terça-feira, 27 de agosto de 2013

Os custos do autocarro

Eu avancei com uns números.
Quando comparei os comboios com os autocarros, avancei que o consumo de um autocarro a 100km/h andaria nos 60 litros aos 100 km. No entanto, um engenheiro da Caetano BUS contactou-me dizendo que os meus números estavam exagerados.
Segundo estudo da Barraqueiro, a frota da Caetano BUS com chassi Scania e 55 passageiros tem um consumo médio em autoestrada de 26 litros aos 100 km o que, numa viagem Porto-Lisboa,  corresponde a 4kg/passageiro de C02 que compara com os 13 kg/passageiro do Alfa (esse valor está no site da CP).
Um autocarro tem emissões que são 1/3 das emissões do comboio. Por isso, não existe qualquer lógica ecológica para o Estado subsidiar os comboios directamente e indirectamente com electricidade abaixo do preço de custo e penalizar (com imposto sobre o gasóleo) os autocarros.

Fig. 1 - A mudança é um processo onde as grandes transformações são a soma de muitos pequenos passos

Vamos agora aos custos.
Uma viagem Porto-Lisboa gasta:
1) Combustível -> 320 x 26 / 100 -> 83 litros x 1.30€/l = 110€/viagem.
2) Portagem classe II -> 50€/viagem.
3) Motorista -> 4 horas x 12.50€/h = 50€/viagem
4) Autocarro -> 50€/viagem.  
O engenheiro disse-me que esses autocarros custam 190mil€+IVA e que, andando sempre em auto-estrada, aguentam 2 milhões de km.
Sendo assim, num contracto de aluguer de longa duração a 10 anos, é possível um preço abaixo dos 2500€/mês, incluindo IVA e seguro de danos próprios no autocarro (t.j real de 4% e 140€/mês de seguro).
Dividindo os 2 milhões de km por 10 anos, dá 52 viagens por mês (6 viagens por semana de ida e volta). Então, o custo do autocarro é cerca de 50€/viagem Porto-Lisboa. 
5) Manutenção -> 15% de 1) + 4) -> 25€/viagem. Corresponde a 1500€ cada 20 mil km.
6) Seguros dos passageiros -> cerca de 5000€/ano -> 16.5€/viagem (0.30€/passageiro).

Custo total -> 300€/viagem -> 5.50€/passageiro.
Sob condição de o autocarro estar lotado (com 55 passageiros), transportar um passageiro tem um custo de cerca de 1.70€/100km.
Neste custo, estão incluídos 70€ de impostos por viagem (40€ de IVA do veículo e do combustível e 30€ do ISP). Então, o custo sem impostos (o custo social) é de apenas 4.20€/passageiro .

Já posso propor preços.
Assumindo ocupação de 70% e uma margem de lucro de 20% (já pago o autocarro),  a 100km/h o preço do bilhete fica nos 9.40€/viagem, 3.00€/100km. A 130km/h, o preço fica nos 10.40€/viagem, 3.25€/100km. Estes preços comparam com os 30.40€ do Alfa (e que dá prejuízo ao Estado)
O preço de uma viagem Braga-Faro (305km) fica nos 18€/passageiro que compara com os 70.30€/passageiro do comboio.

Fig. 2 - Um preço baixo indica eficiência na produção

Mas o Passos tem que fazer algumas alterações legislativas.
Para aumentar a eficiência dos transportes públicos rodoviários inter-urbanos é preciso fazer duas alterações ao código da estrada (limites de velocidade e comprimento), rever a lei das concessões dos transportes públicos e permitir o aparecimento de terminais rodoviários nas autoestradas.
1 - Aumentar o limite de velocidade para os 130km/h.
O Alfa faz Porto-Lisboa em 2h45, uma média de 115km/h. O autocarro também poderia fazer esta média se o limite de velocidade máxima aumentar para os 130km/h.
O limite de velocidade dos autocarros nos 100km/h já vem de há muitos anos pelo que está ultrapassado pelo avança tecnológico. Hoje os autocarros têm motores muito potentes e travões ABS pelo que nas auto-estradas e com piso seco o limite de velocidade deveria aumentar  para os 130km/h.
Há uns 20 anos eu andava bastante de autocarro e era normal viajar a 130km/h (e mais) sem haver qualquer problema de segurança. Por exemplo, na Alemanha metade das auto-estradas não têm limite de velocidade e não têm mais acidentes que nas autoestradas dos outros países.
Com piso molhado, a velocidade máxima mantinha-se nos 100km/h.
A 130km/h o consumo de combustível aumenta 30% o que tem um impacto no custo  total de 10% (-> 6.15€/passageiro) mas o tempo de viagem reduz de 3h30m para 2h45m (velocidade média de 90% da velocidade máxima).

