sexta-feira, 10 de março de 2023

O aumento nos preços dos produtos alimentares é culpa do António Costa

Subir o salário mínimo e prejudicar a "imigração ilegal" tem custos para os consumidores.

Interessante o esquerdismo defender "escola pública", "transportes de passageiros públicos", "sistema de saúde público" mas não defender supermercados públicos!

Eu penso que os supermercado são mais importantes para a vida das pessoas do que a TAP. Logo, penso eu, existo, o António Costa e demais esquerdistas deveriam fazer supermercados.

Só não os fazem porque, senão, a quem metiam as culpas da sua má governação?

Só restariam os ucranianos.


O esquerdismo é como o catolicismo (e demais religiões).

Meter aqui um bocadinho de polémica.

Esquerdistas e religião são inimigos porque ambos se baseiam (e obrigam os outros a aceitar) em factos falsos. As religiões baseiam-se no "facto" de que Deus existe quando não existe. O esquerdismo baseia-se no "facto" de que é possível dar tudo a todos a todo o tempo e sem custos.

Neste momento, obrigada pelos esquerdistas, parece que a hierarquia da nossa santa igreja tem de reconhecer, pedir perdão e indemnizar por pecados (e crimes) que pessoas cometeram. Mais seria de os obrigar a reconhecer que Deus não existe.

Já os esquerdistas, as mortes causadas directamente pelo Ótelo e associados e, indirectamente, os prejuízos causados pelas políticas erradas que implementam, ninguém precisa de se responsabilizar.


1 = Salário Mínimo

A agricultura dos "frescos" incorpora muita mão de obra pouco diferenciada que ganha salário mínimo. Esse salário é a principal componente do custo de produção agrícola.

Também a distribuição (recolha, preparação, transportes, reposição de prateleiras, operadores de caixa, manutenção das instalações, etc.) incorporam muita mão de obra pouco  diferenciada que ganha salário mínimo.

Em 2015 o salário mínimo era de 505€/mês e, actualmente, é 760€/mês, um aumento de 50%.


E quanto subiram os produtos agrícolas?

Entre 2015 e 2022, o SMN subiu 40% e os preços dos bens agricolas (bens alimentares excepto bebidas) subira 9%!!!!!!!!!!!!!

Chegado a 2022, os produtores agrícolas estavam a sofrer prejuízos enormes,  daí, abateram o gado e abandonaram os campos. Não vi os esquerdistas dizerem que os bens agrícolas estavam baratos de mais, apenas diziam que "subir o salário mínimo não tem qualquer impacto negativo na economia".

A subida que observamos entre o principio de 2022 e agora, ainda não recuperou os aumentos no SMN, ainda falta aumentar 5% e incorporar os futuros aumentos para os anunciados 900€/mês em 2025.

Evolução do Salário Mínimo Nacional e dos preços dos bens agrícolas (dados: INE)

2 = Imigração (ilegal)

Pegar nos 760€/mês, somar a TSU, multiplicar por 14 e dividir pelos dias de trabalho, resulta que o SMN são 60€/jorna de 8 horas. 

Não é rentável, mesmo para os preços aumentados, produzir frutas e horticulas a este salário, PONTO.

Como um trabalhador agrícola no Nepal ganha menos de 8,00€/jorna de 12 h, ficam todos contentes e sentem-se muito bem remunerados se receberem os 60€ do "trabalhador legal" mas trabalhando 12h/jorna. 

Esses 5€/h não é nenhuma exploração nem escravatura porque os trabalhadores vêm de livre vontade e esse valor é o nosso SMN de 2015.

Para termos bens agrícolas a preços de 2015, precisamos desse "trabalho sob condições desumanas e escravo"


O que é a escravatura?

É uma relação laboral em que o trabalhador não pode abandonar o posto de trabalho nem decidir o que faz.

Aquilo que os esquerdistas referem como escravatura (o trabalhador é "obrigado" a trabalhar porque precisa do salário) também se aplica ao empregador (o empregador é "obrigado" a contratar o trabalhador porque precisa do seu trabalho).

Esta "necessidade" é a força que faz a economia funcionar.

A Arábia Saudita vende petróleo porque precisa do nosso dinheiro. Nós vamos ao supermercado e compramos coisas porque quem as vende precisa do nosso dinheiro. Mas nem os árabes nem os do supermercado são nossos escravos.


A falácia da "desintegração".

As Testemunhas do Senhor Jeová vêem o anúncio do fim do mundo em tudo o que mexe. Chove, é o anúncio do fim do mundo, mas se não chove também é o anúncio do fim do mundo.

