domingo, 11 de novembro de 2012

O Meneses não se vai poder candidatar à Câmara do Porto.

A Lei 46/2005 de 29 de Agosto que estabelece a limitação dos mandatos autárquicos é muito pequenina.
Vendo haver tantas opiniões diferentes dadas por pessoas instruídas e inteligentes sobre a interpretação desta lei, compreendo porque os nossos tribunais estão entupidos. Se os intervenientes nos processos tiverem tanta dificuldade em ler português, os problemas complexos que chegam aos nossos tribunais terão que ser decididos por moeda ao ar.
Esta leizita só tem de um artigo e três parágrafos de que os dois primeiros são os únicos relevantes para a questão da candidatura do Meneses ao Porto:


Fig. 1 - Será que o português é uma língua difícil de entender ou eu sou burro? 

Artigo 1.º - Limitação de mandatos dos presidentes dos órgãos executivos das autarquias locais
1 - O presidente de câmara municipal e o presidente de junta de freguesia só podem ser eleitos para três mandatos consecutivos ...

O presidente de câmara municipal.
A Lei não diz "o presidente de uma câmara municipal" só pode ser eleito para três mandatos consecutivos "nessa mesma câmara municipal".
Ao dizer, "o presidente de câmara", com "de" e não "da" ou "de uma" torna a contagem da consecutividade independente do local onde é exercido o cargo de presidente de câmara municipal.

Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia desde janeiro de 1998
O curriculum do Menezes que está no site da Câmara Municipal de Gaia diz que é "presidente da câmara" e não "presidente de câmara". 
Nas outras câmaras também é sempre referido ao titular do cargo concreto como o "presidente da câmara".
Este pormenor do uso do artigo defenido implica que a Lei 46/2005 ao dizer "de" está-se a referir à função genérica e não ao concreto de um cargo exercido num município particular. 

Artigo 1.º - 2 - ... depois de concluídos os mandatos referidos no número anterior, não podem assumir aquelas funções durante o quadriénio imediatamente subsequente ao último mandato consecutivo permitido.
O parágrafo 2 fala das "funções".
Se havia qualquer dúvida quanto a estar lá o "de" ou o "da" por erro do legislador, agora fica clarificado que se trata da função de presidente de câmara municipal.
Se alguém nos disser que exerce a função de Chefe de Cozinha desde 1985, não fica na nossa ideia que essa pessoa tem sido chefe de cozinha sempre na mesma cozinha.

O que diz o nosso Código do Trabalho sobre a função e o local?
No artigo 106.º-3 da Lei 7/2009 de 12 de Fevereiro diz que a empresa é obrigada a comunicar por escrito ao funcionário, entre outras coisas,

b) O local de trabalho;
c) As funções a desempenhar pelo trabalhador;

Isto quer dizer que a Lei do Trabalho distingue o local da função.
Se o artigo 2 diz "não podem assumir aquelas funções" sem acrescentar "no mesmo local" quer dizer que a proibição se aplica às funções executas em qualquer local (onde se aplique a lei portuguesa).

Mas onde pode estar a dúvida de interpretação?
Está na incompetência generalizada do povo português para ler um pequeno texto.
Mais grave ainda foi um dos legisladores (o Marques Mendes) dizer na TV que "quando eu votei essa lei, não era isso que eu tinha em mente".
Um jurista eleito deputado que não foi capaz de compreender o pequeno texto que estava a votar. Agora imagino a votação das leis com centenas de artigos. Ninguém se dá ao trabalho de as ler.

Fig. 2 - "Mas eu tenho um parecer jurídico da Lili a dizer que me posso candidatar ao Porto"

Concluindo.
O Luís Filipe Meneses não se pode candidatar às funções de presidente de câmara municipal  na Câmara Municipal do Porto e é boa ideia o PSD arranjar já outro candidato pois, quando  o processo vier chumbado, vai ter que tomar uma decisão de um dia para o outro e em cima do joelho.
Vai-se repetir a novela que levou à derrota do Fernando Gomes.

Pedro Cosme Costa Vieira 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A brincadeira do Luisão foi mesmo uma agressão ao árbitro alemão

Os desportos evoluem com o tempo.
Em termos tácticos, primeiro era o tudo a monte e fé em Deus e, depois, foram apareceram varias tácticas como a defesa em linha,  o 4+3+3, o losango, o 5+3+2, a marcação homem-a-homem ou à área, etc.
O problema é que, além da táctica, a pulhice também tem evoluído.
Primeiro foi o pé em riste, depois a entrada de carrinho, o tacle por trás, o abrir as asas (cotoveladas) e, nos últimos tempos, apareceu o bloqueio do jogador adversário que se desmarca (sem bola) e, no caso do Luisão, apareceu o bloqueio com entrada do ombro à cabeça.

Fig. 1 - Eu sou um coitadinho, um anjinho que não faz mal a ninguém

A entrada com o ombro.
O Jesus introduziu o bloqueio na técnica de defesa do Benfica.
O bloqueio é uma falta (obstrução) mas não é agressão.
Como a bola está longe do local do bloqueio, o árbitro não vê.
Como há impunidade, o Jesus ganhou confiança e avançou dois passos.

A) Na marcação de livres, agarrar o jogador adversário exactamente até ao momento em que a bola é batida. Como a bola ainda não está em jogo, não é marcada falta (penalty).

B) Aquando do bloqueia, rodar o corpo metendo o ombro à cabeça do adversário. Esta é muito maldosa. 

Como o jogador atacado não tem a bola, o árbitro está a olhar para outro lado e não vê.
O Pinto da Costa queixa-se das técnicas de bloqueio do Jesus, mas ninguém faz nada.
Os jogadores aparece caído mas nunca ninguém vê nada.
O Jesus ri-se, diz que os adversários são fraquinho, que foi teatro e a coisa passa.
O problema é que na Alemanha, a coisa correu mal.

Será a ombrada um golpe violento?
Os do Benfica dizem que não é nada mas vejamos os desportos mais "violentos".
     É proibida no Boxe;
     É proibida no Judo;
     É proibida no Jujitsu;
     É proibida no Futebol Americano;
     É proibida no Râguebi.
Apenas é permitida nos combates de MMA - Full Contact.
Se é proibida nestes desportos "violentos", é porque é um golpe muito antidesportivo.

Fig. 2 - Hoje, esta entrada acompanhada de "Vou-te f*der", dá vermelho directo.

Como se mede a violência de um golpe na cabeça?
Pela capacidade de causar aceleração no cérebro.
Como o cérebro é quase líquido, se a cabeça abanar, o cérebro desliga-se.

Vou supor que o movimento de rotação do ombro tem uma velocidade de 5m/s.
O Luisão pesa 81 kg e um raio médio de 13cm. Pensando que o movimento apenas se aplica a 2/3 do corpo (54kg), o movimento angular será 5 x 54 x 0.13  = 36 kg.m.
A cabeça do árbitro pesa 5kg e está a 20 cm do centro do Luisão.
A aceleração da cabeça vai retirar movimento angular ao sistema:
   V x 5 x 0.2  + V x 54 x 0.13  = 36
   V   = 36 / (1 + 54 x 0.13)
   V = 4.5 m/s
A velocidade da cabeça vai acelerar de 0m/s a 4.5m/s.

