terça-feira, 26 de março de 2024

Não é Não? Então?

O André Ventura é das pessoas mais inteligentes que existem.

O André criou o partido CHEGA no dia 9 de Abril de 2019 e decorridos menos de 5 anos, tem 50 deputados na Assembleia da República.

Pelo contrário, o Montenegro e o Nuno Melo acharem uma grande vitória ter 80 deputados quando, na derrota, o Passos Coelho teve 107 deputados, não abona muito em favor da sua inteligência.

Sendo que o André só pode ser muito inteligente, o Montenegro e o Melo não podiam apostar na "inevitabilidade do voto do CHEGA no PSD porque, caso contrário, está-se a aliar ao PS".

Assumiram como verdadeira a ideia popular relativamente ao cão que "quanto mais se lhe bate, mais ele gosta de nós".


Recebi um telefonema do informador do Marques Mendes que me disse: 

«O André Ventura disse aos deputados "Votem no Branco, quem não votar no Branco é expulso do partido". O problema é que os deputados do CHEGA são desmiolados e perceberam mal, perceberam que era para votar em branco e não no Branco. Deu tragédia e agora estão muito pesarosos.»


O governo da AD não vai durar um mês.

Os comentadores das TV dizem que PSD deve fazer um acordo com o PS para a Assembleia da República e meter lá, por exemplo, o Francisco Assis. E será que, depois, o PS vai apoiar o governo do Montenegro?

Não.

Isto é um sinal de que ou o Montenegro fala com o André como adultos e sem ser através da comunicação social ou não vale a pena formar governo pois vai perto.


terça-feira, 19 de março de 2024

O Montenegro pode ser o novo Sócrates.

Todos falam que o Fernando Medina vai deixar o cofre cheio.

Da esquerda à direita, falam que estão no cofre alguns milhares de milhões de euros e que, portanto, é possível, imediatamente, descer os impostos e resolver o problema dos polícias, médicos, professores (e demais que vão surgir).

O problema é que o conteúdo do cofre do Medina é público, o Banco de Portugal diz quanto está lá guardado e o que lá vejo é:

 

UM SALDO NEGATIVO DE 252.5 MIL MILHÕES DE EUROS.

O António Costa enquanto primeiro ministro, deu a entender que, em termos de finanças do Estado, está tudo resolvido e muito sólido mas não é assim.

Se olharmos para o saldo das contas do Estado, em princípios de 2011, quando estivemos às portas da bancarrota, o Estado devia 172 mil milhões de euros e, decorridos 13 anos, devemos 252 mil milhões de euros, muito mais, e vende-se a ideia de que "está tudo bem".

Fig. 1 - Evolução do saldo líquido da "Conta do Fernando Medina" (Dados, Banco de Portugal)


Não está tudo bem, estamos ainda mais falidos do que estávamos em 2011.

Quando o Costa começou, em Novembro de 2015, como primeiro-ministro, a divida pública deixada pelo Passos Coelho era de 214 mil milhões de euros e foi aumentando 600 milhões de euros por mês até meados de 2021.

É verdade que o Medina conseguiu controlar o défice público em meados de 2021 mas não tem um efeito permanente. Esse controlo apenas aconteceu por causa da inflação inesperada que fez aumentar a receita fiscal automaticamente mas os salários dos funcionários públicos mantiveram-se quase constantes.


O Pedro Nuno Santos anunciou hoje um presente envenenado.

Veio dizer que apoia um orçamento rectificativo se for para dar aquilo que a AD prometeu, isto é, baixar impostos e aumentar os salários da função pública.

Estamos entregues à bicharada, não demora muito, estamos novamente na bancarrota e agora pela mão do novo Sócrates, pela mão do Montenegro.


quinta-feira, 14 de março de 2024

A União Europeia distrai-se a regular a tecnologia, os USA a desenvolvê-la

A União Europeia diz que é a primeira a regular a Inteligência Artificial.

Quando dizem "regular" estão de facto a proibir a sua utilização num conjunto muito vasto de aplicações importantes para aumentar a riqueza, nomeadamente, na identificação biométrica.

Por exemplo, o sistema de validação dos passageiros dos transportes públicos (comboio, autocarros, metropolitano) deveria ser feito por reconhecimento facial, deixando de haver esquecimentos e enganos e podendo haver um serviço muito mais personalizado, semelhante às portagens da autoestrada.