2 - Aumentar o comprimento máximo dos autocarros para os 18.6m.
Se os autocarros fossem aerodinâmicos e mais compridos haveria uma redução nos custos por passageiro em mais de 30% (redução do consumo de combustível e aumento do número de passageiros transportados).
O actual comprimento máximo dos autocarros de 13.7 m tem em mente que este veículo circula nas estradas dos anos 1960. Mas nas autoestradas, os autocarros podem ter os 18.6m dos camiões TIR articulados sem qualquer problema de curvar desde que circulem apenas em auto-estradas e IPs.
Interessante que no Brasil (alegadamente mais atrasado do que nós), os veículos rodoviários (articulados) já podem atingir um máximo de 30m (ver) o que permite transportar 4 TEU (contentor de 20 pés).
Um autocarro de 18.60m (com 1.3m perdidos numa frente aerodinâmica) teria a capacidade aumentada em 40% (77 passageiros sentados num piso e 121 passageiros em 2 pisos).

3 - Acabar com o condicionamento (monopólio) dos transportes públicos.
No tempo do Salazar, acreditava-se que os monopólios eram a melhor forma de desenvolver o país (era o condicionamento industrial). Hoje sabemos que isso está errado mas as concessões dos transportes dos anos 1930 ainda hoje se mantêm válidas.
Para agudizar o problema, as estradas para onde as concessões foram atribuídas estão completamente ultrapassadas pelas novas estradas e autoestradas construídas nos últimos 40 anos.
Mantendo-se a Lei dos Alvarás, não é possível haver autocarros nas autoestradas porque competem com os autocarros das estradas nacionais (e com os comboios).
A Lei dos Alvarás dos transportes públicos tem que ser radicalmente revista. Diria mesmo que a lei deveria ser extinta, finito, como fizeram na Lei das Rendas.

4 - Liberalizar o aparecimento de estações rodoviárias.
É preciso permitir o aparecimento de estações rodoviárias nas autoestradas com lugares de estacionamento para centenas de carros (1000 carros precisam de 200 x 75 m2).
Também é preciso que os automóveis dos passageiros possam entrar a partir de estradas secundárias e possam fazer inversão de marcha na auto-estrada.
Também nas cidades, deveria haver ligações entre os sistemas de transportes urbanos (Metro e autocarros urbanos) e os autocarros inter-urbanos.

E como vão as pessoas parar às estações?
As estações vão ficar nas autoestradas onde as pessoas podem chegar de automóvel ou usando outros transportes públicos de ligação. Por isso é que é importante a entrada de automóveis a partir das estradas locais e a possibilidade de inversão de marcha.
Mas, por uma questão de eficiência, deveria ser criado um serviço de partilha do automóvel.

Os custos de um automóvel.
Quem tem um automóvel, quando faz uma viagem apenas faz contas principalmente ao combustivel. Desta forma, o custo padrão para a partilha do automóvel pode ser fixado  nos 0.20€/km, para 3 passageiros, 0.07€/km.

A partilha da ligação.
Nos dias de hoje, com SMS e Internet, os passageiros teriam que fazer marcação prévia dos lugar, dizendo que se disponibilizavam a apanhar outros passageiros ou se precisavam de ser recolhidos.
Quem disponibilizar o seu carro tem estacionamento grátis e recebe 0.20€/km percorrido (a que abate os 0.07€/km do percurso mais próximo entre a sua casa e a estação).
Por exemplo, se de sua casa à estação são 10 km mas acabou por percorrer 15km, vai receber 2.30€.
Um sistema de optimização desenha o percurso dos automóveis disponíveis.
Cada um dos passageiros transportados paga, além do bilhete do autocarro, os 0.07€/km da viagem de carro (considerando a distancia mais curta).
Uma pessoa que faz a viagem Braga-Lisboa (370km) mas que vive a 30km da estação precisando de boleia, pagaria 370 x 0.03 + 30 x 0.07 = 13.20€
O sistema de partilha poderia transferir o lucro de quando há mais de 3 passageiros com os prejuízos de quando há menos que 3 ou o custo da boleia poderia ser variável. Em termos económicos seria melhor o preço variável mas é aceitável um preço igual para todos.