O KO de um boxer profissional acontece entre 4 g e 5 g.
A vitima desmaiar vai depender do tempo de aceleração (dos 0 m/s aos 4.5 m/s finais) e da resistência da pessoa.
Se o tempo de aceleração for de 0.125 segundos (4 frames do filme), a aceleração dentro da cabeça foi de 36m/s2, 3.6g.
Com esta aceleração na cabeça, a generalidade das pessoas fica KO.

Qual foi o "erro" do árbitro?
Os árbitros portugueses já estão preparados para estes golpes.
Quando os jogadores cercam o árbitro "fazendo peito", este recua para não ficar com jogadores nas costas (ângulo cego de onde vêm os cascudos) e anulando as entradas do ombro em rotação.
Como o movimento de rotação é de curta distância, o recuo de apenas um passo já retira o árbitro do perigo.
Mas o árbitro alemão nunca pensou que em Portugal havia tamanha selvajaria. Por isso, fez frente aos jogadores mantendo imóvel com ambos os pés no chão.
Os jogadores encostaram ao árbitro que aguentou (estou persuadido que os iria expulsar se os jogadores o desequilibrassem), altura em que o Luisão entrou com o ombro em rotação atingindo a cabeça do árbitro.

O árbitro não tinha condições médicas para continuar.
Como houve perda de consciência, o que se denomina por concussão cerebral, a prática médica diz que a vitima tem que ficar 12 horas sob vigilância devendo ser feita uma RM ou uma TAC para verificar a integridade cerebral.
Claro que os portugas acham-se muito machos não precisando de nada disso. Mas depois ...

Lembram-se do Joaquim Agostinho?
Morreu de uma coisa destas.
Um cão atravessou-se à sua frente e ele caiu da bicicleta tendo desmaiou. Como recuperou quase imediatamente, montaram-no na bicicleta e ele continuou. Morreu passados 10 dias.
Além do mais, a concussão cerebral causa confusão, dor de cabeça e sonolência podendo também causar tonturas, dificuldade de concentração, esquecimento, depressão, falta de sensibilidade ou de emoções e ansiedade.
Assim, é totalmente normal que o arbitro não tivesse continuado o jogo.

Não é por os árbitros alemães ser apaneleirados.
É por na Alemanha a população ser culta conhecendo a gravidade da concussão cerebral.

Os jogadores maldosos têm que ser irradiados.
Quem quiser dar pancada tem que deixar o futebol e dedicar-se a outra modalidade.
Se olharmos para o João Pinto, ele não abre completamente a boca porque o Paulinho Santos lhe acertou com uma cotovelada. Ficou famosa a sua intervenção televisiva
 - C'um car**lo, alguém viu alguma coisa? Não se vê nada nas imagens da televisão, c'um car**lo.

Fig. 4 - O Luisão que treine para MMA-Full Contact onde pode bater à força toda (mas não ao árbitro).

Pedro Cosme Costa Vieira

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A União Europeia também vai acabar, brevemente

A formação de alianças é uma resposta à adversidade do meio ambiente.
Aqueles programas de animais que dá nas TVs às 12h de Domingo são uma aula prática sobre a dinâmica que levou à criação da União Europeia e que justifica a sua existência.
Vemos nesses programas que, quando num território existem leões, os búfalos juntam-se em grandes grupos com os machos do lado de fora protegendo, com uma muralha de cornos afiados, as fêmeas e crias.
Em resposta ao ambiente hostil, os machos abdicam dos seus interesses individuais (comer e ter as fêmeas só para si) e cooperam na defesa da própria vida e da manada.
Quando não existem leões, os búfalos espalham-se pela pradaria e os machos concentram-se nos seus interesses individuais lutando todo tempo com os seus iguais para os atingir.

Porque será que se formam grupos?
Porque o perímetro da circunferência aumenta linearmente enquanto que a área do circulo aumenta ao quadrado. Então, 15 machos formando uma muralha exterior de cornos protegem uma área onde cabem 15 fêmeas (1 fêmea para cada macho) enquanto que 30 machos protegem uma área onde cabem 60 fêmeas (4 fêmeas para cada macho).
Se, em condições adversas, um macho fica sozinho, é imediatamente submetido pelos leões.
A defesa à adversidade externa é a força que mantém unido o grupo.

Porque se desfazem os grupos?
Pertencer a um grupo também tem um lado negativo pois os indivíduos mais fortes, que poderiam derrotar todos os seus irmãos, têm que partilhar com os mais fracos a erva e as fêmeas.
Então, existe também uma força de repulsão que faz os individuos querer ser independente: a não partilha dos recursos escassos.
É por esta última razão, a partilha do petróleo, que o Kuwait nunca se quis unir ao Iraque.

Fig. 1 - A CEE, no contexto da Guerra Fria, construiu uma muralha de cornos 

Como construímos as nossas amizades de infância? 
Havia um matulão que queria bater em toda a gente e nós, os fracotes, formávamos um grupo que, pelo número, se tornava mais forte que o matulão individualmente. 
As amizades da guerra são das mais fortes que existem porque os soldados, em presença de um ambiente extremamente hostil, têm que formar grupos coesos e desenvolver uma confiança cega nos camaradas.
Por essa razão é que, na Gestão, nos programas de "Team Building" os indivíduos são colocados em ambientes onde se sintam desconfortáveis.

O tamanho e coesão do grupo é um equilíbrio entre as forças de repulsão e de atracção.
Quando a ameaça externa aumenta, a força de atracção sobrepõe-se à força de repulsão tornando o grupo maior e mais coesa. Quando a ameaça externa diminui, a força de repulsão torna-se dominante e o grupo diminui de dimensão e de intensidade.

Onde esta conversa explica a existência da União Europeia?
Quando a CEE - Comunidade Económica Europeia foi fundada em 1957, vivia-se na Guerra Fria e os países eram muito fechados.
Era muito pequeno o comércio de bens e serviços (as taxas alfandegarias eram muito elevadas).
Não havia mobilidade de pessoas. Os mais velhos recordam que era quase impossível obter um passaporte; que para se ir comprar uns caramelos a Espanha era preciso Visto e éramos revistados à saída e à entrada;  que era impossível ir trabalhar para um país estrangeiro.
A situação mais grave foi a construção da "Cortina de Ferro" para evitar que as pessoas saíssem da Europa de Leste.

Fig. 2 - No pós-WWII, a Europa Ocidental ficou cercada pela ameaça soviética a Leste e a islâmica a Sul

Mas essa fase foi, lentamente ultrapassada tendo a ameaça soviética acabado em 1991 com a queda do muro de Berlim e o comércio internacional no Mundo foi crescendo a uma cadencia constante. De 12% do PIB em 1960, o comercio internacional aumentou até os actuais 27% do PIB (ver, Fig. 3).

Fig. 3 - O comércio internacional tem aumentado 0.32 pp por ano
(dados: Banco Mundial, grafismo do autor)

O comércio internacional é muito importante
Porque permite que os países se especializem nas actividades em que têm vantagens comparativas. Por exemplo, em Portugal importamos algodão que usamos na tecelagem de lençóis que exportamos com lucro. Como o nosso clima não permite cultivar algodão, se não houvesse comércio internacional não poderíamos produzir e exportar têxteis e vestuário.