Assim que a pessoa entra e, depois, sai no comboio é registado o local de entrada e saída e calculado o preço do serviço que será descontado no cartão do passageiro em função das suas características pessoas (por exemplo, desconto em razão da idade e rendimento ou por ser um passageiro habitual).

Podia mesmo acabar a assinatura mensal fazendo o preço dependente de forma decrescente com os quilómetros percorridos.


Em vez de regular, deveríamos criar.

O crescimento económico do PIB per capita da UE referente aos últimos 40 anos é o mesmo o mesmo,  +1.7%/ano, o problema é que nós europeus criamos apenas 55% da riqueza criada nos USA.

São 40 anos em que a UE "tem estado na vanguarda da luta pela regulação do perigo das inovações radicais" mas esse esforço só nos tem mantido na pobreza. 

PIB per capita da UE relativamente aos USA (dados, Banco Mundial)


Isto vem a propósito dos problemas na Saúde.

O problema da Saúde em Portugal não está em ser um serviço público ou privado. Se o serviço é privado mas pago pelo Estado, mantém-se o problema das limitações na despesa levarem, invariavelmente, à degradação da qualidade.

A solução está em melhorar as decisões tomadas pelos pacientes, saberem se o caso obriga a uma consulta médica de urgência ou a apenas um paracetamol e um bom agasalho.

Também não se compreende que pessoas sem problemas de saúde, que apenas precisam uma ou duas consultas  de rotina por ano, não tenham médico de família atribuído. Bastaria um médico por cada 3000 pacientes!

E uma boa decisão apenas é tomada se houver incentivos (e desincentivos) de que a "taxa moderadora" foi uma boa ideia que os esquerdistas destruíram.


 

quarta-feira, 13 de março de 2024

ULTIMA HORA = AFINAL, O PS GANHOU AS ELEIÇÕES

 Fiquei chocado com o que acabei de descobrir!

Até agora, a AD teve 79 deputados e o PS ficou com 77 deputados, estando a AD à frente do PS.

Agora imaginemos que no próximo dia 20, quando saírem os resultados da emigração, o PS tem 2 deputados, a AD 1 deputado e o CHEGA 1 deputado.

Nesse caso, a AD fica com 80 deputados, ainda à frente do PS com 79 deputados.


O problema está no par. 2.º do art.º 22.º da Lei Eleitoral (Lei n.º 14/79, de 16 de Maio)

É que "As coligações deixam de existir logo que for tornado público o resultado definitivo das eleições..."

Quer isto dizer que, logo que for publicado no Diário da República "o resultado definitivo das eleições", a AD acaba e o PSD fica com 78 deputados (porque o CDS fica com 2 deputados), menos do que o número de deputados do PS!!!!!!!!!


Uma bota difícil de descalçar.

Vai ser pior do que em 2015, a AD ganhou mas o PSD perdeu.

O que será que o Marcelo vai fazer? Tem de indigitar o Pedro Nuno!

Será que o Pedro Nuno anda a dizer que se abstém se a AD formar governo porque antecipa que vai ser ele o indigitado para formar governo e quer reciprocidade?

Montenegro, estás fodido, venha o Passos.

Mesmo considerando as coligações, a AD perdeu face ao PS.

É que a AD só existiu no "Continente", sendo que outra coligação, PSD+CDS, elegeu 3 deputados na Ilha da Madeira.

Resultados eleitorais sem os 4 deputados da emigração (imagem ligeiramente manipulada)




segunda-feira, 11 de março de 2024

A previsão com base nas 24 sondagens esteve quase perfeita

Hoje é o dia "depois das eleições" e é tempo de fazer contas.

Como sabem, ao longo das semanas fui construindo intervalos prováveis para os resultados eleitorais das legislativas do dias 10 de Março de 2024 a partir das sondagens que foram sendo publicadas.

Como referi, as minhas colegas da estatística são totalmente contrárias à minha metodologia, dizem elas que o que eu faço não é estatística, é uma coisa qualquer que elas não compreendem mas que está errada. Em alternativa, nada são capazes de fazer porque "os resultados eleitorais são parâmetros e  um parâmetro, não é uma variável aleatória" (muitos dos leitores ouviram esta conversa nas aulas de Econometria e de Estatística".

Interessante que, quando as pessoas não sabem, não compreendem, não procuram estudar e compreender, atiram logo com a assumpção de que os outros estão errados!!!!