Fig. 3 - Com o desenvolvimento da Internet, a partilha vai ter cada vez mais importancia nas nossas vidas.

Somos culturalmente contra a mudança.
Melhorar o Mundo implica um avaliação continua da forma como fazemos as coisas e a procura incessante de novas formas de as fazer e de novas coisas.
É preciso tentar, experimentar, errar e acertar, corrigir, melhorar e continuar para a frete. Quando outro experimentar e falhar, também temos que compreender que isso faz parte do processo para melhorar o Mundo.
Foi este principio que nos retirou das cavernas que, à data de então, muitos disseram não ser possível arranjar algo mais seguros e confortável para viver.
Este principio deve-se aplicar aos transportes públicos mas também a todas as coisas da nossa vida. Em particular, como sei da confusão que os meus alunos fazem entre o sistema monetário e o mercado de crédito, escrevi um pequeno texto como leitura complementar das crianças.
Mandei isso aos meus colegas que vieram logo com a argumentação clássica portuguesa.
-Ai, nunca se deu nada disso, isso eles vão dar noutra cadeira, desvia-se um pouco do objectivo, ´já dou disto há não sei quantos anos e nunca se falou em nada disto, blá, blá, blá, blá.
Eu vou por o texto online (Fundamentos do Sistema Monetário) para darem uma vista de olhos nestes últimos dias de férias. Requer concentração mas penso ter algum interesse.

Fig. 4 - Se nos esforçarmos, até as pedras acabam por rolar 

Uma homenagem final ao António borges.
Não pelo que ele fez durante a sua vida mas por, já depois de saber que tinha cancro do pâncreas que lhe dava pouco tempo de vida, continuou a trabalhar com a mesma energia de sempre.
Tantas pessoas, como eu, que não fazemos nada por isto e por aquilo,  coisas sem importancia nenhuma, temos que dar todo o mérito às pessoas que, na mais grave da adversidade, esforçam-me mesmo para além das suas energias.
Isto aplica-se também às pessoas que na Síria perdem a vida a lutar por uma sociedade livre e justa.

Pedro Cosme Vieira

10 comentários:

Nuno disse...

Acho que tem razão: basta ver que a linha férrea tem vindo a diminuir bastante nas últimas décadas emPortugal enquanto há empresas rodoviárias com carreiras para todos os cantos do país. É uma mudança imparável por muito que os saudosistas do comboio lutem contra isso.

jfdr disse...

Caro Pedro Cosme,

Há vários meses que acompanho o seu blog, e em geral aprecio o seu estilo incisivo e o seu raciocínio lúcido. No entanto, confesso que este seu último post me deixou desapontado. As propostas inovadoras que faz são: tirar as estações rodoviárias das cidades e passá-las para a autoestrada; aumentar o tamanho das camionetas; aumentar o limite de velocidade. Ora:

1) Antes de mais, o Cosme está a debruçar-se sobre um problema que não existe: Portugal é um país pequeno, com pouca gente e o autocarro (mesmo com monopólios e afins) já é o meio de transporte interurbano mais barato. Consultei agora o site da Rede Expresso e fazer os 810km de Bragança a Lagos (a maior distância nacional em que consgui pensar) custa 32euros e demora 12horas. Não sei o que o Cosme acha, mas parece-me que para o fluxo de eventuais clientes deste trajecto (baixíssimo), estas condições já são muito boas. Os autocarros do tamanho de comboio justificam-se em países como a Argentina ou a Austrália em que há grandes aglomerados populacionais e milhares de kms de nada pelo meio.

2) O Cosme estaria a criar um problema de raíz. Ninguém quer ir duma estação de serviço para o Porto. As pessoas querem ir de /*casa*/ para o Porto. As centrais de camionagem têm de estar no centro das povoações, que é onde existem infra-estruturas de transporte urbano que permitem que as pessoas lá cheguem. Ter que apanhar boleia ou apanhar um autocarro semi-interurbano para ir ter à auto-estrada é uma complicação desnecessária.