O comércio internacional da União Europeia tem aumentado mas ...
Mas esse aumento está paralelo com a média mundial. Assim, não resulta directamente do processo de integração europeia mas antes de cada vez mais países tomarem consciência de que a abertura das economias, as exportações e as importações e a movimentação de capitais, pessoas e ideias, é um factor muito importante do seu desenvolvimento.
Essa tomada de consciência levou a que, de um mínimo de 13 países em 1949 e apenas 26 em 1961 (no GATT), actualmente já façam parte da OMC - Organização Mundial do Comércio 156 países.
Actualmente, até Cuba e o Zimbabwé acham vantajoso pertencer à OMC.
O crescimento do comércio internacional que se observou no interior da União Europeia (de 20% do PIB em 1960 para os actuais 40% do PIB) está em paralelo com o que se tem observado na média do Mundo (ver, Fig. 4).
Fig. 4 - O comércio internacional nos países da UE e no Mundo (dados: Banco Mundial, grafismo do autor)

E até houve zonas do Mundo, fora da UE, onde o crescimento do comercio internacional foi muito superior. Por exemplo, a China e a Índia aumentaram o comércio internacional de cerca de 3.5% do PIB em 1970 para cerca de 30% do PIB actualmente (+ 0.6 pp/ano).
Por contrário, o Brasil mantém-se uma economia muito fechada tendo apenas subido de 7% do PIB (nos anos 1960) para os actuais 12% do PIB.

Como as ameaças acabaram, vêm ao de cima as forças que afastam os países
A principal força que empurra a UE para a dissolução é as pessoas do Sul da Europa acharem-se com direito a ter o mesmo nível de vida económico das pessoas do Norte da Europa e os do Norte da Europa não estarem disponíveis a transferir parte do seu rendimento para que essa ideia se materialize.
Quando havia a ameaça soviética, a Alemanha via essas transferencias como o "preço da paz". Agora que a Rússia se tornou um país quase normal, acabou a necessidade de pagar por uma coisa que está naturalmente garantida.
Os países do Norte da Europa não estão mais disponíveis para ajudar ao sustento dos do Sul pois têm o guarda chuva da Organização Mundial do Comercio, a ameaça da União Soviética acabou e a ameaça islâmica não se está a mostrar perigosa (e afecta mais os países do Sul que lhe estão mais próximos).

A tese de termos direito ao mesmo que os alemães é perigosíssima porque parece justa.
Porque diabo não podem os portugueses ter o mesmo rendimento que os alemães se somos todos feitos de carne e osso e até trabalhamos mais horas?
Vejamos com uma comparação como esta tese é perigosa.
Imagine que os habitantes da Quinta do Mocho (um bairro de Sacavém, Lisboa onde a generalidade das pessoas é pobre, tipo favelados do Brasil), se achavam com o direito de viver tão bem como os do Restelo (bairro fino de Lisboa) tendo as mesmas casas, os mesmos carros, passar férias nos mesmos sítios, etc.
Como é que isto se iria fazer?
Só se fosse com um generoso subsídio para a maioria das pessoas que vive no mocho pago com um pesado imposto sobre as que vivem no Restelo.
Caso contrário, os do Mocho dariam cabo do Restelo.

Fig. 5 - Moleque de favela já nasce com cara de marginal.

Agora vemos que o argumento da igualdade Norte-Sul não tem lógica.
À escala da Europa passa-se o mesmo não sendo possível acabar com as diferenças que existem entre o Norte e o Sul.
Viver na Europa do Sul tem vantagens (clima, vida relaxada) e inconvenientes (menor produtividade) não sendo possível manter as vantagens e exigir a anulação dos inconvenientes.
Por contrapartida, os Alemães quereriam o clima e o relaxe do Sul da Europa.
Isso só aconteceria se os alemães fossem viver para o Sul e todos fossem trabalhar para a Alemanha.
Isso não é fisicamente possível.

Mas subsistem algumas ameaças.
Como já não podemos justificar a existência da Zona Euro (e, em última análise, da UE) e as consequentes transferências de recursos do Norte para o Sul com as vantágens internas e ameaças externas, queremos justificar a sua existência com as ameaças internas, com o cataclismo do seu fim.
Todos rezamos para que a dissolução da Zona Euro e da União Europeia cause um prejuízo terrível principalmente à Alemanha e demais países do Norte.
É quase como os suicidas que procuram, com a sua explosão, causar no inimigo mais do que um morto.
Se ouvirmos o discurso dos esquerdistas, vai ser terrível porque a Alemanha não terá para onde exportar os seus Mercedes.

Mas isso é tudo mentira
Uma União Europeia em que cada país mantem as suas contas equilibradas é um factor de progresso da Alemanha mas tem que ser pesado o custo que a UE tem ao contribuente alemão e o benefício comercial que daí retira.
Neste momento, os custos estão maiores que os benefícios.

Fig. 6 - Amor, fiz 5 operações plásticas para ficar mais elegante. Acreditas?

Nós não só importamos da Alemanha como também exportamos para lá.
Portugal exporta 500 milhões de euros de bens para a Alemanha onde os automóveis têm um peso de 30%.
E será mais difícil para os países do Sul da Europa competir no mercado mundial que à Alemanha.


Fig. 7 - Importações e Exportações para a Alemanha (dados: INE, grafismo do autor)


Fig. 8 - Por cada euro que importamos da alemanha, exportamos 0.90€ (dados: INE, grafismo do autor)


Acabado ou reduzido o projecto União Europeia, continuaremos todos sob o guarda-chuva da OMC.
E manter-se-ão os acórdos multilaterais enquanto forem do interesse mútuo dos países onde se inclui, por exemplo, o FMI e a Interpol.
Estando a aumentar as forças de divisão (o custo de manutenção) e a diminuir as forças de união (os ganhos do comercio e as ameaças externas), é de prever que a UE vá diminuindo de intensidade transformando-se, a média prazo, em algo parecido com o MERCOSUR, depois a uma associação do tipo dos PALOPs e, finalmente, à nossa "mais velha associação do mundo" com a Inglaterra (transforma-se em nada).

Fig. final - Do quarto do hotel onde estou de férias vê-se Manhattan. Vamos amor, cansar.


Pedro Cosme Costa Vieira

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A licenciatura, o dr. Relvas e a desvalorização do Escudo

Este ano leccionei a disciplina de Seminário de Economia 2
que é uma disciplina que vem responder ao Paradigma de Bolonha de o aluno "aprender a aprender". Assim, "obriga-se" o aluno a tornar-se capaz de aprofundar o seu conhecimento sobre um determinado tema acedendo a fontes de informação seleccionadas por si (fora da tradicional aula expositiva).

O que representa ser licenciado.
Pressupõe ter autorização, licença, para exercer uma profissão complexa.
Um licenciado (a exercer uma profissão), quando se depara com um problema para o qual não tem resposta imediata, tem que ser capaz de criar uma resposta sólida pela procura e estudo por si próprio das fontes de informação disponíveis (referindo as fontes).
Mas os nossos alunos, portugueses, têm muita dificuldade em desenvolver esta capacidade de aprender sozinhos porque a nossa cultura académica está cimentada numa tradição secular de "exames sem consulta" onde as respostas são de memória e à autoridade desse "conhecimento livresco".
E como a memoria tem falhas, o aluno tem que concentrar o seu estudo nas vésperas da prova ("para manter a matéria fresquinha") e, quando interrogado decorridos uns meses, diz:
- Devo ter aprendido isso numa cadeira qualquer mas já foi há tanto tempo que não me lembro de nada - quando a resposta deveria ser:
- Posso dar agora algumas indicações genéricas sobre o assunto mas preciso de algum tempo para poder dar uma resposta fundamentada a esta questão concreta.

