sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Contentamo-nos com pouco, diz Mateus

Portugal está sem oposição. 

Observando os telejornais, fala o Jerónimo, a Catarina, a Cristas, o Marcelo e até o do PAN mas ao Rio ninguém vê. 
Rui Rio anunciou, a 12 de Abril, com pompa e circunstância, a criação do Conselho Estratégico Nacional formado por "16 secções temáticas" e coadjuvado pela Comissão Consultiva e pela Comissão Permanente (ver). Alguém alguma vez mais ouviu alguma coisa da boca dos 16 porta-vozes?
Afinal, a montanha pariu um governo sombra morto.
De vez em quando aparece alguém a tentar ser oposição, dizer que as coisas não estão assim tão boas como anunciado pelo governo. E, esta semana, foi Abel Mateus, 

Fig. 1 - De boca fechada não sai oposição.

A economia portuguesa cresce pouco.
Não importa analisar se hoje cresceu mais do que ontem mas sim observar a tendência de evolução.
Para isso, peguei nos dados do Banco Mundial relativamente ao crescimento do PIB per capita e fiz um alisamento exponencial em que cada ano conta 10%. 
O crescimento é maior nuns anos e menor noutros e o alisamento, sendo um valor médio, traduz o crescimento potencial da economia no longo prazo.
O PIB per capita mede melhor a evolução do nível de vida porque corrige o PIB do crescimento da população.
O que observamos é que o crescimento, estando  na década de 1960 nos 6,2%/ano, foi caindo até termos actualmente uma tendência de crescimento de 0,62%/ano.  

Fig. 2 - Crescimento do PIB per capita português, 1961:2017, dados, Banco Mundial

A tendência de queda foi maior no nosso país, PRT, do que na União Europeia, EUU.

Fig. 3 - Crescimento do PIB per capita português e da UE, 1961:2017, dados, Banco Mundial

O que implica que, actualmente, a nossa tendência é de divergência de 0,5%/ano relativamente aos demais países da União Europeia.

Fig. 4 - Crescimento do PIB per capita português e da UE, 1961:2017, dados, Banco Mundial

E o que seria preciso fazer?
Coisas que Zé Votante não quer que sejam feitas.
Por isso, continuaremos neste rame-rame. O Costa vai fazendo discursos inflamados sobre a reposição de rendimentos, os alçapões da direita, os tempos do anterior governo, e o Marcelo vai anestesiando o povo convencendo-o que não dói nada arrancar dentes sem anestesia.

Fig. 5 - Se nos compararmos com a Guiné-Bissau, estamos muito bem.

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