3) Ao contrário do que o Cosme diz, essas suas ideias não representariam uma mudança, mas seriam, isso sim, o corolário natural do nosso actual modelo de desenvolvimento. Para comprar uma couve, um móvel ou sapatos os portugueses já não sabem viver sem as grandes superfícies comerciais servidas por auto-estradas suburbanas. Mudar as centrais de camionagem para lá não representa um esforço de imaginação assim tão grande.

Não sei se o Cosme já escreveu sobre o assunto, mas o que acha sobre as políticas de mobilidade urbana em Lisboa? (Pedonalização de eixos importantes, constrangimentos irracionais ao tráfego automóvel, etc.)

Cumprimentos
João

Económico-Financeiro disse...

Estimado jfdr,
fui mal interpretado nas minhas propostas. O que eu defendo é a liberalização, o fim dos monopólios e logo surgirão soluções para os transportes públicos seja nas cidades, seja nas aldeias.
Serem os autocarros grandes ou pequenos deve ficar ao critério de exploração económica dos transportadores pois não há qualquer razão técnica para o limite dos 13.7m.
As minhas propostas são simples de imaginar e fáceis de implementar mas, só o governo o sabe porquê, nunca serão implementadas. Ainda hoje me lembrei do Guterres que mandou fechar os hipers ao Domingo "porque era o dia que as pessoas tinham para estar com a família".

Prova que a coisa está mal é que cada vez menos pessoa andam de transporte público, apesar dos prejuizos e subsídios colossais.
Já agora, como faz uma pessoa de Albergaria da Serra, Arouca, para ir visitar de transporte público uma amiga a Além da Ribeira, Tomar?
Não pode porque o Estado não deixa o mercado funcionar.

Um abraço,
pc

João Pimentel Ferreira disse...

Já agora. E os custos TOTAIS do carro, não quer fazer um post sobre isso?

www.autocustos.com

Unknown disse...

Boa tarde,


Não encontro informação que sirva de base a esse limite de dimensão do autocarro que indica.


O limite de dimensão para um autocarro articulado são 18,75 metros - exemplo: http://www.transportes-xxi.net/fotografia/foto/9124

O limite para um autocarro rígido (sem aquela articulação ali no meio são):

13,5 metros para 2 eixos

e

15 metros para 3 eixos - http://www.transportes-xxi.net/fotografia/foto/10177

O limite de 13,5 metros para 2 eixos tem sobretudo a ver com a manobralidade e distribuição de peso. Um autocarro de 3 eixos tem o 3º eixo direccional, encurtando a distância para fazer uma manobra e ultimamente tem sido adquiridos bastantes, permitindo um incremental de passageiros.

João Pimentel Ferreira disse...

Portugal, apesar de ser um país pobre com salários baixos e fracas condições de vida, tem 540 carros por mil habitantes, o terceiro número maior da Europa. Portugal não tem recursos petrolíferos nem tem indústria automóvel própria. Estima-se que a hegemonia do automóvel tenha um custo económico anual ao país de cerca de 10% do PIB. Apesar disto, Portugal está no top 5 dos países da UE com mais autoestradas, se consideramos número de habitantes, área e PIB. Numa autoestrada circulam veículos normalmente apenas movidos a derivados do petróleo, veículos e petróleo que são na totalidade importados. Assim, urge fazer uma aposta séria na ferrovia, pois usa eletricidade que vamos e é muito mais eficiente e respeitadora do ambiente.

Pedro Macedo disse...

Boa tarde.
Penso que há algumas incongruências nos seus cálculos.
Para já, o salário do motorista é manifestamente exagerado.
12,5€ À hora, daria um diário de 100€ o que ao final do mês e baseando-nos nos vinte e dois dias úteis daria um ordenado de 2200€. Irreal em Portugal.
Esse custo existirá, mas com todas as ressalvas de contribuições À Seg. Social e subsídios incluídas!

Depois, os custos do autocarro.
Gasóleo, portagens são dedutíveis, logo o IVA é recuperado!
O custo de 245 mil € do veículo amortizado em 10 anos será de 24500 por ano, ou se preferir 2041 por mês, em que 23% recuperam-se, logo ficaremos com um valor de 1600 € por mês para a renda do autocarro!

