos e as preferências das pessoas que governa.

Por exemplo, um qualquer governante maluco gosta muito de comboios. Então, vai gastar milhões dos impostos a fazer comboios (que ninguém quer usar), impostos esses cobrados sobre os combustíveis dos automóveis que as pessoas adoram usar.

2 = Mesmo que o governante quisesses satisfazer os gostos e as preferências das pessoas, não tem como os medir.

As pessoas revelam os seus gostos e o processo produtivo os seus custos através do sistema de preços. 

Se, por exemplo, as pessoas gostam mais de pêras do que maçãs, se é mais custoso produzir pêras do que maçãs, então, o preço de mercado das pêras vai ser superior ao preços de mercado das maçãs.

Se, por exemplo, as pessoas gostam mais de vermelho do que amarelo e se é igualmente custoso produzir vermelho ou amarelo, inicialmente, o preço do vermelho será superior ao do amarelo o que vai fazer com que, a prazo, se deixe de produzir amarelo.

3 = O governante, ao ser apenas uma pessoa, não usa da experimentação para descobrir o caminho do progresso.

O crescimento da economia resulta de aparecerem novos bens. Durante o processo de investigação e desenvolvimento não é certo o impacto que o novo bem vai ter na economia.

Pro exemplo, o computador.

O primeiro computador apareceu em 1943 com um objectivo em mente de resolver o problema do ataque à "Ponte sobre o Rio Kwai" (mais ou menos:-). Os bombardeiros tinham que voar a grande altitude de forma a não serem atingidos pelo fogo anti-aéreo. Então, quando largavam uma bomba, era remota a probabilidade de atingir um alvo pequeno como uma ponte. A ideia seria, sabendo a velocidade do avião, conseguir calcular a altura em que deveria ser largada a bomba para atingir o alvo.

Teria que ser medida a altitude, 12000m, e a velocidade do avião, 600km/h, e a velocidade média do vento e a sua direcção relativamente ao solo, 35km/h a 35º. A partir dai seria dada a direcção do voo e o instante em que a bomba seria lançada.

A velocidade e direcção do vento seria calculada resolvendo o "problema inverso": era lançada uma bomba e, observando o local de queda, calculada a velocidade do vento.

Depois disso, e porque essa tecnologia foi "vazada" para empreendedores privados, enormes novas oportunidades foram exploradas.


A economia é como um formigueiro.

A governante, a formiga mestre do formigueiro, não tem políticas. De manhã, as formigas não sabem onde está a comida mas saem "feitas tontas", cada uma para o seu lado, afastando-se até 100 metros do buraco, à procura de comida. Regularmente, volta ao buraco para "recolher informação".

Quando uma formiga, por sorte, encontra comida, chegando a casa, transmite às irmãs que encontrou comida e, a partir dai, uma percentagem das "formigas tontas" imitas essa viagem.

Desta forma, um processo totalmente aleatório transforma-se num algorítmo inteligente de procura.


Para haver inovação são precisas muitas pessoas em concorrência.

Em vez de um governante "iluminado" a apostar 10 mil milhões em Hidrogénio Verde, Comboios ou outras maluqueiras quaisquer,  haverá 1000 pessoas a apostar cada uma 10 milhões em produtos e tecnologias concorrentes e alternativas.

De entre essas 1000 pessoas, 900 vão falhar totalmente, com perda total, 90 vão conseguir uma inovação capaz de cobrir os custos, 9 vão conseguir ter lucros razoáveis e uma vai conseguir uma inovação disruptiva, capaz de induzir um avanço na humanidade.

A inovação disruptiva não acontece por essa pessoa ser mais inteligente que as restantes 999, o Steve Jobs, o Bill Gates, o Mark Zuckerberg e tantos outros não são mais inteligentes que tantos outros que falharam mas, juntaram a sua capacidade à probabilidade o que, em termos populares se chama sorte.

A inovação tem risco e do risco surge a sorte e o azar.


Vamos fazer uma aplicação ao Futebol.

Meter uma criança no futebol tem, para os pais, um custo de 1000€.

A criança tem a probabilidade de 99,99% de não dar nada e uma probabilidade de 0,01% de ganhar 15 milhões €. 