Fig. 1 - O CHEGA tem de matar o bicho já


Vamos então à comparação entre as previsões e a realidade.

(Actualizado em 20/03/2024 com os votos da emigração, 2 deputados do CHEGA, 1 deputado da AD e outro do PS).

Chegou agora a hora de fazer o balanço, comparando as minhas previsões com os resultados eleitorais reais. Essa avaliação terá de ser actualizada daqui a 15 dias porque ainda não sei os resultados da emigração.

Fig. 2 - Comparação entre as sondagens, minhas previsões de deputados e os resultados das legislativas de 10 de Março de 2024

O maior erro de previsão foi de 4 deputados no CHEGA.

A AD e o PS estiveram dentro da margem de previsão de +-3 deputados. A AD ficou no valor inferior (a tendência de subida anunciada pelos analistas não era verdadeira) e o PS quase ficou no cenário central.

Considerando o intervalo entre o valor de confiança, em termos de deputados, o erro maior foi no CHEGA que teve mais 4 deputados (o melhor cenário indicava 46 deputados e teve 50 deputados) e do BE que teve menos 4 deputados (o pior cenário indicava 9 deputados e teve 5 deputados).  

A iniciativa Liberal foi, nas previsões do seu chefe, uma desilusão (pensava que iria ter pelo menos 12 deputados) mas o erro foi de apenas menos 1 deputado (o pior cenário previsto indicava 9 deputados e teve 8 deputados).

O Livre e o PAN conseguiram ficar 1 deputado acima do melhor cenário previsto.


A esquerda ganhou à direita (AD+IL) por 2 deputados.

Esta questão ficou, com as sondagens, dentro da margem de erro, disse eu que o resultado seria "moeda ao ar". E assim foi, calhou a "vitória" para a esquerda com 92 deputados contra os 88 deputados da AD+IL.


Posso dizer que acertei e que, por isso, não houve surpresas na noite eleitoral.

Acertei eu e acertaram as sondagens como um todo mas erraram todos os analistas que procuraram uma leitura individualizada de cada sondagem e interpretar tendências que nunca existiram.

As sondagens têm de ser compreendidas como um fenómeno da Ciência da Informação e não ser reduzida a uma discussão sobre médias e desvios padrão.


Em 2015 eu avisei o PCP de que apoiar o PS era suicídio.

Quando em 2015 o Passos Coelho teve 108 deputados (a AD teve agora 80 deputados !!!!!!), o PCP (com 17 deputados) e o BE (com 19 deputados) correram para os braços do Costa que, com 89 deputados, formou governo.

Decorridos 9 anos, o PCP está reduzido a 4 deputados e o BE a 5 deputados, perdendo 3 em cada 4 deputados que tinham (de um total de 36 deputados para 9 deputados).

Eu avisei-os que a esquerda radical deixaria de fazer sentido se apoiassem o governo do PS. É que os radicais precisam de inimigos para poderem singrar.

Não me quiseram ouvir, f...deram-se ao comprido.


E como será o futuro?

O governo do Montenegro não tem qualquer futuro porque não lhe basta a abstenção do CHEGA porque a esquerda (PS+BE+PCP+Livre+PAN) tem mais 4 deputados do que a AD+IL. 

Mesmo que a esquerda não se una ao CHEGA numa moção de censura, a Assembleia da República não vai funcionar porque, mesmo na melhor das hipóteses para o Montenegro, haverá chumbo a todas as propostas do governo com os votos contra da esquerda e a abstenção do CHEGA.


Cortei aqui alguns parágrafos (em 20/03)


A IL sofreu uma derrota de longo prazo.

A IL elegeu um deputado em 2019 e, numa dinâmica de crescimento, elegeu 8 deputados em 2022.

Decorridos 2 anos, com muito mais espaço mediático, se o seu programa estivesse a cativar "clientes", seria obrigatório ter agora mais deputados mas manteve.

Isto traduz que as ideias chegaram as mais pessoas, aos eleitores distraídos, mas não conseguiram convence-lo. Como as ideias não estão a entrar no "eleitorado distraído", a IL está condenada a ser um partido de nicho, juntando-se ao BE, PCP, PAN e LIVRE.

Prevejo que a IL vai seguir o caminho do BE que, entre 1999 e 2019 parecia que estava numa subida imparável e, no entretanto, caiu rapidamente para a irrelevância.