Fig. 1 - Aprendi isso na cadeira de Natação I, mas já não me lembro de nada!


Num programa de artes marciais passado na televisão
Entrevistador
- Mestra Coissarópa, que diplomas precisou obter para ser mestra desta arte marcial?
Diz a mestra
- Cara, nenhum. Comecei praticando, como todo o mundo, aqui na praia. Um dia, estava fazendo uma técnica e um dos moleques me pediu para eu lhe explicar.
- Depois veio outro e outro e outro e os moleques começaram me chamando Mestra.
- Não sou mestra da universidade mas todo o mundo me pergunta coisas que eu explico e, como gostam, me vão chamando mestra.
- Minha mãe também é mestra, doceira.


Fig. 2 - Me chamam a mestra do corpo esculturau. H i i i i u u u pumba.

Existem profissões em que é preciso uma acreditação institucional mas outras não.
As profissões complexas em que é difícil verificar a competência profissional durante a execução das tarefas, obrigam a que haja um processo de aprendizagem, avaliação e certificação das competências profissionais do individuo antes de este iniciar a profissão.
Por exemplo, uma pessoa não pode começar a dar consultas médicas, primeiro tratando doenças simples e aprendendo com a experiência que vai adquirindo para depois ficar médico de corpo inteiro. Assim, uma pessoa antes de começar a "dar consultas" precisa frequentar e ter aprovação a determinadas disciplinas leccionadas numa universidade credível.
Pelo contrário, também existem profissões complexas, mas em que é fácil verificar a competência do profissional (pelo cidadão comum). Neste caso, já é possível que uma pessoa inicie a profissão sem ter "licenciatura".
Por exemplo, cozinhar é complexo mas, como vemos imediatamente no sabor da comida a competência do cozinheiro, ninguém vai a um restaurantes por o cozinheiro ser licenciado por uma universidade.
O nosso Cristiano Ronaldo está mais do que licenciado para o futebol.

Mesmo nestas profissões, a escola é muito importante
Porque os professores seleccionam e sistematizam o conhecimento necessário à formação do profissional tornando o processo de  desenvolvimento das capacidade do indivíduo mais rápido e eficiente.
Apesar de uma pessoa extraordinário poder transformar-se num bom profissional, apenas a escola está preparada, apesar de muito teórica, em ajudar à pessoa tornar-se um profissional extraordinário.

Vejamos o exemplo positivo da UTAD nos vinhos.
Apesar de durante centenas de anos o fazer vinhos de qualidade ser algo adquirido em família e pela experiência, desde que a UTAD lançou a licenciatura em enologia, apesar de a nota média dos alunos que o frequenta ser baixa, veio permitir um enorme desenvolvimento dos vinhos de mesa do Douro e Verdes.
Não é por acaso que, nos últimos anos, os vinhos criados mesmo em pequenas adegas, têm atingido posições de pódio em concursos internacionais cegos onde também são avaliados vinhos das melhores regiões do mundo, como, por exemplo, a região de Champanhe.

Mas a licenciatura também serve para encobrir fraqueza e incompetência.
Muitos dos licenciados são pessoas normais que se tornam profissionais apenas "suficientes".
Pelo contrário, também existem pessoas extraordinárias que não tiveram oportunidade de se licenciarem e que mesmo assim se transformaram em profissionais "muito bons".
O Paradigma de Bolonha pretende que estas pessoas excelentes se tornem ainda melhores.
Mas, normalmente, quando um licenciado "suficiente" se cruza com um extraordinário que é "muito bom" mas sem escolaridade, usa a sua licenciatura para o diminuir.
Por exemplo, quantos "actores com conservatório" desconhecidos já ouviu na TV dizer mal "desses que fazem coisas mas que nunca tiveram conservatório"?


A Declaração de Bolonha (wiki)
Havendo na Europa um choque entre a cultura anglo-saxónica (onde as competências são mais importantes que os diplomas) e a cultura latina (onde os diplomas são mais importantes que as competências), houve necessidade de compatibilizar o sistema de diplomagem.
Como a cultura anglo-saxónica se tem mostrado mais competitiva, foi usada como modelo.
A Declaração de Bolonha foi transposta para Portugal pelo Decreto-Lei 74/2006.

Agora e principalmente nos países que apenas adoptaram recentemente esta filosofia, quem já exerce a profissão de forma competente (de facto), "deve" ficar licenciado para o seu exercício (de jure) porque:




Art. 5.º - O grau de licenciado é conferido aos que demonstrem:
     a) Possuir conhecimentos e capacidade de compreensão ... [acima do nível secundário]
     b) Saber aplicar os conhecimentos ...
     c) Capacidade de resolução de problemas ...
     d) Capacidade de recolher, seleccionar e interpretar a informação ...
     e) Competências que lhes permitam comunicar informação, ideias, problemas e soluções ...
     f) Competências de aprendizagem ...  ao longo da vida com ... autonomia.

Mas não se quis uma validação de competências
Poderia ser previsto que "a admissão às ordens profissionais mediante aprovação num exame de ingresso na profissão é equivalente à obtenção de uma licenciatura num sistema de ensino tradicional". 
Talvez fosse uma avaliação difícil de fazer, mas seria possível de realizar.

Temos um sistema misto.
Sob o pressuposto de que o candidato tem em vista o prosseguimento de estudos,  o estabelecimento de ensino superior (é o que diz o par. 1º), reconhece, através da atribuição de créditos, a experiência  profissional e a formação pós-secundária do candidato (é isto que diz a al. C).
Nesta parte, a escola pode sujeitar o candidato a provas de avaliação. Essa avaliação pode ser curricular (projectos que realizou, obras que publicou, etc.) e ser um conjunto de provas.

Por exemplo, o Título de Agregado concedido pelas universidades portuguesas como o mais alto grau académico (acima do Doutoramento, do Mestrado, da Licenciatura e do Bacharelato) é um processo deste tipo em que o há uma avaliação e discussão do currículo do candidato que também faz prova da sua capacidade pedagógica e é sujeito a perguntas.
Não tem aulas nem necessidade de aprovação em disciplinas.

Foi isso que aconteceu com o Relvas.
Mas qual é a profissão do Relvas?
Não é um médico cirurgião, um engenheiro que realiza uma ponte ou um advogado que faz um contrato que exigiriam, concerteza, uma acreditação prévia por uma entidade reconhecida.
A profissão do Relvas cai naquelas licenciaturas que não são nada em concreto do tipo Relações Internacionais, Comunicação, Ciência Politica, Relações Públicas, Marketing Relacional, Sociologia das Organizações, etc., etc., etc. que servem apenas para concursos públicos e para não ser preciso sabermos o nome da pessoa porque passamos a chamá-la "doutor" ou "doutora".
É uma profissão complexa mas vive mais de aptidão pessoal do que da instrução obtida numa universidade. Mas melhora.

O Relvas teve 10 valores na "experiência profissional".
Certo dia, o Relvas pensou em "prosseguir os estudos" e não apenas pedir uma validação das suas competências. Quis melhorar, tornar-se melhor profissional.

