Mas não foi pela "comunicação social".
Eu fui uma espécie de "guerra civil espanhola", onde a esquerda experimentou a estratégia de atacar as pessoas que lhes destapam a careca com "racista, homofóbico, misógino e filho da puta".
Por causa disso, nunca mais fiz "trabalho não remunerado" para a comunicação social.
Como ninguém compra jornais, as redacções tiveram que reduzir o pessoal a uma garfadita de povo que tem que cobrir todos os temas, desde o desporto, ao crime, passando pela economia.
Eu ajudava todos os que me pediam até que deixaram de pedir.
É esse o trabalho que tenho a menos pois nunca recebi qualquer benefício disso.
Então, agora as entrevistas são de alunas de jornalismo.
Dei-lhes forte e feio!
O mais certo é as alunas terem negativa!!!!!
1 = O emprego tem aumentado quase
ininterruptamente desde meados de 2013. Neste mesmo período o salário mínimo
nacional foi aumentado três vezes (e, em 2018, uma quarta vez). Fica assim
desfeito o argumento de que o SMN aumenta o desemprego? E de que forma é que
este afeta a taxa de desemprego?
Decorridos 10
anos da crise do sub-prime iniciada em 2008, o nível de emprego recuperou quase
completamente e, no entretanto, o SMN aumentou 19,5%. Esse aumento é importante
mas não se traduz directamente nos custos do trabalho porque apenas 20% dos
trabalhadores auferem o SMN e, no entretanto, o PIB nominal por trabalhador aumentou
em 16,0% (dados, INE). Em termos de custos do trabalho de 2008, o aumento do SMN
ao longo da última década foi moderado, 3,1%, e com diminuto impacto na massa
salarial, 0,06% por ano.
Os dados, por
melhores que sejam, nunca colocam em dúvida que a imposição de um salário
mínimo prejudica o emprego pois a simples prova por redução ao absurdo é inquestionável.
Se o SMN não prejudicasse o emprego, todos os países teriam como salário mínimo
os 2,143 milhões de euros por mês auferidos pelo Cristiano Ronaldo.
O problema do SMN
não se coloca à escala macroeconómica nem a Lisboa mas, ao estarmos a proibir
que um trabalhador pouco produtivo possa aceitar de forma livre e consciente um
emprego adequado às suas limitações por 300€/mês, estamos a prejudicar as
pessoas de baixa escolaridade, que vivem no interior, com idade mais avançada,
com alguma condição desfavorável de saúde ou dependência de álcool,
condenando-as ao desemprego, miséria e subsídio-dependência e, os jovens, à
migração para as grandes cidades, isto é, à desertificação do interior onde as
pessoas são menos produtivas.
Não existe
qualquer fundamento económico para a existência de SMN sendo apenas um decisão
política errada, populista e demagógica que colhe votos exactamente junto das
pessoas que mais prejudica, os menos escolarizados e marginalizados.
Fig. 1 - Salário mínimo como percentagem do PIB por pessoa empregada
(dados, INE; grafismo e cálculos do autor)
O Costa retomou a tendência do Sócrates! Cuidado que o Diabo veste Prada.
2 = O recente e forte crescimento do SMN culminará
novamente num longo período de congelamento ou mesmo queda real do seu valor?
O aumento ser
forte é um juízo de valor que não corresponde à verdade dos números.
O que a evidência
mostra principalmente na Europa e para salários mais baixos é que nos períodos
de crise os trabalhadores preferem ir para o desemprego a verem o seu salário
reduzido. Por isso, um SMN elevado hoje será causador, na crise futura, de
taxas de desemprego mais elevadas e não tanto de reduções no seu valor. Por
exemplo, a Espanha teve recentemente uma taxa de desemprego superiores a 25%
sem reduções no SMN. De qualquer modo, o nosso SMN ainda tem um valor razoável,
cerca de 25% do PIB por trabalhador.
3= O aumento do salário mínimo é a melhor forma de
aumentar os rendimentos da população? Que outras soluções existem?
