quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Sempre que nos aproximamos da bancarrota, surge o TGV

Os socialistas têm um fetiche com ir do Porto a Lisboa por terra em 1h15.

Portugal tem muitos problemas de que resulta que praticamente não crescemos há mais de 20 anos. Se no tempo do Cavaco Silva a nossa economia cresceu 3,7% por ano, desde 1999, tem crescido apenas 0,7%/ano. 

A principal razão para não crescermos é os governos socialistas serem populistas, ganhando eleições com promessas de políticas de rendimentos (aumento desenfreado do salário mínimo nacional) sem tomar em consideração que temos câmbios fixos relativamente aos nossos principais parceiros comerciais.

Este modelo é copiado a partir da Venezuela onde, apenas em Agosto de 2018, o Desgoverno aumentou o salário mínimo em 3300%.

Evolução do PIB português entre 1980 e 2022 (dados, Worldbank)

O nosso crescimento anémico tem feito com que nos atrasemos relativamente aos parceiros mais pobres da Europa que, um após outro, nos têm ultrapassado em termos de nível de vida.

Sendo os socialistas populistas, endividam cada vez mais o país para cumprir com as suas políticas desastrosas.


Portugal deve 275 mil milhões de euros.

Quando a taxa de juro estava nos 4%, Portugal gastava cerca de 10000 milhões € por ano em pagamento de juros. Quando as taxas de juro desceram para zero, era tempo para Portugal usar a poupança em juros para amortizar a dívida mas não, gastou ainda mais. 

Agora, como os juros estão a explodir, vamos cair novamente na bancarrota.


Já alguém fez um estudo sobre a necessidade de haver TGV?

Já alguém perguntou se alguém está disponível a pagar mais do dobro do actual preço de uma viagem de comboio para reduzir o tempo da viagem para metade?

Não.

Na década de 1980, viajaram de comboio em todas as "ligações nacionais" (excluindo os comboios suburbanos) uma média de 36 mil pessoa por dia. Na década de 2010, já só viajaram 20 mil pessoas por dia, uma queda de quase 2%/ano.

Essa tendência de queda mantém-se hoje, com uma diminuição de ano para ano no número de passageiros.

O projecto para o TGV vai ter 64 comboios de 634 assentos o que dá 40 mil lugares por dia, mais do dobro de todos os passageiros que actualmente circulam em todos os comboios nacionais. 


No nossa sorte é que, como em 2011, vem aí a bancarrota.

Em 2020-2021 a taxa de juro a 10 anos estava nos 0,25%/ano. Em poucos meses, disparou para 3,3%/ano. Mais um pouco, caímos outra vez nos míticos 7%/ano do tempo do Sócrates+Teixeira dos Santos.

Vamos ouvir gritar "Perdoa-nos Passos que não sabíamos o que fazíamos".




segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Será que o Costa nos preparou para as nuvens negras que vejo no horizonte?

Há várias verdades na vida e uma delas é que as crises se repetem.

Por mais que se contestem os avanços da ciência económica, há algo que não pode ser colocado em questão. É que a economia tem tendência para crescer ao longo do tempo mas sofre de ciclos económicos, isto é, em metade dos anos o crescimento económico é maior do que a média e em outra metade dos anos a economia cresce menos que a média. Em particular, há anos em que a economia regride.

Olhando para os dados desde 1960 do PIB per capita, Portugal cresceu 2,76%/ano e os USA 1,93%. Em média, por cada 5 anos em que houve crescimento económico, houve um ano em que houve contracção da economia, crise.

O crescimento económico permite que produção média de cada português seja cerca de 5,3 vezes o que produzia em 1960€.


Se alguém gritar "Abriguem-se que vem ai uma crise económica" vai sempre acertar.

As crises económicas são como a morte, é certa mas a hora é incerta. Alguém dizer, "a crise é para o ano" está sujeito a erro mas "vem ai uma crise" acerta sempre.

A questão que coloco é se, tendo havido uma crise em 2008 a que tivemos muita dificuldade em responder por causa da fragilidade das contas públicas, havendo hoje uma crise, estamos mais preparados.


Pois parece que não!!!!

No início da crise de 2002 (de que já ninguém se lembra, quando o Durão Barroso disse "estamos de tanga") a dívida pública era 60% do PIB.

No início da crise do sub-prime (quando o Sócrates disse "o PEC 4 vai resolver tudo"), a dívida pública estava aumentada para 73% do PIB.