O Relvas já tinha o ensino secundário pelo que, tendo em vista o prosseguimento de estudos, o estabelecimento de ensino superior (é o que diz o par. 1º), reconheceu, através da atribuição de créditos, a experiência profissional e a formação pós-secundária do candidato (é isto que diz a al. C).

À data, a experiência profissional do Relvas, ser deputado e outras coisas que não me lembro, foi considerada extensa (deu 150 em 180 créditos) mas de pouco valor porque só lhe atribuíram a classificação de 10 valores.
Provavelmente, se fosse agora, teria a mesma extensão de equivalências mas com mais valores. Tal qual como se eu refizesse agora o exame da 4.A classe, teria melhor classificação.

Será errada a filosofia que levou à licenciatura do Relvas?
Não acho.
O argumento tem sido "andei anos a queimar pestanas para estar no desemprego e esse fez 4 cadeiras e já se chsma doutor".
São as criticas dos licenciados intrinsecamente fracotes e que não dão em nada.
São daqueles que dizem "eu sou licenciada em Canto pela melhor universidade portuguesa e estou desempregada porque metem n'A Tua Cara Não Me é Estranha aquele Lucy que só tem a 4.A classe".
Todas as pessoas têm que ter a esperança de ver o seu esforço reconhecido. Sendo que na nossa sociedade isso passa por ser "doutor", então é necessário que as universidades estejam abertas a acolher os profissionais de grande potencial. 

Vamos agora à pergunta do exame.
Eu fiz uma pergunta curta mas dificil a que os 6 alunos não conseguiram dar resposta. Mas esforçaram-se e apresentaram alguma coisa da literatura pelo que, juntamente com as minhas colegas, atribuímos 10 valores a 5 deles.
A a dúvida deles era se eu era capaz de dar resposta à questão. Vamos a ver o que eu sou capaz de dizer.

Tema: Fundamentando a sua argumentação na teoria económica e na evidência empírica publicada além de dados disponibilizados pelas instituições de referência mundial, e.g., o Banco Mundial, construa um texto em que avalie o impacto da desagregação, total ou parcial, da actual Zona Euro. Em particular, avalie como irão evoluir não só as cotações das novas moedas e do euro mas também o PIB e o desemprego nas economias europeias.

Primeira parte: o que diz a teoria económica
A) Diz que os preços relativos entre os bens que nós produzimos internamente e os que são produzidos no exterior equilibram a nossa balança comercial. Se os nossos preços aumentam (em relação ao exterior), as exportações diminuem e as importações aumentam (e vice-versa). Como a Balança Comercial é uma componente muito importante das contas com o exterior, uma desvalorização da moeda causará o equilíbrio da nossas contas com o exterior (a Balança Corrente).
Os alunos teriam que meter uma referencia a um livro de macroeconomia onde este mecanismo estivesse explicado para ficar fundamentado.
B) Diz que no mercado de trabalho existe a curva da oferta (que é crescente com o salário real) e a curva da procura (que é decrescente com o salário real). Diz ainda que, havendo desemprego acima do "desemprego natural", o salário real tem que descer para o mercado equilibrar.
Se a moeda desvalorizar (e os salários subirem menos que a taxa de desvalorização), o seu valor real diminui (fica menor o poder de compra dos salários). Então, a desvalorização vai diminuir os salários reais que faz diminuir o desemprego.
Os alunos também teriam que meter uma referencia a um livro de economia do trabalho ou microeconomia.

Segunda parte: arranjar uns dados. 
Agora seria preciso estimar quanto o nosso escudo irá desvalorizar para equilibrar as nossas contas externas e o nosso mercado de trabalho.
Como fui buscar trabalhos que dizem que estas duas variáveis estão ligadas no mesmo sentido, vou comparar a situação actual (em termos de taxa de câmbio real) com o período em que tínhamos as nossas contas externas equilibradas (1990-1995) e em que a taxa de desemprego era baixa (nos 5%).

Fig. 3 - O Escudo irá desvalorizar cerca de 12%. Na abcissa está a taxa de cambio real relativamente a 1990 (dados: Banco Mundial

Feitas as coisas, até parecem simples e aquelas previsões catastrofistas de que o Escudo irá desvalorizar 50% ou mais não passam de tentativas para assustar o povinho.
A Fig. 3 confirma que o desequilíbrio da Balança Corrente acontece ao mesmo tempo que o aumento da taxa de desemprego (que já tinhamos descoberto pelo estudo da teoria).

Terceiro, o trabalho vinha enriquecido com as políticas alternativas à saida da Zona euro
Se o governo aplicar o corte dos subsídios de desemprego e de Natal a todos os funcionários de forma a reduzir a TSU em 6 pontos percentuais (que diminuirá os custos do trabalho em 5%) e o aumento do horário de trabalho em 0.5h/dia permitir ganhar mais 5%, a nossa economia equilibrará.
Isto porque associado à diminuição dos custos do trabalho, virá uma diminuição dos preços dos bens e serviços produzidos em Portugal.


Fig. 4 - Eu sou muito pessimista, mas estes números parecem-me razoáveis e nada catastróficos.

Nota Final para as minhas colegas detratoras
Esta é a primeira vez que a correcção de um exame é publicada num blog.
É o progresso.

Pedro Cosme Costa Vieira

quinta-feira, 26 de julho de 2012

exemplo

Exemplo

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A covardia do António Borges

Na Grécia ganhou um qualquer que diz ser a favor da permanência na Zona Euro e logo vieram pessoas dizer que estávamos safos.
Mas não.
Continuamos condenados a sair do Euro porque os gregos e os nossos governantes não sabem governar um país com câmbios fixos.
Quando se tem moeda própria, a balança corrente deficitária ajusta pela desvalorização da moeda enquanto que em câmbios fixos, como é o caso dos países da Zona Euro, a BC deficitária ajusta pela descida dos salários (e vice versa). 
Isto não tem nada de ideológico nem político. É a forma como funciona a economia.


Fig. 1 - Eu explicava-vos porque os salários têm que descer, se vocês não fossem tão burros. O que me interessa é o tacho. Haaaa, tomai lá.

O câmbio altera-se muito rapidamente.
É normal haver, de um ano para o outro, uma alteração da cotação de uma moeda na ordem dos 20%. Então, estando a economia desequilibrada, a alteração da taxa de cambio muda rapidamente os preços relativos entre os bens produzidos no país e no exterior o que equilibra rapidamente a economia.

Qual é a diferença entre uma desvalorização e uma descida dos salários?
Ao haver uma desvalorização, o poder de compra dos salários reduz-se.
Assim, a prazo uma desvalorização é exactamente igual a uma descida dos salários mas existem diferenças no curto prazo por causa dos mecanismos de transmissão entre os preços e os salários.

Se a moeda desvaloriza 20%, como os bens importados são 30% da economia então, no imediato os preços internos vão aumentar 6%. Desta forma, vistos do exterior, os preços descem instantaneamente 14% e o  poder de compra dos salários diminui instantaneamente 6%.

Se os salários descem 20%, no imediato o poder de compra dos trabalhadores vai diminuir 20% porque os preços mantêm-se. Está aqui a grande diferença. A prazo os preços internos vão descer 14% pelo que o poder de compra dos salários só vai diminuir 6%, tal qual como na desvalorização da moeda, mas demora uns meses a acontecer um ajustamento dos preços.