Fig. 3 - Evolução do número de deputados do Bloco de Esquerda


quinta-feira, 7 de março de 2024

A previsão dos resultados eleitorais com 24 sondagens e 21470 respostas

Hoje foi publicada a última das sondagens.

(Actualizei com a sondagem da Euronews)

No total (excluindo a tracking pool da TVI), desde a demissão do António Costa, foram publicadas 24 sondagens que, no seu conjunto, tiveram 21470 respostas válidas.

A diferença entre a AD e o PS parece estar a subir ao longo da campanha eleitoral e, com as 24 sondagens, o teste WLS diz que é estatisticamente significativa a 5%. 


Sendo assim, juntar todas as sondagens vai, com 5% de probabilidade, "prejudicar" a AD.


Juntando todas as sondagens, os deputados eleitos serão os seguintes:


A AD está um bocadinho à frente, na ordem dos 5 deputados, sendo quase certo que vai a ter mais deputados que o PS. 

A melhoria da AD relativamente a 2022 não está no aumento significativo do número de deputados que vai ter mas antes por o PS afundar, perdendo 40 deputados que, numericamente, vão quase todos para o CHEGA.


É quase certo que a AD ter mais deputados do que o PS

Só para recordar, o Montenegro só aceita ser primeiro-ministro se ganhar ao PS e a probabilidade de esta condição se verificar é muito grande.

Se há um mês as sondagens indicavam que estas condição não se deveria verificar, agora, com mais dados, é quase certo que a AD vai ganhar.


Considerando apenas as últimas sondagens a AD+IL vai ter mais deputados do que a Esquerda

Esta é a segunda condição para o Montenegro poder ser primeiro ministro, a coligação entre a AD+IL tem de ter mais deputados que a Esquerda junta para, na eventualidade de o CHEGA se abster, o Orçamento de Estado passar no próximo Outubro.

Pode acontecer mas não é certeza (considerando todas as sondagens, é moeda ao ar). 


Esta minha previsão vão ser avaliadas no próximo Domingo.

Apesar dos mesmos resultados estarem dependentes da qualidade das sondagens, nada indica que não tenham sido bem feitas. Então, Domingo à noite a minha metodologia vai estar em julgamento!

Agora, é só esperar pela realidade.



Como é o último post sobre as previsões, vou mostrar as sondagens que usei.



quarta-feira, 6 de março de 2024

Qual a lógica de Portugal ter de crescer mais do que os restantes países da União europeia?

Portugal não é um dos países mais ricos da União Europeia.

Na primeira metade da década de 1960 tínhamos um PIB per capita de 39% da média da UE e atingimos um máximo de 70% em 1999 (quando entramos no Euro). Desde então, temos estado a divergir da UE, estando actualmente nos 63% (uma queda de 0.3 ponto por ano).

Estranhamente, ou talvez não, Portugal apenas melhorou durante a ditadura do Estado Novo e a "ditadura" do Cavaco Silva.

Como estamos na década da Ideologia da Igualdade, sendo os portugueses tão pessoas como as restantes pessoas da União Europeia, pensamos que temos direito a ser tão ricos como a média dos demais.

Fig. 1 - Evolução do PIB per capita português em comparação com a média na União Europeia


Todos os governos anunciam que "Vamos crescer mais do que a UE".

Mas no fim, olhamos para os dados do Banco Mundial, e estamos cada vez mais distantes (tirando o tempo das "ditaduras").

Nesta campanha eleitoral não é diferente. 

A AD acredita que vamos crescer 3.4%/ano porque "Precisamos crescer 3.4%/ano para nos tornarmos mais ricos" (mas não diz como é possível que esse desejo se possa concretizar, é apenas uma necessidade).

O PS é mais conservador e acredita que o crescimento vai ser 2.0%/ano (nos 8 anos de Costa, o crescimento do PIB per capita foi de 2.1%/ano). 

Mas a questão que coloco é:

 

Porque razão estamos "condenados" a crescer mais do que a UE?

A ideologia da igualdade diz que os países mais pobres têm tendência a crescer mais do que os países mais ricos porque há transferência de tecnologia. É a teoria do Catch-up.

O problema desta teoria é que, apesar de ter lógica, não tem correspondência visível com a realidade. Olhando para a figura seguinte, há muita oscilação em torno do valor médio mundial que é 2.9%/ano.


Mesmo que haja convergência para cima, devemo-nos comparar com os semelhantes.