Custos da viagem.
Mèdia de 26 litros em AE, mas para lá chegar os autocarros andam no Centro das Cidades, logo devemos inflacionar ligeiramente a média! Cerca de 29 litros, parece-me razoável.
29 litros / 100 km x 3.2 = 92,8 litros ao preço de 1.14€ / litro = 106€ em que 23% se recuperam, logo ficamos pelos 81€ de combustível!

Motorista
Não será exagerado dizer que o ordenado de um motorista andará pela ordem dos 650€ / base a que acrescem diuturnidades e horários nocturnos e subsídio de alimentação.
Neste contexto o ordenado base deverá andar pelos 800€, o que dará 4.55€ à hora! Acresce o subsídio de alimentação que rondará os 5€, se rondar!
A contribuição mensal da entidade empregadora à S. Social rondará os 155€/ mês, logo chegamos a uns módicos 0.88€ à hora

Ou seja, com o motorista gastar-se-iam 26.72€ nesta viagem, mas brutos! O motorista, liquidos, receberá muito menos do que isso.

2 milhões de km em 10 anos dará uma média de 200 mil ano ou 16500 mês.
16500 mês dá realmente aproximadamente 52 viagens (26 em cada sentido).
O custo do veículo por dia 53.33 só de ALD. Dividindo por duas viagens ao dia alcançamos um valor de 26,67€ por viagem.

Manutenção
15% do combustível em valor líquido chegamos a 12.15€ + custo do veículo por viagem de 26,67, por isso 38,82€ por viagem.
A cada 20000 km (62 viagens simples) o custo da manutenção rondará o 2400€ e não os 1500€!

O seguro dos passageiros de 5000€ / ano dará 13,6€ ao dia e 6,8€ por viagem. Baseado na lotação de 70% de 55 PAX, chegamos a 39 passageiros por viagem e a um preço de 0.17€ por passageiro.

Logo, o custo por passageiro num autocarro destes e numa viagem Lx - Porto será inferior a 4.65€!
A partir daí vejam o lucro que as empresas retiram!

Económico-Financeiro disse...

Obrigado Pedro Macedo pela informação.
Se o custo por lugar dos transportes colectivos é muito baixo, o problema que têm é que circulam com uma taxa de ocupação média muito baixa, não muito acima dos 10%.
A solução passará por mais informação não só quanto aos horários (disponibilidade de transportes) como às necessidades dos passageiros usando, por exmeplo, uma aplicação do tipo da da Uber.
A melhoria de informação é que tem permitido que as companhias de aviação low cost consigam competir com as companhias de bandeira com lucros (contrariamente às de bandeira, como a TAP, que continuam a ter milhões de prejuizo).
Só tenho pena que nenhum governante nem presidente de câmara pense na construção de hubs de autocarros.
1ab

ANIMASILVA disse...

Meus Caros.
Alguém me pode ajudar em saber se a lei dos passageiros e serviço de autocarro atual se aplica ao serviço acessional. Um exemplo: lugar para os passageiros como mobilidade reduzida, em geral são os primeiros lugares mas, se tenho um autocarro de 50 ou 55 lugares e estou a vender uma excursão com nº de lugar, como faço para vender o lugar ao cliente com mobilidade reduzida. Isto também deve-se passar no expresso que são vendidos por nº lugar. Existe alguma lei para os serviços ocasional, aluguer . Obrigado

Económico-Financeiro disse...

Ola AnimaSilva,
Resumidamente,
1) Quando a pessoa com mobilidade reduzida vai comprar o bilhete deve avisar para ser possível reservar um lugar adequado e haver alguém que a ajude (por exemplo, a mudá-la da cadeira de rodas para o banco e vice-versa).
2) Se a pessoa precisar de lugar especial, o seu acesso está limitado à existência desse lugar especial.

Como tudo na vida, se for usado bom senso e compreensão (recordando que qualquer um de nós pode vir a ter essa dificuldade), tudo será resolvido sem necessidade de invocar a legislação mas que pode ser consultada aqui:
http://www.amt-autoridade.pt/consumidor/informa%C3%A7%C3%A3o-ao-consumidor/transportes-direitos-dos-passageiros-com-necessidades-especiais2/

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