quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Israel/Palestina - O problema é ninguem querer resolver o problema

Primeiro, vamos ao problema. 
Como todos sabemos, existe um problema entre judeus e palestinianos vai para muitas e muitas décadas.
Este problema concentra-se num território onde vivem 13,3 milhões de pessoas mas que é muito pequeno, comparável com o nosso Alentejo (que só tem 760 mil habitantes).
A população de Israel/Palestina, cerca de 55% são judeus, 40% são palestinianos e 5% são cristãos.
Acresce a esta população 5 milhões de palestinianos (a maior parte a viver em campos de refugiados) e 7,8 milhões de judeus (a maior parte a viver nos USA) espalhados pelo Mundo.
Sendo eu um democrata e acreditando que as pessoas nasceram para serem felizes e no poder da economia de mercado, interrogo-me porque porque será que os judeus e os palestinianos não conseguem conviver e arranjar soluções para o seu conflito. E existem outros países que, apesar da heterogeneidade das suas populações, são democracias pacíficas (por exemplo, a Suíça com 4 línguas oficiais, a África do Sul com 11 línguas oficiais e a Índia com 23 línguas oficiais).

O problema é a psicologia de porco.
Todos querem estar no mesmo sítio ao mesmo tempo.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a generalidade dos países reconheceu que os judeus tinham direito a construir um país lá.
Os palestinianos, estando com mais força, iniciaram uma guerra para expulsar os judeus de lá.
No entretanto, os judeus tornaram-se muito mais fortes e dominaram o território todo.
Agora, países que não têm nada a ver com o assunto (como o Irão ou a Turquia) acendem este conflito porque dá ganhos políticos internos.

Vamos à solução em cima da mesa.
1) Os palestinianos querem ter um país e a maioria dos 5 milhões de refugiados quer viver nesse país.
2) Israel quer ficar com a totalidade de Jerusalém mantendo-se o Monte do Templo com jurisdição jordana.

Problema 1 - Os judeus querem Jerusalém Oriental (área de 64 km2).
Problema 2 - A Faixa de Gaza (365 km²) mais a Cisjordânia (5640 km²) não dão para meter tanta gente.
Problema 3 - A Península do Sinai é desértica.

Solução em cima da mesa
O Egipto disponibilizara-se para "dar" um bocado da Península do Sinai (melhor dizendo, vender aos USA) a nascente da cidade de Arish em troca de Jerusalém Oriental. Está em cima da mesa uma área de 2000 km², com 40 km de linha de costa e uma profundidade de 50 km.
O Egipto disponibiliza-se ainda para fornece "águas sobrantes" do Rio Nilo. Em cima da mesa está um fornecimento de 1000 hm3 por ano de água, quase o dobro do caudal do Rio Jordão, para o qual será preciso construir um canal de 200 km de extensão com capacidade para 30 m3/s. O Canal será pago pelos USA que ainda darão substancial ajuda ao desenvolvimento.

Eu penso que a felicidade vem de trocas e de compromissos.
Vamos trabalhar e, em troca, pagam-nos o salário.
Vamos ao supermercado, trazemos umas coisas e deixamos uns euros.
Não podemos viver numa zona fina (porque é muito caro), vivemos numa zona mais aparolada.
Também no conflito Israel/Palestina é preciso que façam trocas e aceitem compromissos.
Se 2000 km2 não chegam em troca de 64 km2, que peçam mais mas é preciso iniciar-se uma negociação construtiva e não estarem todos, o tempo todo a querer as mesmas coisas sob o risco de passarem mais 100 anos e vermos tudo na mesma (bem, já estaremos todos mortos). 

Fig. 1 - A verde a área a ceder pelo Egipto e a azul o canal a construir

1 comentários:

Silva disse...


Caro PCV

Uma solução seria o stop do financiamento.


P.S.

https://www.dn.pt/mundo/interior/onu-avisa-que-gaza-esta-a-beira-do-colapso-total-9085334.html

Aproveito para relembrar o que mencionei no artigo anterior: censura, manipulação e propaganda.

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