Claro que não.
Para aumentar o rendimento da população é preciso produzir mais. Claro que
podemos pensar que isso passa por mais investimento mas não é verdade para o
trabalhador pois o capitalista também tem que ser remunerado. Só se consegue um
aumento sustentável nos salários flexibilizando a economia de que o crescimento
do turismo é um exemplo (induzido pela flexibilização do conceito de hotele
pelo processo de venda). Para focar apenas 3 coisas, Portugal tem muitas
empresas pública monopolísticas ineficientes principalmente no sector dos
transportes colectivos de passageiros que é preciso acabar; Tem muitas
restrições ao horário de trabalho que também é preciso reduzir; E tem
restrições ao nível da atribuição de vistos temporários de trabalho que, para a
agricultura, será fundamental acabar.
4 = Quem são os mais beneficiados e os mais
prejudicados com a subida do SMN?
Os prejudicados
são as pessoas do interior, com baixa escolaridade, idade avançada e
dependências. Os beneficiados são os políticos que consigam arranjar votos com essa
política populista e demagógica.
O SMN deveria
pura e simplesmente acabar pois prejudica alguns e não beneficia ninguém. Tal
como os bombeiros voluntários encontram satisfação pessoal a trabalhar de graça
no combate aos incêndios, as pessoas devem ser livres de trabalhar pelo
salário, horário e condições que acharem mais conveniente para si, sem qualquer
espartilho legal.
5 = Portugal deveria seguir o exemplo de Espanha e
aumentar novamente o SMN? Quais seriam as consequências disso tendo em conta o
panorama económico e político atual?
Porque adoptar o
SMN da Espanha, prometidos 900,00€/mês para 2019, e não o valor de outro país
qualquer como, por exemplo, o outro nosso vizinho Marrocos, 200€/mês?
6 = No caso de Espanha, que consequências acarreta
o aumento do salário mínimo em 22% em 2019?
Esta medida é a
cópia do que fez Nicolas Maduro quando foi eleito presidente da Venezuela com os
resultados que se conhecem.
Esta política não
faz qualquer sentido quando a Espanha teve em 2013 uma taxa de desemprego acima
de 26% e ainda está acima dos 15%. Parece que os espanhóis estão fartos de
estabilidade económica estando a pedir que venha por aí uma nova crise.
Finalmente, uma advinha?
Sabem porque os esquerdistas não percebem como pode o Bolsonaro e o Trump terem ganho as eleições?
Primeiro, diz a intelectualidade de esquerda pós derrota, porque a comunicação social deu-lhes muito tempo de antena e transmitindo a mensagem errada. Ao chamarem-lhes racistas, misóginos, homofóbicos, nazis, fascistas, filhos da puta, ..., a cabeça do povo burro e ignorante ficou com a ideia de que isso era a normalidade e votaram neles. Deveriam pura e simplesmente terem-lhes cortado o pio, haver uma Lei que os proibisse de falar e que os metesse num "hospital psiquiátrico" (isto é, num Gulag na Sibéria).
Segundo, digo eu, o povo não é tão burro e ignorante como os esquerdistas pensam.
E que dizem os esquerdistas da eleição do Chaves, Maduro e Ortega?
Justas, e limpas.
Povos sábios!
Agora, a minha dúvida existencial.
Se os animais, por influência do do PAN que parece ganzado, deixaram de ser coisas.
Isso quer dizer que os agricultores já não podem coisar, agora, têm que "fazer o amor".
E como pode a coisa que já não é coisa dar autorização para que isso seja considerado consensual?
Será que é o ministério público mediante pedido do proprietário e com parecer da alta autoridade para a foda?
Será que tem que ter 18 anos de idade?
Mas as ovelhas não duram tanto tempo.
Será que tem que ter o 9.º ano de novas oportunidades?
Não sei.
Fig. 2 - A cabra pode ser montada e emprenhar de um cabrão qualquer mas de quem trata dela e lhe dá carinho, é ilegal.