Desta forma, desvalorizar a moeda 20% ou descer os salários 20% é igual e leva à diminuição do salário real em apenas 6% mas, nos meses iniciais, a descida dos salários tem mais impacto negativo na vida das pessoas e menos impacto no equilíbrio da economia.

Mas os nosso governantes e o novo povo são muito burros.
E não aceitam esta equivalência.
Também metem o Miguel Sousa Tavares como grande comentador de economia. Outro é o "professor". Que é que aquele homem percebe de economia?
São fulanos que de economia percebem tanto como eu percebo de mulheres, menos que nada.
Nada, é zero, mas eu sei coisas erradas. É como os ditos cujo. Percebem muito de economia, da errada.
Mas ganham uma boa maquia como comentadores.
Afinal eu é que sou o burro que não ganho nada (como comentador).
Se os governantes não conseguem convencer o povo desta equivalência, Portugal não pode continuar na Zona Euro.

Será a nossa situação e dos demais PIIGS desesperada?
Os anunciadores da desgraça dizem que se alguém sair da Zona Euro, a sua nova moeda vai desvalorizar 50%.
Isso é completamente falso não tendo qualquer fundamento.
Eu sei que aqueles que me ganharam lá naquele prémio defendem isso mas são uns ignorantes totais. Afirmo-o sem reserva.
Desde a fundação do Euro, a Alemanha manteve a evolução dos custos nominais horários do trabalho nos 2.2%/ano, muito próximo da taxa de inflação.
Nesse período os PIIGS, com a Grécia à cabeça, aumentamos os custos do trabalho o que aumentou os preços e levou à perda de competitividade das empresas.

Fig. 1 - Evolução dos custos horários do trabalho relativamente à Alemanha (Dados: Eurostat)

Agora, Portugal tem que descer os custos do trabalho em 15%.
Não é nada do outro mundo.
Já diminuiu 5% mas ainda é preciso cortar os subsídios de férias e de Natal como aplicado à função pública a toda a gente e aumentar o horário de trabalho em 0.5h/dia.
Não é nada que não se aguente. É muito melhor que ter uma taxa de desemprego de 15.2% e explosiva.
Mas a perda do rendimento vai ser muito menor que 15% porque os preços vão diminuir 10%.

A Grécia, a Irlanda e a Itália têm que descer 20%.
A Irlanda e a Grécia já reduziram os custos do trabalho em 10% relativamente a 2008 mas ainda têm que descer mais 20%. Como a descida na Irlanda foi facilitada pelo governo, o impacto social foi muito menor que na Grécia.

A Espanha tem que descer 30%.
É um trabalho muito mais difícil porque o governo espanhol tem assobiado para o ar e teimado em não fazer nada que facilite o ajustamento do mercado de trabalho.
Está preso à convicção que os salários não podem descer.

A treta do "crescer e criar emprego".
É como estar a afogar e, em vez de gritar para que lhe atirem uma bóia, teimar em dizer que está tudo bem e que tem que aprender a nadar.

Porque será bom o governo facilitar as descidas dos salários?
Os salários vão descer na mesma mas o trabalhador vai passar por um período de desemprego.
Ganha hoje 1000, vai para o desemprego e depois fica a ganhar 700.
Se a empresa não pode ajustar o salário, vai despedir o trabalhador ou falir porque não consegue gerar receita que permita pagar o salário.
Para uma descida de 5% temos uma taxa de desemprego de 15.2%.
Esperar que o mercado de trabalho ajuste por si, vai levar a taxa de desemprego para os 20% durante uns anos.

Dizem que os nossos empresários são maus.
É verdade porque as pessoas inteligentes, como o Louçã e eu, são funcionários públicos.
Há milhares de empresários que não tiram 1€/h de trabalho. E vivem cheios de preocupações. É melhor ser funcionário público.
Temos maus empresários, maus políticos, maus funcionário públicos, maus alunos, maus professores, maus de tudo.
Mas em Marrocos ou na Guiné-Bissau ainda há piores.

Quando a empresa abre falência, perde-se capital.
O trabalhador perde competências, as máquinas ficam sem uso, a carteira de clientes perde-se, há uma grande perda económica. Por isso é que a Irlanda está a ajustar a sua economia sem sobressaltos de maior. 

O António Borges deveria explicar porque os salários têm que descer.Mas é um covarde que pensa que o povo português é tão burro que não vale a pena o aborrecimento de explicar que tem que ser.
"Ai não, eu não disse isso, eu disse é que tenho um tacho qualquer no qual ganho umas pequenas maquias que dão para a despesa do golf e falou-se em cortar-me essa maquia".
"Eu quere continuar a mamar e por isso desdigo o que disse. Força, aumentem os salários a começar pelo meu."
"E façam eólicas e essas merdas que o povo burro gosta"
"Ai não, eu não disser isso."
"Disse que são essa inovações tecnológicas que nos vão colocar na vanguarda do Mundo como os navegadores que deram a conhecer novos mundos ao Mundo".

Será que vamos ficar com salários ao nível dos chineses?Não. Em média, um português ganha o triplo de um chinês e, descendo 15%, ainda ficamos muito acima.
Não é descer 50%, é apenas 15%.
É alguém capaz de me dizer de onde esses iluminados tiram esse número de 50%?
De que cartola?

Na emergência actual o governo tem que actuar para induzir uma descida rápida dos custos do trabalho.1 - Cobra como TSU excepcional aos trabalhadores sobre os subsídios de férias e de Natal como o corte aplicado aos funcionários públicos;
2- Com esse dinheiro, desce a TSU do empregador dos salários inferiores a 1200€, mais nos salários mais baixos, de forma a descer os salários em 15%.

A prazo, o código do trabalho tem que incluir mecanismos para o ajustamento dos salários.

O Borges, o Catroga, o Mexia e toda a cambada só querem um tachinho.

Pedro Cosme Costa Vieira

As eólicas no mar são a continuação da loucura do Sócrates

Portugal é um autentico manicómio.
O Sócrates e o Guterres carregaram o país com SCUTS, eólicas, co-geração, metros de superfície, escolas e outras loucuras. Os encargos dessas loucuras traduzem-se na nossa factura da electricidade, Portugal nas SCUTS, e austeridade que nos estão a asfixiar.
Agora é a loucura das eólicas no Mar.
Isto é uma loucura total mas lá estava o Azheilmado Cavaco e o Mexia a dizer que "vamos aproveitar o vento que não custa nada".
Cada vez mais acredito que, daqui a nada, o Sócrates volta e ganha as eleições porque vivemos num autentico manicómio.



Vejamos as contas.
O vento não custa nada. Certo.
Mas a torre custou 23 milhões de euros.
23 000 000 €.
Tem uma potencia nominal de 2Mw.
Os dados dizem que, em média, existe vento para produzir entre 30% e 40% deste valor nominal.
Para uma taxa de juro de 10%/ano (é a taxa de juro de longo prazo da dívida pública portuguesa) e uma amortização em 20 anos, o custo financeiro da produção será entre

Custo financeiro = 0.320€/kwh e 0.425€/kwh
A que acrescem os custos de manutenção e distribuição.
Recordo que a Espanha nos vende electricidade a um preço na ordem dos 0.05€/kwh e que actualmente pagamos cerca de 0.15€/kwh na nossa casa.
A produção eólica, considerando apenas os custos financeiros, custa 2x e 3x o preço que actualmente pagamos na factura.