Actualmente, a dívida pública está em 118% do PIB. Deveria ter diminuído de acordo com a seta a vermelho para estarmos hoje na mesma situação que tínhamos em 2008!!!!!!!!!

Dívida pública portuguesa em % do PIB (Pordata)


A dívida aumenta a cada crise até explodir-nos.

Em 2011 o Passos Coelho, com muitos sacrifícios, conseguiu safar-nos da bancarrota.

Imagino que agora já não haverá quem nos salve, vai mesmo acontecer a banca rota.

Se compararmos o que aconteceu durante o Passos Coelho (queda do PIB per capita de 6,8%) com o aconteceu com os esquerdistas gregos (queda de 25%) podemos prever o que vem aí.

Evolução do PIB per capita português e grego relativamente a 2007


quinta-feira, 15 de setembro de 2022

O problema é que não há gás, logo, não há eletricidade.

No senso comum  a crise resulta dos preços elevados da energia.

Mas a realidade é totalmente diferente, a crise resulta de não haver gás russo.

O ano passado, por cada 100 kwh consumidos na Europa Ocidental, 10kwh foram gás natural importado da Rússia. De repente, a Rússia cortou o fornecimento desse gás natural havendo então necessidade de cortar no consumo.

Temos então que reduzir o nosso consumo de energia em 10% e 40% de consumo de gás.

Não há como dar volta a isto, não vale a pena subsidiar o consumo de energia porque não há energia suficiente para mantermos o nível de consumo do ano passado.


O corte na oferta é ainda superior a 10%.

É que houve redução na produção de petróleo russo (que poderia ser usado em substituição do gás natural) e na produção de fertilizantes de síntese (produzir um kg de nitrato de amónia gasta 1,5 m3 de gás natural).

Já estão a ver porque a UE quer que cortemos 15% no consumo de energia e o Costa foi lá dizer que "Portugal não precisa poupar até podendo substituir a Rússia como fornecedor de gás natural à Alemanha"?


Não será possível arranjar alternativas?

Muito difícil porque é difícil aos outros produtores de energia aumentar de forma tão substancial a sua produção num curto prazo. 

Além disso, aumentar a produção obriga a investimentos de milhares de milhões de euros a amortizar em 50 anos. E se, por exemplo, o Qatar investe 100 mil milhões € a aumentar a capacidade de produção e liquifação de gás natural e, daqui a um ou dois anos, a Europa Ocidental faz as pazes com a Rússia e deixa de comprar o gás ao Qatar? Quem fica com o prejuízo?

Prova de que se procuram alternativa à energia russa é observar-se o aumento explosivo na procura de carvão (e consequente aumento do preço). Em 2019 o carvão foi transaccionado a 62€/ton (e em 2020 a 50€/ton) e nos últimos 3 meses foi transaccionado a 360€/ton, um aumento de 480%.


Como vamos obrigar as pessoas a consumir menos energia?

Existem três soluções possíveis.

1= As pessoas reduzem de forma voluntária o seu consumo (desligam o aquecimento e o ar condicionado, andam mais de vagar e reduzem as deslocações de automóvel, consomem menos produtos intensos em energia como aço e alumínio).

2 = O Estado impõe racionamento. Por exemplo, desliga a electricidade nas casas em que gastem mais de 100kwh / pessoa por mês.

3 = Aumenta-se o preço da energia quer pelas "forças do mercado" quer cobrando taxas adicionais sobre o consumo de energia.


Não se pode subsidiar o consumo de energia!!!!

O preço tem aumentado porque não há energia disponível e as pessoas não querem, de forma voluntária, diminuir o consumo em 15%.

Se não vão a bem, têm de ir a mal, o preço tem de subir até as pessoas se sentirem obrigadas as reduzir o consumo de energia em 15%.


Vamos supor a seguinte situação.

O Costa é o chefe de comitiva de 100 pessoas vão fazer uma viagem pelo deserto com a duração 20 dias. No início da viagem cada pessoa recebe 100 moedas de "1 Neuro", um total de 10000 Neuros.

A água é vendida a 1 Neuro cada litro.

Sendo assim, cada pessoa pode comprar e consumir 5 litros de água por dia.

Começou a viagem e o camião de apoio pensava levar 10000 litros de água quando  apenas levava 9000 litros (houve um erro na conversão de libras para kg).

Ao fim de 10 dias, o condutor do camião deu conta do erro, reparou que já só tinha 4000 litros de água e as pessoas ainda tinham 5000 Neuros na carteira. A solução que encontrou foi aumentar o preços da água para 1,25 Neuros/litro. Desta forma, as pessoas vendo que tinham menos poder de compra, reduziram o consumo para 4 litros por dia.