E se compararmos o nosso crescimento do PIB pc de 1.8%/ano (ponto vermelho) com o dos países semelhantes do nosso (PIB pc entre 18000 e 24000 USD), estes têm um crescimento médio de 1,2%/ano (traço a preto), abaixo do nosso.

Então, como o nosso crescimento de 1.8%/ao está acima da média para o nosso nível de desenvolvimento, é muito difícil que passe para o ambicionado pela AD de 3.4%/ano. 

Relação entre o crescimento económico e o grau de desenvolvimento do pais (Dados, Banco Mundial,  PIBpc $ de 2015, 210 países que somam 99.2% da população mundial, média da década 2013-2022)

Mas é campanha eleitoral e ninguém leva a mal.

Eu apostava mais nos 2.0%/ano do PS mas eu não estou ao nível dos génios, professores catedráticos de economia que avançaram com esse 3.4%/ano.


segunda-feira, 4 de março de 2024

O que dizem as 21 sondagens legislativas?

A primeira coisa que dizem é que o PS e a AD não saem da cepa torta.

Pegando em todas as 21 sondagens, a AD está à frente em 12 (+3.5 pp) e o PS está à frente em 9 (+4.5 pp). Juntando todas as sondagens e excluindo a abstenção e os partidos que não elegem deputados, temos a AD com 31.0% e o PS com 30.6% das intenções de voto.

Mais empatados não poderiam estar.

As 21 sondagens somam 17462 respostas e, pela dimensão, os resultados são robustos (se forem estacionários).


Mas consta que a AD está com uma dinâmica de vitória!

Pois, mas vou mostrar os dados na forma de um gráfico para verem que tal comentário não corresponde à verdade. Umas vezes, a AD está à frente e, outras vezes, o PS está à frente.

Tenstando a tendência (variável x) da diferenção entre a AD e o PS, em termos médios está a subir um poucochinho (3 pp no total das sondagens), mas essa tendência não é estatísticamente significativa: 

                     Estimate Std. Error    t value  Pr(>|t|)

Intercept       -1.28       2.16            -0.59    56.1%

tendencia       0.15       0.17              0.91    37.4%

Se somarmos as vezes em que a AD está à frente e subtrairmos as vezes que o PS está à frente, existe uma vantagem da AD existe mas é de apenas 4 décimas (31.0% contra 30.6%), uma oscilação própria da aleatoriedade do processo de amostragem.

Comparação das intenções de voto na AD e no PS em 21 sondagens.


Os resultados centrais com todas as sondagens.

A ligação entre percentagens nacionais e o número de deputados não é directa por causa dos círculos eleitorais (Para eleger um deputados é suficiente ter pouco mais de 2% no círculo de Lisboa mas é necessário ter mais de 25% para eleger um deputado no círculo de Bragança) mas, a regularidade estatística permite estimar o número total principalmente para os grandes partidos.

Percentagens e deputados compatíveis com as 21 sondagens


O camarada Cassete Cunhal vai dar voltas no túmulo.


O Montenegro não vai conseguir ter melhores resultados que o Rui Banana Rio.

A minha estimativa a partir das sondagens indica que a AD vai ter entre 78 e 84 deputados e o PS vai ter entre 76 e 82 deputados (grau de confiança de 99%).

Tanto pode ganhar a AD como o PS mas vão estar ambos muito próximo de 80 deputados.

Comparando com 2022, a AD mantém aproximadamente o mesmo número de deputado do Rio e o PS perde 40 deputados. 


Nunca um partido perdeu tão rápido a maioria absoluta (nem a oposição ganhou com tão pouco).

Quando o Cavaco saiu em 1995, o PSD mais o CDS conseguiram 103 deputados. Agora, o PS vai ficar-se pelos 80 mais ou menos qualquer coisa.

Também a AD, a ganhar, vai ter o pior resultado de sempre na vitória. Mesmo o PS do Costa, na sua derrota de 2015, teve 88 deputados e agora a AD vai ficar pelos 80 mais ou menos qualquer coisinha.


Não sei se haverá mais sondagens.

É provável que ainda saia mais uma sondagem ou outra mas vai ficar tudo na mesma.

Podemos contar com uma claríssima maioria absoluta da "AD+IL+CHEGA" (à volta de 125 deputados) mas muitas dificuldades para a "AD+IL" poder formar governo (à volta de 92 deputados).




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