terça-feira, 24 de junho de 2025

Em Portugal, até a Iniciativa Liberal é socialista, já que pede mais investimento público!!!!!!

Por caso, chegou ao meu telemóvel um artigo do Ricardo Valente.

O Ricardo Valente, pelo que sei, mudou-se do PSD para a IL. Não sei se se inscreveu mesmo como militante ou se ficou como o patrão Rui Moreira que toda a gente sabe que é do CDS mas que nunca saiu do armário.

Certas pessoas vestem e despem a capa dos partidos conforme momentaneamente lhes dá mais vantagem. Sendo que o objectivo dessas pessoas é servir a comunidade (será que eu disse mesmo isto?) aceita-se que usem a camuflagem para poderem ser eleitos. 

Mas vamos então ao artigo publicado no ECO no espaço de opinião.

Tem uma forma de escrever que vem lá dos sítios onde estudou, isto é, da FEP. Refere muitos números mas não diz como esses números podem ser usados para dar força à sua tese.


Qual deveria ser a tese?

Sendo liberal, em termos gerais, o investimento público é um desperdício de dinheiro por diversas razões:


1) O gestor público não sabe nem lhe interessa saber quais são as necessidades dos consumidores porque responde a quem o nomeia e não ao cliente.

Alguém pensa que, não fora o Estado enterrar milhares de milhões em comboios e autocarros, as pessoas deixavam de se poder movimentar?

Qual a racionalidade de o Estado ter o monopólio dos transportes colectivos de passageiros nas grandes cidades?

Para que diabo existe a RTP a cobrar-nos uma verba todos os meses na conta da electricidade? Se a RTP acabasse deixava de haver informação credível? Alguém acredita nisso?


2) O decisor político, em representação do Estado, não sabe nem lhe interessa saber quais são as necessidades dos consumidores porque responde aos eleitores e não ao cliente.

O autarca faz obras que lhe dêem votos, não que melhore a vida dos clientes dos serviços públicos. Apesar de poderem pensar que é a mesma coisa, vejamos o exemplo do estacionamento: os residentes/votantes estão isentos (o que é inconstitucional pois ninguém pode ser discriminado pelo local de residência) e os de fora, sem direito a voto, é que pagam.

Combate-se o 'alojamento local' porque, campanhas de desinformação criaram a ideia nos eleitores que o AL prejudica as pessoas locais.


Mas o Ricardo não refere justificações para haver investimento público.

Diz apenas que em Portugal o investimento público é menor que na média da união europeia.

Mas então, pensei eu cá para os meus botões, isso é bom porque traduz que o Estado está, cada vez, a intervir menos na economia.

Mas estava enganado, eu. Afinal, o investimento público, se "tiver qualidade" (vamos lá adivinhar o que é isso da qualidade do investimento público) já deve ser o máximo possível. 

Diz o Ricardo que há "investimento [público] verdadeiramente transformador" mas apenas dá exemplo que acha ser um fracasso "o exemplo patético do projecto do MetroBus como prova de um investimento em mobilidade inconsequente e demonstrativo da falta de processos transparentes e competentes na definição de estratégias de investimento público"

Mas porque será que o Ricardo não apresenta um exemplo, apenas um, de investimento público verdadeiramente transformador?

Será que o Ricardo não sabe que não é possível haver investimento público verdadeiramente transformador?

Talvez se formos ao tempo do Salazar, com a construção das barragens de que o último exemplo foi Alqueva, talvez vejamos investimentos público verdadeiramente transformadores mas no tempo da democracia? Que exemplo?

O investimento público está condenado à corrupção, ao compadrio e à ineficácia e, por haver menor publicidade, este fenómeno é muito mais grave nas autarquias.

As autarquias, as pessoas que têm poder nas autarquias, usam tudo o que têm à mão para empatar processos que apenas se aceleram com um envelopesinho.

Em Lisboa compraram 9 barcos eléctricos sem bateria (para a irracionalidade económica não chocar tanto), depois, compraram as baterias mas que não são compatíveis com os barcos. Finalmente, esqueceram-se da assistência (será da responsabilidade de quem forneceu os barcos, as baterias, os motores ou de quem opera os barcos?). No final, em 90% do tempo, os barcos não funcionam. O que aconteceu a quem decidiu estas compras? Estava a tentar dizer "nada" mas não, recebeu a sua percentagem e está feliz.


Um liberal, alegadamente, mesmo a defender que ...

"Portugal (...) [tem de assumir] o investimento público como um instrumento estratégico de política económica".


Vi um vídeo interessante sobre expressões idiomáticas.

Quando um inglês vê uma coisa estranha, que não faz qualquer sentido como um alegado liberal estar a pedir mais investimento público transformador, diz "Oh my god! Where did the dude get this crazy idea from?"


Digamos que um tripeiro verdadeiro, vendo a ideia de mais investimento a sair da pena de um que se diz liberal iria dizer mais qualquer coisa:

Foda-se! Puta que o pariu! Então não é que o panasca quer mais merdas como essa do Mercado da Sé que só serve para as putas e os chulos mijar, a serem pagas pelo já chupado e refudido contribuinte?

Gastaram milhões no Mercado da Sé e naquela cagada na praça dos Leões e agora vão gastar mais uns milhões a demolir tudo?

Foda-se, que venha o Trump pôr ordem nesta merda pois os daqui só querem encher a puta dos bolsos.

E esse do FCP, esse Vilas Merdas, não diz que é um treinador muito bom? Porque é que o filho da puta não treina ele o FCP? Ah, já percebi, é que quem treinava era o Pinto da Costa, esse santo que já me fez vários milagres como o da minha sogra ter caído ao poço.

Vamos a ver se o Marchal Seringas põe a mão nisto.

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