A ideia do chefe de comitiva foi "Para que não passem sede, vou dar 10 Neuros a cada pessoas".

Mas o que as pessoas precisam é de água no camião, não é de Neuros no bolso pois o problema não é o preço elevado mas sim o não há mais água para consumir.


Não há alternativa à austeridade.

Quando tivemos, em 2008-2011, a grave crise que se chamou do sub-prime/divida soberana, o Passos Coelho pregou que as crises só se podem ultrapassar reduzindo o consumo, isto é, com austeridade.

O Costa gritou que era uma política errada, que dar dinheiro às pessoas iria fazer a economia crescer.

Vamos ver se vai agora aplicar essa máxima que nos últimos 10 anos não se cansou de gritar.

Ainda no outro dia, no Parlamento, gritou "o que a Direita quer é voltar à austeridade" a que totalidade da Direita gritou GASTE-SE COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ.

Fig. 1 - Entre meados de 2019 e inícios de 2020, a dívida pública a 10 anos estava nos 0,3%/ano e, em 6 meses, saltou para os 2,78%/ano (tradineconomics). Nem na bancarrota do Sócrates o aumento foi tão rápido.


As pessoas não compreendem como o consumo se liga ao consumo.

Sempre que eu tentei ensinar esta ligação, falhei.

Quando os esquerdistas não compreendem como a economia funciona, atacam-me como se o problema fosse eu!!

E tudo começou com uma pergunta, numa conferência, que fiz há 20 anos ao Louçã "Estuda as crises na Economia Capitalista mas, sendo de esquerda, não deveria também estudar as crises nas Economias Socialistas? Será que por lá não há crises?"

Acabei perseguido e despedido não por ser incompetente nem por ter dito algo errado mas acusado de ser racista, xenófobo e misógino!


Mas vamos ao que interessa.

Se não há gás suficiente para o consumo, o preço vai aumentar o que incentiva os consumidores a gastar menos (e os produtores a utilizar tecnologias mais caras para substituir parte da falta).

Mas globalmente, no conjunto de todos os bens da economia, só há duas soluções.

1 = Os preços todos aumentam (há inflação) mas os salários mantêm-se iguais (diminui o poder de compra).

2 = Os salários aumentam de acordo coma inflação mas a taxa de juro aumenta (aumenta a poupança).

Estranhamente, o efeito do aumento da taxa de juro é igual ao efeito de o salário se manter constante!!!

É que, por um lado, diminuir o poder de compra faz diminuir o consumo e, por outro lado, aumentar a taxa de juro faz aumentar a poupança que é o mesmo que dizer que vai diminuir o consumo.


E se o Costa "compensar" o aumento dos preços da energia e aumentar os salários?

Como não faz nada para que a produção de energia aumente, apenas vai fazer com que os preços da energia aumentem ainda mais. O que o Costa deveria fazer era pedir às pessoas para que poupassem energia, vestindo mais roupa no Inverno.

Ao aumentar os salários (por exemplo, via Salário Mínimo Nacional), vai dar o sinal aos investidores que vem ai o descalabro À moda do Sócrates.


Como é que o Costa vai agora dar a volta ao problema?

Vai ter que fazer o que fez o Imperador Hiroito no fim da Segunda Guerra Mundial (passou rapidamente de guerreiro a pacifista, levando ao suicídio dos "falcões") .

Ver-se livres dos esquerdistas que querem mais e mais e mais como se até amanhã não fizesse mais sentido e rodear-se daqueles que se contentam com menos.

De qualquer forma, temos todos que nos preparar para a austeridade mas com outro nome, talvez, à moda do Putin, "reagrupar as tropas".

É a política real.

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Uma contribuição para o fim da confusão na circulação das trotinetas

Quem tem uma trotineta eléctrica não sabe onde pode circular.

No dia 8 de Janeiro de 2021 entrou em vigor o Decreto-Lei n.º 102-B/2020, de 9 de Dezembro, que altera o Código da Estrada em favor da micro-mobilidade:

A) O velocípede (a bicicleta) passa a ter os mesmos direitos que os veículos com motor sem perder o direito de circular nas ciclovias. Desta forma, os automóveis têm de ceder prioridade às bicicletas que se apresentem pela direita, como se estas fossem automóveis.

