segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Europa pode desafiar o actual trio do rating

A agência Fitch baixou recentemente o rating da república portuguesa e os juros da dívida pública deram logo sinal de subida (ver últimas notícias). Muitos em Portugal (e não só ) olham para as decisões que vêm de fora com um espírito conformista, um fatalismo “fadista” à moda portuguesa. O facto de o BES e a Brisa terem dispensado os serviços da Fitch não deveria servir de alerta? Trata-se porventura da agência menos considerada pelos investidores. Não tomando como definitivo e divino o actual sistema de rating que classifica o nível de risco das dívidas dos estados e das empresas que recorrem ao mercado para emitirem títulos (obrigações), vamos tentar entender de onde veio o triunvirato da notação financeira constituído pela Fitch,...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Miopia relativa aos mercados emergentes

As vantagens de ser first mover são conhecidas de quem estuda a Estratégia Empresarial, tal como são consensuais algumas vantagens de ser second mover. Vem isto a propósito do ensimesmamento dos europeus, conformados com o fatalismo das regras do Pacto de Estabilidade que vergam os governos e os obrigam a reduções absurdamente aceleradas dos respectivos défices públicos. Para quem tinha uma economia florescente (economia real e não a sustentada nas engenharias financeiras), a redução acelerada do défice pode colocar as contas em ordem e a economia real fará o resto quando os mercados financeiros se acalmarem e os investidores voltarem a abrir os cordões à bolsa. Mas os europeus (famílias e empresas) estarão a sofrer de um pouco de miopia, parafraseando...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Portugal declarou bancarrota

Retira-se do comportamento do BCE e do governo que Portugal declarou bancarrota e pediu ajuda à UE mas o governo conseguiu convencer os parceiros europeus a fazer disso segredo.Não ficaram acordados quantitativos para o pacote de ajuda mas apenas um valor para a taxa de juros a pagar: 6.5%/ano. Assim, o BCE tem estado a comprar a quantidade de dívida pública portuguesa necessária para manter a taxa de juro abaixo dos 6.5%/ano. O adiar só nos prejudicou: a Grécia paga 5%/ano, a Irlanda paga 5.8%/ano e nós pagamos 6.5%/ano.O Eng. Sócrates convenceu os parceiros europeus da necessidade de se manter segredo argumentando que, se o pedido de ajuda fosse publicitado, Portugal entraria numa situação de ingovernabilidade. Que o governo, por ser minoritário, ficaria sem...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Por que berram os alemães contra os mais fracos?

A Alemanha manda na Europa dos 27 e ainda mais na Zona Euro? Aqueles que se lembram do tempo do marco alemão como divisa forte já se queixavam do mesmo, mas a tendência tem sido acentuada pelo euro e pela crise. Mas porque berram eles tanto? Quando ainda somos economicamente dependentes, não são os nossos financiadores (os pais) que assumem um papel preponderante na condução das nossas vidas? E se nós nos excedemos nos gastos ou nos endividamos sem darmos cavaco, eles não berram? Repare-se no mecanismo que foi instituído a propósito da crise das dívidas soberanas na Europa. O Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) nasceu na sequência da crise grega, em Maio. A Grécia beneficiou de empréstimos em dinheiro vivo directamente de Estados...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Os bio-combustíveis não são solução

O desenvolvimento económico e o consumo de energia É sabido que o contínuo aumento do bem-estar humano está muito ligado ao aumento da disponibilidade de energia. Assim, observa-se uma relação positiva entre o consumo de energia e o desenvolvimento económico quer olhando para os países (figura 1) quer olhando para a evolução ao longo do tempo (figura 2). Fig. 1 - Consumo de energia vs. PIB (2002, Banco Mundial ) Fig. 2 - Consumo de energia vs. PIB (OCDE, 1982/2002, Banco Mundia) Nas figuras 1 e 2 a energia é per capita, em toneladas equivalentes de petróleo e o PIB é per capita, paridade do poder de compra, em dólares americanos constantes do ano 2000. Dados do Banco Mundial. O uso de energia,...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sobre a legalidade de baixar salários e pensões

Há muitas opiniões e pareceres jurídicos sobre a legalidade de baixar salários sem acordo de uma das partes, o trabalhador. Uns dizem que é constitucional enquanto que outros dizem que não. Mas, de facto, a Constituição da República Portuguesa, CRP, não fala disso. Mais depressa será inconstitucional o Salário Mínimo Nacional porque é contrário ao preceito de que “…incumbe ao Estado promover a execução de políticas de pleno emprego”, par. 2.º, alínea a) do art. 58.º da CRP, que o SMN é contrário a isso; E teríamos que separar as reduções nominais, alegadamente inconstitucionais, das reduções no poder de compra, reais, mas mantendo o salário nominal, alegadamente constitucionais. Em termos económicos tal separação não faz qualquer sentido....

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