É positivo os pais meterem o filho no futebol porque, em termos médios, o lucro será de 500€: 

(15000000€*1 - 1000€*10000)/10000 = 500,10€

Mas os pais de 9999 das crianças vão ter um prejuízo de 1000€.


Vamos fazer uma aplicação às vacinas para a Covid-19.

Muita gente meteu-se a investir na produção de vacinas mas só alguns conseguiram resultados. 

Agora os esquerdistas querem o fim das patentes das empresas que tiveram sucesso mas não querem as patentes das vacinas cubanas, russas ou chinesas! Também já não querem da Astrazeneca nem da Jhonson! Querem só bife do bom!

Um colega meu do Judo, o Pedro Madureira, meteu-se a fazer uma vacina (a Immunethep). Não me perguntou nada porque acha que eu sou um nabo, mas a minha opinião teria sido "vai ter perda total porque a primeira vacina que aparecer vai excluir do mercado todas as outras e não tens capital nem tecnologia para seres o primeiro a desenvolver a vacina".

Meteram-se, os resultados são promissores mas o mercado já está inundado com milhares de milhões de vacinas que usam tecnologia superior. Deram agora de cabeça contra um muro de 20 milhões € necessários para começarem os testes clínicos. Perda total.

Muitos perderam, poucos ganharam mas a humanidade progrediu.


Vamos fazer uma aplicação ao Vieira e ao Benardo.

O Vieira, o Benardo e tantos outros arriscaram e perderam. 

Num país que assuma que o risco é fundamental para o desenvolvimento, as pessoas seriam compreensivas. Pensariam "falharam porque esbanjaram dinheiro ou porque foram vítimas as circunstâncias?". Se foram vítimas das circunstâncias, tem que se lhes perdoar para que possa continuar a haver pessoas que arriscam.

A comunidade como um todo, ao aceitar a existência de Empresas de Capital Limitado está a limitar as perdas potenciais dos empreendedores. 

Se os esquedistas são mesmo a favor da ideia de que quem tem perdas tem que ficar reduzido à miséria, que acabem com as Empresas de Capital Limitado.

Mas os esquerdistas meteram, em nome dos portugueses, na TAP, CGD, METRO, CARRIS, STCP, etc., e perderam dezenas de milhar de milhões de euros e continuam a dizer que fizeram tudo bem e que essas empresas são estratégicas. 


O que tem que acontecer para a economia portuguesa voltar a crescer?

Dar liberdade às pessoas,

Diminuir o peso do Estado na economia,

Como sociedade, passarmos a dar valor a quem arrisca e tem lucro,

Como sociedade, passarmos a perdoar a quem arrisca e tem prejuízo.

Será isto possível?

Penso que não, enquanto derem importância a pessoas como as Mortáguas ou o Pedro Nuno Santos e sanearem pessoas como eu!

domingo, 11 de julho de 2021

O LF Vieira é mais uma inocente vítima do BES

Não nos esqueçamos que o Luís Filipe Vieira tem apenas a Quarta Classe.

Quando olhamos para o LFV vemos um homem sábio mas, de facto, como confessou na comissão de inquérito, é "um simples paquete com apenas a quarta classe".

Anda de Mercedes e usa fatos caros mas não passa de um quarta classe.

O problema dos "quarta classe" é que pensam que o "problema do café" é o mais sofisticado que existe no mundo dos negócios (era um dos problemas mais difíceis do livro da quarta):

Um merceeiro comprou café arábico a 2,50$/kg, café robusta a 3,50$/kg e cevada torrada a 0,50$/kg. Sabendo que juntou 5 kg de café arábico com 10kg de café robusta e 15kg de cevada, se a margem de lucro pretendida for de 50%, qual deve ser o preço que deve pedir pelo café de mistura?

Resposta: Deve afixar o preço de (5*2,50+10*3,50 + 15*0,50)/30*(1+0,5) = 2,75€/kg.


O que aconteceu ao Vieira.

O BES tinha uns imóveis que valiam 6 milhões € mas que estavam no balanço do BES com o valor de 60 milhões €. Digamos que o Salgado usou a inflação do valor dos imóveis para esconder que o banco estava falido.

Sabendo que o Vieira é um quarta classe, chamou-o a uma conversa onde lhe propôs um negócio. Cou transcrever a conversa que foi obtida por uma escuta falsa.