Será assim que o governo pretende tornar-nos um país rico?
O povinho aceita mais uma vez que estas loucuras nos vão salvar.
E depois vão berrar que não querem pagar.

Pedro Cosme Costa Vieira

quarta-feira, 25 de abril de 2012

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sábado, 17 de março de 2012

Eu estive a ler o prefácio do Cavaco Silva

Aquilo é tão chato.
Repete, repete, repete, mastiga, mastiga, mastiga, e pouco diz. É um bom exemplo de como escrever mal. O melhor será o Cavaco, doravante, pedir à professora que ajudou a Carolina Salgado a escrever o Eu Carolina que lhe reveja os escritos. Concerteza que passarão a ser mais interessantes.
A coisa é tão chata que não será difícil escrever qualquer coisa mais interessante.

Valerá a pena ler o dito cujo?
Falar do Benfica é deprimente (está equiparado ao Braga), do Porto dá stress (parece sempre que vai perder), de mulheres boas entristece (vemo-las ao longe) pelo que fica o prefácio do Cavaco. Mas como aquilo é tão chato, tão chato, tão chato, de certeza que ninguém vai ler aquilo pelo que a comunicação social pode falar do assunto sem ler a coisa. Como ninguém vai ler, vão-se criar múltiplas interpretações sobre "o que o fulado disse sobre o que o Cavaco terá escrito". Mas ler, nem pensar pois, quem o tentou,  adormeceu para um estado de coma profundo.

O Cavaco pediu para que o povinho lesse o prefácio
Diz ele que são poucas páginas. Já nem pediu que lêssemos o livro tudo, contentando-se com o prefácio.
Se as entradas são tão chatas, imagine como será o prato principal. Deve ser capaz de fazer adormecer profundamente um ciclista enquanto pedala a subir a Serra da Estrela.
Ahhhhh, agora percebi. Quando Jesus foi ressuscitar o Lázaro, de facto ele não estava morto. Tinha começado a ler o prefácio do Herodum Cavacum, estadista similar ao nosso presidente. Na processo de reanimação, Jesus ameaçou,
- Levanta-te Lázaro senão eu leio mais um pouco do livro
- Nãããããaaaaaa, gritou imediatamente o comatoso Lázaro Santos Pereira ficando logo vivinho da silva.

Primeiro, o título do livro, Roteiros IV é aziago.
Faz lembra o famoso PEC que arruinou o Sócrates, o PEC IV.
O Cavaco deveria fazer como na tropa onde os mancebos passam do número 10 para o 12 ( o número do seminarista) e do número 68 para o número 70 (o número da besta).
Meter qualquer destes números num mancebo, seria uma condenação à chacota e vexame eternos.
Ainda quando fossem velhinhos, no lar da 4.a idade, diriam,
- Aquele ali é o 69.
Seria mais inteligente passar do "Roteiros III" para o "Roteiros MMXII".

Fig. 1 - O número da besta.

Vamos agora ao prefácio
Tem 6500 palavras o que dá 15 páginas de texto.
Para um coisa anunciada como pequena, isto é muito grande. É como a coisa do elefante que só é pequena na óptica da baleia.
Mas 15 páginas para dizer o quê? Que o Sócrates foi desleal? Bastavam, mesmo com 5 repetições, umas 100 palavras.

Fig. 2 - Esta baleia é tão pequenina. Só pesa 6500kg.

O Cavaco adoptou a estratégia de comunicação da esquerda
Pega em meia dúzia de palavras e repete-as

1. Toma e embrulha. Atacaram-me na campanha eleitoral mas eu ganhei à primeira volta.

2. Eu já tinha avisado que caminhávamos para a bancarrota. Dizem que eu estive calado mas eu não me cansei de martelar na cabeça do Sócrates.

3. O Sócrates trafolhou-me. Eu lia os números oficiais que eram preocupantes mas ele vinha sempre com informação de última hora a dizer que estava tudo bem para não dizer que estava óptimo. O Sócrates mentia a mim e ao povo.

4. É quinta-feira, marretada. Aproveitava as reuniões da quinta-feira com o Sócrates para lhe dar cabo da cabeça. Ele saia de lá cheio de galos pois eu não me cansava de o marretar. Pumba, pumba, pumba, pumba.

5. O Sócrates não me ligava nada. Eu bem marretava, marretava, mas ele mantinha-se sempre na dele.

6. O Sócrates avançou com o casamento gay. Para anestesiar o povo. Quando eu falava, ele atacava com um porcaria qualquer e já ninguém me ligava. Era dar uma comunicação ao país em simultâneo com o Futre. 

7. Eu não podia fazer mais nada. Eu queria tirar de lá o Sócrates mas não podia e o PS não queria. Pensei em dissolver a Assembleia da República mas as sondagens diziam que o Sócrates voltava a ganhar. Estava atado de pés e mãos pela campanha desinformativa do Sócrates. Tive que esperar pelo momento certo.

8. Cooperação estratégica. Sendo que não podia fazer nada, tentei o meu melhor pedindo colaboração ao PSD para tentar controlar o manicómio em que Portugal se tinha transformado.

10. Falta de lealdade. Foi o nome de código da batalha final que levou à derrota do Sócrates. Dedico no prefácio uma secção à historiografia dos desenvolvimentos tácticos desta famosa batalha.

A táctica da batalha

A) O Sócrates mordeu o isco. Como eu lhe marretava a cabeça, o Sócrates pensou que a Sr.a Merkel ao aceitar um plano de austeridade, eu ia ficar ainda mais amarrado. Então apresentou o PEC IV no exterior antes de o fazer a mim e ao PSD. Mordeu o isco. Fiz-lhe um derrote que ele ficou confundido e demitiu-se porque as sondagens diziam que ele iria ganhar outra vez.


B) Lancei a uma granada aos partidos. Reuni o Conselho de Estado dizendo aos partidos para fazerem um esforço adicional para encontrar um compromisso. Tudo falso.

C) Armas que utilizei.
  1."O governo não me comunicou nada";
  2. "Fiquei impedido de realizar uma magistratura de influência";
  3. "Foi o Sócrates que se demitiu";
  4. "Os partidos é que defenderam a dissolução da Assembleia da República";
  5. "Não podia obrigar ninguém a coligar-se com o Sócrates";
  6. "Eu acreditava na informação do Governo; caso contrário, teria de admitir que este a deturpava";
  7. "Eu gostava do Sócrates. Mandou-me 1741 diplomas e eu promulguei-os todos"

O Pós Guerra - Eu sou um santo incompreendido.
Os da comunicação social são uns esquerditas ressabiados e ignorantes que apenas querem dar cabo da minha paciência. Eles sabem a verdade mas, como eu os derrotei apenas com a minha grande inteligência, seriedade  e conhecimento, esses esquerdista iniciaram uma campanha de guerrilha contra mim e contra Portugal.

O Cavaco deveria escrever um prefácio ao prefácio.Tipo o resumo daquelas obras que é preciso ler no secundário.