Os esquerdistas, decompondo os processos produtivos, chegam à conclusão que o peso dos salários nos custos é muito baixo. Vou refazer a conta.

Um agricultor cultiva um campo para produzir milho que dá às suas vacas. Depois, tira o leite e, com ele faz queijo. Finalmente, vai ao mercado e vende o queijo por 1000€. Todo é feito com as suas mãos pelo que o custo de produção é apenas salários, 100%.

Agora, o processo produtivo vai ser dividido. O agricultor "B" paga 200€ ao "capitalista A" pelo terreno e vende o milho por 250€ (o seu salário é 50€, 20% da facturação) ao vaqueiro "C" que vende o leite por 350€ (o seu salário é 50€, 14% da facturação, e paga 50€ ao capitalista pelas instalações) ao queijeiro "D". Este processo continua até o queijo chegar ao consumidor final por 1000€.

No final, A, B, C, D, E, ... vão receber enquanto capitalistas, ficando tudo igual.

Mas se, empresa a empresa, fizermos a média do peso dos salários na facturação, este diminui de 100% para 20% ou menos porque os bens adquiridos (também feitos com trabalho) são considerados como não incorporando salários.


Se SMN aumenta ...

Vai haver aumentos em cadeia ao longo de todo o processo produtivo sendo o resultado final exatamento o mesmo que caso fosse uma única empresa a fazer tudo.

É apenas a falácia de que dividir, baralhar e voltar a dar faz aumentar o número de cartas.

Isso só os mágicos e, todos sabemos, é apenas uma ilusão.


Acabando com um bocadinho de polémica.

Nos anos 1950, 1960, 1970, a ideia era a "libertação da sexualidade" e a Igreja martelava "é um enorme pecado". Agora, a coisa inverteu-se, chegando a ser pedido que uma violação (e cada vez mais coisas se incorpora neste termo) deve ser condenada com pena de morte.

Para alguém que entra numa escola, matar mil crianças, acham bem 25 anos de cadeia. Mas se violar uma ou duas, já se deve aplicar a pena de morte.

Não estou a defender nem ninguém pode, no seu juízo perfeito, defender a violação seja de adultos ou de crianças mas devemos ter como medida que o homicídio é muito mais grave e, por isso, a pena no caso de violação tem de ser menor, muito menor, que no caso de homicídio.

Ou se quiserem mudar o lado da moeda, a pena no caso de homicídio tem de ser muito maior, muito maior, que no caso de qualquer outro crime. Diria que tem de ser pelo menos o dobro.

Se se quer condenar "por uma coisa qualquer que não homicídio" a uma pena de 20 anos de cadeia, a um homicida tem de ser aplicados pelo menos 40 anos de prisão ou o contrário. Não pode é haver nas nossas prisões pessoas condenadas por "burla, fraude fiscal e evasão fiscal" a penas superiores a pessoas condenadas por homicídio.  

2 comentários:

Silva disse...


A solução passa por implementar, rapidamente e em força, reformas estruturais a começar pela abolição do SMN, liberalização dos despedimentos e abolição dos descontos.

P.S. Deus existe

Helena Tomé disse...

O que diz é certo mas, ao mesmo tempo, tão errado!
Senão, reparei, o facto de o homicídio ser o mais grave dos crimes, há crimes que se lhe equiparam pelo profundo mal que causam. Assim, não é possível diminuir o castigo, mesmo que para isso se dêem duas ou mais penas consecutivas. Eu sei que é por razões religiosas, mas nos Estados Unidos há várias penas de prisão perpétua para alguns tipos de crime. Para nós, tal não tem sentido. Assim, é possível que um homicida tenha a mesma pena que outros tipos de criminosos.
Nunca estudei economia, mas também nesse assunto há pormenores com os quais não concordo. Por exemplo, pagar a um agricultor que desenvolve todo o processo de produção não é equiparável a um agricultor que apenas tem a erva de pasto e vacas, que teve de comprar e pagar vacinas, etc. A cadeia de trabalho neste último caso não tem o mesmo valor, nem lhe é, de facto, atribuído. Será injusto, talvez, mas as sociedades ocidentais são mais complexas e, no fundo, é a livre iniciativa (e as suas limitações) que lhe atribui o valor diferente. Não podemos aqui analisar "como se chegou a isto".
Pode dar-se o caso de eu não ter percebido o que o Prof. escreveu... peço desculpa, mas todos nós temos preconceitos...

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