-Amigo Vieira, és um quarta classe mas muito mais inteligente e sábio que muitos professores doutores - diz o Salgado.

- Só o Dr. Salgado é que me dá valor, é verdade que comecei a trabalhar como paquete mas, no entretanto, tirei vários doutoramentos na universidade da vida.

-  Não me chame dr., chame-me Salgado ou pelo meu primeiro nome, De-vinha-d'alho. Mas eu chamei-o aqui porque tenho um óptimo negócio com uns imóveis. Coisa coisa pequena, para 60 milhões€, com um desconto porque Basileia 3 obriga o BES a despachar a coisa por metade do valor.

- Basileia ou Brasileira? Eu não tenho essa massa dr. De-vinha-d'alho, onde é que vou arranjar os 60 milhões?

- Fazemos aqui um negócio à sua medida, sem qualquer risco e, no fim, tem a sua percentagem .Isto é só um negócio de fachada, aquilo continua nosso mas o Core Tier 1 obriga-nos a tirar aquilo do balanço, coisas do BCE. 

- Então diga lá dr.

- O Amigo Vieira entra com 10%, 6 milhões, e o resto nós concedemos crédito em que a garantia são os imóveis.

- Mesmo assim, onde é que vou arranjar os 6 milhões?

- O seu amigo, o Rei das Pitos, ou outro qualquer entra com os 6 milhões, não faltam investidores, estou-lhe a falar apenas porque somos amigos, isto é dinheiro em caixa.

-Mas isso não vale os 60 milhões.

- Vale muito mais mas não se preocupe amigo Vieira, depois de vender, tira os 6 milhões para o Rei dos Pitos, outro tanto para si e, o que sobrar, fazemos uma re-estruturação da dívida até esse valor. Não tem risco nenhum.


Para o quarta classe, parecia um bom negócio.

Só que, no fim, o Salgado pediu ao Vieira para assinar um "papel sem importância que vai ficar no fundo de uma gaveta apenas para o caso de algum outro administrador levantar problemas, são pessoas sem nenhum conhecimento de como funciona o mundo dos negócios, teóricos. E isto nem tem valor legal porque, como é casado em comunhão de bens, é obrigatório que a sua mulher também assine" (o que é mentira).

Esse papel dizia apenas "Eu, Luís Filipe Vieira, dou o meu aval pessoal, assinatura".


O que aconteceu a seguir?

O BES faliu e veio-se a saber que os imóveis pouco valiam. O Vieira ficou com uma empresa proprietária de uns imóveis que valeriam, na melhor das hipóteses, 6 milhões, uma dívida de 54 milhões ao Novo Banco garantidas por aval pessoa e ainda o Rei dos Pitos a arder em 6 milhões.

Acabou por ser um péssimo negócio.

O Vieira teve que se ver livre de todos os bens que tinha ganho enquanto paquete pois, caso contrário, lá se iam (por causa do aval).


O Novo Banco vendeu o crédito mas os filhos do Vieira deveriam ter direito de remissão.

O Novo Banco colocou a dívida à venda e conseguiu 5 milhões € pagos pelo "Davidson Kempner".

O Vieira achava que os filhos tinham direito de remissão  (O direito de remissão compete "Ao cônjuge que não esteja separado judicialmente de pessoas e bens e aos descendentes ou ascendentes do executado é reconhecido o direito de remir todos os bens adjudicados ou vendidos, ou parte deles, pelo preço por que tiver sido feita a adjudicação ou a venda.", Artigo 842.º do CC).

E os filhos até estavam disponíveis para "dar mais qualquer coisinha, dar 6 milhões" mas os do Novo Banco não quiseram, optaram por vender pelos 5 milhões €! Isto é estranho porque seria menos prejuízo para o Fundo de Resolução.


Depois, o Rei dos Pitos comprou a dívida à Davidson Kempner.

Foi um negócio totalmente transparente e legal, pagando o preço que a DK exigiu (não tendo melhor proposta).

E como o Rei dos Pitos é uma pessoa séria e honrada, disse ao Vieira, "Eu só quero recuperar o meu dinheiro, os 6 milhões iniciais mais os 8 milhões que meti agora. Se isto der mais, é teu".

Onde é que está o crime?