Eu sou o maior, sou um génio, sou o Cavaco.
Sou sério, inteligente, conhecedor da realidade e leal para com o povo português que, ao votar em mim, demonstra que o sabe. Agradeço essa honra.
O Sócrates era terrível. Além de deturpar a verdade, conduziu Portugal à bancarrota.
Eu, sabendo disso, dei início à guerra de destruição total do socratismo.
Comecei, lentamente, a dizer ao povo que caminhávamos para uma tragédia. Aparentemente  ninguém queria acreditar porque o bicho usava técnicas informacionais difíceis de anular num ataque directo, mas fui enervando a onça. Depois, no privado das reuniões da quinta-feira, eu ficava com o braço a doer de tanto marretar a cabeça do bicho.
Nem lhe dava tempo para pensar, era marretada atrás de marretada.

Eu sou o maior, sou um génio, sou o Cavaco.
Não podia usar um ataque mais forte porque senão ele ganhava outra vez as eleições.
Mas tanto dei que levei o bicho ao erro: apresentou o PEC IV à Sr.a Merkel sem me dizer nada. Foi burro porque era disso que eu estava à espera.
Pumba, iniciei a batalha final: "a falta de lealdade".

Eu sou o maior, sou um génio, sou o Cavaco.
Oficialmente eu não fiz nada. O Sócrates é que se demitiu, os partidos é que disseram que queriam a dissolução da Assembleia da República. Eu ainda "tentei um compromisso" mas "revelou-se uma perda total de tempo".
Mas a mão era a minha. O bicho estava desequilibrado pelo que eu apenas o conduzi à queda total.
Foi um estrondo lindo.
Mais difícil foi eu ter consegui que o Pedro Passos Coelho ganhasse as eleições ao Sócrates. Custou mas, com a ajuda do Catroga e do Vítor Bento, dei cabo do bicho. Ainda não é tempo para falar disto.
No final até me recordei dos tempos da Salazar: o bicho só parou em Paris.
Eu sou um génio e toda a gente o sabe. Mas os esquerdistas, demagogos e ignorantes da comunicação social andam a dizer mal de mim. Pensam que me vão derrotar mas esperem para ver. Até vão deitar fumo pelas orelhas.

Eu sou o maior, sou um génio, sou o Aníbal Cavaco Silva.

Um abraço ao povo português.

Fig. 3 - Dar cabo do bicho deu-me uma enorme alegria. Pena ter que lá meter aquele rapazola da Jota e o Portas de quem não gosto nada. Mas não perdem pela demora.

Pedro Cosme Costa Vieira

terça-feira, 6 de março de 2012

A short list foi adiada

Sei que estão com curiosidade de saber o resultado do prémio Wolfson.
Há pouco anunciaram no sitio que "Due to the sheer number of Prize entries, we will be publishing the shortlisted submissions later this month. Entrants who make the final shortlist will be contacted in advance. Further details on date for publication of the shortlist will be announced soon."

Vamos ter que aguardar mais um mesito.


Pedro Cosme Costa Vieira

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Será que o PIB pode crescer para sempre?

A maioria das pessoas, finas ou burras, professores ou alunos, homens ou mulheres, novas ou velhas, pensa que o PIB não pode crescer para sempre. Como a quantidade de recursos naturais é limitada então, parece por demais evidente que existe um limite físico para o crescimento do que se produz numa economia.
Mas não. O PIB pode crescer para sempre por causa da forma como é calculado.

Como se calcula o crescimento do PIB?
Pegamos em tudo o que se produziu no ano 2010 e multiplicamos pelos preços de cada bem e serviço de 2010. Obtemos assim o PIB a preços correntes.
     PIB(2010) = Quantidades(2010) x Preços(2010)
O PIB corrente de 2011 é maior que o PIB de 2010 se os preços subirem ou se as quantidades aumentarem.
   PIB(2011) = Quantidades(2011) x Preços(2011)
   PIB(2011)/PIB(2010)  = [Quantidades(2011)/Quantidades(2010)]  x [Preços(2011)/Preços(2010)]
Como a subida dos preços não interessa, temos que calcular o PIB com preços constantes de 2010.
Pegamos em tudo o que se produziu no ano 2011 e multiplicamos pelos preços de 2010.
   PIB(2011) = Quantidades(2011) x Preços(2010)
Temos agora o crescimento em "quantidades" dado por
PIB(2011)/(PIB(2010) = [Quantidades(2011)/Quantidades(2010)]  x [Preços(2010) x Preços(2010)]

Crescimento real do PIB
Subtraindo 1 a cada lado da equação, obtemos a taxa de crescimento do PIB em termos de quantidades.
PIB(2011)/(PIB(2010) -1 = Quantidades(2011)/Quantidades(2010) -1

Como é que pode crescer para sempre?
No ano do nascimento de Jesus no Império Romano o PIB per capita a preços actuais seria na ordem dos 200€/ano.  Em termos actuais corresponde a uma pessoa conseguir viver com 250 kg de trigo por ano mais umas hortaliças. Naturalmente que a principal causa de morte na antiguidade era a fome. Se não matassem o povo nas guerras, ele acabava por morrer de fome.
Assumindo Sabendo que o PIB Supondo Em termos médios, nos últimos 2010 anos, o PIB per capita mundial tem crescido a uma taxa de 0.17%/ano.
Nos últimos 40 anos o PIBpc tem crescido 1.6%/ano estando, em 2010, nos 9200USD e o português em 21500USD€.
Para o PIB crescer sempre basta que apareçam continuamente novos produtos (haja inovação tecnológica) que faça os bens existentes tornarem-se obsoletos com o tempo de forma que os preços de cada bem individual diminua ao longo do tempo.
Neste caso, a forma como se calcula o PIB faz com que possa cresça indefinidamente mesmo sob a restrição da quantidade de recursos naturais ser fixa.

O crescimento da China não prejudica o nosso crescimento
Ao pensar-se que o crescimento total está limitado pelos recursos naturais então, o crescimento dos países asiáticos põe em perigo o nosso crescimento.
Mas tal não acontece porque uma economia globalizada faz com que  apareçam novos bens a uma velocidade maior o que induz uma queda dos preços mais rápida e, consequentemente, um maior crescimento económico.

Fig. 1 - Dedico estas duas mulheres nuas a todas as minhas colegas que se sentem diminuídas pela beleza que costumo apresentar. Estas duas são mesmo boas.

Finalmente o Cavaco e a sua reforma
O Cavaco sofre de Alzheimar. Se repararem ele diz "soube agora quanto ganho de reforma da universidade" quando ele já está reformado há 10 anos. Depois, quando lhe perguntaram pela reforma do Banco de Portugal ele não sabia que estava reformado. Na imagem vê-se que ele é tomado de surpresa e aí recorda-se de qualquer coisa mas não sabe o valor. Vai buscar uma memória retrógrada, "fui do nível 18 com cargo de chefia" mas já não faz ideia do que isso é.
Uma vez vi num filme um maluco que disse "Se aparece uma pessoa cega, todos têm pena. Se aparece um maluco, todos se riem e tentam gozar".
Agora é preciso que protejam o homem e não deixarem que enlouqueça em directo.
Temos que deixar o homem em paz senão não vamos ter Cavaco até ao fim do mandato.
Pessoas com muito mais saúde mental que o Cavaco estão em Lares Séniores.

Pedro Cosme Costa Vieira

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