B) A trotineta eléctrica é considerada uma bicicleta quando tem "motor eléctrico (...) com potência máxima contínua de 0,25 kW e atingindo a velocidade máxima em patamar de 25 km/h (...)  (Al. b, n.º 3 do art. 112º do CE).

Claro que existem problemas na definição de "potência máxima contínua" pois o que temos é uma brochura do vendedor, por exemplo, a Xiami Pro 2 refere "uma potência nominal de 300W e uma potência máxima de 600W". Como a trotineta não é homologada, ninguém sabe como os valores anunciados pelo vendedor se transformam em "potência máxima contínua" para efeito do CE.


E as trotinetes mais potentes?

Vamos aceitar que as trotinetas ligeiras, que anunciam um peso até 16 kg e 350W de potência nominal estão cobertas pela al. b), n.º 3 do art. 112º do CE e que, por isso, podem circular nas ciclovias desde que a menos de 25km/h.

Subsiste o problema de descobrirmos o que são as outras trotinetas, que anunciam 2000W de potência nominal e velocidade máxima de 60km/h.


Serão ciclomotores?

Uma leitura textual da definição de ciclomotor (têm duas rodas e potência máxima inferior a 4 kW  (Al. a, n.º 3 do artigo 107º do CE), levanos a pensar que as trotinetas mais potentes caiem nesta categoria.

Sendo assim, as trotinetas mais potentes têm de ter matrícula e os condutores têm de ter carta de condução.

Mas, se assim fosse, como todas as trotinetas caiem nesta classe, seriam todas ciclomotores!


Não, não são ciclomotores nem velocípedes.

As trotinetas menos potentes são velocípedes por causa da al. b) do n.º 3 do art. 112º do CE.

E as trotinetas mais potentes não são velocípedes mas também não são ciclomotores por causa n.º 5 do art. 112º do CE (falta o decreto regulamentar): "O regime de circulação e as características técnicas de trotinetas com motor elétrico (...) que não respeitem o disposto na alínea b) do n.º 3 são fixados por decreto regulamentar."


O que eu penso sobre as trotinetes mais potentes.

Como escrevem os advogados, será assim salvo se aparecer outra opinião.

As trotinetas potência elevada não precisam de ter matrícula nem o condutor precisa ter carta de condução (porque não são ciclomotores) mas não podem circular nas ciclovias (porque não são velocípedes). 

Pode circular nas estradas como se fosse um automóvel e nas vias BUS por ter duas rodas.

Não pode circular em auto-estradas porque não é um motociclo.


Será que as trotinetes podem circular nos passeios?

Sou inclinado a dizer que sim desde que com cuidado porque os peões têm prioridade de uso.

A Berma e o Passeio são uma superfície da via pública (...) que ladeia a faixa de rodagem;

A diferença é que a Berma "não é especialmente destinada ao trânsito de veículos" enquanto que o  Passeio "é especialmente destinada ao trânsito de peões";

Como a trotineta eléctrica pode circular na berma, sou de opinião de que também pode circular no passeio se não tiver mais por onde circular em segurança. 


No futuro vai haver problemas de convivência.

Quem tem poder é mais velho, tem dinheiro para bons carros, procurando limpar as estradas de qualquer empecilho à circulação acelerada das suas máquinas.

Quem é jovem e pobre não tem poder além do votito.

O que vai acontecer é que vão começar a aparecer campanhas a diabolizar a trotineta, dizendo que é muito perigoso, mostrando estatísticas com milhões de acidentes por dia.

Já começam a aparecer relatos de cegos que tropeçaram, velhinhos que têm medo de sair à rua e de jovens que abriram a cabeça mas será cada vez pior.

Basta ver a grande notícia de haver em Portugal 148 acidentes por ano de trotineta (ver) enquanto nada é dito sobre em 2021 terem sido feridos 3939 peões por atropelamento dos quais 51 morreram (ver).


terça-feira, 6 de setembro de 2022

O pacote anti-crise do Costa está errado mas o da oposição também está.

Há muitos anos tive uma cadeira que se chamava Estratégia.

Não me lembro grandemente do que lá aprendi mas o pouco que me lembro é importante: 

Tal como o capitão do navio em mar alterado consultar repetidamente o seu destino (não basta garantir que o navio está a andar), os governantes precisam repetidamente recordar quais são as funções do Estado.

Parece que há um pensamento atribuído ao Confúcio que condensa isso da "missão", "Não vale a pena correres se não sabes para onde precisas de ir".

O Costa (e a oposição) vai dar dinheiro às pessoas sem saber o que procura o Estado fazer.


