sexta-feira, 5 de março de 2021

Não faz qualquer sentido Alfredo Casimiro dar as suas acções na GroundForce

A Groundforce é uma empresa em dificuldades.

A Groundforce é uma empresa com uma capital social de 500 mil € que foi parcialmente privatizada  ficando com 1 sócio privado e 2 sócios públicos, a Pasogal-SGPS com 250500€ (50,1%); a TAP com 219500€ (43,9%) e a Portugália com 30000€ (6%). A privatização aconteceu por imposição da AdC - Autoridade para a Concorrência.

A Pasogal faz parte do Grupo Urbanos que é controlado por Alexandre Casimiro.

A Groundforce precisa de dinheiro e o accionista TAP dispõe-se a emprestar 3 milhões € ficando com as 250500 acções da Pasogal-SGPS como garantia do empréstimo.

 

Mas a TAP não está a emprestar dinheiro à PAsogal-SGPS.

Parece confuso?

A TAP está a emprestar dinheiro à Groundforce e não á Pasogal-SGPS e muito menos o Alexandre Casimiro e, por isso, é a Groundforce que tem que dar garantias. Recordo que A TAP e a Portugália são tão donos como a Pasogal, apenas diferentes na proporção.

Tecnicamente, o que a TAP vai fazer é um "suprimento de sócio" e não um empréstimo à Pasogal-SGPS e os suprimentos têm um tratamento diferente dos empréstimos de terceiros. Assim, são créditos subordinados, os últimos a receber em caso de falência.

 

O que o Governo quer!

Sabendo que, ao meter o dinheiro como suprimentos fica sem garantias, pretende emprestar o dinheiro ao Casimiro (em troca das acções) para que ele meta o dinheiro, como suprimentos sem garantia, na Groundforce da qual a TAP e a Portugália também são donas.

O melhor é o Casimiro mandar a Groundforce à falência que, assim, ainda vai receber algum enquanto que se der as acções fica sem nada.

Se isto não é uma tentativa de roubo, o que é um roubo?


Quando a Estado dá dinheiro à TAP, esta fica obrigada a devolver o dinheiro?

Não. Isto é igual só que 50,1% pertencem a um privado.

Também quando a segurança social ajuda a renda ou no ordenado de um restaurante privado também não fica com o restaurante.

É uma ajuda que damos, através do Estado, para que os trabalhadores da Groundforce não vão para o desemprego.

Se o Casimiro despedisse toda a gente e a Segurança Social pagasse o subsídio de desemprego será que obrigava ao penhor das acções?

Não.

Tem que ser tratado de igual forma ou falir a empresa.

7 comentários:

Anónimo disse...

Se a TAP, sócia da Groundforce, vai fazer uma entrada de dinheiro (não conheço o contrato para saber a que título o dinheiro vai ser entregue à empresa) – é justo que os outros sócios também devam participar dessa entrada na proporção que tem no respectivo capital social. É este o ponto.
Claro que é preciso saber se a empresa é viável. Se não for então é melhor entrar em falência pois esse “empréstimo” nunca mais vai ser devolvido. É por ter esta certeza que os bancos já não emprestam à Groundforce.
Outra empresa surgirá para preencher o vazio que se instalar com a sua falência da Groundforce.

Jaa disse...

Se a TAP vai fazer um suprimento de sócio ou os outros sócios acompanham na mesma proporção ou perdem quota. Como pela lei da concorrência a TAP não pode subir a quota,e o privado não tem interesse em pôr lá dinheiro, a TAP está a fazer um empréstimo. Como é um empréstimo tem de ter garantias. Parece razoável ficar com as ações como garantia se o privado não pagar a TAP vende a outro. Isto é a economia de mercado que o Pedro tanto apregoa.

Everaldo disse...

É aqui que tem professor racista suspenso da universidade por xenofobia contra mulheres brasileiras? Professor Pedro Cosme da Costa Vieira é xenófobo e canalha!!

https://revistaforum.com.br/global/universidade-de-portugal-suspende-professor-que-chamou-mulheres-brasileiras-de-mercadoria/?fbclid=IwAR2VmHJ-ciOnd7PFr_FXsRw0VyvkUBxVA9M-Hzc9OAIK_UNmYChEd7VztnA

https://revistaforum.com.br/global/universidade-de-portugal-suspende-professor-que-chamou-mulheres-brasileiras-de-mercadoria/?fbclid=IwAR2VmHJ-ciOnd7PFr_FXsRw0VyvkUBxVA9M-Hzc9OAIK_UNmYChEd7VztnA

Everaldo disse...

A Universidade de Porto, em Portugal, decidiu suspender por 90 dias um professor de Economia que chamou mulheres brasileiras de “mercadoria”. A denúncia contra ele foi feita por 129 alunos da instituição, que ressaltaram o histórico de xenofobia do docente contra brasileiros.

Segundo reportagem do Sputnik, alunos da licenciatura em Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) relataram que o professor Pedro Cosme da Costa Vieira costumava reproduzir muitas falas de ódio, assédio e discriminação.

Eles recordam que o docente já havia proferido frases racistas como “a pretalhada que atravessa o Mediterrâneo devia ser abatida a tiro”, repetida por ele durante o ano letivo de 2019 e 2020.

Além disso, ele já havia escrito em seu blog “Econômico-Financeiro”, em 2015, que não se deve ter vergonha “em reconhecer que é racista, pois é algo universal, todos nós somos racistas e isso está gravado nos nossos genes” e que “se se fizesse o abate sanitário de todos os infectados com Sida [Aids], a doença desapareceria da face da Terra”.

Um documento de denúncia foi encaminhado pelos estudantes ao diretor da licenciatura em Ciências da Comunicação, Vasco Ribeiro, que acionou a direção da FLUP. A direção então encaminhou a denúncia para a direção da FEP, onde o docente é professor de carreira.

Portuendes disse...

Parece-me um paradoxo e um loose-loose game para todos. Se a TAP empresta dinheiro com acções (do outro sócio!?!) como garantia corre o risco de não ver ressarcido o empréstimo: evento de crédito, falência - ter como garantia acções de uma empresa falida é alguma coisa?

O melhor é cortar a eito para não se perder tanto, ou seja, falir a Groundforce (outra virá e empregará a parte viável da força trabalhadora entretanto "atirada" para o desemprego). Aliás, um dos males de Portugal é mesmo esse: não avançar para a falência empresas inviáveis - tentar adiar o inevitável costuma dar resultados piores para todos...

Anónimo disse...

Jaa:
Se a TAP empresta à Groundforce então tem de pedir garantias à Groundforce. As acções de que se fala não são propriedade da Groundforce mas sim de um dos seus sócios.
As empresas não são donas das suas acções. Estas apenas pertencem aos seus accionistas.

Jaa disse...

Esqueçam. As acções já foram penhoradas por algum outro empréstimo ou dívida.

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