quinta-feira, 24 de junho de 2021

Covid-19 : A razão está mais do lado do Presidente que dos "especialistas"

A covid-19 na comunicação social está a aquecer.

Já só há duas notícias, o futebol e o "aumento explosivo" dos casos de covid-19 em Lisboa.

Mas nem o futebol é assim importante nem a covid-19 está tão preocupante porque os a mortalidade caiu drasticamente.

Se compararmos a pior semana (26 de janeiro a 1 de fevereiro de 2021) em que morreram 291 pessoas por dia (pelo menos pois há outros tantas mortes classificadas como "excesso"), agora que estamos com 3,1 mortos por dia, temos uma redução de 98,9%.

Estão a imaginar ir comprar um carro que tinha um preço de 50 mil euros e pagam apenas 550 euros? É esta a magnitude da queda na mortalidade.

Fig.1 - Mortos por covid-19 (média da última semana, dados, DGS)


Mas o número de infectados já ultrapassou os 120 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias!

Sim, é uma verdade que não pode ser disputada mas este número tem que ser corrigido pela perigosidade da doença, isto é, pela taxa de mortalidade em referência a finais de Janeiro. Nesse tempo a mortalidade era de 2,25% dos infectados (morria uma pessoa em cada 45 contaminados) e agora está nos 0,31% (morre uma pessoa em cada 326 infectados).

 

É um bocado como os acidentes automóveis.

Em 1975 houve 33109 acidentes "graves" dos quais resultaram 2672 mortos (PORDATA).

Em 2019 houve 35704 acidentes "graves" dos quais resultaram 474 mortos (PORDATA).

O mesmo número de acidentes "graves" e muito menor número de mortos.

Em 1975 morria uma pessoa em cada 13 acidentes e em 2019 já só morria uma pessoa em cada 75 acidentes.

Sendo assim, quando hoje ouvimos a notícia -"A tua mulher espatifou o carro"- já não pensamos como em 1975 pensavam -"Estou viúvo!".


Vou corrigir a incidência pela mortalidade.

Para poder comparar os valores ao longo do tempo, os 140 casos por 100 mil habitantes nominais transformam-se em 23 casos por 100 mil habitantes "reais".

Deveria ser este número real o valor usado na matriz dos "especialistas". Neste caso, veriam que todos os concelhos estão bem abaixo de 120.

O número de 23 ainda é grande (equivalente a 169 casos por dia de quando não havia vacinas) e está a crescer ligeiramente mas não não é caso para panicarmos.

Ainda mais que, cada dia que passa, mais 50 mil pessoas são vacinadas.

Fig .2 - Novos casos de covid-19 nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes (dados, DGS)


1 comentários:

jfgmmg disse...

Boa tarde,

Quando diz que a mortalidade era "2,25% dos infectados" parece-me que quer
dizer 2,25% das pessoas que tiveram um teste positivo. Na verdade, a
mortalidade é bastante inferior uma vez que devemos contar com os
infectados que não foram tiveram um teste positivo (assintomáticos não
testados e não só - pessoas que tiveram sintomas ligeiros, por exemplo, mas
que nunca chegaram a testar positivo, possivelmente porque não realizaram
um teste).

Aliás, parece-me que esse valor - 2,25% - diz respeito não à percentagem
de infectados mas sim de pessoas doentes, isto é, que foram diagnosticados
com COVID-19. Mas neste momento não tenho como confirmar.

Cumprimentos,
João Galamba
(não sou o SE...)

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