terça-feira, 1 de junho de 2021

Odemira - Fará sentido uma barragem a jusante da Ribeira do Torgal?

 O problema dos esquerdistas é que o ditador Salazar fez grandes obras públicas.

Um país só se desenvolve com investimento e o ditador Salazar, em vez de enterrar o dinheiro dos contribuintes em empresas falidas como a TAP, CP, RTP, CARRIS, STCP, uma lista sem fim, investia em grandes obras públicas que os privados não achassem apelativas mas que tivessem grande impacto no desenvolvimento do território.

Exemplo de grande obra pública foi a Barragem de Santa Clara a Velha no rio Mira que permitiu o regadio de 12 mil ha em Odemira.

O leitor poderá pensar que a minha ideia (e que é a ideia de muitos agricultores de Odemira) não faz sentido  porque a Barragem de Santa Clara A Velha tem capacidade para armazenar 6 anos de caudal médio. O caudal médio do rio Mira na barragem é de 83 milhões de m3 e a capacidade da albufeira é de 485 milhões m3.

Mas o problema não é o armazenamento mas o facto de barragem estar localizada 40 km a montante da foz do rio Mira e, por isso, apenas ser capaz de intersectar uma parte da água do rio Mira.


Intersectar e bombear para trás.

Não consegui arranjar dados fidedignos mas uma intersecção a jusante da foz da ribeira do Torgal permitirá pelo menos duplicar a água disponível para regadio, quanto mais próximo da foz, maior será a recuperação.

Claro que a barragem está em Santa Clara a Velha porque os terrenos a jusante da ribeira do Torgal não são adequados para construir uma barragem com capacidade de armazenamento.

Mas a minha ideia não é uma barragem com grande albufeira mas apenas um açude que permita a captação da água e a bombeie para a barragem de Santa Clara a Velha. Uma estação de bombagem com capacidade de 5 m3/s.


Dizem os esquerdistas caviar que essa agricultura não interessa.

A agricultura que os esquerdistas defende é a agricultura que atirou o Alentejo para a miséria e a fome. Não é culpa do ditador Salazar (que até os ossos já devem estar dissolvidos) mas dos esquerdistas teimarem numa agricultura extensiva de substituição das importações de cereais.

O que é preciso é uma agricultura de produtos com elevado valor que possam ser exportados para os países do Norte da Europa onde o clima é muito agreste para as frutas delicadas.


Fui buscar dados ao INE sobre importações e exportações.

Nos princípios da década de 1990, em euros, os bens agrícolas que exportávamos correspondiam a apenas 5% desse tipo de bens que importávamos. Actualmente, estamos quase em 50%!!!!!!

Sim, deixando os cereais e passando a cultivar abacates, amoras, framboesa, morangos e essas coisas todas que se cultivam em regadio cobertas com plásticos, multiplicamos por 10 (os agricultores multiplicaram) as nossas exportações.

E isto apenas pôde ser feito com as barragens do ditador Salazar e com a "exploração" dos nepaleses e dos indianos.

 

Grau de cobertura das exportações de bens agrícolas, 1993-2020 (dados, INE)
 

Não compreendo porque não!

Não compreendo qual a moral, ética ou racionalidade que pode ser invocada para proibir um nepalês (que ganha 0,30€/hora a trabalhar no Nepal) de vir para Portugal trabalhar por 2,50€/hora.

Não sei a lógica de manter pessoas a viver na miséria no Nepal quando essas pessoas podem vir para aqui ganhar 5 vezes mais e ainda fazer os portugueses mais ricos.

O Banana Rio diz que "lá como vivem na terra deles, não me preocupa". Então porque se preocupa quando estão cá? É para aborrecer o Cabrita? Para combater o "grande capital"? A exploração do trabalho?

Não me posso esquecer que o Banana Rio é de esquerda, um zero à esquerda.

 

Será por não serem funcionários públicos?

Já algum esquerdista comentou o facto de as nacionalizações do Hugo Chaves feitas à moda do Pedro Nuno Santos ter feito com que, actualmente, o salário na Venezuela possa ter sido "aumentado" para 2,95€/mês (confirmar)?

E que nesse país "democrático" o salário de um funcionário público está em 3,95€/mês?

É esse o caminho do crescimento e desenvolvimento dos esquerdistas, baseado no combate ao lucro e á exploração do trabalhador, crescimento e desenvolvimento da miséria.


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