Acabando com o Benfica.

Não em acredito que o Vieira tivesse metido 2,5 milhões € ao bolso mas, mesmo que tal tenha acontecido, é o salário.

O Vieira está no Benfica desde 2003, 18 anos sem salário.

Dividindo 2,5 milhões por 18 anos, 14 meses por ano e ainda descontando os 23,75% da TSU, dá 8 mil € por mês.

Para comparar, em 2018 o vogal do Benfica Domingos Soares de Oliveira recebeu 20 mil€ por mês e Presidente Portista Pinto da Costa 47800€/mês!

O Vieira ficou barato!


É uma desonestidade intelectual da acusação.

Da mesma forma que o Bruno de Carvalho (e os da Juveleo) foram acusados de terrorismo e de crimes terríveis contra o Sporting e contra a Humanidade para virar a opinião pública contra o Grande Carvalho, esta inventona serve para retirar o apoio dos benfiquistas ao Grande Vieira.

É sempre a mesma cartilha, Burla, Falsificação de Documentos, Prevaricação, Corrupção Activa e Passiva para Ato Ilícito, Branqueamento de Capitais, Tráfico de Influências, ...


Pensem nisto!

 O Davidson Kempner ter comprado por 5 milhões € não foi crime nenhum mas o Rei dos Pitos ter comprado por 8 milhões € ao DK já é um chorrilho de crimes.

Fig. 1 - Esta história toda resulta de o Cabrita precisar do Mercedes do Vieira enquanto tem o BMW na oficina.

Para acabar, será que o Covid-19 não infecta durante a semana?

O Costa criou "limitações de liberdade" ao fim de semana para tentar controlar as infecções com o covid-19 e as pessoas perguntam se o vírus, entre as 23h e as 5 da manhã ou ao fim de semana contaminam mais".

As limitações têm lógica (para quem defende limitações) pois a redução da capacidade de infecção é um fenómeno estatístico.


O risco de contágio.

Vamos supor que o Rt é de 1,4 e que, em média, uma pessoa contacta com 1 pessoa por hora.

Como a "vida" da covid é de 5 dias, isto traduz que o risco de uma pessoa positiva contaminar outra que encontra é de 40%/(5*24) = 0,33%.

Havendo 100 mil "contaminados activos", então, ao falarmos com outra pessoa escolhida aleatoriamente, temos um risco de ser contaminados de 0,032%

100000 / 1030000 * 0,33% =  0,032% (um contágio em cada 3120 contactos).

Diminuindo os contactos, mesmo que seja apenas ao fim de semana, o número de contágios irá diminuir.

Se o Rt é de 1,4, se durante 2 dias na semana as pessoas não contactarem ninguém, o Rt diminui para 1.


Fig.2 - Número diário de mortos, média semanal (dados DGS)


Temos muito contaminados mas poucos mortos.

Estamos com 3000 casos e 6 mortos por dia.

Quando, no Natal, antes da vacinação, estávamos com 3000 casos, havia 70 mortos por dia.

Uma diferença substancial na gravidade da doença.

Mas, enquanto a vacinação avança, temos que estar preparados para bater recordes no número de  contaminados e um aumento no número de mortos até 20 fatalidades por dia.

Recordo que, por dia, morrem  330 pessoas de causas que não o Covid-19, por exemplo, 12 pessoas por "Acidentes, envenenamentos e violências" e 82 pessoas por "Tumores malignos".

É que já em convenci que, somando todas as causas, acabamos todos por morrer.

Até o Vieira, os super-juízes e os justiceiros.


Da esquerda à direita, fala-se de corrupção como se fosse a causa de todos os nossos problemas.

Reparem bem.

O governo governa mal, a oposição opõe-se mal, o juízes ajuízam mal, os polícias policiam mal, os professores professam mal, os motoristas motoristam mal e, no fim, tudo fica branqueado porque a culpa é da corrupção.

Mas ainda nenhum desses justiceiros, que vão da estrema esquerda à estrema direita, conseguiu demonstrar que, de facto, a corrupção causa um prejuízo substancial à economia.

Falam em milhares de milhões mas de onde vêm esses números, nada.

É óbvio que sim é senso comum mas também é óbvio e senso comum que o Sol anda à volta da Terra.

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