Os recursos do Estado são cobrados de uns e entregues a outros.

O Costa não inventa "dinheiro", retira impostos, taxas e taxinhas a uns e dá subsídios, subvenções e auxílios a outros.

Esta função do Estado diz-se "redistributiva" e, em tese, retira mais aos ricos e entrega mais aos pobres. A função redistributiva existe porque alguém identificou que há uma tendência na Economia de Mercado para que os mais ricos fiquem mais ricos (e mais escolarizados) e os mais pobres (e menos escolarizados) fiquem mais pobres. Se não houver a função redistributiva do Estado, geração após geração, os filhos dos ricos e com mais escolaridade serão mais ricos e com mais escolaridade e vice-versa.

Por questões filosóficas (somos todos humanos) ou práticas (numa sociedade com grandes diferenças socio-económicas há mais violência), todos aceitamos que o Estado deve combater, em maior ou menor grau, a disparidade de rendimento das pessoas.


Será que dar 125€ a todos os português retirados de todos os portugueses vai resolver alguma coisa?

Não percebo a lógica mais que não seja propaganda.

As finanças mandam-me uma carta a dizer "Tem de pagar 1000€ hoje, tecle 123456789 no multibanco" e manda-me outra carta a dizer "O Estado deu-lhe 1000€, tecle 987654321 no multibanco para os receber".

Grande anúncio do Costa a dizer que me deu 1000€ mas, no final, não recebi nada porque fui eu quem paguei os 1000€.


Esses 125€ que vão para os contribuintes vêm dos contribuintes!

Em vez de dar 125€ a todos, o que se traduz em mais 600 milhões€ a pagar em impostos, dava apenas  aos que precisa, aos mais pobres, o que se seria realmente redistribuição.

Esse 125€ e todos os subsídios que vão ser dados sem olhar a quem abranger pessoas que não precisam, gastam isso num jantar, e que vão ser elas a pagar isso nos impostos.

Nada é gratuito, tudo tem de ser pago pelo contribuinte, isto é, pelos portugueses.


Vejamos as contas da CARRIS que diz que as viagens são grátis.

Peguei no relatório e contas de 2020 e concentrei-me em 2019 já que 2020 foi um ano anormal.

Os "Custos das Vendas" foram 104 milhões € e foram percorridos 490 milhões km x passageiro o que dá um custo de 0,214€/km (a viagem média tem 3,51 km e tem um custo de produção 0,75€) 

Uma trotinete custa 300€, dá para fazer uns 7500km o que dá 0,04€/km. Os custos de electricidade anda nos  0,005€/km a que se acrescenta 0,01€/km para manutenção (totaliza 0,55€/km).

Isto traduz que o custo da trotinete é 75% menor que o custo do transporte público.

Pode ser aborrecido quando chove mas é muito melhor andar de trotinete (não tem horário, vai de casa até ao destino e não é preciso esperar nas paragens) do que de autocarro.


Agora vai a pergunta.

Se se perguntar a um jovem "Pagas 0,75€ no autocarro ou 0,20€ de trotinete" que meio de transporte acham que o jovem vai preferir?

Claro que dizendo ao jovem "andas de graça no autocarro" escondendo que tem um custo de 0,22€/km, o jovem tem de andar de autocarro e assim ficar justificado o que não tem justificação.


Nos últimos 5 meses fiz 1800km de trotinete AOVO PRO.

Está como nova, não apresentando qualquer desgaste aparente. Havia quem dissesse "Essa marca branca, ao fim de um mês já não anda" mas não é verdade. Já tive um acidente (por minha má cabeça), deixei-a cair muitas vezes, andei por estradas e caminhos impróprios e mantém-se impecável.

E da minha experiência penso que quem faz as ciclovias por esse portugal fora nunca andou de trotinete.


Como deveriam ser as trotevias.

1 = Devem ser ao mesmo nível da estrada e apenas deve haver um traço contínuo (a linha de guia) a separar a estrada da trotevia (os pinos só servem para derrubar as trotinetes).

2 = O óptimo será ter pelo menos 1,00 metros mas basta ter 0,50 metros para não ser necessário estorvar os automóveis.

3 = Os carros têm de ter cuidado redobrado e facilitar pois cada trotinete na rua é menos um carro a estorvar. E lembrarem-se que quanto mais selvagens forem enquanto automobilistas, mais largas têm de ser as trotevias (e mais estreitas as vias destinadas aos automóveis)!



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